terça-feira, 31 de maio de 2011

"Solenidade da Ascensão: Jesus que se ausenta, fica presente por meio de nós!" - 05 de Junho de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem no Cristo Ressuscitado!

Com grande alegria estamos chegando ao final deste Tempo Pascal que vem nos apresentando a necessidade de fazermos uma experiência verdadeira com o Senhor que está Vivo e Presente em nosso meio.   Essa experiência será fundamental para a transformação da nossa vida e, nos permitirá SER NO MUNDO SINAIS DO RESSUSCITADO.

Depois de termos caminhado por seis domingos, celebramos, hoje, a Solenidade da Ascensão do Senhor: este Jesus, que morreu e ressuscitou, depois de se apresentar Vivo aos seus, agora VOLTA PARA A CASA DO PAI DE ONDE SAIU e, não quer que a sua saída deste mundo signifique a SUA AUSÊNCIA PLENA E TOTAL:   CONTINUARÁ PRESENTE POR MEIO DA AÇÃO MISSIONÁRIA DOS SEUS SEGUIDORES!

O Evangelho de hoje (Mt 28, 16-20) nos apresenta as últimas palavras de Jesus Ressuscitado aos seus discípulos e, nestas poucas palavras, o Senhor transfere a Missão que Ele havia começado (mas não levou à bom termo, isto é, não concluiu) para os seus seguidores.   Para tanto, ENVIA em MISSÃO, pelo mundo todo, seus discípulos para que torne seus seguidores todos os povos por meio do Batismo.   Além de fazer novos discípulos, ordena, também, que ensinem os povos a observar TUDO que Ele havia ensinado.   Para que acreditem no sucesso da MISSÃO, garante que estará com os seus TODOS OS DIAS, até o fim do mundo.

Aqui, percebemos que o Senhor permanece presente neste mundo por meio do cumprimento da Missão.   Quando assumimos a nossa tarefa = missão neste mundo, tornamos presente em nosso meio a PESSOA DE JESUS RESSUSCITADO.   A Ascensão do Senhor é uma "espécie" de "passe de bola":   o Senhor passa a bola da construção do Seu Reino para cada um (a) de nós!

O trabalho missionário, às vezes, pode causar uma certa ansiedade e, mesmo sem perceber, podemos entrar naquela de "querer saber quando, como e onde as coisas acontecerão".   A Primeira Leitura (At 1, 1-11) nos apresenta o Senhor afirmando que, "a nós não cabe saber os tempos e os momentos que o Pai reservou para Si..."   A nós, cabe trabalhar sem perder tempo algum, movidos pela Ação do Espírito Santo que Ele nos enviará da parte do Pai (aliás, Solenidade que celebraremos no próximo domingo = Pentecostes).   Agora, cabe a nós "deixar de olhar para o alto" e, fixar os nossos olhares e atenção aqui na terra, aonde, de fato, estão os reais problemas que deverão ser solucionados por todos os seguidores do Senhor Ressuscitado.    O Senhor voltará e, quando isso ocorrer, deveremos estar preparados, ou seja, cumprimdo a missão que Ele nos reservou.

Este Jesus, São Paulo nos afirma na Segunda Leitura (Ef 1, 17-23) é o Filho do Pai que nos dará o Seu Espírito com o intiuito de nos revelar quem Ele é de fato.   Este Espírito nos iluminará afim de sabermos qual é, de fato, a nossa Esperança.   A Igreja, agora, é o Corpo Místico de Cristo (que é a Sua Cabeça = seu comando).   Deixar-se guiar pela Cabeça será o nosso Grande Desafio a partir de agora.

OREMOS:
Ó Deus de Amor e de Bondade, a Ascensão de Jesus é o começo da nossa Missão.   Enviais sobre todos nós o Seu Espírito e, que a Sua Ação em nós, nos leve a realizar, neste mundo, a Sua Vontade!   Isto Vos pedimos, pelos merecimentos de nosso Senhor Jesus Cristo, na undiade do Espírito Santo.   Amém!

   

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Sexto Domingo da Páscoa: O Amor entre os Cristãos, Testemunho do Cristo Ressuscitado!" - 29 de Maio de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e  bem no Cristo Ressuscitado!

Estamos entrando na reta final deste Tempo Pascal e, neste sexto domingo, a Palavra de Deus irá nos revelar que "o Amor vivido entre os cristãos é o único caminho para que a Comunidade possa manisfestar a presença do Cristo Ressuscitado ao mundo.

No Evangelho (Jo 14, 15-21) encontramos, ainda, uma parte, do chamado, "discurso de despedida de Jesus".   Na semana passada, o Senhor nos falava que estava indo para a "Casa do Pai" afim de nos preparar um, dos muitos lugares, que lá existem.   Pedia para não deixarmos o nosso "coração perturbado" e, ainda, mostrava que era "preciso acreditar no Pai e, também, Nele".  Hoje, o texto continua o da semana passada e, o Senhor nos fala que o Amor a Ele se manisfestará na capacidade que a Comunidade demonstrará em guardar os seus mandamentos.   Ora, sabemos que os mandamentos foram resumidos num único, isto é, no AMOR!   Daí, podemos afirmar que, quando o Amor é vivenciado por nós, o Senhor se sentirá satisfeito pois perceberá que estamos guardando os seus mandamentos.   Vivendo assim, Jesus afirma que não nos deixará sozinhos pois enviará, da parte do Pai, um outro Defensor = Paráclito, o Espírito da Verdade para nos acompanhar em nossa Missão.   Este Espírito estará dentro de nós e, por isso Ele é conhecido por nós, porém, não pelo Mundo.

Este Paráclito será o nosso Defensor diante das investidas do Mundo e, nos apontará os caminhos para seguirmos em frente e não desanimarmos quando tudo parecer complicado, difícil e, até, quem sabe, inútil.   Guardar o mandamento dado por Ele a nós nos tornará seus "íntimos" e, por sconseguinte, "íntimos" do Pai.

É esta intimidade que demonstramos ter com o Senhor, fruto da presença de Seu Espírito em nós, que nos fará "dar as razões de nossa fé a todos que nos questionarem à respeito da mesma", como nos diz São Pedro na segunda leitura da Celebração (I Pd 3, 15-18).   A boa conduta do crente será a grande prova da fidelidade aos mandamentos do Senhor e, no final, aqueles que nos difamarem terão vergonha de tê-lo feito.   Sofrer, sendo fiel aos mandamentos, será para nós que cremos, motivo de alegria sem igual pois será essa a prova de nossa fidelidade ao Projeto do Senhor. 

Esta união do crente com o Senhor, dará ao mesmo (isto é, ao crente) as condições para prolongar, na sua vida, a Vida do Senhor.   É isso que vemos, mais uma vez, na primeira leitura (At 8, 5-8. 14-17).   Aqui, as Maravilhas de Deus se realizam por meio de Filipe, entre os pagãos da Samaria.   As palavras de Filipe produziam alegria e contentamento entre os samaritanos (lembrem-se que os samaritanos não eram bem vistos pelos judeus).   A Palavra de Filipe era confirmada pelos "milagres" e, o Senhor, demonstrava "estar vivo" por meio da vida de Filipe.   Esta Nova Comunidade precisa, agora, ser confirmada pela Igreja e, por isso, Pedro e João se deslocam até a Samaria para realizar tal ligação com a Igreja de Jerusalém, produzindo, assim, a Unidade entre todos (aliás, Unidade esta, fruto da presença do Espírito que guia a Igreja desde as suas origens).

Entrando nesta reta final do Tempo Pascal, a apresentação da Terceira Pessoa da Trindade vai ganhando força nas nossa Celebrações.   Será a Sua Ação que, daqui para frente, levará a Igreja a ser fiel aos mandamentos de Jesus de modo a torná-la capaz de prolongá-Lo no Mundo.

OREMOS:

Deus de Amor e Bondade, louvado sois por nos ter enviado o Seu Espírito. Vos pedimos que, assim como nos primórdios da Igreja, Ele continue nos animando, no defendendo dos perigos e nos ensinado a dar as razões de nossa fé par atodos quantos nos pedirem.   Isto Vos pedimos, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Seu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.   Amém!  

terça-feira, 24 de maio de 2011

"Quinto Domingo da Páscoa: Viver na Casa do Pai!" - 22 de Maio de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Ressuscitado!

Neste domingo, a Palavra de Deus nos apresenta uma parte do discurso de despedida de Jesus (Jo 14)aonde o Senhor nos pede para não ficarmos preocupados com o que virá no Caminho que Ele nos apresenta mas que tenhamos "fé em Deus e, Nele também".   Nos garante que está indo para  a Casa do Pai e, lá nos prepará um lugar pois na Casa de seu Pai "há muitas moradas" e, com certeza, uma dessas poderá ser a nossa.

Daí, nos perguntamos: "Que Casa é essa da qual fala o Senhor?"   "Será o Céu e, Céu pensado como algum local reservado para depois da morte?" 

A Casa doPai de que fala o Senhor não é o Céu (algo para depois) mas, a própria Comunidade (algo para agora).   Nesta Comunidade, há muitas moradas e, uma, com certeza é para nós.   Para a Comunidade, todos sabemos o Caminho pois o Caminho é o próprio Senhor, sua Vida: Palavra e Ação!   Etramos na Comunidade com o objetivo de prolongar o Senhor na nossa História.   Conhecê-Lo (ver, escutar, conviver com Ele), será fundamental.   Ter este conhecimento de Jesus, nos fará compreender quem é  oPai pois, Jesus é a revelação humana do Pai.

Essa ideia da Casa do Pai como sendo a Comunidade nos faz ligar o Evangelho com a segunda leitura de São Pedro.   Aqui, o Apóstolo nos lembra que "Cristo é a pedra fundamental e que em Cristo todos nós somos convidados a se integrar como pedras vivas".   As pedras vivas se unem para formar um edifício espiritual de modo que, unidas tais pedras revelem ao mundo a salvação que vem de Deus.

Uma Comunidade bem estruturada é capaz de dar conta de todos as necessidades que se apresentarem.   É isso que vemos na ação apostólica, an primeira leitura.   Dainte de uma necessidade que se apresentou, os apóstolos resolveram pedir para  Comunidade apresentar um novo grupo que pudesse dar conta da nova necessidade: cuidado para com as viúvas gregas.

Assim, neste quinto domingo, a Palavra pode ser resumida como um convite que o Senhor nos faz para aderirmos à Vida de Comunidade e, na Comunidade fazermos a nossa parte para que Ele consiga continuar sendo revelado ao mundo.

OREMOS:

Deus de Amor e bondade, nós te louvamos, bendizemos e agradecemos por nos mostrar que na vossa casa há muitas moradas.   Vos pedimos, concedais a cada um de nós a graça de podermos morar lá convosco.   Isto vos pedimos pelos merecimentos de Jsus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

"Quarto Domingo da Páscoa: A Presença do Ressuscitado nos Pastores da Igreja" - 15 de Maio de 2011

Queridos irmãos e irmãs, que as alegrias do Ressuscitado estejam com cada um (a)!

Continuando a nossa Caminhada Pascal, chegamos ao quarto domingo deste Tempo Litúrgico e, hoje, complementando a ideia dos dois últimos domingos (segundo e terceiro domingos da Páscoa), veremos que o Ressuscitado se manifesta na Pessoa dos Pastores da Igreja.   Nos dois últimos domingos, a Palavra nos revelou a Comunidade (segundo domingo) e, a Celebração da Eucaristia (terceiro domingo) como espaço e momento privilegiados da manifestação do Ressuscitado entre nós.   Estão lembrados?

O Evangelho da Santa Missa deste Quarto Domingo da Páscoa é extraído de São João (Jo 10, 1-10).   Todos os anos (A, B e C), no quarto domingo, temos um trecho deste capítulo 10 de São João e, aqui, Jesus se apresenta a nós como sendo "O Bom Pastor".   Daí, todos os anos, neste domingo, a Igreja dedica especial atenção às Vocações (sobretudo, as de Especial Consagração - Dia Mundial de Oração pelas Vocações).  

Para entermos melhor este capítulo 10, precisamos voltar - pelo menos, um pouco -  ao capítulo 09 pois, aqui estão os motivos que levaram Jesus ao pronunciamento do que está no capítulo 10.   Voltando a Jo 9, 1-41 percebemos que o "Grande Fato" ocorrido ali foi a "Cura do Cego de Nascença" (que nós estudamos no quarto domingo da Quaresma - para maior aprofundamento, visite o texto produzido para aquele dia novamente).   Nos lembramos que, aquela cura do cego de nascença (sexto SINAL), produziu um grande "frisson", estardalhaço no meio das autoridades religiosas da época.   Essas autoridades (que se colocavam como "pastores" do Rebanho e, diga-se de passagem, se colocavam como tais em Nome de Deus = O Supremo Pastor), não estavam cuidando do Rebanho pois excluiam do redil as Ovelhas que mais necessitavam de cuidados.   Na verdade, como falou o Profeta Ezequiel (34), esses pastores se utilizavam das ovelhas (retiravam delas TUDO que podiam oferecer, isto é, leite, lã, carne, gordura) e, quando não tinham mais nada, jogavam-nas fora.   O Cego de Nascença é um destes exemplos: não tendo nada para oferecer, vivia à beira do caminho pedindo esmolas!   Este cego se encontra com Jesus que, compadecido de sua real situação, o cura.   Tal fato, no lugar de produzir alegria, gerou revolta e ódio entre os "falsos pastores".  Por fim, após interrogatórios (ao ex-cego, aos seus pais, aos amigos e conhecidos) o ex-cego é expulso da Comunidade, do Redil.   Tal expulsão fará com que ele (ovelha expulsa do redil) faça o seu encontro com o Senhor e, aqui, o ex-cego ENXERGA o VERDADEIRO PASTOR.   Por fim, Jesus faz uma crítica às autoridades afirmando que "se elas fossem cegas, elas teriam cura mas, como acham que enxergam, o pecado delas permanecia".   Este é o fato que dá origem ao discurso do capítulo 10.

