"XXII Domingo do Tempo Comum: A Humildade como Caminho Seguro para o Reino do Céu!" - 01 de Setembro de 2013

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando sequência à nossa Caminhada de Fé, chegamos ao XXII Domingo do Tempo e Comum e abrimos, com a Igreja no Brasil, mais um Mês da Bíblia.   Nesse sentido, somos convidados a refletir a Palavra de Deus buscando conhecê-Lo melhor para restaurarmos em nós a Sua Imagem e Semelhança e, também, a compreender tal Palavra como aquilo que de fato é: Palavra de Deus que quer nos orientar e conduzir à felicidade plena!

Assim, nesse Domingo a Palavra de Deus vem nos chamar a atenção para uma característica fundamental para todos que desejam cumprir a Vontade do Pai: a Humildade!   Assim, poderíamos nos perguntar: O que é Humildade?   Como saber se a trazemos conosco ou não?    Seria a Humildade uma capacidade para resignar-se diante das "humilhações" que sofremos a cada dia em nossas vidas?   O que seria ela?

A Primeira Leitura (Eclo 3, 19-21.30-31) nos apresenta a possibilidade de começar a nossa reflexão a respeito da Humildade e nos coloca diante de uma Palavra que nos revela que a Humildade nos torna agradáveis diante de Deus pois a mesma nos alcança graça diante do Senhor.   Na medida em que fores grande deverás praticar a humildade ... nos fala Ben Sirac, autor do Livro Sagrado.   Assim, podemos intuir que a Humildade é um Dom que o Senhor nos concede para compreendermos que tudo que somos e temos é Obra e Graça de Deus e, portanto, não há do que nos envaidecer ou engrandecer com nada de bom que possamos realizar.   A Humildade nos faz compreender o que de fato somos: Nada!   Na verdade, somos pó e ao pó voltaremos!   Se o Senhor retirar o Seu Espírito, voltamos para o pó de onde viemos!   

Quando perdemos essa Verdade de vista nos consideramos auto-suficientes e pensamos que tudo é obra de nossas mãos pois nos acharemos o princípio de tudo que nos ocorre.   Tal pensamento nos torna Altaneiros, Ilustres, Orgulhosos e a Verdade de Deus se revela aos Simples e Humildes.   O Senhor que é Grande e Poderoso é honrado e glorificado pelos Humildes!

Quando nos deixamos corroer pelo Orgulho não há muito o que fazer pois uma planta de pecado se enraíza em nós mas não compreendemos tal fato.   O prudente reflete sobre as palavras do sábio e a medita dia e noite em seu coração.

Essa Leitura nos prepara para a compreensão das Palavras do Senhor Jesus no Evangelho de hoje (Lc 14, 1. 7-14) .   No texto em questão, vemos o Senhor aceitando o convite para um Banquete em Casa de um Fariseu e, os convidados observavam o Senhor e o Senhor os observava.   A observação do Senhor fez com que Ele percebesse uma prática muito comum nesses banquetes: a busca pelos primeiros lugares!   Jesus, então, sem perder tempo, dá uma lição contando uma parábola com o seguinte ensinamento: é importante que quando somos convidados para uma Festa não busquemos, de imediato os primeiros lugares pois poderemos ter que passar por um grande constrangimento caso alguém, mais importante que nós, tenha sido convidado e deva ocupar o lugar que ocupamos.   teremos que sair, na presença de todos para o último lugar.   Tenhamos calma, fiquemos em nosso lugar e esperemos que o dono nos convide a ocupar o lugar que nos está reservado e isso será motivo de glória para nós!   Em Deus, quem se ELEVA é HUMILHADO e quem se HUMILHA é ELEVADO!

Que beleza de lição o Senhor Jesus nos oferece!   Muitas vezes, a Igreja se torna esse espaço de briga por lugares que achamos mais importantes e nos esquecemos que, em Deus, os lugares ocupados estão relacionados ao serviço que se presta aos últimos e esquecidos.   Não se deve buscar de privilégios para sermos servidos mas lugares que nos possibilitem servir mais e melhor os que, de fato, precisam de nós.

