terça-feira, 18 de novembro de 2014

"XXXIII Domingo do Tempo Comum: É preciso multiplicar os TALENTOS que o Senhor nos dá!" - 16 de Novembro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria chegamos ao penúltimo domingo do Ano Litúrgico e, dando continuidade à nossa reflexão desse último mês queremos obter da Palavra de Deus as condições para nossa avaliação da Caminhada de Fé realizada até aqui.

Iniciamos este mês de Novembro com a Celebração Solene de Todos os Santos (01/11) e refletimos sobre o nosso fim último: a Santidade!   Percebemos que ser Santo (a) é uma moeda com dois lados: de um compreendemos que a Santidade é possível e, até certo ponto "fácil" pois trazemos em nós mesmos o germe da mesma: "Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos!"  nos afirmou São João em sua Primeira Cara (segunda leitura daquele dia) mas, por outro lado é complicado e até muito difícil viver tal Santidade pois somos convidados a vivê-la nesse Mundo que se opõe a Deus, Autor e Origem da Santidade e, por conta disso, somos "perseguidos, enfrentamos tribulações e devemos vencê-la para estarmos no Céu com a grande multidão vestida de branco e com palmas nas mãos" de que nos falou o Apocalipse de São João (primeira leitura daquele dia).   Por fim, o Evangelho de São Mateus, ao nos apresentar as Bem-Aventuranças nos colocou em contato com realidades que não gostaríamos de experimentar em nossas vidas: pobre em espírito, mansos, puros de coração, misericordiosos, promotores da paz, que tem sede e fome de justiça, caluniados, perseguidos, injuriados por Amor a Deus ... nos  fizeram refletir sobre o caminho que trilhamos até aqui: de fidelidade ou não à Vontade Soberana de Deus sobre nós???

Logo no dia seguinte (02/11), ao celebrarmos a memória dos Fieis Falecidos, fizemos uma reflexão sobre a dura realidade da morte que nos atingirá a todos (as) e da qual não poderemos fugir.   Diante disso, nos perguntamos sobre como estamos nos comportando para que a mesma não nos encontre desprevenidos ou, como nos falou o Evangelho de São Mateus, sem óleo de reserva para a hora que o Noivo chegar.   O óleo que utilizado para fazer a lâmpada resplandecer não se pega emprestado e nem se adquire na última hora (não se compra) mas é conquistado a cada dia com as nossas ações de fidelidade ao Projeto de Deus em nossas vidas.

Depois, com a Celebração da Festa da Dedicação da Basílica de São João do Latrão (09/11) fizemos uma reflexão sobre o sentido da "Dedicação de um Templo = Pedra ao Senhor": tal Dedicação só terá sentido se os frequentadores desse espaço físico = Templo de Pedra for, de fato, um Templo Vivo do Espírito de Deus.   A beleza do Templo feito de Pedras é contemplado pelo mundo na beleza de vida dos seus fieis que ao beberem da Água Viva que brota do Altar seguem pelo mundo promovendo a Vida em toda a sua plenitude por onde que que passam (Ezequiel, primeira leitura).  Quando não há coerência de vida dos fieis, ocorre a profanação do Templo e o Senhor não deixa barato tal profanação (Evangelho de João, expulsão dos vendilhões do Templo).

Hoje, dando sequência a essa reflexão a Palavra de Deus nos convida a meditar sobre a nossa responsabilidade nesse mundo, nesse tempo.  Como crentes somos convidados a trabalhar com aquilo que o Senhor nos oferece, multiplicando as suas riquezas.

Assim, o Evangelho (Mt 25, 14-30) está na sequência do escolhido para o Dia dos Finados (Parábolas da Virgens) e, portanto segue a mesma linha de reflexão.   A Parábola de hoje nos coloca diante da responsabilidade que temos ao recebermos do Senhor parte de sua riqueza: 5, 2 ou 1 talento que seja.   A quantidade não importa pois o Senhor distribui  de acordo com as capacidades de cada um (a).   Ele não exige dos seus o que os seus não podem lhe oferecer.   Importante é que, tão logo cada um (a) receba a sua parte, saia para buscar multiplicar pois o Senhor voltará e quererá receber o que é Seu, no mínimo com Juros (o que recebeu 1 talento).   Para o Senhor, a recompensa por ter feito o que Ele esperava é a mesma para todos: Venha participar da minha Alegria!   Mas, por outro lado, o que Ele não tolerará será a preguiça disfarçada num medo que não se justifica!   Quando não se faz a parte que nos cabe, acabamos por ficar sem nada pois até o que achamos que temos nos será tirado e entregue àquele que tem mais!

A volta do Senhor é inevitável mas, como nos afirma o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (I Ts 5, 1-6) não sabemos o dia nem a hora pois será como um ladrão à noite ou como as dores da mulher em trabalho de parto: aparecem quando menos se espera!  Daí a importância de uma vigilância ativa, sem acomodação, sem preguiça (Evangelho) pois não somos das trevas mas da Luz!

Ora, dessa forma, compreendemos a força da Primeira Leitura (Pr 31, 10-13.19-20.30-31) ao decantar as qualidades de uma "Mulher Ideal", "Alegria do Seu Marido e de toda a sua família.   Na verdade, essa "Mulher" simboliza todo o Povo de Deus, Mulher e Esposa do Senhor: quando Ela faz o que se espera dela, ela vale mais que as jóias; seu marido confiará nela e não terá falta de recursos; é causa de alegria e não de desgosto (recompensa dos trabalhadores do Evangelho); é laboriosa, provendo o sustento dos seus e dos necessitados!   Essa é postura que o Senhor espera do Seu Povo, da Sua Esposa, da Igreja.  É dessa forma que a beleza real permanece pois a do mundo é passageira e fugaz.  O Temor do Senhor promoverá o sucesso de suas atividades!

Oremos:
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em Vos servir de todo coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a Vós, o Criador de todas as coisas.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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