Diante do ocorrido,  Jesus inicia o capítulo 10 com uma Parábola aonde Ele se mostra como sendo a Porta do Redil e, afirma que quem não entra por tal Porta é ladrão e assaltante.   Entrar pela Porta significa ser da Verdade e, este sim, é reconhecido pelas ovelhas que, escutando a Sua Voz = Bom Pastor, O segue.   Esse Pastor conhece suas ovelhas pelo Nome e, ao Seu chamado, elas O seguem.   Não seguem os estranhos pois não reconhecem a "voz" dos mesmos.

Nesta primeira parte do Evangelho de hoje, alguns pontos nos chamam a atenção.   Vejamos:   a imagem da Porta é extremamente importante.   Ela representa o Senhor pois somente quando entramos por Ela, estamos seguros e, somente quando saímos por Ela, encontramos "pastagens e águas tranquilas".   Entrar e sair pela Porta implica em não ter nada para esconder (não ser "ladrão e assaltante"), em ser da Verdade.   O ladrão só vem para roubar e destruir e, diante disso, é preciso ter muito cuidado.   O Bom Pastor CHAMA PELO NOME pois conhece cada uma de suas ovelhas e, estas Lhe conhecem, também.   Para o Bom Pastor, o Rebanho não é uma massa informe e anônima mas, cada uma das ovelhas é importante e insubstituível.  O conhecimento vem da "Escuta da Voz" e, aqui, é importante dizer que conhecer alguém pela Voz implica numa vida de grande intimidade.   A ausência de Intimidade não permite tal reconhecimento.    O Bom Pastor chega, chama suas ovelhas pelo NOME e, estas, tão logo escutam a Sua Voz, O seguem.   Poderíamos dizer que o ex-cego do capítulo 09, fez tal experiência e, a partir do momento que reconheceu o Verdadeiro Bom Pastor, O seguiu pela vida afora.

A Parábola parece não ter sido entendida pelos "ouvintes" = falsos pastores = exploradores do povo e, diante disso, Jesus se faz claro: é a segunda parte do Evangelho de hoje!   Jesus afirmará, com todas as letras, que Ele é a PORTA DAS OVELHAS e, chamará de "ladrões e assaltantes" todos que "vieram antes Dele".   Dirá que as Suas Ovelhas não escutaram a Voz destes "ladrões" = veja o ex-cego do capítulo 09.   Jesus é o Único Bom Pastor e, Nele, o Rebanho poderá confiar sempre pois, ao contrário dos que O antecederam, "Ele veio para que o Rebanho tenha Vida e, esta, em Abundância".   Os outros = falsos pastores, só desejam "roubar, matar e destruir".

Quem consegue fazer uma "Experiência" com Este Jesus Ressuscitado, o Bom Pastor, acaba se tornando, também ele ou ela, um outro "Bom (a) Pastor (a)", no Bom Pastor por Excelência, que é Ele.   É isto que vemos Pedro, no Dia de Pentecostes, (primeira leitura - At 2, 14a. 36-41), fazendo em Jerusalém.   Depois de ter feito, também ele, tal Experiência do Poder do Bom Pastor, Pedro toma a Palavra e, não exita em afirmar que "Aquele que fora morto e sepultado está Vivo e, se tornou Senhor de Todos".   Tal discurso conduziu o Povo = Rebanho, à aflição e, diante desta aflição, perguntam: "Que devemos FAZER?"   Esta é a grande pergunta que cada Ovelha deve ser fazer.   E, a resposta é, sempre, a mesma: "Conversão, Batismo para o Perdão dos Pecados = que produziu a Morte do Bom Pastor e, Recepção do Espírito Santo!"   Tudo isso dará condições ao Rebanho de não "seguir a voz dos estranhos e, consequentemente, vir a se perder".

Fazer a Experiência com Jesus, Bom Pastor, nos conduzirá pelos Caminhos que Ele trilhou: dor, sofrimento, morte mas, também, Ressureição!   É isto que São Pedro (segunda leitura - I Pd 2, 20b-25), afirma: "sofrer, com paciência, por termos feito o bem, nos torna agradáveis a Deus pois, Jesus - o Bom Pastor, também fez assim".   Toda a vida de dor e de entrega do Senhor serviu para nos "trazer de volta para o Pastor e Guarda de nossas vidas" pois, até então, "vagávamos como ovelhas desgarradas".

Que Deus, nosso Senhor e Pastor, nos conduza a todos (as) pelos seus Caminhos.   Assim seja!

OREMOS:

Ó Deus, Pastor e Guia de nossas vidas, nós Te louvamos, bendizemos e agradecemos pos estar sempre nos reconduzindo ao Redil de onde saímos, atraídos pelas "vozes doces e mansas" dos "falsos pastores".   Dai-nos a graça de crescer na INTIMIDADE Contigo para não nos perdermos em Caminhos deistantes de Ti.   Isto Vos pedimos Pai, pelos merecimentos de Jesus, que Convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo!   Amém!  


     

quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Matar em Função de um Mundo Melhor: Será isso possível para aquele (a) que crê?"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Ressuscitado!

Quero, neste texto, apresentar algumas reflexões e, também, convidar cada um (a) dos leitores (as) a pensar comigo a respeito de um fato ocorrido na noite de domingo p.p. (01/05/11) que, acabou dividindo o mundo entre os que apoiaram e, os que, pelo menos, estão levantando algumas questões sobre o mesmo.   O fato de que estou falando é o assassinato de líder, número um do Grupo Terrorista Al Qaeda: Hosama Bin Laden.

Todos nós fomos dormir no domingo ou amanhecemos na segunda-feira com esta notícia: "Morreu o numero um da Al Qaeda: o líder terrorista saudita, Hosama Bin Laden.   Tão logo esta notícia vazou na internet, o mundo inteiro (ou parte significativa do mesmo), por meio de seus líderes, começou a pronunciar-se a respeito do fato.   Canais de TV noticiaram, à exaustão o ocorrido e, comentaristas especialistas no assunto foram dando as suas interpretações e levantando questões relevantes sobre o assunto.

Me chamou a atenção a quase unanimidade (digo quase porque, pelo menos, uma comentarista no canal de TV Globo News - acho que Professora de História Árabe da USP - não concordou) das pessoas em concordarem que o mundo estará melhor agora, sem Hosama Bin Laden.

Porém, na medida em que a semana foi avançando, alguns dados a respito do Processo que culminou com a morte deste homem, foram vindo à tona.   Por exemplo: ficamos sabendo que, para se conseguir informações sobre um tal mensageiro particular de Bin Laden, os Estados Unidos (à época, tendo à frente o ex-presidente George W. Bush) torturou, barbaramente, um dos mentores dos ataques de 11 de setembro, na prisão de Guatânamo: foram mais de 150 afogamentos, mais de 100 horas ininterruptas acordado, horas e horas tendo que ficar numa única posição incômoda e, outras coisas mais.   Não aguentando as torturas, este homem acabou por revelar o nome do tal mensageiro.   A partir daqui, desta informação, este mensageiro passou a ser seguido e, a Inteligência Norte Americana, chegou ao "esconderijo" de Bin Laden: uma casa grande, situada numa cidade a uns 100 km da capital do Paquistão, num bairro razoável.   Chamou a atenção o fato desta casa não possuir telefone, acesso à Internet e, além, disso todo o lixo da casa era queimado e não posto para fora para ser retirado pelo serviço público.

Assim, os Estados Unidos planejaram uma ação secreta, e, no domingo à noite, invadiram o território paquistanês (sem que o Governo Local soubesse), como se aquilo fosse uma terra de  ninguém, sobrevoaram a casa (a princípio, sem haver certeza de que o homem em questão estaria lá ou não), mataram algumas pessoas e, de acordo com as informações dadas pelos próprios que estiveram envolvidos na ação, mataram Bin Laden (sem dar a ele o direito de ser levado a uma corte judicial para ser julgado e condenado pelos seus crimes).   Lavaram o corpo, enrolaram num lençol e, sem que ninguém, soubesse decidiram lançar tal corpo no mar da arábia(Ah, esses passos finais - afirmaram - foram dados para "RESPEITAR" a Religião Islâmica quanto aos ritos obrigatórios para com os mortos.

Como vemos, todo o processo está marcado pelo ódio, pelo desejo de vingança, pelo desrespeito aos direitos humanos básicos (aliás, direitos humanos estes que os Estados Unidos se orgulham de serem os "ferrenhos" defensores).   Toda esta ação começou a ser planejada num governo que tinha à frente um homem - George W. Bush - que se diz cristão (protestante).

Aqui, na nossa Paróquia, também escutei alguns irmãos afirmando que isso foi, como diria, "algo bem feito!"   E, foi por isso, que resolvi escrever este texto.    Vivemos, na Igreja Católica um Tempo Novo, o Tempo da Páscoa e, neste Tempo Pascal a grande lição que a Palavra de Deus quer nos oferecer é que a Vitória de Jesus Crsito sobre a Morte deveria gerar nos seus seguidores (aqueles (as) que fizeram, de fato, uma experiência com Ele), um sentimento novo.   Tal experiência que estamos fazendo neste Tempo deveria fazer de nós homens e mulheres capazes de prolongar a Vida de Jesus com nossas vidas.   A Sua Palavra e as Suas Ações Salvadoras deveriam ser a nossa Palavra e as nossas Ações.   E, assim, eu fico me perguntando:  Como posso afirmar que creio na Páscoa de Jesus, que quero ser o prologamento da Sua Vida, se acho que a morte de uma pessoa (por mais ações tenebrosas que esta pessoa tenha praticado em sua vida) é algo que irá melhorar o mundo?   Como posso concordar com um fato que teve por trás dele todo um processo de torturas, de desrepeito à Pessoa Humana, de desrespeito dos valores que aqueles que cometeram viviam defedendo para o outros?   Poderia eu, que me auto-intitulo crente, fiel, seguidor e praticante das Verdades do Evangelho, concordar com tamanha brutalidade?   Poderia eu aceitar o retorno "à barbárie"?   Como ficam as palavras de Jesus no Sermão da Montanha (Mt 5-7) quando, pouco antes de começarmos a nossa Caminhada para a Páscoa, nos dizia: "Ouvistes o que foi dito aos antigos: dente por dente, olho por olho!   Eu, porém, vos digo: Não pagueis o mal com o mal e, se alguém te der uma bofetada na face direita, dê-lhe, também, a esquerda!"   Ou, ainda: "Ouvistes o que foi dito aos antigos: Amem os vossos amigos e odei os vossos inimigos!   Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos, fazei o bem àqueles que vos maltratam e perseguem porque Deus faz o sol nascer sobre bons e maus e a chuva cair sobre justos e injustos"?   Como casar a minha concordância com este fato horrendo com as palavras do Mestre que diz: "Não são os que estão bons que necessitam de médico mas sim os doentes"? 

São estas e tantas outras coisas que nos revelam o quão difícil é ser, de fato um seguidor do Cristo Ressuscitado e, como estão certas as palavras do Apóstolo Paulo, na sua Carta aos Cristãos de Colossos, lidas na Santa Missa do Domingo de Páscoa: "Se é verdade que acreditamos em Cristo Ressuscitado, deveremos nos ESFORÇAR por buscar as coisas do alto aonde está o Cristo Ressuscitado!"   Não dá para dizer que experimentamos o Ressuscitado em nossas vidas se, com tanta facilidade, nos envolvemos e, pior ainda, concordamos, com as coisas daqui de baixo.

São estas incoerências que tornam o Cristianismo uma Religião desacreditada.   Falamos uma coisa e, no final, fazemos outra.   A coerência, ou na pior das hipóteses, a luta por viver coerentemente a nossa Fé na nossa Vida, deveria ser a nossa constante luta.

Peço desculpas pelos desabafos mas, não poderia deixar de partilhar com vocês as minhas angústias frente a este fato que vem dividindo as opiniões no mundo e, também, entre nós!   Pense nisso e conversemos sobre o assunto com as pessoas que nos cercam!

Que Deus nos abençoe e nos proteja, fazendo de nós seus instrumentos deste mundo!   Assim Seja! 

"Mãe: Manifestação do Amor de Deus entre Nós!"

Celebramos no próximo domingo (08 de Maio de 2011) um dia muito especial: é o "Dia das Mães"!   Quero, aproveitar este momento para prestar a estas Mulheres uma singela homenagem!

Mãe, palavra pequena e, talvez por isso, a primeira ou uma das primeiras que pronunciamos em nossa vida, está marcada por uma gama enorme de sentimentos.   Mãe é segurança, carinho, dedicação, doação, capacidade de renúncias mil, vida, AMOR.   Talvez, por isso, esta Imagem (Mãe) seja a que mais nos remonta à Ideia de Deus, à Sua Imagem.

A Mãe é aquela que gera um nova vida (assim como Deus), é aquela que cuida da vida (assim como Deus) e, acima de tudo, é aquela que é capaz de tudo (sem exceção) para ver a vida gerada feliz e realizada (assim como Deus).   Se para salvar tal vida, ela (Mãe) é capaz de entregar a dela (assim como Deus).

A presença da Mãe traz segurança e, mesmo que a vida esteja difícil, se ela está presente, somos capazes de romper  o momento difícil, às vezes até sem sentir.  Ela é o refúgio seguro para onde podemos correr sempre que estamos cansados ou perdidos na vida.   Com ela, TUDO parece mais fácil pois sua presença faz a gente compreender que TUDO TEM SOLUÇÃO.   Ela não discrimina, mesmo que em muitos momentos, não entenda as nossas opções e concepções; acolhe, mesmo que o mundo ao nosso redor, queira nos ver longe; cuida, mesmo quando o que sentimos e vivemos de problemas, tenha sido buscado por nós mesmos.

Mãe é sinônimo de Amor Incondicional: Ama pelo simples fato de enxergar em nós a Sua Obra (assim como Deus).   Para ela, os (as) filhos (as)  são a sua própria vida e, não há como não fazer por eles (as) TUDO que estiver ao seu alcance (muitas vezes, até o que não está!).

A estas mulheres fortes - ricas, pobres, idosas, novas, cultas, ignorantes, negras, brancas, amarelas, bonitas, religiosas ou não, doentes, saudáveis, duronas ou mais sentimentais, que trabalham fora ou na própria casa ... - a TODAS elas, o nosso agradecimento por podermos ver em cada uma de vocês a REVELAÇÃO DO AMOR INCONDICIONAL DE DEUS ATUANDO NA HISTÓRIA!

Que Deus abençoe as nossas Mães - aonde quer que elas se encontrem - dando força e coragem a todas elas para seguirem na vida cumprindo tão preciosa Missão: gerar e cuidar da Vida, dom de Deus!

OREMOS:

Ó Deus de Amor e Bondade, nós te agradecemos pela vida de nossas Mães e pelo cuidado dispensado a nós por todas elas.   Pedimos, Senhor, a bênção para todas elas e a força de cumprirem, até o fim, a Missão que o Senhor reservou para cada uma delas.  Que o Senhor dê a elas força, paciência, sabedoria, amor e tudo que for necessário em suas vidas.   Olhe pelas inexperientes, fortaleça as doentes e, abençoe cada uma em suas vidas dando-lhes o que elas mais necessitarem hoje e sempre e, não esqueças de acolher no Seu Reino todas que já partiram desta vida após terem cumprido a sua Missão!   Isto Te pedimos, por Jesus Ressuscitado, Teu Filho e nosso Irmão, que Convosco vive e reina, na unidade do Espírto Santo!   Amém! 

"Terceiro Domingo da Páscoa: Cristo Ressuscitado manifestado na Celebração Eucarística!" - 08 de Maio de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Ressuscitado!

Dentro da nossa Caminhada Pascal, chegamos ao terceiro domingo.   Na semana passada, a Palavra nos revelou a Comunidade como um espaço privilegiado de manifestação do Ressuscitado.   Ausentar-se da Comunidade, por qualquer motivo, se torna, assim, um pecado grave pois o fiel perde a oportunidade de VER e OUVIR o Ressuscitado, além de SER ENVIADO por Ele e RECEBER O SOPRO DO SEU ESPÍRITO que garante o sucesso da Missão.   Na Comunidade de Fé, não há espaço para a incredulidade daqueles que não se comprometem e não vivem com a Comunidade, colocando a sua vida particular à frente da experiência comunitária.

Hoje, seguindo esta linha de raciocínio, a Palavra de Deus nos apresenta o Momento Celebrativo (de modo particular, a Eucaristia) como momento especial de manifestação do Ressuscitado.   Ter os olhos abertos para percebê-Lo Vivo e Presente entre nós é um processo facilitado pela participação na Celebração Eucarística.

Comecemos com a narrativa evangélica de hoje (Lc 24, 13-35), texto conhecido como "Os Discípulos de Emaús".   São Lucas começa explicitando o dia da semana: é o primeiro dia!   Aqui, é preciso entender que o é o primeiro dia da semana (domingo) porém, o primeiro domingo ocorrido, logo após, aquela fatídica sexta-feira da paixão, dia em que os discípulos fizeram a terrível experiência da Morte do Mestre.   Tal experiência foi dramática para a comunidade pois, representou um "ponto final" nas expectativas da mesma de ver o Reino de Deus - anunciado por Jesus - presente e atuante já naquele momento.    A morte colocou um fim e, parece não haver mais nada a fazer.   Diante desta realidade, o que fazer?   Esses dois discípulos em questão decidem voltar para sua cidade (Emaús - distante uns onze quilômetros de Jerusalém) pois, em Jerusalém, não há mais nada pra fazer.   Sem fé e sem esperança, partem!   A experiência da dor, do sofrimento, da morte e do sepultamento é algo tão terrível que os dois ficam "como que cegos" e, mesmo tendo entrado em seu caminho, os mesmo não reconhecem o Senhor.  

Jesus Ressuscitado entra no caminho dos dois e, de forma meio sorrateira, "puxa" assunto: "O que ides conversando pelo caminho?" pergunta o Senhor!   Essa é a "deixa" para que os discípulos comecem a revelar toda a sua dor, decepção, desesperança.   Afirmam que os últimos acontecimentos ocorridos em Jerusalém foram terríveis para eles e para todos.   A morte do Senhor funcionou como o "fim trágico" de uma caminhada marcada pela esperança e pelo crescimento da fé.   Porém, fé em quê ou em quem?   Essa é uma questão que revela a concepção que traziam aqueles discípulos à respeito do Senhor: "Pensavam que Ele fosse um Libertador e que fosse usar a sua força para reverter o quadro de opressão pelo qual passava a comunidade há anos = opressão romana.   Mas, continuam, apesar de termos estado com Ele, Ele MORREU e, não há nada a fazer!"   Apesar de mulheres term anunciado que o sepulcro estava vazio, a Jesus, ninguém viu!

Aqui, Jesus Ressuscitado começa a sua catequese de hoje:  retomando a Palavra - Lei de Moisés, Salmos e Profetas - vai pinçando textos que anunciavam os fatos ocorridos na última sexta-feira (conhecida como da Paixão e Morte) e, ia explicando que tudo que ocorreu já estava previsto e, era preciso crer pois, tudo faz parte de um Projeto de Salvação do Pai.   Aqui, Jesus que é a Palavra Encarnada, se utiliza da Palavra Escrita para explicar aos seus o sentido divino escondido atrás do fatos.   Sem o conhecimento da Palavra, os fatos da vida perdem o seu sentido verdadeiro e, a vida fica mergulhada na escuridão produzida pela ignorância.   Resgatar o sentido só será possível com a retomada da Palavra.   É isso que o Ressucitado faz!

Ao entardecer chegam ao Povoado de Emaús e, Jesus finge seguir caminho mas é convidado pelos dois que já estão com o coração "amolecido" pelo anúncio da Palavra que lhes foi feito pelo Senhor.   Toda a cena se conclui quando, ao entrarem em Casa, o Senhor toma a posição de líder e de dono da mesma: é Ele quem toma o pão, abençoa e distribui (note que estas ações ão típicas de uma Celebração Eucarística).   Aqui, os olhos que estavam escurecidos, cegos, se abrem e, agora o Senhor desaparece pois não haverá mais necessidade de Sua Presença pois a experiência que fizeram foi suficiente para gerar novamente a Fé e a Esperança.   Tornam-se Apóstolos, isto é, tornam-se anunciadores da experiência que fizeram.   Voltam para Jerusalém para contar o que tinham visto e ouvido e como tinham reconhecido o Senhor Ressuscitado ao "partir o Pão" = expressão usada para designar a Celebração da Eucaristia.

Este texto de Lucas é paradigmático para a compreensão da Eucaristia.   Como na narrativa, as nossas Celebrações se constituem de duas partes que se completam: Palavra e Partilha do Pão.   Uma leva à outra e, sem a compreensão de uma não há como compreender a outra.   Palavra é base para se entender o Mistério da Partilha do Pão.   quando entendemos tal ligação e o seu sentido, estamos prontos para perceber o Senhor Vivo e, a partir daqui, damos início a uma Nova Vida,a Vida de Apóstolos (as) que Ele espera de nós.

A primeira Leitura (At 2, 14.22-33) nos revela a mudança ocorrida nesta Comunidade Primitiva a partir desta experiência com o Ressuscitado: a coragem de enfrentar os presentes, anunciando que o Senhor está Vivo apesar das autoridades tê-Lo matado na Cruz, é uma necessidade que se impõe.   Fazendo uso da Palavra (no caso em questão, do Sl 15 - da própra Celebração de hoje), os Apóstolos buscam comprovar a Ressurreição de Jesus.   Disso, eles (Apóstolos) são Testemunhas e, não podem ficar quietos!

Arrematando a Palavra deste terceiro domingo da Páscoa, temos o Apóstolo Pedro (I Pd 1, 17-21) nos relembrando que a nossa vida foi resgatada não por coisas "perecíveis como ouro e prata mas pelo Sangue Precioso de nosso Senhor".   É preciso, portanto, conduzir a nossa vida de acordo com esta Verdade.

OREMOS:

Ó Deus de Amor e Bondade! Louvado sois por nos revelar o seu Infinito Amor por meio da Sua Palavra.   Esta Palavra que se encarnou em Jesus, se entregou por nós e, agora, podemos voltar a ter fé e esperança na Vida Nova que nos ofereces.   Te pedimos que as nossas Celebrações Eucarísticas nos auxiliem na compreensão deste Mistério e, que alimentados pela Palavra e pelo Corpo e Sangue do vosso amado Filho, sejamos conduzidos à uma transformação radical de vida.   Isto nós pedimos a Ti, ó Pai, pelos merecimentos de nosso Senhor Jesus Cristo, Morto e Ressuscitado, que Convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo!   Amém!