O nosso trabalho deve visar somente o SERVIÇO ao OUTRO e não a busca pelas retribuições que os demais poderão nos proporcionar:   troque os amigos, parentes, irmãos e parentes ricos por pobres, os aleijados, os coxos, os cegos.   Os primeiros poderão nos retribuir e isso já será a nossa recompensa; já, os segundos não têm como retribuir e será o próprio Deus nos dará a recompensa, isto é, o Reino!

Por fim, a Segunda Leitura (Hb 12, 18-19.22-24a) nos diz que a nossa Fé não é produto da nossa aproximação de fenômenos grandiosos e palpáveis mas é produto da nossa aproximação do Senhor Jesus, a Humildade Encarnada, que sendo rico se fez pobre, que sendo Deus se humilhou tornando-se um de nós para nos Salvar úncia e exclusivamente!  

 Pensemos nisso e vivamos melhor a nossa Fé!

Que o Senhor nos conceda a Graça da HUMILDADE VERDADEIRA e assim possamos alcançar o Reino do Céu!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Mês de Setembro: Mês da Bíblia!"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos começando, com a Igreja no Brasil, mais um Mês da Bíblia e, como sempre digo, a vivência desse Mês dedicado à Palavra, tem um aspecto positivo mas esconde, também, um aspecto negativo.   O aspecto positivo vem do fato de termos a oportunidade de, durante todo o mês, dedicarmos uma atenção especial ao estudo, à meditação, à busca de compreensão do que a Palavra de Deus traz para nós; quanto ao aspecto negativo, poderia dizer que o fato de termos um mês do ano com dedicação especial à Palavra de Deus, isso poderia significar que os demais 11 meses não haveria tal empenho e, dessa forma, estaríamos deixando de lado o que é fundamental para nossa vivência de fé, ou seja, a Palavra.

Na verdade, a Palavra de Deus conduz a nossa vida durante todos os dias do ano mas, a Igreja quer tenhamos um momento no ano (Mês de Setembro) para olharmos essa Palavra com um olhar especial e, mais ainda, aproveitarmos o período para levarmos aos irmãos e irmãs que estão distantes e afastado por qualquer motivo, a Verdade que a Palavra nos oferece.

Gostaria de pedir a todos (as) que se dediquem ao estudo e à compreensão de tudo que o nosso Deus quer nos dizer e que está contido em sua Palavra.   Que o Mês de Setembro intensifique o nosso Amor por tudo que está contido na Palavra de Deus e que vejamos tudo que lá está como uma Grande Carta de Amor do nosso Deus que deseja nos ver reunidos em Seu Reino.   Seguir os ensinamentos contidos nas Sagradas Escrituras é garantia de uma vida feliz (não isenta de dificuldades e aflições) e a certeza de, um dia, nos reunirmos na Casa de nosso Pai do Céu!

Aproveitem o tempo e se dediquem a conhecer o que o Senhor quer nos falar em Sua Palavra!

A todos (as) um Excelente Mês da Bíblia!

Pe. Ezaques Tavares

"XXI Domingo do Tempo Comum: Acatar os Conselhos do Senhor é a nossa Garantia de Salvação!" - 25 de Agosto de 2013

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando sequência ao Mês das Vocações entramos, hoje, na última semana e somos convidados a refletir sobre a Vocação que ocorre em maior número em nossas Comunidades Brasil afora: as Vocações Leigas, tendo os Catequistas como Modelo.   Nesse enorme grupo estão todos os homens e mulheres de boa vontade que, de uma forma ou de outra, colaboram com o crescimento do Reino de Deus entre nós.

Nesse sentido, a Palavra de Deus desse Domingo nos chama a atenção para uma questão muito importante em nosso Ministério: o que é preciso FAZER para se Salvar?   Como posso ter certeza da Salvação?   Nos salvaremos todos ou somente alguns?    Os textos desse Domingo nos oferecem pistas para nossa reflexão e, sobretudo, para nossas ações cotidianas.

