sexta-feira, 28 de novembro de 2014

"I Domingo do Tempo do Advento: A Vigilância Ativa do Cristão apressa a Vinda do Senhor!" - 30 de Novembro de 2014

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos iniciando um Novo Ano em nossa Igreja e, vivendo a alegre esperança do Tempo do Advento nos preparamos para as Celebrações do Tempo do Natal.   Durante 04 Semanas seremos conduzidos pela escuta, meditação, partilha e compreensão da Palavra ao Encontro do nosso Deus que se fez homem para nos salvar.   Encontrar-se com Deus não poder ser um mero produto do acaso e, por isso, exige de cada um (a) de nós uma preparação: o rompimento com TUDO que nos impede de encontrar o Senhor que vem ao nosso encontro será fundamental!

Tanto nessa primeira semana quanto na segunda, a Liturgia da Igreja nos colocará em contato com a Segunda Vinda de Jesus, no final dos tempos e, na terceira e quarta semanas a Liturgia nos fará meditar sobre a Primeira Vinda de Jesus, nascido da Virgem Maria.

Assim, os textos da Palavra de Deus desse I Domingo (Ano B - Marcos) quer nos levar à compreensão da necessidade de estarmos atentos, vigilantes, apostos para que a chegada de Deus em nossas vidas não nos pegue despreparados (as).   Mas, o que significa "estar preparados?"  "estar vigilante?"

A Primeira Leitura (Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7) nos apresenta uma Oração muito bonita que o Povo faz, após o retorno do Exílio na Babilônia, reconhecendo o Senhor como Pai e Redentor e os seus próprios pecados.   O povo andou longe dos caminhos do Senhor por conta de seu coração endurecido pelo pecado.   Dessa forma, o povo teve que experimentar a dureza de vida que se encontra longe de Deus (Exílio).   Em contrapartida, reconhecer a vida difícil como consequência das más escolhas feitas (longe de Deus) é um passo importante para a própria recuperação e, é isso que o Povo pede: Ah! se rompesses os céus e descesses!   As montanhas se desmanchariam diante de ti..."   O povo reconhece que Deus (Javé) é o único que caminha junto do Povo lhe proporcionando o melhor!   No entanto, ter Deus perto de si requer alguns cuidados: praticar a justiça com alegria, lembrar-se Dele pelos caminhos, evitar o pecado, retornar aos caminhos de outrora - é assim que seremos SALVOS!   O pecado destrói, nos suja, nos murcha e as maldades nos levam para longe de Deus como um vento impetuoso.   Apesar disso tudo, reconhece o Povo: Tu és o nosso Pai, nós somos barro; Tu nosso oleiro, e nós todos, obra de tuas mãos!

É esse reconhecimento da vida que levamos que nos poderá aproximar de Deus que vem ao nosso encontro nesse Tempo Litúrgico.   É dessa forma que estaremos preparados para nos aproximar Dele sem receios, sem medo.   É disso que nos fala o Evangelho de hoje (Mc 13, 33-37) quando nos aponta o Senhor pedindo dos seus seguidores "Cuidado e Atenção".   O Encontro com o Senhor é algo certo mas, como vínhamos refletindo nos últimos domingos, não sabemos dia e hora!   O Senhor se afastou mas nos deixou com uma grande responsabilidade: cuidar da Sua Casa e, para tanto, deu responsabilidades para cada um (a) de nós!   Cumprir com a nossa responsabilidade no cuidado da Casa do Senhor é o caminho seguro para não sermos apanhados de surpresa e ficarmos decepcionados no final.   O dia e a hora não são do nosso conhecimento e, por conta disso: "CUIDADO E ATENÇÃO!"

Não há desculpas para não estarmos preparados pois, de acordo com o Apóstolo Paulo, na Segunda Leitura de hoje (I Cor 1, 3-9) fomos enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou em nós!  Dessa forma, não temos falta de nenhum Dom...   Tudo que precisamos para cumprirmos a Vontade do Senhor ao nosso respeito, Ele já nos ofereceu!   

Pensemos nisso e vivamos esse Novo Tempo Litúrgico na Graça de Deus!

Oremos:
Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fieis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos á sua direita na comunidade dos justos.   Por nosso Senhor jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.   Amém!

Boa celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

"Festa de Jesus Cristo, Rei do Universo: O Amor e o Cuidado para com os Necessitados deve ser a Marca de Todo (a) Aquele (a) que PROFESSA A FÉ EM JESUS CRISTO!" - 23 de Novembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com a graça de Deus chegamos à Celebração do Último Domingo do Ano Litúrgico de 2014 com a Celebração de Cristo Rei.   Essa é uma Celebração que nos indica o modo que o Senhor tem de reinar sobre os Seus para que possamos saber, também, qual deverá ser o nosso comportamento de Cristãos e Cristãs.   Quando não compreendemos o tipo de Rei que o Senhor é, não saberemos construir o Seu Reino e, correremos um sério risco de trabalharmos em vão nessa Obra de Salvação.

Quando falamos em Rei nos vem logo à mente os modelos que a História da Humanidade nos apresenta: aquele que comanda e manda o seu reino; que possui súditos; que se assenta em trono; rico; poderoso; aclamado e reverenciado por todos; que não serve mas é, ao contrário, servido ...   Poderíamos, aqui, formar uma imensa lista do que nos diz a História sobre o ser e o comportamento dos reis mas, acredito que esses dados já sejam suficientes para iniciarmos o nosso confronto com o estilo do Senhor de Reinar a partir da reflexão da Palavra de Deus proposta nesta Liturgia.   Vejamos:

Na Primeira Leitura (Ez 34, 11-12.15-17) vivemos o período do Exílio na Babilônia e o profeta faz um análise das causas do mesmo Exílio: O que levou o Povo para tal situação?   De quem é a culpa?   O que aconteceu ou deixou de acontecer para que tal catástrofe se abatesse sobre a Comunidade dos Filhos de Israel?   Dessa forma, o profeta vai percebendo e fazendo perceber que o grande problema ou grande causa daquela fatídica situação foi o abandono, sobretudo por parte dos chefes do povo (pastores) dos caminhos propostos por Deus!   Esses chefes, escolhidos e ungidos por Deus, para representá-Lo e conduzir do o Seu Povo de acordo com a Sua Vontade, se perverteram e passaram a usar do poder que lhes fora concedido por Deus em benefício próprio.   Dessa forma, no lugar de servirem ao Povo passaram a se servir do Povo; no lugar de gerar a vida para todos, passaram a gerar a vida para eles mesmos e os seus; no lugar de cuidar do povo - sobretudo os mais carentes - exigiam que os mesmos cuidassem deles ... em outras palavras: Mudaram os parâmetros que norteavam a vida oferecida por Deus!

Nesse sentido, a exploração e a destruição da vida passaram a ser o foco: não cuidaram do rebanho mas se aproveitaram dele, exploraram TUDO que o rebanho tinha de bom e, no fim, abandonou o rebanho à sua própria sorte (usaram a lã, comeram a carne, usaram a gordura, beberam o leite ...) e quando ficaram fracas e sem condições de oferecer mais nada, as ovelhas foram dispersadas pelos montes e vales para morrerem longe e não pedirem ajuda.

Deus, porém, é o Dono do Rebanho e o Seu Pastor Verdadeiro.   Por isso não irá deixar as ovelhas ao léu: Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas ... vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão!  Que belas e consoladoras palavras do profeta que fala em nome de Deus!!!   O Senhor irá buscar e cuidar das ovelhas do Seu Redil: procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a de perna quebrada, fortalecer a doente e vigiar a ovelha gorda e forte!   Nenhuma ficará sem os cuidados do Pastor Verdadeiro!   

Por fim, o Verdadeiro Pastor diz que fará justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes!

Como podemos perceber, nessa Primeira Leitura já encontramos os contraste entre o jeito de reinar dos reis da terra e o Novo Jeito trazido à tona pelo Senhor: o mundo explora e o Senhor Cuida!

Assim, essa leitura nos prepara para compreensão da força que o texto evangélico de hoje tem (Mt 25, 31-46) pois se utilizando das mesmas imagens, São Mateus nos apresenta o critério fundamental para provarmos a nossa adesão a esse Rei Jesus e podermos construir o Seu Reino que, como afirmamos em cada Celebração, também é nosso!

Estamos diante da Terceira Parábola desse capítulo 25 de Mateus (a primeira foi a das Virgens = Finados; a segunda, vimos na semana passada = dos Talentos).   Aqui, o Senhor nos apresenta o que é importante fazer para ser Salvo no final de nossa peregrinação nesse mundo e, o critério é muito simples: CUIDAR DA OVELHA NECESSITADA DE NÓS COMO SE ESTIVÉSSEMOS CUIDANDO DO PRÓPRIO SENHOR: tive fome, sede, frio, estava doente, preso e sem teto e você cuidou de MIM!   Essas são ações muito simples e todos podemos fazer mas, apesar disso, as negligenciamos e perdemos a oportunidade de viver a nossa vida de acordo com a Vontade do Rei Jesus!   De acordo com esse Evangelho, a Salvação ou Perdição dependerá do que tivermos feito ou não a um dos irmãos mais pequeninos do Senhor por Amor a Ele!   Lembre-se: Para nós Cristãos, o Amor a Deus sobre todas as coisas passa, necessariamente, pelo Amor ao Próximo como a nós mesmos!

Oremos:

Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, Vos glorifiquem eternamente!   Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares


terça-feira, 18 de novembro de 2014

"XXXIII Domingo do Tempo Comum: É preciso multiplicar os TALENTOS que o Senhor nos dá!" - 16 de Novembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria chegamos ao penúltimo domingo do Ano Litúrgico e, dando continuidade à nossa reflexão desse último mês queremos obter da Palavra de Deus as condições para nossa avaliação da Caminhada de Fé realizada até aqui.

Iniciamos este mês de Novembro com a Celebração Solene de Todos os Santos (01/11) e refletimos sobre o nosso fim último: a Santidade!   Percebemos que ser Santo (a) é uma moeda com dois lados: de um compreendemos que a Santidade é possível e, até certo ponto "fácil" pois trazemos em nós mesmos o germe da mesma: "Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos!"  nos afirmou São João em sua Primeira Cara (segunda leitura daquele dia) mas, por outro lado é complicado e até muito difícil viver tal Santidade pois somos convidados a vivê-la nesse Mundo que se opõe a Deus, Autor e Origem da Santidade e, por conta disso, somos "perseguidos, enfrentamos tribulações e devemos vencê-la para estarmos no Céu com a grande multidão vestida de branco e com palmas nas mãos" de que nos falou o Apocalipse de São João (primeira leitura daquele dia).   Por fim, o Evangelho de São Mateus, ao nos apresentar as Bem-Aventuranças nos colocou em contato com realidades que não gostaríamos de experimentar em nossas vidas: pobre em espírito, mansos, puros de coração, misericordiosos, promotores da paz, que tem sede e fome de justiça, caluniados, perseguidos, injuriados por Amor a Deus ... nos  fizeram refletir sobre o caminho que trilhamos até aqui: de fidelidade ou não à Vontade Soberana de Deus sobre nós???

Logo no dia seguinte (02/11), ao celebrarmos a memória dos Fieis Falecidos, fizemos uma reflexão sobre a dura realidade da morte que nos atingirá a todos (as) e da qual não poderemos fugir.   Diante disso, nos perguntamos sobre como estamos nos comportando para que a mesma não nos encontre desprevenidos ou, como nos falou o Evangelho de São Mateus, sem óleo de reserva para a hora que o Noivo chegar.   O óleo que utilizado para fazer a lâmpada resplandecer não se pega emprestado e nem se adquire na última hora (não se compra) mas é conquistado a cada dia com as nossas ações de fidelidade ao Projeto de Deus em nossas vidas.

Depois, com a Celebração da Festa da Dedicação da Basílica de São João do Latrão (09/11) fizemos uma reflexão sobre o sentido da "Dedicação de um Templo = Pedra ao Senhor": tal Dedicação só terá sentido se os frequentadores desse espaço físico = Templo de Pedra for, de fato, um Templo Vivo do Espírito de Deus.   A beleza do Templo feito de Pedras é contemplado pelo mundo na beleza de vida dos seus fieis que ao beberem da Água Viva que brota do Altar seguem pelo mundo promovendo a Vida em toda a sua plenitude por onde que que passam (Ezequiel, primeira leitura).  Quando não há coerência de vida dos fieis, ocorre a profanação do Templo e o Senhor não deixa barato tal profanação (Evangelho de João, expulsão dos vendilhões do Templo).

Hoje, dando sequência a essa reflexão a Palavra de Deus nos convida a meditar sobre a nossa responsabilidade nesse mundo, nesse tempo.  Como crentes somos convidados a trabalhar com aquilo que o Senhor nos oferece, multiplicando as suas riquezas.

Assim, o Evangelho (Mt 25, 14-30) está na sequência do escolhido para o Dia dos Finados (Parábolas da Virgens) e, portanto segue a mesma linha de reflexão.   A Parábola de hoje nos coloca diante da responsabilidade que temos ao recebermos do Senhor parte de sua riqueza: 5, 2 ou 1 talento que seja.   A quantidade não importa pois o Senhor distribui  de acordo com as capacidades de cada um (a).   Ele não exige dos seus o que os seus não podem lhe oferecer.   Importante é que, tão logo cada um (a) receba a sua parte, saia para buscar multiplicar pois o Senhor voltará e quererá receber o que é Seu, no mínimo com Juros (o que recebeu 1 talento).   Para o Senhor, a recompensa por ter feito o que Ele esperava é a mesma para todos: Venha participar da minha Alegria!   Mas, por outro lado, o que Ele não tolerará será a preguiça disfarçada num medo que não se justifica!   Quando não se faz a parte que nos cabe, acabamos por ficar sem nada pois até o que achamos que temos nos será tirado e entregue àquele que tem mais!

A volta do Senhor é inevitável mas, como nos afirma o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (I Ts 5, 1-6) não sabemos o dia nem a hora pois será como um ladrão à noite ou como as dores da mulher em trabalho de parto: aparecem quando menos se espera!  Daí a importância de uma vigilância ativa, sem acomodação, sem preguiça (Evangelho) pois não somos das trevas mas da Luz!

Ora, dessa forma, compreendemos a força da Primeira Leitura (Pr 31, 10-13.19-20.30-31) ao decantar as qualidades de uma "Mulher Ideal", "Alegria do Seu Marido e de toda a sua família.   Na verdade, essa "Mulher" simboliza todo o Povo de Deus, Mulher e Esposa do Senhor: quando Ela faz o que se espera dela, ela vale mais que as jóias; seu marido confiará nela e não terá falta de recursos; é causa de alegria e não de desgosto (recompensa dos trabalhadores do Evangelho); é laboriosa, provendo o sustento dos seus e dos necessitados!   Essa é postura que o Senhor espera do Seu Povo, da Sua Esposa, da Igreja.  É dessa forma que a beleza real permanece pois a do mundo é passageira e fugaz.  O Temor do Senhor promoverá o sucesso de suas atividades!

Oremos:
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em Vos servir de todo coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a Vós, o Criador de todas as coisas.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

sábado, 8 de novembro de 2014

"Festa da Consagração da Basílica de São João do Latrão: A Igreja de Pedra deve REFLETIR A BELEZA DO SANTUÁRIO DE DEUS QUE SOMOS CADA UM (A) DE NÓS!" - 09 de Novembro de 2014

Queridos irmão e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no mundo a Festa da Dedicação da Basílica de São João do Latrão e, dentro do contexto de Final de Ano Litúrgico, somos convidados a refletir sobre a imagem e semelhança de Deus que estão em nós que nos faz Templos Vivos de Deus, Santuários Divinos para o mundo que nos cerca!   Isso não é pouca coisa e nos deve levar a pensar se estamos ou não preservando essa Santidade presente em cada um (a) de nós e, mais ainda, se estamos levando para todos (as) que cruzam o nosso caminho tal Santidade.

      "O Palácio do Latrão, propriedade da Família Imperial, tornou-se no séc. IV, habitação particular do Papa. A Basílica adjacente, dedicada ao Divino Salvador, foi a primeira Catedral do Mundo: aí se celebravam especialmente os Batismos na Noite de Páscoa.   Mais tarde, dedicada também aos dois Santos João, o Batista e o Evangelista, foi por muito tempo considerada a Igreja-Mãe de Roma, e nela se realizaram as sessões de cinco grandes Concílios Ecumênicos.
          Unindo-se, hoje, à Igreja de Roma, as Igrejas de todo o mundo lhe reconhecem a "Presidência na Caridade", de que já falava Santo Inácio de Antioquia.   Analogamente sucede na Festa da Consagração da Igreja Catedral de cada Diocese, à qual estão "ligadas" todas as Paróquias e Comunidades que dela dependem.   Todo edifício-igreja é consagrado  a Deus, e pretende exaltá-lo por um "mistério de salvação" ou pelas maravilhas operadas nos anjos, em Maria ou nos santos.   A sigla O.D.M. (Deo Optimo Maximo = A Deus Boníssimo e Excelso) domina o frontão dos edifícios sagrados.
          Esta é uma Festa do "Senhor".   O Verbo fazendo-se carne, armou a sua tenda entre nós (cf. Jo 1,14).   Cristo Ressuscitado está presente em sua Igreja: é dela Cabeça.   As Igrejas de pedra ou tijolos são um sinal dessa presença de Cristo: é Ele que aí fala, dá-se em alimento, preside a Comunidade reunida em oração, "permanece" conosco para sempre (SC 7).
          O Cenáculo, a Igreja Doméstica, as Basílicas Paleocristãs, as Catedrais Medievais, os Edifícios Sacros da Renascença ou do Barroco, as Arquiteturas Religiosas Modernas são sempre "qualificadas segundo a dimensão do homem": em todos os tempos a comunidade projetou na estrutura de seus edifícios a imagem que tem de si mesma.   Às vezes a imagem de igreja resulta bastante velada.   Contudo, JAMAIS FALTARAM AS PEDRAS VIVAS PARA A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO ESPIRITUAL DO QUAL O RESSUSCITADO É A PEDRA ANGULAR!  (cf. I Pd 2, 49)
(texto retirado do Missal Dominical, p. 1409)

É nesse contexto que meditamos os textos sagrados propostos para essa Festa.   A Primeira Leitura (Ez 47, 1-2.8-9.12) nos apresenta uma das visões que o Profeta tem sobre o Templo:  uma água que sai do lado direito do Templo, a sul do altar.    Essa água vai avançando em direção do mar (morada do mal) e vai ficando cada vez mais caudalosa: tornozelos, joelhos, cintura até formar um rio que só podia ser atravessado à nado.   A água vai promovendo a Vida por onde passa: animais, árvores frutíferas e que promovem a saúde dos seus usuários o ano todo.   

Essa visão do Profeta nos faz pensar sobre a nossa Missão no mundo: participar da Comunidade, experimentar Deus em nossas Celebrações deveriam nos transformar em homens e mulheres capacitados para levar a "água" que recebemos de graça para todos com os quais nos encontrarmos; é nossa missão de crentes "transformar o mundo caótico, sem vida ... em um mundo Sinal da Presença e Força de Deus".

A Segunda Leitura (I Cor 3, 9c-11.16-17) nos mostra o Apóstolo Paulo falando sobre o que somos: lavoura e construção de Deus!   Fomos construídos sobre um único e verdadeiro alicerce, isto é, Jesus Cristo!   Não se pode colocar ou construir sobre outro que não seja Ele.   Somos Santuários de Deus e não podemos destruí-Lo em nós mas, ao contrário, devemos cuidar de Sua Presença em nós para que todos O sintam em nossa vida!

Por fim, temos o Evangelho (Jo 2, 13-22) que nos apresenta a famosa expulsão dos vendilhões do Templo.   Aqui, pensando no que nos disse o Apóstolo na Segunda Leitura, poderíamos nos perguntar: não estamos profanando o verdadeiro Templo de Deus que somos cada um (a) de nós com nossa vida dedicada ao pecado?   Estaria o Senhor satisfeito com o que estamos fazendo de nossas vidas?

Que a Celebração da Festa da Dedicação da Basílica do Latrão nos leve a pensar na dedicação que devemos fazer, a cada dia, do Santuário que somos, Templos Vivos do Senhor Àquele que nos santifica e consagra!   Assim seja!

Oremos:
Ó Deus que edificais o vosso Templo com Pedras Vivas e Escolhidas, difundi na vossa Igreja o Espírito que Lhe destes, para que o vosso Povo cresça sempre mais, construindo a Jerusalém Celeste!   Por nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!  Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

sábado, 1 de novembro de 2014

"Finados: Comemoração de TODOS OS FIÉIS FALECIDOS!" - 02 de Novembro de 2014

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com toda a Igreja a memória de todos aqueles e aquelas que partiram desse mundo rumo à Casa do Pai.   Trazemos em nossa memória tantos irmãos, amigos, parentes, conhecidos que nos ensinaram a ser o que somos e, no dia de hoje, esperam nossas orações para que cheguem à contemplação de Deus tal qual Ele é.   Ainda ontem (01/11) celebrávamos Todos os Santos e, ali, naquela Solenidade nos uníamos à Igreja Triunfante; hoje, nos unimos à Igreja Padecente e pedimos ao Pai por cada um desses irmãos que aguardam, ansiosos para compor aquela multidão de veste branca e palma na mão que está no Céu, diante do Cordeiro!

Para a Liturgia de hoje, a Igreja nos oferece a possibilidade de 03 Celebrações com textos distintos porém com o mesmo objetivo: refletir sobre a realidade da morte não como fim último mas como transformação dessa vida que vivemos aqui, limitada e cheia de pecado, na Vida que Deus pensou para cada um de nós, seus filhos e filhas!   Além dos textos das 03 Celebrações ainda temos a possibilidade de escolher outras leituras propostas no Lecionário para esse dia.

Aqui, em nossa Paróquia Santa Cruz - Jardim Umarizal - São Paulo, SP escolhemos os textos propostos da Terceira Celebração com o Evangelho de Mateus 25, 1-13 (a história das 10 jovens com suas lâmpadas) que é o texto evangélico do XXXII Domingo do Tempo Comum e que celebraríamos no próximo domingo (09/11/14) mas que será substituído pela Festa da Consagração da Basílica do Latrão!   Dessa forma, aproveitaremos a oportunidade para refletir sobre esse texto evangélico tão rico e significativo para essa etapa final do Ano Litúrgico.   Os outros textos são: Primeira Leitura (Sb 3, 1-9); Sl 41; Segunda Leitura (Ap 21, 1-5a.6b-7).   Buscaremos meditar tais textos objetivando compreender, aos olhos da fé, o que significa, de fato, a morte para nós cristãos.   Vejamos:

Se há uma experiência que mexe com as nossas estruturas humanas, essa experiência é a Morte.   Ela põe em xeque uma série de questões, opiniões que temos; nos faz repensar valores e o modo como estamos conduzindo a nossa própria vida.   Em muitos momentos nos vemos apegados a tantas coisas, brigando por situações que, diante da Morte, perdem totalmente o sentido; passamos tanto tempo de nossas vidas buscando conquistar mundos e fundos e, diante da Morte, percebemos que perdemos tempo correndo atrás do nada, de ilusão pois ela (morte) chega sorrateiramente, sem pedir licença e nos arrasta consigo e todas as nossas lutas e conquistas ficam pra traz e de tudo que fizemos muito pouco levamos e, portanto, muito pouco contou.    Assim, nos perguntamos: O que, de fato, conta?   O que, de fato, é importante?   Como oferecer à Vida um sentido diante da certeza de que, mais cedo ou mais tarde, sairemos daqui sem levar ABSOLUTAMENTE NADA do que conquistamos?    Essas e tantas outras questões poderão ser clareadas com a nossa Celebração de hoje.

Começamos a nossa reflexão com o texto evangélico escolhido por nós (Mt 25,1-13).   Aqui, Jesus nos conta uma parábola (das 10 jovens ou virgens) para nos revelar o que é o Reino do Céu e como poderemos conquistá-Lo.   A história, muito conhecida de todos nós, no fala de um Grupo de Jovens ou Virgens que pegam suas lâmpadas e vão ao Encontro do Noivo.    Porém, o grupo apresenta uma divisão e, tal divisão revela os dois tipos de comportamentos que podemos ter enquanto estamos nesse mundo, aguardando a chegada do Noivo: há um grupo (05) prudente que não sabendo a que horas o Noivo chega, se previne e leva óleo de reserva e, outro grupo (05) imprudente que se ocupa somente o óleo que está dentro da lâmpada pois imaginam que será suficiente.   O problema é que o Noivo não chega na hora que se imagina mas na hora que Ele quer.   A noite chega e avança e as jovens acabam dormindo e, quando menos esperavam ouviu-se uma voz: O Noivo está chegando!   Saiam ao seu Encontro!   Imaginem a algazarra ... estamos no meio da noite ... as virgens cochilaram ... necessitam se aprontar rapidamente pois o Noivo não espera...   um tempo já se passou e consumiu o óleo das lâmpadas ... é preciso preencher o vazio das mesmas ...  Aqui, haverá a revelação de quem é quem: as prudentes, que levaram óleo a mais, repõem o mesmo nas suas lâmpadas e, imediatamente ficam preparadas mas, ao contrário, as imprudentes percebem o fogo se extinguindo e não possuem óleo para reposição.   Essas últimas entram em pânico e buscam, no último momento, fazer algo que deveriam ter feito ao longo da vida e não fizeram: pedem um pouco de óleo às prudentes mas, estas por sua vez dizem que não pois poderiam ficar sem óleo para elas mesmas; há outra possibilidade: COMPRAR NO MERCADO!   Partem para o Mercado mas o tempo chega ao fim pois o Noivo chega e quem está com a lâmpada acesa entra com Ele para a Festa e a Porta se fecha!   Chegam, por fim, as que foram comprar de última hora e encontram a Porta Fechada e batendo pedem para abrir.   O Noivo, porém, responde: Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!   Daí, a conclusão: Ficai VIGIANDO POIS NÃO SABEIS O DIA NEM A HORA!

Esse óleo que enche a lâmpada é conquistado quando vivemos a nossa vida de acordo com a Vontade do Pai do Céu; cada gesto, palavra, pensamento feitos em nome desse Pai, nos dá a possibilidade de adquirir um pouco mais de óleo além de tudo que deixamos de fazer por sabermos não está em consonância com Sua Vontade.   A vida nos foi dada por Ele para vivermos como Ele quer mas, em muitos momentos, nos esquecemos disso e vivemos como achamos e queremos.   No último momento poderemos não ter mais tempo para fazermos aquilo que ao longo de toda a vida deveríamos ter feito e não fizemos.   A Comemoração dos Fiéis Falecidos nos deve alertar para isso: estamos enchendo a nossa lâmpada com o óleo conquistado pela fidelidade ao Projeto de Deus ou, ao contrário, a nossa lâmpada ainda está vazia ou com nível de óleo muito baixo?   Se ouvíssemos a voz dizendo: O Noivo chegou!  Saiam ao seu Encontro!   O que faríamos?

Às vezes nos parece que viver a Vontade de Deus nos coloca em maus lençóis e somos tentados a pensar que não vale à pena.   A Primeira Leitura (Sb 3, 1-9) nos ajuda a refletir sobre tal situação.   Nos revela que quando vivemos a Justiça, a nossa vida se encontra nas mãos de Deus e, mesmo que morramos e muitos pensem que a nossa morte tenha sido um fracasso (pois não aproveitamos, como pensam os insensatos, a vida), estaremos em Paz, vivendo junto de Deus, perseverando na vivência do amor, ficaremos junto Dele pois a graça e a misericórdia são para os eleitos.

Por fim, a Segunda Leitura (Ap 21, 1-5a.6b-7) nos aponta para um Novo Céu e uma Nova Terra e a Jerusalém do Alto descendo para junto dos homens.   Os fiéis serão o Povo de Deus e Deus será o Deus deles!

Que a Celebração dos Finados nos leve a compreender o verdadeiro sentido da vida que levamos aqui!   Assim seja!

Oremos:
Ó Deus, fizestes o vosso Filho único vencer a morte e subir ao céu.   Concedei aos vossos filhos e filhas superar a mortalidade desta vida e contemplar eternamente a Vós, Criador e Redentor de todos.   Por nosso senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Solenidade de Todos os Santos: Ser Santo (a) é a nossa Missão!" - 01 de Novembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com muita alegria entramos no último mês do Ano Litúrgico e somos convidados a intensificar a nossa reflexão sobre o modo como cada um  (a) de nós vem conduzindo a própria vida, na certeza de que o crente deve ser, de fato, alguém diferente do mundo por acreditar firmemente na Vida Eterna, na Vida junto de Deus que nos criou e nos colocou nesse tempo para colaborarmos com Ele na construção do Seu Reino que também é nosso.   Durante o mês de novembro somos convidados a refletir sobre as últimas realidades que nos aguardam: Morte, Julgamento, Céu ou Inferno!

Nada melhor para inciar tal reflexão do que entrarmos neste mês com a Solenidade de Todos os Santos pois todas as vezes que nos reunimos para celebrar uma Solenidade isto significa que a Igreja tem para nós uma mensagem que é, em sua essência Solene, isto é, tal mensagem é de extrema importância para nossa Caminhada de Fé, para nossa Vida em Cristo e, caso não a compreendamos, correremos um sério risco de sermos aquele tipo de Cristão "pela metade", cristão que "não faz a diferença que deve fazer", que "não cumpre, de fato, a sua missão nesse mundo".

Daí, nos perguntamos: Mas, que mensagem é esta?   O que há de tão extraordinário na Celebração de hoje (01/11/14)?   E, a resposta é muito simples porém profunda: a Solenidade de Todos os Santos nos revela o nosso DESTINO FINAL, isto é, a SANTIDADE QUE NOS POSSIBILITA ENTRAR NO CÉU!   O crente deve ser aquele que vive nesse mundo mas com os olhos e coração voltados para o Céu, seu Destino Último pois será isso que fará toda a diferença em seu modo de ser aqui e agora.

Mas, o que é ser santo (a)?   Como vive o santo (a)?   Ele é diferente?   Se sim, por quê?   Estas e tantas outras questões, a Palavra da Liturgia de hoje poderá nos auxiliar a respondê-las!   Vejamos:

Em primeiro lugar é bom lembrar que a Celebração de hoje não substitui a Celebração de amanhã (dos Fieis Falecidos - Finados).   Portanto, deveremos participar da Celebração de hoje e, também, da Celebração de amanhã e, em segundo lugar, na Celebração de hoje não recordamos os Santos e Santas que ao longo do ano já são celebrados pela Igreja no mundo todo ou em alguns lugares especificamente, tais como: São Judas Tadeu e São Simão, Santa Teresinha do Menino Jesus, Santa Rita de Cássia, São Francisco de Assis entre outros.   Não!    Esses já foram declarados pela Igreja Santos e já foram colocados para nossa Veneração em algum momento do Ano Litúrgico.   Mas, nos perguntamos: Será que no Céu só estão esses irmãos e irmãs que a Igreja julgou santos (as)?   Não haveria a possibilidade de estarem outros que se quer passou pelo crivo da Igreja e de seu reconhecimento?   Parece que sim e, para não errar, a Igreja sabiamente, destinou uma Solenidade no Calendário Litúrgico em que todos esses irmãos e irmãs pudessem ser celebrados em conjunto e, portanto, na Solenidade de hoje lembramos todos os homens e mulheres de boa vontade que, de uma forma ou de outra, viveram a sua vida de ACORDO COM A VONTADE DE DEUS E, POR ISSO, SÃO SANTOS E SANTAS mesmo que não tenham chegado às honras dos altares.    Hoje, celebramos tantos irmãos e irmãs de comunidade que passaram pela terra fazendo única e exclusivamente o BEM e vivendo única e exclusivamente o AMOR e, vencendo todas as tribulações estão no Céu e, diante de Deus, pedem por nós!

Que Solenidade maravilhosa esta!

Hoje, começaremos a nossa reflexão pela Segunda Leitura (I Jo 3, 1-5) em que o Apóstolo nos fala sobre o grande presente de Amor que o Pai nos deu: de sermos chamados filhos (as) de Deus!   E confirma isso, dizendo: E nós o somos!   Como é importante termos consciência dessa Verdade sobre nós ....   como a compreensão dessa Verdade transforma e liberta a nossa vida...   como tal Verdade é a base de nossa Caminhada de Fé que nos conduzirá, mais cedo ou mais tarde, para a Casa do nosso Verdadeiro Pai...   Tal Verdade traz consequências práticas para nossa vida pois não é possível que os filhos não sejam parecidos com seus pais; os filhos são geneticamente, semelhantes aos pais e, mesmo os de criação ou adoção, de vez em quando, pela convivência com os pais, acabam por assumir determinadas características  comportamentais que os conduzem a tal semelhança.   E com Deus?   Como nos parecemos com Ele?   E a resposta é simples: quando em nossas ações, pensamentos, palavras e até naquilo que deixamos de fazer (omissão) revelamos o Seu Ser; quando o mundo olha para nós e percebe algo diferenciado dele mesmo (mundo) e, como o mundo não conhece Deus também não nos reconhecerá!

Essa nossa diferença de ser em relação ao mundo produzirá em nossa vida uma série de transtornos, dificuldades, problemas, obstáculos em nosso caminho pois o mesmo não deixa barato a vida de quem se opõe a ele.   Daí, a Primeira Leitura (Ap 7, 2-4.9-14) já nos alerta!

Estamos na seção dos "sete selos" que são abertos pelo Cordeiro de Deus e, na medida de suas aberturas, coisas vão se sucedendo na terra e no Céu.   Nesse caso da leitura de hoje, há o pedido para não começar a fazer mal à terra e ao mar até que todos que pertencem a Deus sejam marcados na fronte e recebam a força para suportar, sem sucumbir, a todo mal que virá!   Os eleitos (marcados) somam 144.000 de todas as Tribos dos Filhos de Israel.   Porém, logo após tal número há uma menção a uma grande multidão que ninguém podia contar proveniente de todos os cantos do mundo: nações, tribos, povos e línguas que estavam de Pé diante do Cordeiro com vestes brancas e palmas na mão!    Essa multidão nos interessa muito pois revela que no Céu estão todos os irmãos e irmãs que venceram no Cordeiro e por causa do Cordeiro a Batalha contra o Mal nesse mundo: vieram da GRANDE TRIBULAÇÃO.   Lavaram e alvejaram suas vestes no SANGUE DO CORDEIRO!   Isto quer dizer que os componentes dessa Multidão foram capazes de caminhar em direção à Cruz de Jesus, o Cordeiro de Deus, de onde escorre o Sangue que lava e alveja as vestes e lhes dá a vitória sobre o mundo!   Não há outro local que possamos lavar as nossas vestes que não seja a Cruz de Jesus!   Aqui, compreendemos a força do texto evangélico de hoje (Mt 5, 1-12a) em que Jesus declara felizes uma série de categorias de pessoas que, aos olhos do mundo, não tem nada para se considerar feliz!

Na verdade, os pobres em espírito são os felizes de fato e, as demais bem-aventuranças funcionam como consequência dessa primeira pois os pobres em espírito são aqueles que conseguem colocar a sua esperança e a sua confiança única e exclusivamente em Deus e, portanto, são capazes de viver de acordo com a Sua Vontade mesmo que para isso percam a vida nesse mundo!    Ser aflito, manso, ter fome e sede de justiça, misericordioso, puro de coração, promover a paz, perseguido por causa da justiça, ser injuriado, perseguido, ser objeto de mentira, de todo tipo de mal por causa de Jesus tudo isso é consequência do ter colocado a confiança e esperança no Senhor, isto é, ter sido pobre em espírito!

Os santos (as) têm tal consciência e lutam por viver as suas vidas (dom de Deus) dentro daquilo que é Sua Vontade mesmo tendo que passar por todas as tribulações e dificuldades provenientes de tal decisão!   

 Muitos homens e mulheres na História da Igreja viveram assim e, nesse dia queremos homenageá-los com essa Celebração Solene!   Que a vida deles nos incentive a viver a nossa de acordo com a Vontade do nosso Pai do Céu!   Assim seja!

Oremos:
Deus eterno e todo-poderoso, que nos dais celebrar numa só festa os méritos de Todos os Santos, concedei-nos por intercessores tão numerosos a plenitude da vossa misericórdia.   Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!


Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares