Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Dando continuidade à nossa Caminhada de Fé nesse Tempo Comum, celebramos, com a Igreja no Mundo o XIX Domingo e dentro da perspectiva da Igreja no Brasil vivemos a abertura da Semana Nacional da Família nesse Mês Vocacional.
A Palavra de Deus que nos é proposta nos coloca em sintonia com uma questão fundamental: a Fé! O que é a Fé? Como podemos alimentá-la sobretudo em momentos complicados de nossas vidas? O que ela promove em cada um (a) de nós? Essas são questões fundamentais que a Palavra de Deus deste domingo nos faz refletir.
A Primeira Leitura (18, 6-9) nos apresenta a retomada do processo histórico como um caminho seguro para não nos perdermos no presente de nossas vidas. Diante de uma Comunidade que sente pressionada pelo Império Grego a renegar a sua própria Fé, o autor sagrado convida a rever a História da Salvação percebendo no curso da História a presença ativa de Deus, de modo particular nos momentos difíceis. Para tanto, o autor convida a olhar para o período da Escravidão no Egito e o que Deus foi capaz de fazer para mostrar a Sua Presença Ativa que liberta com braço forte e mão estendida. Assim como no passado, Deus continua agindo em nossa Caminhada e nos momentos difíceis é importante que O sintamos presente, ao nosso lado nos sustentado em nosso caminho. Sem tal percepção da presença amorosa do Senhor, diante das dificuldades - que são inúmeras - somos tentados a abandonar o Projeto que Ele nos propõe. Retomar a História da Salvação nos fará retomar o caminho pois perceberemos que o Senhor não abandonou o Seu Povo no passado e não abandonará no presente também.
Essa percepção da Presença de Deus nos fará compreender o que Deus tem para nos oferecer ao final de nossa Caminhada e, dessa forma, alimentados pela Fé, não desistiremos por pior que seja a situação que vivemos. Essa ideia nós a vemos presente na Segunda Leitura (Hb 11, 1-2.8-19) aonde o autor sagrado já no começo nos apresenta o conceito de Fé: é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidade que não se veêm. Que maravilha esse conceito de Fé! É ela que nos faz olhar para frente e perceber o que Deus tem reservado para nós e, assim, compreendemos que o futuro em Deus não tem comparação com as situações complicadas que, porventura estejamos vivendo em nosso presente. Retomando - como na Primeira Leitura - a História da Salvação, o autor da Carta nos apresenta Abraão e Sara como modelos de Fé e, neles encontramos o parâmetro fundamental para percebermos se a nossa Fé é autêntica, verdadeira, genuína. Abraão e Sara são considerados os Pais dos Crentes porque ao escutar a Voz de Deus que lhes pedia para sair da sua terra e irem para um lugar que lhes iria ser mostrado e, mais ainda, eles se transformariam em pais de numerosas nações como as estrelas do céu e os grãos de areia da praia do mar, eles FORAM! É este gesto de abandono de tudo, de toda a segurança para partir em busca daquilo que a Voz de Deus lhes falava, é que nos faz compreender que Abraão e Sara creram pois a Fé é a força, o dom, a graça que o senhor nos concede que nos faz compreender que o que Senhor tem para nós é o melhor. É de olho nesse melhor, sem perder o foco e o objetivo que nos faz caminhar sem titubear, murmurar, desistir.
Ora, essa Fé nos move, nos encoraja, vence o medo que as dificuldades poderá produzir em nós. A Fé, que vem de Deus se opõe ao Medo que vem do Seu Adversário, isto é, o Diabo. É assim que vemos o Senhor Jesus falar no Evangelho de hoje (Lc 12, 32-48). O Senhor já começa o texto em questão chamando a atenção dos seus ouvintes, os discípulos, para não terem medo pois apesar de serem um pequenino rebanho, foi do agrado do Pai dar a eles o Reino. Somos pequenos, fracos, frágeis mas o Pai nos oferece o que tem de melhor: o Seu Reino! Isso nos enche de alegria e entusiasmo na Missão e nos faz ficar atentos para que quando o Senhor voltar, Ele nos encontre fazendo o que Ele nos determinou que fosse feito. Não dá para descansar, imaginando que o Senhor está demorando pois na hora em que menos o esperardes, Ele voltará! A figura do ladrão que não marca hora para assaltar nossa casa deverá estar presente em nossas mentes e em nossas vidas para não perdermos o foco que nos é proposto.
Por fim, o Evangelho nos alerta: a quem muito foi dado, muito será cobrado; a quem muito foi concedido, muito mais será exigido!
Peçamos a Deus que nos ajude hoje e sempre, aumentando a nossa Fé e purificando-a de todos os enganos e erros! Que a Fé vença em nós todos os medos que nos impedem de VIVER O QUE O SENHOR ESPERA DE NÓS! Que tudo aquilo que recebemos do Senhor seja posto em prática em favor de nossos irmãos e irmãs! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares
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