A Primeira Leitura (Is 66, 18-21) nos apresenta o Profeta, em nome do Senhor, anunciando a Salvação para TODOS OS POVOS.   O Senhor reunirá em Seu Monte Santo (Jerusalém) todos os Seus filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro, de todos os povos e línguas pois todos são chamados para a contemplação de Sua Glória.   Todos os que sentem salvos precisarão compreender que a Salvação além de privilégio, de graça, de dom é, também, COMPROMISSO COM AQUELES (AS) QUE ESTÃO DISTANTES, FORA DO CÍRCULO SALVADOR.   Esses precisam se dispor a ir ao encontro desses que estão longe para anunciar-lhes que o Senhor os quer perto de Si.   Todos somos irmãos e, automaticamente, todos precisamos nos comprometer com a Salvação de TODOS.   Desses irmãos distantes sairão, também, SACERDOTES E LEVITAS.   É a congregação de TODOS para o cumprimento da Vontade do Senhor.

Essa Leitura do Profeta Isaías nos prepara para compreender melhor o texto evangélico de hoje (Lc 13, 22-30) pois, temos ali a preocupação que o Profeta tentou sanar em cada um (a) de nós: Senhor, é VERDADE QUE SÃO POUCOS OS QUE SE SALVAM?  Essa é uma pergunta que nos instiga a todos e, se tivéssemos oportunidade de fazê-la ao Senhor, com certeza, a faríamos pois nos interessa muito a resposta.   

Jesus, como em outros momentos, parece mudar, com sua resposta, a pergunta e nos apresentar o que, de fato, deveria nos ocupar o tempo: no lugar de ficarmos nos preocupando com o número dos que se salvam, importa ocupar o tempo FAZENDO COISAS que possam nos garantir a SALVAÇÃO!   Essa é a saída!   Me parece que o Senhor não esteja preocupado com números (poucos, muitos ...) mas, o que o Senhor deseja é ENSINAR COMO FAZER PARA NÃO PERDER A SALVAÇÃO e, o caminho apresentado por Ele é muito simples e nos é apresentado com uma historinha, uma parábola: Fazei todo esforço possível para entrar pela Porta Estreita.   Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão!   A Salvação é Dom, Graça mas é preciso ESFORÇO para tê-la conosco pois, a todo tempo, podemos nos desviar do caminho proposto, seguindo outras propostas mais agradáveis, mais fáceis, mais sedutoras.   Todos sabemos a dificuldade que é entrar por um espaço que é menor do que nós!   É preciso se esticar daqui, ajeitar de lá ... é preciso RENUNCIAR A COISAS QUE POSSAM NOS FAZER ENGASGAR NA PASSAGEM E QUE AO LONGO DA VIDA VAMOS ACUMULANDO.   É preciso carregar consigo somente o que interessa e deixar de lado o que é peso inútil que achamos ser importantes mas, na verdade, não o são.  

Não adiantará, no final, termos vivido uma vida de aparência, de amizade falsa com o Senhor pois o que interessará será ter feito ou não o que Ele ensinou e pediu para cada um (a) de nós!   A prática da Injustiça, do pecado, do ódio, da indiferença para com o próximo, entre outros, serão obstáculos intransponíveis.

É preciso ter bastante atenção pois poderemos nos decepcionar quando ao final vermos gente de todos os cantos e lados do mundo se sentando à mesa no Reino de Deus e os que achávamos que estariam lá, sendo lançados fora, nos alerta o Senhor!

Por fim, a Segunda Leitura (Hb 12, 5-7.11-13) nos apresenta as correções que o Senhor nos faz porque nos ama.   Na verdade, ninguém gosta de ser corrigido pois a correção nos enche de vergonha e, por isso é dolorida.  Mas, quando acatamos na humildade e na simplicidade, sobretudo por sabermos que Aquele que nos corrige, o faz porque nos ama de fato e quer o nosso bem, quando ao final percebemos a Vitória, nos enchemos de alegria e satisfação e ficamos gratos para com Aquele que nos alertou.   Assim é Deus conosco: por nos AMAR e querer o nosso BEM, Ele nos corrige!   Aceitemos o que Ele pede de nós e veremos como a Sua Palavra se cumpre em nossas vidas...

Que a participação na Eucaristia nos alcance a Graça da fidelidade à Vontade de Deus a respeito de cada um (a) de nós!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Solenidade da Assunção de Nossa Senhora: A Glória de Maria é a nossa glória!" - 18 de Agosto de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no Brasil, a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora que no Calendário Oficial da Igreja é celebrada no dia 15/08.   Por conta de no Brasil esse dia não ser feriado, quando ele cai em dia de semana é transferido para o Domingo seguinte.   Foi o caso desse ano de 2013.

Vivemos, também, com a Igreja no Brasil o Mês das Vocações e encerramos a Semana Nacional da Família e abrimos a Semana das Vocações Religiosas.   Somos convidados, nesse Mês Vocacional, a compreender a Palavra de Deus como um CONVITE que o Senhor nos faz para colaborar com Ele na Construção do Mundo Novo, do Seu Reino que também é nosso.

Assim, as Leitura escolhidas para essa Solenidade Mariana vem ao encontro de todos e cada um de nós nesse sentido: quer nos orientar a dar uma resposta positiva ao Chamado do Senhor a exemplo de Maria que não obstante todas as dificuldades, disse SIM ao Pai e gerou para nós o Salvador!

A Primeira Leitura (Ap 11, 19a; 12, 1.3-6a.10) nos apresenta um trecho que nos fala dos Grandes Sinais: é o Templo de Deus que está no Céu que se abre e, nesse Templo surge a Arca da Aliança (símbolo da presença de Deus que acompanhou o Povo no Primeiro Testamento).   Em seguida, outro SINAL: Uma MULHER!   Essa Mulher é o Povo do Primeiro Testamento, o Israel Antigo; essa Mulher é o Novo Povo de Deus, isto é, a Igreja, é cada um (a) e todos (as) nós; essa Mulher é MARIA a Mãe do Novo Povo Deus, a Nova Eva que, ao contrário da primeira Eva será fiel e gerará a nossa Salvação não sem antes passar por muitas e terríveis tribulações.   O Poder do Altíssimo (O Sol) a cobre e a defende dos perigos (Dragão, cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças, sete coroas).   Esse Dragão é toda e qualquer força oposta a Deus que luta para não ver acontecer o nascimento da Criança (Jesus) - não o seu nascimento em Belém (Encarnação) mas, o Seu nascimento para a Glória (Ressurreição).   Esse Dragão não quer que o Ressuscitado se mostre Vivo e Presente no meio da Sua Igreja (Mulher) e quer matar o Filho tão logo nasça.   No final da Leitura percebemos como Deus se coloca ao lado dos seus e, levando o Filho para junto de Si e preparando um lugar seguro para a Mulher no Deserto, VENCE A BATALHA CONTRA O DRAGÃO!

É esse Deus com todas as maravilhas que é capaz de fazer pelos seus que no Evangelho de hoje (Lc 1, 39-56) nos é apresentado: Deus é o aliado dos pequenos, dos pobres e com esses faz Nova História surgir!  A Escolha de Maria - mulher simples e pobre para ser a Mãe do Seu Filho Único - e a graça concedida a Isabel para gerar o Precursor do Senhor, são exemplos disso.   O Encontro das duas mulheres simples e agraciadas por Deus nos revela a grandeza de Deus que escolhe os pequenos e simples para a realização do Seu Projeto de Salvação para todos.   O Mês Vocacional nos revela essa iniciativa divina ainda nos dias de hoje.

O Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (I Cor 15, 20-27a) nos fala apresenta esse paralelo dos efeitos de morte que o pecado de nossos primeiros pais (Adão e Eva) nos transmitiu e, em contrapartida, os efeitos salvadores e de graças abundantes que a Obediência do Senhor Jesus nos garantiu, nos conquistou.   A Luta pela conquista do mundo destruído pelo pecado, agora é tarefa de cada um de nós que acredita que em Jesus estamos salvos e livres do pecado e da morte.   O Projeto do Senhor é um dia entregar o Mundo Renovado, Restaurado ao Pai.   Junto com o Senhor Jesus estamos todos (as) nós que cremos em Sua Palavra!

