quinta-feira, 30 de maio de 2013

"Solenidade do Sagrado Coração de Jesus: O Amor Salvador de Deus revelado no Coração do Filho!" - 07 de Junho de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com toda a Igreja a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e. marcamos esse dia com a Jornada Mundial de Orações pela Santificação do Clero.

A Solenidade de hoje nos quer revelar o imenso Amor de Deus, o Pai que para salvar a todos (as) foi capaz de nos enviar o Seu próprio Filho para, morrendo na Cruz por nós, nos levar à compreensão do Seu Amor. O Coração é a sede dos sentimentos e dele brota, também, o Amor do Pai pelos seus.

A Palavra de Deus da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus vai ao encontro dessa compreensão: o quanto Deus nos ama e, o que o Seu Infinito Amor é capaz de fazer por nós!

Assim, na Primeira Leitura (Ez 34, 11-16) temos a manifestação de Javé Deus por meio do Profeta Ezequiel.   Numa terra de Exílio, aonde o povo estava perdendo a fé e a esperança, Deus, se apresenta como Aquele que irá se tornar o Bom Pastor do Rebanho.    As ovelhas que foram dispersadas pelos falsos pastores que só quiseram explorar, matar, roubar agora terão a alegria de se encontrar com o seu verdadeiro Pastor.   O Bom Pastor irá cuidar, resgatar o rebanho de todos os lugares para onde fora disperso.   O Senhor, o bom Pastor, irá trazê-las de volta para o seu país, para a sua terra; Ele irá apascentá-las e levá-las para lugares seguros e com fartura de água e comida.   Não terão mais medo, sede ou fome pois o Senhor, o Bom Pastor, cuidará de cada uma delas.

Essa Leitura está em perfeita sintonia com a Parábola Evangélica de hoje (Lc 15 3,7) aonde Jesus, o revelador do Deus do Primeiro Testamento anuncia que Ele é o Pastor que Ezequiel anunciou.   Sua Parábola está à serviço da compreensão de quem é, de fato, Deus, o Pai.   Ele não é como queriam os seus interlocutores (fariseus e doutores da lei) mas, um Pai de Amor que faz festa quando recupera uma só de suas ovelhas que se perdera.   Ele é capaz de "largar" 99 ovelhas no redil para ir, loucamente, atrás daquela que se extraviou seja por qual motivo for.   Ao encontrá-la coloca-a nos ombros e a leva segura para o redil e, não bastando tudo isso, ainda faz festa com os amigos para comemorar o resgate com sucesso que fez.   O texto parabólico se conclui com a afirmação de Jesus de que assim acontece no céu: há mais alegria por um pecador que se converte e se salva do que por 99 justos que não necessitam de conversão (ou melhor dizendo: pensam não necessitar!)

Tudo isso é obra da ação do Espírito Santo em nós.    Abrir-se a Ele e a sua ação é o caminho para compreendermos Deus como Ele é de verdade.   Isso nos fala o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (Rm 5, 5b-11).   É preciso compreender o que o Amor de Deus foi capaz de fazer por nós: permitiu a morte do Seu Filho quando éramos pecadores.   O que não será capaz de fazer agora que já estamos justificados?    

O Sagrado Coração de Jesus é a manifestação desse Amor Infinito de Deus por cada um de nós.   Celebrar tal Solenidade deve nos conduzir à compreensão desse Amor e, mais ainda, deve produzir em cada um (a) de nós o desejo de manifestar tal Amor por uma Vida que seja Sinal do mesmo!
Que Deus nos conceda tal graça!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"IX Domingo do Tempo Comum: A Salvação é Dom de Deus aos Homens e Mulheres!" - 02 de Junho de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos retomando na Vida da Igreja o Tempo Comum e, nesse Tempo Litúrgico, somos convidados a restaurar em nós e Imagem e Semelhança de Deus e, dessa forma, nos tornarmos santos e santos como Ele é Santo.   Nesse sentido, acompanhamos o Senhor Jesus em seu Ministério Público e, ouvindo o que Ele diz e vendo o que Ele faz vamos, pouco a pouco, percebendo como Deus é e, dessa forma, vamos moldando em cada um (a) de nós as suas marcas.    Esse é o Caminho da Santidade.

Na Celebração de hoje (IX Domingo do Tempo Comum) temos um assunto que é um tanto quanto complicado de ser aceito por nós: A Salvação é Obra e Graça de Deus aos Seus e, portanto, nada daquilo que o homem ou mulher façam altera essa Verdade!   Os textos da Palavra de Deus dessa Santa Missa nos revelam tal Verdade.

Assim, na Primeira Leitura (I Rs 8, 41-43) vemos o rei Salomão em Oração no Templo de Jerusalém que ele havia construído para o Senhor.    Sua oração é rica de sentido e nos revela uma das características do Ser de Deus: Ele é um Deus aberto para todo (a) aquele (a) que para Ele se voltar.   O "Estrangeiro"(que não pertence ao povo de Deus = Israel) pode ir ao Templo e rezar e, se isso ocorrer - pede Salomão ao Senhor - "não o deixes sair sem resposta mas atenda-o!"   Essa abertura divina ao "estrangeiro" fará com que o Nome do Senhor seja reconhecido por toda terra e, isso levará o mundo a amar e respeitar o Senhor que tem Seu Nome invocado naquele Templo.

Que bela oração essa de Salomão!   Uma oração que nos faz pensar no Ser de Deus e percebê-Lo como Aquele que está aberto às necessidades dos irmãos e irmãs, sejam eles quem forem, venham de onde vierem e, mais ainda, façam o que fizerem.   Nada importa para Deus a não ser o desejo do ser humano de se encontrar com Ele e querer fazer o que ele quer!

Na Segunda Leitura (Gl 1, 1-2.6-10) o Apóstolo Paulo faz um alerta aos Gálatas e a nós reunidos para essa Celebração: devemos estar atentos para não cairmos na esparrela de um "outro evangelho" (se é que outro evangelho exista!).   De acordo com o Apóstolo, não se pode aceitar um outro mediador entre Deus e os homens, a não ser o Homem-Deus Cristo Jesus.   Todo o resto é conversa fiada.   Por Amor aos homens, Deus se fez Homem para nos salvar e, isso basta!   Essa é a Verdade que salva e que deve ser anunciada e vivenciada pela Igreja.

Por fim, o Evangelho (Lc 7, 1-10) nos revela a ação de Jesus, o Cristo em favor de alguém que "não é do Povo de Deus, isto é, é um estrangeiro".    Jesus é a revelação na carne do Deus do Primeiro Testamento, revelado na Primeira Leitura de hoje: Aquele Deus a quem Salomão dirige a sua prece pedindo que atenda aos pedidos dos estrangeiros que fossem ao Templo para rezar pois assim Ele (Deus) seria conhecido por todas as nações!   Por isso, Jesus, ao saber da necessidade do Centurião Romano, resolve atender.    Quando estava a caminho para curar o empregado do Centurião, recebe uma prova de Fé: o Centurião manda dizer que Jesus não precisava entrar em sua casa, mas, se Ele dissesse um única palavra o seu empregado seria salvo!   Jesus fica "espantado" com tal manifestação de fé e afirma que nem em Israel encontrou tamanha fé!   Crer nesse Jesus é a única necessidade para ser salvo!   Por conta da fé do Centurião, o seu empregado ficou curado!

Peçamos a Deus que nos aumente a fé e dessa forma consigamos ser salvos!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares   


"Solenidade de Corpus Christi: Jesus se dá a nós em Seu Corpo e Sangue!" - 30 de Maio de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no mundo, a Segunda Solenidade do Senhor nessa retomada do Tempo Comum: Corpus Christi!   Nessa Solenidade nós queremos reafirmar, com toda a Igreja a nossa Fé na presença REAL DE JESUS, com SEU CORPO E SANGUE, no Santíssimo Sacramento do Altar.   A Eucaristia não é um símbolo, não é uma lembrança, não parece ser mas É O PRÓPRIO JESUS QUE SE DÁ A NÓS COMO ALIMENTO!

Assim, na Primeira Leitura (Gn 14, 18-20) percebemos, pelas oferendas dessa personagem misteriosa (Melquisedec - rei de Salém) um anúncio da nossa Eucaristia: a oferta do vinho e do pão e a bênção dada a Abraão!   Deus é Bendito pelas maravilhas feitas em favor dos seus!   

Na Segunda Leitura (I Cor 11, 23-26) nos revela o Apóstolo Paulo ensinando o sentido da Eucaristia: Jesus, ao final da Ceia, toma o pão e o vinho, dá graças, abençoa e entrega dizendo: ISTO É O MEU CORPO; ISTO É O MEU SANGUE... FAÇAM ISSO EM MINHA MEMÓRIA!   A Eucaristia não tem a aparência divina mas é o próprio Deus dado a nós para nosso Alimento e, isso ocorre para que possamos cumprir a nossa missão: Testemunhar com nossa Vida tudo que Ele fez e ensinou!

Por fim, o evangelho (Lc 9, 11b-17) nos relata a Multiplicação dos Pães e, nesse episódio vemos os sinais da Eucaristia presentes: a Palavra de Jesus e a multiplicação dos bens de modo que todos tivesse o suficiente para viver!

Celebrar a Eucaristia é estar aberto para repetir tudo o que Jesus fez e ensinou: acolher os pobres, servi-los, alimentá-los, amá-los será a grande prova da verdade que esse Sacramento quer nos transmitir e, somente dessa forma, o mundo crerá Naquele que cremos!

Que Deus nos ajude nessa Missão e, alimentados pelo Corpo e Sangue do Senhor possamos revelá-Lo ao mundo com nossa vida!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Solenidade da Santíssima Trindade: Deus, Comunhão de Pessoas se dá a conhecer aos Homens e Mulheres!" - 26 de Maio de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria estamos retomando, na Vida da Igreja, os Finais de Semana do Tempo Comum e, dessa forma, somos convidados a compreender que Deus nos chama a ser santos e santas como Ele é Santo.   Durante o Tempo Comum, a Igreja é convidada a buscar em Deus a força e as condições para alcançar a Santidade que tem Ele como Fonte, como Origem.   Assim, nada mais interessante do que retomarmos tal Tempo Comum com a Solenidade da Santíssima Trindade pois o objetivo da mesma é nos ajudar a entender quem é esse Deus que nós dizemos acreditar.

Às vezes somos tentados a pensar que Deus é o mesmo para todos (as) mas, isso não é verdade pois, como sempre eu digo, se assim fosse estaríamos TODOS (AS) no mesmo local, na mesma Religião e, isso não acontece.   Daí, é importante que nos perguntemos constantemente, quem é esse Deus que professamos como Verdade em nossas Vida?    Quais são as suas características marcantes para que possamos restaurar em nós a Sua Imagem e Semelhança?   A Palavra de Deus de hoje quer nos ajudar nessa reflexão.

Assim, a Primeira Leitura (Pr 8, 22-31) nos apresenta a Sabedoria de Deus personificada em uma Pessoa.   Essa Sabedoria estava junto do Senhor desde as origens e, mais ainda, é por Ela que o Senhor criou tudo o que existe.   Antes de Tudo ela foi gerada para que TUDO se fizesse em Seu nome.   Por fim, o texto revela que a Sabedoria "brinca na superfície da terra e tem a sua maior alegria no estar com os filhos dos homens!"   

Que beleza de texto pois nos revela a unidade entre Pai e Filho, as duas Pessoas da Santíssima Trindade e, mais ainda, a interdependência (se é que podemos falara assim!) de uma para com a outra Pessoa.   De fato, no Livro do Gênesis encontramos, nas narrativas da Criação essa Unidade entre as Pessoas Divinas e, o Pai Cria por força da Sua Palavra, do Verbo, da Sabedoria: ao FAÇA-SE do PAI as coisas começaram a existir!

O pecado desvirtuou o Projeto Divino da Criação e, por isso, na plenitude dos tempos a Palavra (Sabedoria) do Pai se ENCARNOU E HABITOU ENTRE NÓS!   Essa Palavra Encarnada é Jesus que veio para nos apresentar o Caminho de volta para o Pai.   Tal obra de retorno ao Pai, iniciada por jesus será levada a bom termo pela Ação do Espírito Santo (Terceira Pessoa da Trindade) e que nos está apresentado no Evangelho de hoje (Jo 16, 12-15) pois Ele é o Espírito da Verdade (e Deus é a Verdade) e nos ensinará e nos conduzirá à plena Verdade.   É esse Espírito Santo, Espírito da Verdade que nos ajudará a glorificará o Pai e o Filho como Eles merecem e desejam ser glorificados!

Por fim, a Segunda Leitura (Rm 5, 1-5)  nos apresenta a nossa nova condição em relação a Deus, o Pai: estamos, pela fé, reconciliados com Ele por meio de Jesus.   Viver como Jesus viveu e fazer o que Ele fez, só por obra e graça do Espírito Santo: é Ele quem nos fortalece para vencer as Tribulações, produzir constância, que nos leva a Virtude Provada, que por sua vez desabrocha na Esperança e, esta não decepciona pois o Amor de Deus nos dado, foi posto em nossos Corações por esse mesmo Espírito.

Que Deus, Uno e Trino nos conduza ao conhecimento pleno e perfeito de Seu Ser e, dessa forma, guiados pelo Espírito possamos RESTAURAR A SUA IMAGEM E SEMELHANÇA EM NÓS!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Solenidade de Pentecostes: A Igreja nasce e vive pela Ação e pela Força do Espírito Santo!" - 19 de Maio de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com toda a Igreja, a Solenidade de Pentecostes e, com tal Solenidade, encerramos o Ciclo da Páscoa na Vida da Igreja nesse ano de 2013.   Na semana passada, falávamos que a Ascensão do Senhor e Pentecostes encerram esse Ciclo Pascal e isso se dá por conta do sentido que tais Solenidades nos oferece: Jesus que voltou para junto do Pai, deixa conosco a Missão de continuar a Obra começada por Ele e, isso não faremos sozinhos mas auxiliados, conduzidos pelo Seu Espírito que Ele derrama, juntamente com o Pai, sobre nós no dia de hoje.   Dessa forma, podemos afirmar que a Solenidade de Pentecostes é o Aniversário de Nascimento da Igreja pois é a sua revelação ao Mundo!

O Evangelho de hoje (Jo 20, 19-23) nos revela a Primeira Aparição de Jesus aos seus discípulos depois da Ressurreição (é a primeira parte do Evangelho do II Domingo da Páscoa).   Após a primeira sexta-feira Santa, os discípulos estão fechados, num lugar à parte pois têm medo do que os judeus poderiam fazer com eles.   É nesse contexto de medo (contrário da Fé) que o Senhor se revela vivo, ressuscitado aos seus.   Ele entra no lugar sem bater e sem abrir a porta pois para o Ressuscitado não há mais barreiras e os seus devem CRER nisso.   Deseja a Paz e, depois os ENVIA: Como o Pai me enviou, Eu envio vocês!   Não é para ficar trancados, com medo que o Senhor conta com os seus mas, ao contrário para IR AO MUNDO E ANUNCIAR A VIDA NOVA E O PERDÃO DOS PECADOS NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO: Os pecados que vocês perdoarem serão perdoados e os não perdoados não serão perdoados.   O Sopro de Jesus Ressuscitado sobre a Comunidade revela a Nova Vida que Ele oferece; acontece, aqui, a restauração da Vida Plena vivida no Paraíso e que o pecado destruiu.   Por isso a Comunidade Nova deve ser capaz de RESTAURAR ESSA VIDA PLENA NO MUNDO!

Essa restauração do Mundo começa em Pentecostes de acordo com a Primeira Leitura (At 2, 1-11).   Mas uma vez o texto bíblico nos aponta o medo dos discípulos e a sua condição de prisioneiros do próprio medo.   Não são capazes de viver a Missão até a chegada do Defensor, do Espírito Santo.   Mas, como o Senhor havia prometido, Ele chega e como Fogo, como Línguas de Fogo paira sobre todos (as) os presentes.   São essa Línguas de Fogo que descem do Céu de junto do Pai e do Filho que capacita os discípulos para a Missão já mencionada domingo passado e no início da reflexão de hoje:  movidos pela Força do Alto, os discípulos COMUNICAM (Línguas de Fogo) a Boa Nova da Páscoa a todos (as) os presentes em Jerusalém.   É a Nova Lei que o senhor oferece: é o Seu Espírito derramado nos Corações de todos (as) que todos (as) possam reconhecer, chamar a Deus de Pai e viver como seus filhos e filhas.

Esse Espírito no leva a reconhecer Jesus como nosso Senhor e a viver de acordo com a Sua Vontade, é o que nos fala o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (I Cor 12, 3b-7.12-13).   É Ele o responsável, daqui para frente, por oferecer aos membros do Corpo de Cristo as condições para o cumprimento da Sua Vocação, do Seu Ministério.   Sem o Espírito Santo agindo em nós e nos concedendo os Seus dons, nada poderemos fazer de bom, para a Construção do Reino de Deus que Jesus iniciou mas, que agora, está em nossas mãos levá-Lo a BOM TERMO!

Que o Espírito Santo derramado em nossos corações nos auxilie na vivência da Vontade do Pai e do Filho a nossa respeito!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Ascensão do Senhor: Chegou a hora e a vez da Igreja ser no mundo o Sinal do Senhor!" - 12 de Maio de 2013

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Entramos, agora, na reta final do Tempo Pascal: a Solenidade da Ascensão (celebrada hoje) e a de Pentecostes (próximo Domingo) encerram esse Ciclo de extrema importância para nossa Caminhada de Fé.   Daí, nos perguntamos: Por que tais Solenidades marcam o final desse Ciclo Pascal?   Que mensagens elas nos trazem?   É isso que, a partir de agora, responderemos.

A Ascensão do Senhor é a Solenidade que nos fala que o Senhor Jesus, que desceu de junto do Pai, após ter vivido entre nós e cumprido a Sua Missão até o fim, volta ao convívio Daquele que o enviou para o nosso meio.   Ora, tal fato levanta uma questão: O que acontecerá com o trabalho que o Senhor iniciou entre nós?   Tudo estará acabado?   Como não perder TUDO o que o Senhor fez e ensinou?   Domingo passado, ouvimos o Senhor falando no Seu Evangelho que mandaria o Defensor, o Espírito e, este, por sua vez, ensinaria e recordaria TUDO o que Ele (Jesus) havia feito e ensinado.   Daí, nos perguntamos: Para quê o Espírito fará isso?   Qual a intenção de Jesus enviando o Seu Espírito?   Acredito que as respostas a tais questões estão na Solenidade de hoje.   Vejamos:

No Evangelho nos deparamos com a Última Aparição de Jesus aos Discípulos (Lc 24, 46-53) e a fala de Jesus é fundamental para compreendermos o que ocorrerá agora com a Sua Volta para junto do Pai: após falar do que estava escrito que aconteceria com Ele (sofrimento), continua afirmando que ressuscitaria e em Seu Nome seriam anunciados a CONVERSÃO e o PERDÃO DOS PECADOS A TODAS AS NAÇÕES.   Nesse momento, o Evangelho revela o objetivo da Solenidade de hoje: VÓS SEREIS TESTEMUNHAS DE TUDO ISSO E PARA TANTO RECEBEREIS O ESPÍRITO SANTO PROMETIDO!    Depois, ergueu as mãos, abençoou-os e voltou para o Pai.   

Ora, a Ascensão de Jesus nos revela que o Senhor voltou para o Pai mas a Sua obra não terminou.   Ao contrário: ela continuará, agora, com cada um (a) daqueles (as) que, fazendo a EXPERIÊNCIA da RESSURREIÇÃO, dará TESTEMUNHO DESSA VERDADE, DESSA VIDA NOVA.   Essa missão é nossa, da Igreja, de todos (as) batizados (as).

O Ciclo Pascal que começa a se fechar nos revela que a bola que esteve nos pés no Senhor foi passada para nós e o jogo, daqui para frente, será conosco, por nossa conta e, ninguém poderá se esquivar.

Na Primeira Leitura (At 1, 1-11) temos essa mesma ideia central: Aquele que subiu voltará e, por isso, não é hora de ficar olhando para o Alto mas, é hora de colocar as mãos na massa e fazer acontecer a Sua Vontade, revelar a Sua Palavra com nossa ações, movidos pelo Espírito que vem!   Fazer a Experiência com o Ressuscitado deve nos levar ao cumprimento dessa Missão: dar continuidade à Sua Obra em favor do Reino de Deus.   Aliás, é preciso compreender que o Senhor Jesus só iniciou a construção do Reino de Deus.   Levá-Lo a bom termo é tarefa de cada um (a) de nós que, tendo feito a Experiência com Ele Vivo e Ressuscitado, devemos dar TESTEMUNHO dessa Verdade.

Na Segunda Leitura (Ef 4, 1-13), o Apóstolo Paulo no exorta a caminharmos de acordo com a Vocação que recebemos: é preciso dar suporte com Amor e Mansidão a todos que desejam viver como vivemos.   Somos membros de um só Corpo, temos um só Senhor, professamos uma só Fé, recebemos um só Batismo e cremos num único Deus e Pai de todos, que reina sobre todos.   Não importa a missão e a vocação que recebemos, importante é vivê-las de acordo com a vontade Daquele que nos concedeu sermos o que somos e termos o que temos para viver a Sua Palavra.

Que a Solenidade da Ascensão nos ajude a compreender melhor a nossa Missão nesse mundo e, dessa forma, possamos vivê-la de acordo com a Vontade do Senhor!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"VI Domingo da Páscoa: Aquele que GUARDA A PALAVRA AMA O SENHOR!" - 05 de Maio de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no mundo o VI Domingo da Páscoa e, dessa forma, entramos na reta final desse Tempo Litúrgico.   Durante todo esse período estamos reforçando duas ideias fundamentais: Fazer a Experiência com o Ressuscitado e Testemunhá-Lo com nossa Vida!   Crer no Ressuscitado não é tarefa fácil e, para tanto, é importante que estejamos abertos para fazer com Ele uma Experiência; é preciso senti-Lo vivo em nós para podermos dar Testemunho da Vida Nova que tal Experiência nos oferece.

Nesse Domingo, a Palavra de Deus nos oferece a oportunidade de aprofundar essas ideias expostas acima.

No Evangelho (Jo 14, 23-29) Jesus continua o seu Discurso de Despedida como já vem fazendo dos últimos dias.   Ele, já no final desse Discurso, afirma: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra..."   Aqui, nos perguntamos: "Que palavra é essa?"   Exatamente a Palavra do Evangelho, do Seu Discurso de Despedida aonde Ele expressa, de forma clara e objetiva, os critérios fundamentais para o Seu seguimento.   Já ouvimos o trecho sobre o Lava-pés com suas lições e o Mandamento Novo do Amor e, percebemos neles que seguir Jesus não é tarefa fácil pois toda Sua orientação vai de encontro, isto é, se choca com aquilo que o mundo nos pede e nos oferece.   O Poder no mundo é utilizado mandar e tiranizar os outros, em Jesus, o Poder se torna SERVIÇO PRESTADO POR AMOR; o Amor deve ser causa de doação da pró´ria Vida para os seguidores de Jesus e no mundo é causa de manipulação do outro ao seu bel prazer.   Amar o Senhor implicará em GUARDAR A SUA PALAVRA e, nesse ponto, um outro contraditório em relação ao mundo: o verbo GUARDAR para o mundo tem sentido de ESCONDER e, para o Senhor tem sentido de REVELAR, MANIFESTAR de modo que quem GUARDA A SUA PALAVRA DEVE MANIFESTÁ-LA pois eu mostro que tenho a Palavra comigo quando sou capaz de promover ações concretas que demonstrem que Ela está em mim.

Ora, nesse sentido, GUARDAR A PALAVRA não é tarefa fácil e, por isso, o Senhor declara que enviará o Defensor, , o Espírito Santo e, será Ele o responsável por ENSINAR E RECORDAR TUDO O QUE O SENHOR DISSE, isto é, a SUA PALAVRA.   Esse Espírito Santo nos dará condições de experimentar a Paz mesmo quando tudo for contrário à mesma pois a Paz do Senhor não é (aliás, como nenhum outro ponto é) igual àquela que o mundo oferece.   Tudo isso é vontade do Senhor Ressuscitado a respeito de cada um (a) de nós.

A ação desse Espírito dirige a Igreja desde os seus primórdios e, isso podemos perceber na Primeira Leitura (At 15, 1-2.22-29) que nos revela os resultados do Primeiro Concílio da Igreja: para resolver problemas que alguns não inspirados pelo Espírito geraram nas Comunidades procedentes do Paganismo, a Igreja se reúne e, aberta ao Espírito chega à conclusão de que não seria necessário IMPOR aos IRMÃOS PROVENIENTES DO PAGANISMO NENHUM OUTRO FARDO DO QUE AQUELE QUE A PRÓPRIA VIDA JÁ IMPÕE.   Algumas recomendações ão dadas mas, no geral, há o reconhecimento e acolhimento dos irmãos "de fora" (pagãos) como membros afetivos e efetivos da Comunidade.

Por fim, a Segunda Leitura (Ap 21, 10-14.22-23) continua nos revelando a Cidade Santa, a Nova Jerusalém que desce do Céu para junto dos homens e mulheres na terra.   Essa Cidade tem algumas características marcantes que demonstram que Nela o GUARDAR A PALAVRA é central: Ela vem de junto de Deus para o meio dos homens; ela tem doze portas, repartidas em quatro grupos de 03 portas cada um e, mais ainda, cada grupo está voltado para um dos 04 cantos da terra demonstrando que a Cidade de Deus está aberta para todos (inclusive os pagãos da Primeira Leitura) e, por fim, a Cidade de Deus não tem mais Templo nem Luz Artificial pois Deus, o Senhor, o Cordeiro ocupam tais funções.

Peçamos a Deus, nesse VI Domingo da Páscoa que nos conceda a graça de viver de acordo com aquilo que a Sua Palavra nos diz e, guardando-A em nossos corações possamos revelá-La sempre que necessário com nossas vidas!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares