Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Dando sequência ao Mês das Vocações entramos, hoje, na última semana e somos convidados a refletir sobre a Vocação que ocorre em maior número em nossas Comunidades Brasil afora: as Vocações Leigas, tendo os Catequistas como Modelo. Nesse enorme grupo estão todos os homens e mulheres de boa vontade que, de uma forma ou de outra, colaboram com o crescimento do Reino de Deus entre nós.
Nesse sentido, a Palavra de Deus desse Domingo nos chama a atenção para uma questão muito importante em nosso Ministério: o que é preciso FAZER para se Salvar? Como posso ter certeza da Salvação? Nos salvaremos todos ou somente alguns? Os textos desse Domingo nos oferecem pistas para nossa reflexão e, sobretudo, para nossas ações cotidianas.
A Primeira Leitura (Is 66, 18-21) nos apresenta o Profeta, em nome do Senhor, anunciando a Salvação para TODOS OS POVOS. O Senhor reunirá em Seu Monte Santo (Jerusalém) todos os Seus filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro, de todos os povos e línguas pois todos são chamados para a contemplação de Sua Glória. Todos os que sentem salvos precisarão compreender que a Salvação além de privilégio, de graça, de dom é, também, COMPROMISSO COM AQUELES (AS) QUE ESTÃO DISTANTES, FORA DO CÍRCULO SALVADOR. Esses precisam se dispor a ir ao encontro desses que estão longe para anunciar-lhes que o Senhor os quer perto de Si. Todos somos irmãos e, automaticamente, todos precisamos nos comprometer com a Salvação de TODOS. Desses irmãos distantes sairão, também, SACERDOTES E LEVITAS. É a congregação de TODOS para o cumprimento da Vontade do Senhor.
Essa Leitura do Profeta Isaías nos prepara para compreender melhor o texto evangélico de hoje (Lc 13, 22-30) pois, temos ali a preocupação que o Profeta tentou sanar em cada um (a) de nós: Senhor, é VERDADE QUE SÃO POUCOS OS QUE SE SALVAM? Essa é uma pergunta que nos instiga a todos e, se tivéssemos oportunidade de fazê-la ao Senhor, com certeza, a faríamos pois nos interessa muito a resposta.
Jesus, como em outros momentos, parece mudar, com sua resposta, a pergunta e nos apresentar o que, de fato, deveria nos ocupar o tempo: no lugar de ficarmos nos preocupando com o número dos que se salvam, importa ocupar o tempo FAZENDO COISAS que possam nos garantir a SALVAÇÃO! Essa é a saída! Me parece que o Senhor não esteja preocupado com números (poucos, muitos ...) mas, o que o Senhor deseja é ENSINAR COMO FAZER PARA NÃO PERDER A SALVAÇÃO e, o caminho apresentado por Ele é muito simples e nos é apresentado com uma historinha, uma parábola: Fazei todo esforço possível para entrar pela Porta Estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão! A Salvação é Dom, Graça mas é preciso ESFORÇO para tê-la conosco pois, a todo tempo, podemos nos desviar do caminho proposto, seguindo outras propostas mais agradáveis, mais fáceis, mais sedutoras. Todos sabemos a dificuldade que é entrar por um espaço que é menor do que nós! É preciso se esticar daqui, ajeitar de lá ... é preciso RENUNCIAR A COISAS QUE POSSAM NOS FAZER ENGASGAR NA PASSAGEM E QUE AO LONGO DA VIDA VAMOS ACUMULANDO. É preciso carregar consigo somente o que interessa e deixar de lado o que é peso inútil que achamos ser importantes mas, na verdade, não o são.
Não adiantará, no final, termos vivido uma vida de aparência, de amizade falsa com o Senhor pois o que interessará será ter feito ou não o que Ele ensinou e pediu para cada um (a) de nós! A prática da Injustiça, do pecado, do ódio, da indiferença para com o próximo, entre outros, serão obstáculos intransponíveis.
É preciso ter bastante atenção pois poderemos nos decepcionar quando ao final vermos gente de todos os cantos e lados do mundo se sentando à mesa no Reino de Deus e os que achávamos que estariam lá, sendo lançados fora, nos alerta o Senhor!
Por fim, a Segunda Leitura (Hb 12, 5-7.11-13) nos apresenta as correções que o Senhor nos faz porque nos ama. Na verdade, ninguém gosta de ser corrigido pois a correção nos enche de vergonha e, por isso é dolorida. Mas, quando acatamos na humildade e na simplicidade, sobretudo por sabermos que Aquele que nos corrige, o faz porque nos ama de fato e quer o nosso bem, quando ao final percebemos a Vitória, nos enchemos de alegria e satisfação e ficamos gratos para com Aquele que nos alertou. Assim é Deus conosco: por nos AMAR e querer o nosso BEM, Ele nos corrige! Aceitemos o que Ele pede de nós e veremos como a Sua Palavra se cumpre em nossas vidas...
Que a participação na Eucaristia nos alcance a Graça da fidelidade à Vontade de Deus a respeito de cada um (a) de nós! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares
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