Que Maria Assunta ao Céu continue intercedendo por toda a Igreja que na terra continua a luta contra as forças do mal, contra os Dragões que tentam, de toda forma, destruir o Projeto de Vida que Deus, o Pai tem para todos (as) nós!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"XIX Domingo do Tempo Comum: A Fé como canal seguro de Cumprimento da vontade de Deus!" - 11 de Agosto de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade à nossa Caminhada de Fé nesse Tempo Comum, celebramos, com a Igreja no Mundo o XIX Domingo e dentro da perspectiva da Igreja no Brasil vivemos a abertura da Semana Nacional da Família nesse Mês Vocacional.

A Palavra de Deus que nos é proposta nos coloca em sintonia com uma questão fundamental: a Fé!   O que é a Fé?   Como podemos alimentá-la sobretudo em momentos complicados de nossas vidas?   O que ela promove em cada um (a) de nós?   Essas são questões fundamentais que a Palavra de Deus deste domingo nos faz refletir.

A Primeira Leitura (18, 6-9) nos apresenta a retomada do processo histórico como um caminho seguro para não nos perdermos no presente de nossas vidas.   Diante de uma Comunidade que sente pressionada pelo Império Grego a renegar a sua própria Fé, o autor sagrado convida a rever a História da Salvação percebendo no curso da História a presença ativa de Deus, de modo particular nos momentos difíceis.   Para tanto, o autor convida a olhar para o período da Escravidão no Egito e o que Deus foi capaz de fazer para mostrar a Sua Presença Ativa que liberta com braço forte e mão estendida.   Assim como no passado, Deus continua agindo em nossa Caminhada e nos momentos difíceis é importante que O sintamos presente, ao nosso lado nos sustentado em nosso caminho.   Sem tal percepção da presença amorosa do Senhor, diante das dificuldades - que são inúmeras - somos tentados a abandonar o Projeto que Ele nos propõe.   Retomar a História da Salvação nos fará retomar o caminho pois perceberemos que o Senhor não abandonou o Seu Povo no passado e não abandonará no presente também.

Essa percepção da Presença de Deus nos fará compreender o que Deus tem para nos oferecer ao final de nossa Caminhada e, dessa forma, alimentados pela Fé, não desistiremos por pior que seja a situação que vivemos.   Essa ideia nós a vemos presente na Segunda Leitura (Hb 11, 1-2.8-19) aonde o autor sagrado já no começo nos apresenta o conceito de Fé: é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidade que não se veêm.   Que maravilha esse conceito de Fé!   É ela que nos faz olhar para frente e perceber o que Deus tem reservado para nós e, assim, compreendemos que o futuro em Deus não tem comparação com as situações complicadas que, porventura estejamos vivendo em nosso presente.   Retomando - como na Primeira Leitura - a História da Salvação, o autor da Carta nos apresenta Abraão e Sara como modelos de Fé e, neles encontramos o parâmetro fundamental para percebermos se a nossa Fé é autêntica, verdadeira, genuína.   Abraão e Sara são considerados os Pais dos Crentes porque ao escutar a Voz de Deus que lhes pedia para sair da sua terra e irem para um lugar que lhes iria ser mostrado e, mais ainda, eles se transformariam em pais de numerosas nações como as estrelas do céu e os grãos de areia da praia do mar, eles FORAM!   É este gesto de abandono de tudo, de toda a segurança para partir em busca daquilo que a Voz de Deus lhes falava, é que nos faz compreender que Abraão e Sara creram pois a Fé é a força, o dom, a graça que o senhor nos concede que nos faz compreender que o que Senhor tem para nós é o melhor.   É de olho nesse melhor, sem perder o foco e o objetivo que nos faz caminhar sem titubear, murmurar, desistir.

Ora, essa Fé nos move, nos encoraja, vence o medo que as dificuldades poderá produzir em nós.   A Fé, que vem de Deus se opõe ao Medo que vem do Seu Adversário, isto é, o Diabo.   É assim que vemos o Senhor Jesus falar no Evangelho de hoje (Lc 12, 32-48).   O Senhor já começa o texto em questão chamando a atenção dos seus ouvintes, os discípulos, para não terem medo pois apesar de serem um pequenino rebanho, foi do agrado do Pai dar a eles o Reino.   Somos pequenos, fracos, frágeis mas o Pai nos oferece o que tem de melhor: o Seu Reino!   Isso nos enche de alegria e entusiasmo na Missão e nos faz ficar atentos para que quando o Senhor voltar, Ele nos encontre fazendo o que Ele nos determinou que fosse feito.   Não dá para descansar, imaginando que o Senhor está demorando pois na hora em que menos o esperardes, Ele voltará!   A figura do ladrão que não marca hora para assaltar nossa casa deverá estar presente em nossas mentes e em nossas vidas para não perdermos o foco que nos é proposto.   

Por fim, o Evangelho nos alerta: a quem muito foi dado, muito será cobrado; a quem muito foi concedido, muito mais será exigido!

Peçamos a Deus que nos ajude hoje e sempre, aumentando a nossa Fé e purificando-a de todos os enganos e erros!   Que a Fé vença em nós todos os medos que nos impedem de VIVER O QUE O SENHOR ESPERA DE NÓS!   Que tudo aquilo que recebemos do Senhor seja posto em prática em favor de nossos irmãos e irmãs!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

XVIII Domingo do Tempo Comum: Só em Deus a nossa Vida faz Sentido!" - 04 de Agosto de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com toda a Igreja, o XVIII Domingo do Tempo Comum e abrimos, com a Igreja no Brasil, os finais de semana deste Mês de Agosto em que nossas Comunidades são convidadas a olhar com um olhar especial a Questão Vocacional.   A Palavra de Deus durante esse Mês deverá ser refletida a partir da compreensão de que somos chamados por Ele a colaborar com nossas vidas na construção de um mundo novo!

A Palavra de Deus que nos é proposta hoje nos coloca diante de uma grande questão: O que, de fato, importa em nossa Vida?   Partindo dessa pergunta olhemos os textos propostos para nossa Celebração!

A Primeira Leitura (Ecl 1, 2; 2, 21-23) é um texto bem curto mas cheio de significado e com uma lição de extrema importância, sobretudo para os nossos dias em que os homens e mulheres se perdem num caos pela busca de suas satisfações pela conquista, pura e simples do dinheiro e dos benefícios que o mesmo pode proporcionar.   Me parece que tal situação não é nova pois o autor do Eclesiastes, já no III Séc. a.C. já alertava para tal situação.   Num contexto de expansão da Cultura Helênica (Grega) que valorizava o mais o TER em detrimento do SER, o autor sagrado alerta os seus para esse grande erro: a ilusão de colocar toda a confiança e esperança nas coisas, no ter ... perdendo de vista o que de fato conta e o que é eterno.   Afirma o texto: VAIDADE DAS VAIDADES!   TUDO É VAIDADE!   Vivemos num mundo marcada pela coisas efêmeras, passageiras e, portanto, deixar-se prender por tais situações é, na verdade, uma ilusão pois TUDO PASSA!   Perder-se na luta pelo TER CADA VEZ MAIS é uma bela ilusão: no final a pessoa se vê obrigada a deixar tudo o que acumulou para outros que, em muitos casos, nada fizeram para merecer!   ISSO É UMA GRANDE VAIDADE!   A luta incessante pelo TER, por ACUMULAR BENS só promove o desassossego e nem de noite o nosso coração conseguirá descansar, repousar em paz e, também isso é VAIDADE!

Que lição maravilhosa o texto do Eclesiastes nos oferece hoje e nos prepara para a GRANDE LIÇÃO do Evangelho (Lc 12, 13-21).

O texto evangélico começa revelando o que o acúmulo das riquezas produz: brigas, divisões e discórdias entre os herdeiros!    Alguém, se sentindo injustiçado pede ao Senhor que mande o Irmão repartir a herança com ele!   A posse e o apego aos bens deste mundo (Vaidade das Vaidades) promove essas situações.   Jesus, por outro lado, demonstra que não veio a esse mundo para se ocupar dessas coisas próprias daqui mas para apontar um caminho novo que conduzirá o ser humano de volta para o Pai do Céu: Jesus não está encarregado de julgar e dividir os bens deste mundo!   Mas, a situação oferece a Jesus oportunidade para refletir com os presentes aquela situação e demonstrar o que, de fato, deve ocupar a nossa vida enquanto estamos aqui neste mundo.   É preciso atenção pois por mais bens que alguém possua, a sua vida não consiste na abundância das coisas!   A seguir, para confirmar sua sentença, conta uma parábola, rica de sentido para todos (as) nós: o acúmulo de bens não garante uma vida plena, boa, sem contrariedades pois a VIDA É DOM DE DEUS E PERTENCE A ELE E QUANDO ELE ASSIM O DESEJAR, A RETOMARÁ!   Diante da certeza da morte, de que valem os bens que ficarão neste mundo pois somente aqui podem estar?   O que levaremos conosco para a eternidade?   Responder a tais questões será fundamental para darmos aos bens deste mundo o seu real valor!

É por isso que o Apóstolo Paulo, na Segunda Leitura de hoje (Cl 3, 1-5.9-11) nos alerta: se ressuscitamos com Cristo deveremos nos ESFORÇAR PARA BUSCAR AS COISAS DO ALTO ONDE ELE ESTÁ SENTADO À DIREITA DO PAI!   O que é da terra perdeu o sentido e valor para os crentes!

Peçamos a Deus que nos ajude na compreensão do que é verdadeiramente valoroso e nos ajude a fazer escolhas acertadas, lidando com perfeição com os bens deste mundo!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Vocação: Dom de Deus à Igreja que Reza!" - Mês de Agosto

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos começando com a Igreja no Brasil mais um Mês de Agosto e, durante todo esse Mês convidados a refletir sobre a questão vocacional em nosso meio.   Durante todo esse Mês refletiremos a Palavra de Deus tendo como pano de fundo a ideia de que o nosso Deus, apesar - ou melhor - por ser Ele todo poderoso, poderia - se assim o quisesse - transformar o mundo em que vivemos, num piscar de olhos ou num estalar de dedos, no Paraíso tão sonhado e querido por nós, SOZINHO, isto é, sem a nossa ajuda ou colaboração mas, Ele não o quis.   Para esse trabalho de transformação do Mundo em Reino de Deus, o nosso Deus decidiu contar conosco, com cada um (a) de nós e, para isso, Ele nos CHAMA (VOCARE = VOCAÇÃO).   Nesse Mês de Agosto refletiremos sobre o chamado que o Senhor nos faz e nos colocaremos diante d'Ele para perguntar: Senhor, que queres que eu faça?

O primeiro chamado que o Senhor nos faz é o chamado à Vida: a nossa vida é DOM de DEUS e, portanto, devemos viver de acordo com a Sua Santa Vontade pois somente Ele (Autor da Vida) sabe o melhor para nós e o caminho seguro que nos conduzirá à Felicidade que tanto almejamos.

Compreendendo esse primeiro chamado que o Senhor nos faz, compreendemos que Ele não quer que vivamos de qualquer forma mas, ao contrário, o Senhor deseja que percebamos que o Seu desejo é que nos tornemos, de fato, Seus Filhos e Filhas.   Isso se dá com o segundo chamado para sermos Cristãos (ãs), chamado esse que se concretiza com a recepção do Sacramento do Batismo que deve ser ministrado, de acordo com as orientações da Igreja tão logo as crianças nasçam pois todos (as) temos tal direito.

Ora, chamados à Vida e a vivermos tal Vida como Filhos e Filhas de Deus é importante que descubramos por qual caminho, de que forma poderemos exercer na Igreja e no Mundo a nossa Filiação Divina e, aqui, entra o Hall das Vocações Específicas: como, nesse mundo, eu realizarei concretamente a minha Vocação Cristã, isto é, a minha Vocação de Filho (a) de Deus!   Aqui, poderemos citar as mais comuns: Vocação Presbiteral, Religiosa, Missionária e Leiga (casados, solteiros, consagrados ...)!

Que Deus nos ajude, nesse Mês de Agosto a descobrir e consolidar, cada vez mais, a nossa Vocação!   Assim seja!

Bom Mês de agosto para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares