sábado, 27 de outubro de 2012

"XXX Domingo do Tempo Comum: A Vida transformada no ENCONTRO com o Senhor!" - 28 de Outubro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria, celebramos o XXX Domingo do Tempo Comum e, dessa forma, entramos na reta final de mais um Ano Litúrgico.   Vivendo os últimos domingos de 2012, somos convidados a começar a nossa Avaliação sobre o modo como cada um (a) de nós conduziu a própria vida nesse ano que vai ficando para trás.   Nesse sentido, a Palavra ganha um papel especial pois, é diante Dela (a Palavra) que devemos nos colocar e realizar tal Avaliação.

Nesse Domingo, a Palavra nos alegra com a possibilidade de ver a própria vida transformada a partir do nosso ENCONTRO com o Senhor e pela Sua intervenção em nós e, por nós, no mundo que nos cerca.   

A Primeira Leitura (Jr 31, 7-9) nos apresenta o Profeta numa nova perspectiva, já que Jeremias é conhecido pelos anúncios de imensas catástrofes e tragédias ao seu povo.   Hoje, ele contempla uma virada na vida difícil e dura do povo que, exilado, não tinha muitas perspectivas.   A fé e a esperança estão desaparecendo pois a realidade é dura.   Diante desse quadro, vemos o Profeta Jeremias convidando à alegria plena e, ao Senhor, pede que salve o povo que sofre.   Parece que o Senhor escuta o apelo do Profeta pois afirma: Eis que eu trarei do país do Norte e os reunirei desde as extremidades da terra!   O povo que será salvo e com quem o Senhor fará uma Nova Aliança não parece oferecer condições para o reerguimento do mesmo pois é formado por cegos, aleijados, mulheres grávidas e parturientes.   Essas categorias de pessoas formam a grande multidão que retorna e com o a qual o Senhor fará surgir o Novo Povo.   Parece uma certa ingenuidade pensar que com tais pessoas algo novo e bom possa ocorrer.   Porém, a certeza do Profeta vem pela Fé na Palavra de Deus que considera esse povo o Seu Povo e, fará com que retornem ao seu país por caminhos que Ele (Deus) abrirá com alimentos e água em abundância  pois Deus tornou-se como um pai para Israel e, Efraim é visto como Seu Filho.

Que bela Palavra essa do Profeta do Jeremias.   Ela nos enche de alegria, entusiasmo e satisfação.   Nela, a nossa Fé e Esperança são realimentadas e, adquirimos, por conta disso, forças para continuar no Caminho apesar das dificuldades que o mesmo nos apresenta.

Esse Deus descrito pelo Profeta se faz presente em Jesus, Deus Encarnado em nossa História e, por conseguinte, Aquele que veio para tornar VERDADE a Palavra proferida pelo Profeta Jeremias na Primeira Leitura.   Em Mc 10, 46-52 entramos na reta final da Viagem de Jesus, rumo a Jerusalém, aonde será entregue e morto por Amor aos seus.   Nessa reta final,vemos o Senhor saindo de Jericó e, iniciando a última etapa de seu Caminho.   Nessa saída de Jericó, eis que se deparará com um cego (Bartimeu, filho de Timeu).   Esse cego está fora da cidade exatamente porque cego e, com tal deficiência era visto como maldito e castigado por Deus.   Nesse "amaldiçoado" não era objeto de predileção de ninguém - inclusive, dos religiosos da época que fugiam de pessoas desse tipo, pensando estarem agradando ao próprio "Deus".   

Tal cego - que não era surdo - ouviu dizer que Jesus passaria por aquele caminho e, começou a gritar: "Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!"   Os grito do cego incomodam os presentes que tentam, de toda forma fazê-lo parar mas, ao contrário do que esperavam, esse gritava mais forte ainda: "Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!"   Que maravilha de manifestação de Fé que tornou aquele cego e mendigo não desistir de seu objetivo:  ENCONTRAR O SENHOR!   Tal Fé que o fez insistir, tocou o coração do Senhor que, ao ouvi-lo, parou e mandou chamá-lo a Si!   Aqui, as pessoas passam a olhar o cego e mendigo com outro olhar e, chamando-o em nome do Senhor, observam as suas ações: jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus!   Quantas coisas essas ações do cego trazem à tona: abre mão de TUDO O QUE POSSUÍA (o seu manto), e vai ao ENCONTRO DO SENHOR COM RAPIDEZ (sem medo, e sem resmungar).   Diante de Jesus, o cego escuta a grande pergunta: Que queres que Eu te faça?   E, é claro, o cego deseja ENXERGAR (pois, enxergando, ele deixaria de ser considerado pelos "seus" um "maldito" e, automaticamente, poderia ser reincorporado ao convívio social e religiosos).   Jesus, por sua vez, afirma: Vai, a tua Fé te salvou!   Sentença que foi acompanhada da imediata cura da cegueira.   

Interessante que, em nenhum momento, o cego falou que acredita em Jesus mas, por sua vez, o Senhor percebeu a Fé presente na vida daquele cego.   Isso se deveu às atitudes do cego: gritou, continuou gritando contra tudo e todos, jogou o manto, deu um pulo e foi até o Senhor.    Todas essa ações revelaram ao Senhor que o cego acreditava no Poder de Sua Palavra e do ENCONTRO com Ele.

Esse Jesus é o Sumo-Sacerdote da Segunda Leitura de hoje (Hb 5, 1-6).   A sua experiência humana Lhe concedeu a possibilidade de entender cada um (a) de nós e, dessa forma tem COMPAIXÃO dos que estão na ignorância e no erro.   

Que Deus nos conceda a graça de, entrando nesta reta final do ano, nos colocarmos à disposição do Senhor com TODA A NOSSA VIDA!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!


sábado, 20 de outubro de 2012

"XXIX Domingo do Tempo Comum: O Seguimento de Jesus e a Entrega da Vida por Amor!" - 21 de Outubro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Chegamos ao XXIX  Domingo do Tempo Comum e, marcamos o III Domingo de Outubro que é o mês dedicado às Missões.   Portanto, devemos compreender a Palavra de Deus que nos é dirigida como sendo uma possibilidade de, escutando o Senhor que nos fala, crescermos na compreensão do sentido de nossas vidas, encontrado no exercício da nossa Missão.   O nosso Deus, apesar de TUDO PODER, quer contar comigo e com você para estabelecer, já aqui neste mundo, o Seu Reino que, como respondemos nas Celebrações Eucarísticas: "também é nosso!"

Mas, como podemos desenvolver a nossa Missão de modo a correspondermos àquilo que Deus pensou para cada um de nós?   Como saber se a nossa vida está ou não está sendo vivida dentro deste Projeto de Deus para cada um (a) de nós?   A resposta a essas e tantas outras questões, nós as encontramos na Palavra de Deus e, hoje, tal Palavra vem tratar de um assunto um tanto quanto complicado de ser praticado em nossos dias, a saber: o Amor que se faz Serviço prestado a TODOS (AS)!   Vejamos:

A Primeira Leitura (Is 53, 10-11) nos oferece uma pequena parte do IV Canto Servo de Javé e, já falamos desse Servo em outras ocasiões e, sabemos que este é uma personagem misteriosa que o Profeta Isaías, na Segunda Etapa de seu Livro, nos apresenta como sendo Aquele que irá SALVAR o mundo a partir de uma lógica totalmente contrária à lógica do mundo.   O próprio título - Cantos do Servo de Javé ou Servo Sofredor - já nos apresenta aspectos que nós não gostamos muito de refletir e, mais ainda, de viver.   Servo e Sofrimento são termos que não soam bem aos nossos ouvidos acostumados com o vocabulário do mundo.   Para esse, servo e sofrimento são vocábulos de derrotados, fracassados, tolos ... que nunca darão certo na vida - pelo menos, nessa vida que vivemos hoje!   Porém, aos olhos de Javé, essas são características fundamentais para todo (a) aquele (a) que deseja viver a Missão de Construir, já aqui, o Reino de Deus.   Sem essas características presente em nossas vidas não será possível viver a vontade de Deus.   Para o trecho do IV Canto do Servo Sofredor, é o oferecimento de sua vida, por Amor, que será a grande causa da salvação dos seus irmãos e irmãs pois, assim sendo, ele carregará sobre si mesmo os pecados de muitos, as suas culpas, tornando justos os que, antes, pelo pecado, eram injustos.   Apesar de pequeno, o trecho é rico e nos faz refletir sobre o modo como estamos conduzindo a nossa própria vida.   Às vezes pode acontecer de pensarmos estar agradando a Deus mas, na verdade, estarmos agradando a nós mesmos pois não aceitamos a Sua Vontade sobre nós e, dessa forma, não nos colocamos no papel de Servos.

Ora, em oposição a tal reflexão da Primeira Leitura, vemos os discípulos Tiago e João - filhos de Zebedeu - no Evangelho de hoje (Mc 10, 35-45) e, no final do trecho a revolta dos demais com os dois irmãos em questão.   Contrariamente a tudo que o Senhor havia dito e feito até então, os dois irmãos pedem ao Senhor Jesus os lugares à sua direita e à sua esquerda quando chegar o Seu Reino!   Vemos, nesta fala que os dois não conseguiram compreender a exata dimensão do que pedem; não compreenderam, ainda, o que significa o Reino de Deus e, mais ainda, como esse se constrói; não entenderam a lição principal do Servo Sofredor de Isaías e que se encaixará, perfeitamente em Jesus, o Mestre.   Os irmãos pensam o Reino à moda do mundo, aonde quem ocupa os melhores lugares, os mais importantes, comandam, mandam e, os demais, obedecem.   Querem o Poder pelo Poder e, pior ainda, à moda do mundo.   Não compreendem que no Reino de Deus, Poder significa Serviço prestado aos irmãos, até a morte, se preciso for; não entendem que o Poder no Reino de Deus é fruto do Cálice e do Batismo que une o fiel ao seu Senhor.

Só essa atitude dos dois irmãos já é, por si só, uma grande lástima porém, fica pior quando os demais ficam sabendo do pedido que fora feito por eles ao Senhor.   Os outros se enfurecem com os dois irmãos e, a confusão fica pior.   Diante do bate boca entre os discípulos, Jesus intervem: "Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam.  Mas, ENTRE VÓS, NÃO DEVE SER ASSIM: QUEM QUISER SER GRANDE, SEJA VOSSO SERVO, E QUEM QUISER SER O PRIMEIRO, SEJA O ESCRAVO DE TODOS."    Isso deve ocorrer porque aqueles homens eram discípulos de Jesus e, esse, por sua vez "NÃO VEIO PARA SER SERVIDO, MAS PARA SERVIR E DAR A SUA VIDA COMO RESGATE DE MUITOS!"   Que bela lição nos dá o Senhor e, nesse ponto, Ele se coloca em pé de igualdade com o Servo de Javé ou Sofredor na Primeira Leitura de Isaías.   O seguidores do Mestre precisam apreender tal lição e, desde já, pô-la em prática pois, somente assim, a Missão será bem desenvolvida por eles.

Por fim, a Segunda Leitura (Hb 4, 14-16) nos apresenta Jesus como sendo o único Sumo Sacerdote, o Perfeito que, tendo experimentado a nossa natureza humana em tudo, com exceção do pecado, sabe se compadecer de todos nós, pecadores.   Ele intercede por nós junto ao Pai pois sabe das nossas dificuldades, fraquezas para viver a fidelidade à vontade Divina.   Aproximar-se Dele com confiança, é o caminho para alcançarmos misericórdia e podermos viver, já aqui, essa mesma vontade!

Que a Celebração desse XXIX Domingo Comum nos ajude a compreender melhor a nossa Missão e, dessa forma, possamos vivê-la mais plenamente entre nós!   Assim seja!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

"XXVIII Domingo do Tempo Comum: O uso correto dos Bens nesse Mundo!" - 14 de Outubro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Continuando a nossa caminhada litúrgica, vivemos, hoje, o XXVIII Domingo do Tempo Comum e, a Palavra de Deus nos conclama a refletir sobre o real valor dos bens desse mundo e, como utilizá-los de modo que possam colaborar com a salvação de cada um (a) de nós de daqueles (as) que nos cercam.   Questões do tipo: Que sentido deve ter em nossas vidas o dinheiro?   Como usar os bens desse mundo de modo a permitir que eles sirvam para nossa salvação e não para nossa condenação?  serão tratadas pela Palavra de Deus hoje.   Vejamos:

Na Primeira Leitura (Sb 7, 7-11) nos apresenta uma reflexão sobre o maior bem que deveria ser o motivo de nossa existência: prudência e o Espírito de Sabedoria.   Poderíamos afirmar que esses dons são a base de uma vida fiel à vontade de Deus e, no caso de hoje, são condições para podermos lidar com a questão da riqueza sem nos perdermos em suas armadilhas.   Com a Sabedoria, o ser humano se torna capaz de escolher o melhor para si e para os seus: a Sabedoria é preferível aos tronos e cetros, a riqueza perde o valor, nenhuma pedra preciosa a ela se compara e, todo ouro do mundo é areia e, a prata será como lama!   Percebemos, aqui, como o autor sagrado é enfático ao afirmar que é preciso buscar a Sabedoria Divina objetivando se tronar capaz de escolhas imperecíveis nesse mundo.   É preciso amá-la e querê-la mais que a saúde e a beleza e desejar a sua luz que não se ofusca e não se apaga.   Por fim, a leitura deixa claro que ao possuir a Sabedoria Divina todo o resto nos será acrescentado pois a riqueza incalculável está em suas mãos.

Esse trecho da Sabedoria nos prepara para a compreensão do Evangelho (Mc 10, 17-30).   Nesse trecho evangélico nos deparamos com o dilema que aflige o ser humano: como devemos nos relacionar com a riqueza?   O trecho nos apresenta a inquietação de alguém (lembre-se: quando na Bíblia se usa um pronome em lugar de um nome próprio é para que cada um (a) de nós coloquemos o NOSSO NOME ali e buscarmos a compreensão daquela Palavra em nossas vidas) que indo ao encontro do Senhor, se ajoelha e questiona sobre o que fazer para se ganhar a vida eterna.   Acredito, piamente, que esta seja uma dúvida que todos (as) nós, em maior ou menor proporção, gostaríamos de fazer ao Senhor.   Para Jesus, parece que a resposta é muito simples: o cumprimento dos mandamentos é o caminho para se ganhar a vida eterna.   Seguindo a conversa, a pessoa afirma que os mandamentos já são OBSERVADOS por ele desde a juventude.   Aqui, o cerne do texto evangélico de hoje: "uma coisa te falta" - afirmou Jesus e continuou: "Vai, vende TUDO o que tens, dá aos pobres e terás um Tesouro no Céu!"   Essa fala de Jesus, parece não ter agradado ao seu interlocutor.   Parece que ele gostaria de ficar, ainda, no plano da OBSERVAÇÃO DOS MANDAMENTOS, porém, para Jesus, observar somente não basta; é preciso CUMPRIR, PRATICAR, FAZER TUDO QUE OS MANDAMENTOS ORDENAM!   Aqui, o que parecia simples, se complica pois o ouvinte do Senhor e, muitas vezes, cada um (a) de nós também, não queremos praticar o que a Palavra nos pede pois seria ir de encontro aos nossos anseios e vontades.   E, quando isso ocorre, como a personagem evangélica de hoje, nos afastamos tristes pois não queremos nos desfazer de nossos confortos, do nosso comodismo, das nossas vontades e desejos para seguir, fielmente, o que nos pede o Senhor.   E, quando chegamos nessa encruzilhada, preferimos seguir pelo caminho pensado e querido por nós mesmos.

Diante da atitude do que se aproximara, Jesus começou a falar sobre as dificuldades que os bens deste mundo podem colocar no caminho de quem deseja chegar ao Reino do Céu e, construí-Lo já aqui.   Na verdade, o dinheiro poderá se tornar um "deus" em nossas vidas, ditando os rumos de nossas vidas e a maneira de viver de modo a não perdê-lo.   Desapegar-se do dinheiro passa a ser, nesse momento, um obstáculo quando deveria se tornar um meio para ganhar a vida eterna: se soubéssemos partilhá-lo e colocá-lo à serviço do bem estar de todos (as) que nos cercam.   Viver dessa forma não é fácil e, eu diria, é humanamente impossível mas, para Deus não.   Daí, a primeira leitura de hoje: quem busca a Sabedoria Divina e se deixa guiar por ela se torna capaz de usar, de forma correta, os bens desse mundo pois consegue perceber que tais bens são efêmeros, passageiros e, portanto devem ser postos à serviço da vida e, não o contrário.

Por fim, a Segunda Leitura (Hb 4, 12-13), texto muito curto, nos oferece a amarração da reflexão de hoje: a Palavra de Deus é a única capaz de nos tornar capazes de compreender a Sua vontade  e, na medida em que A acolhemos em nossas vida, Ela vai penetrando, dividindo e julgando tudo em nós.   A Palavra é a única capaz de nos capacitar para as escolhas que, de fato, valham à pena e, entendamos aqui, o valer à pena como TUDO QUE POSSA COLABORAR PARA ENTRARMOS NO REINO DO CÉU!

Que a Celebração desse Domingo nos auxilie a lidar com tudo o que o mundo nos oferece de modo a colaborar com a construção do Seu Reino entre nós!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

"O Ano da Fé: Tempo de Reavivamento da Igreja no Mundo!" - 11 de Outubro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Hoje, pela manhã, na Basílica de São Pedro - Cidade do Vaticano - o Papa Bento XVI abriu, para toda a Igreja o Ano da Fé que se prolongará até Outubro de 2013.   Aproveitando as comemorações do 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II e os 20 anos da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, o Papa deseja que a Igreja, espalhada por todo mundo, promova um intenso estudo desse documentos que norteiam a práxis da mesma, objetivando um reavivamento da fé de modo que a Igreja possa cumprir o seu papel no mundo.

Para Sua Santidade, Bento XVI, o mundo está enfrentando uma "espécie de desertificação da fé" e, é preciso reverter esse quadro que se apresenta trágico para a Igreja no mundo.   É importante que as Comunidades, atentas a essa situação, se comprometam - sobretudo durante esse ano - em promover situações de reflexão, estudo, oração e, prática de tudo que esses documentos citados anteriormente, nos oferecem.   

É importante que as nossas Comunidades, abertas à ação do Espírito Santo de Deus, se deixem guiar durante esse ano e, compreendam que a Fé não pode ser experimentada como um "sentimentalismo barato" e "sem implicações práticas na vida dos crentes".   Esse reavivamento da Fé deseja tornar compreensível o que é, de fato, a Fé e, automaticamente, as consequências práticas da mesma em nossas vidas em nosso dia a dia.

Em nossa Paróquia Santa Cruz - Jardim Umarizal - está previsto para o próximo ano um Curso que nos possibilitará um estudo mais aprofundado desses dois documentos, a saber: Concílio Vaticano II e Catecismo da Igreja Católica.   Tal Curso será ministrado pelo Padre Ezaques todas as quintas-feiras, das 20:00h às 22:00h, no nosso Salão Paroquial, tendo início previsto para o dia 14 de fevereiro de 2013 e término no dia 30 de outubro de 2013.

Os interessados já podem fazer as suas inscrições na secretaria de nossa Paróquia garantindo, desde já, a sua vaga.!

Na esperança de poder colaborar com a Igreja e, de modo particular, com a Evangelização em nossa Comunidade Paroquial, concluo esperando que o maior número de fieis possa participar desse ANO DA FÉ em nosso meio!


"Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida: A Solidariedade de Maria para com seus Filhos e Filhas!" - 12 de Outubro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!,

Com grande alegria, celebramos, hoje, a Solenidade de nossa Padroeira Maior: Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira da Nação Brasileira!

É importante compreender que ao celebrarmos uma Solenidade Mariana em nosso Calendário, isso não quer significar que somos uma Igreja Mariana - no sentido de que Maria devesse ocupar o CENTRO de nossa FÉ.   Nós somos uma Igreja Cristológica e, dessa forma, é bom esclarecer que Jesus, o Cristo é quem ocupa o CENTRO DE NOSSA FÉ!   Dessa forma, celebrar Maria deve ser uma oportunidade para crescermos na compreensão do papel dessa Mulher na História de nossa Salvação e, qual a relação dela com o nosso Salvador Jesus, o Cristo.   Toda e qualquer menção a Maria só tem sentido se percebida em sua estreita relação com o nosso Senhor Jesus.

Hoje, o nosso País se volta para a Celebração de Maria, Mãe de Jesus e Nossa e, nessa Celebração somos convidados a perceber que em Maria, Deus se faz próximo daqueles e daquelas que mais necessitam de sua proteção.    Deus, em Nossa Senhora da Conceição Aparecida, se mostra solidário às dores e sofrimentos dos pequenos - no caso em questão, dos negros escravos que, no século XVII sofriam toda forma de maus tratos por parte dos seus senhores e senhoras.   Ao se apresentar NEGRA numa sociedade escravocrata, vemos, aqui, um sinal da solidariedade dos céus para com todos aqueles e aquelas que padecem qualquer tipo de rejeição, exclusão, dor ou sofrimento.    Nosso Deus se faz próximo de todos (as) que Dele necessitam.   A Palavra de Deus dessa Solenidade nos apresenta, exatamente, essa Solidariedade Divina que chega até os Seus por meio de Instrumentos Frágeis como Ester e Maria.   

A Primeira Leitura (Est 5, 1b-2; 7, 2b-3) nos apresenta a Rainha Ester se arriscando para salvar o seu povo do extermínio querido pelo primeiro ministro do reino que, querendo se colocar como "deus" para os súditos, encontrou no Povo Judeu o seu grande obstáculo.   Diante da rejeição desse Povo - o Judeu - de adorar como se "deus" fosse a esse primeiro ministro, o mesmo - usando de artimanhas desleais - conseguiu a condenação à morte de todos os Judeus.   Porém, a Rainha Ester, que era Judia, sentiu a dor do Povo como sua - apesar de já ser Rainha - e, num ímpeto de coragem, após ter rezado e jejuado, se apresenta diante do Rei para suplicar a vida do seu povo.    O Rei encantado pela beleza da Rainha concedeu o que queria e, a situação mudou: os oprimidos se livraram da condenação e o opressor foi morto na própria forca que havia mandado fazer para a matança dos Judeus.   

Aqui, vemos como Deus se coloca ao lado dos pobres e pequenos, dos perseguidos e oprimidos por um Poder Injusto.   Ester, nessa leitura, é imagem de Maria que, no Evangelho de hoje (Jo 2, 1-11) se mostra atenta e solidária ás dores do Povo.   As Bodas de Caná, escolhida para a Solenidade de hoje quer nos apresentar Maria como Aquela que atenta às dificuldades pelas quais os homens e mulheres passam, é capaz de apresentar tal dificuldade ao Filho, dizendo: "Filho, eles não têm mais vinho!"    Jesus, parece não querer realizar o que Maria pretendia pois afirma: "A minha hora ainda não chegou!"   Mas, Maria não desiste e, se dirigindo aos serventes, pede: "Façam TUDO O QUE ELE VOS DISSER!"   Acredito que nessa falade Maria encontramos a sua verdadeira função na História da Salvação: Ela é responsável por nos indicar Jesus como Aquele que deve ser ouvido e seguido incondicionalmente!   Quando se faz o que Jesus ordena tudo, no final, ocorre melhor que o previsto: o melhor vinho foi guardado até o final!   Jesus nos oferece o melhor e, este, por sua vez, vem no fim e, somente após, termos feito TUDO O QUE ELE DISSE!

Por fim, a Segunda Leitura (Ap 12, 1.5.13a.15-16) nos apresenta um dos grandes sinais:  a mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de 12 estrelas.   Essa Mulher é imagem das Comunidades que, buscando dar à Luz a Jesus, sofre todo tipo de perseguição (Dragão) aqui na terra.   O Dragão quer matar o Filho da Mulher tão logo nasça mas, Deus protege o Filho e a Mulher que o gerou.   Essa leitura, desde cedo foi utilizada para tratar do papel de Maria na Igreja e, mais uma vez, percebemos como Deus está do lado dos pequenos e sofredores e, faz de tudo para livrá-los das mãos e da gana dos impiedosos.

Celebrando Nossa Senhora da Conceição Aparecida, peçamos a Deus a Graça de nos comprometermos com os pequenos e simples que, ainda hoje, continuam sendo alvo da ganância, perseguição e opressão dos poderosos que não aceitam o Projeto Divino de Salvação para TODOS (AS)!   Assim seja!

Boa Celebração!

sábado, 6 de outubro de 2012

"XXVII Domingo do Tempo Comum: Manifestar Deus ao Mundo pela via do Matrimônio!" - 07 de Outubro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Seguindo a nossa caminhada nesse Tempo Comum, chegamos hoje ao XXVII Domingo e, nesse domingo somos convidados, pela Palavra de Deus, a refletir sobre a importância do Sacramento do Matrimônio para a manifestação de Deus no Mundo.   Os casais que se unem pelos vínculos do Matrimônio precisam compreender a verdadeira dimensão e importância de tal união aos olhos de Deus.   Essa não é uma união qualquer e, portanto não deveria ser estabelecida de qualquer jeito ou forma.   É preciso compreendê-la na linha vocacional e, dessa forma, seria importante refletir melhor e, dizer sim somente quando se tivesse certeza de que nessa união está a vontade de Deus à respeito daqueles (as) que se dão em casamento.   Na verdade, não somos nós que escolhemos casar e com quem casar mas, de acordo com nossa fé, é Deus quem escolhe os que se casam para tal fim e, define, de antemão, com quem tal união se dará.

A Primeira Leitura de hoje (Gn 2, 18-24) nos revela, na história da criação a formação de tudo que existe, inclusive o homem: formou os animais selvagens, as aves do céu e, permitiu que Adão momeasse, em Seu lugar, tudo que Ele (Javé) havia feito.   Porém, importante ressaltar que, apesar de tudo que Deus tinha feito ter sido considerado bom, Adão se sentiu um tanto quanto "TRISTE" pois em tudo que Javé Criou NADA LHE ERA SEMELHANTE.   Deus, que é atento às nossas necessidades, percebendo a tristeza de Adão, resolveu acertar a situação: fazendo cair-lhe um sono profundo, arrancou-lhe uma costela, fechou o local com carne e modelou a MULHER.   Tal ação divina, provocou uma alegria em Adão que, exclamou: "Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!   Ela será chamada MULHER porque foi tirada do homem!   Adão reconhece em Eva uma COMPANHEIRA com a qual, por obra e graça de Deus irá partilhar a vida como IGUAIS:   Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne!

Que bela Leitura essa da Palavra de Deus de hoje: percebemos, claramente, que aos olhos de Deus a união do homem com sua mulher é algo pensado, querido e instituído pelo próprio Deus em favor dos homens e mulheres.   Não é bom ficar só porém, a união deve se dar como resposta ao Chamado, ao Dom de Deus.   No Matrimônio, homem e mulher se completam e voltam à unidade inicial e, por isso, não é possível que alguém separe o que Deus, desde início, estabeleceu na Unidade.

Essa Leitura, serve de pano de fundo para o texto evangélico de hoje (Mc 10, 2-16) pois, aqui, temos, mais uma vez, um confronto entre Jesus e os fariseus.   Tal confronto, hoje, se dá a partir da concepção de casamento, sobre que pode ou não pode nessa união: É lícito despedir a esposa por qualquer motivo?   É a questão que norteará a discussão.   De um lado, os fariseus que questionam o Senhor a partir da permissão dada por Moisés e, de outro lado, o Senhor Jesus que busca, nas origens a verdadeira fidelidade ao pai, o verdadeiro sentido do Matrimônio: a permissão para quebrar a verdadeira vontade de Deus ocorre por conta da DUREZA DO CORAÇÃO DAS PESSOAS!   Aceitar a vontade primeira de Deus em nossa vida exige um "amolecimento" de nossos corações pois o coração duro buscará adaptar a vontade de Deus às suas possibilidades.   Porém, diz Jesus: NO PRINCÍPIO NÃO FOI ASSIM!   Resgatando o trecho da Primeira Leitura de hoje, Jesus retoma o verdadeiro e único sentido para tal questão: pelo sacramento do matrimônio, Deus reconduz a costela que fora retirada no passado ao seu devido lugar!   Ele retirou, ele reconduz!   Daí, podermos afirmar que, na verdade quem se casa só o faz porque, desde o princípio, Deus assim o quis e, mais ainda, Deus assim o quis e já planejou com quem seria!   Uma vez unidos no Senhor, NINGUÉM PODE SEPARAR!   Separar-se casar-se novamente, seria viver em pecado de adultério e expor o outro ao mesmo pecado.

Essa Palavra de hoje nos coloca frente a frente com a radicalidade da vontade de Deus sobre todos nós: não é possível assumir a vontade de Deus em nossas vidas e, pensar que poderemos, ao longo do caminho, ir fazendo as nossas adaptações quando essa vontade divina não coincidir mais com a nossa.   Tudo que Deus faz deve ser pensado e aceito por nós como sendo o MELHOR!

Por fim, a Segunda Leitura (Hb 2, 9-11)  nos apresenta o Senhor Jesus como modelo para nossas vidas: sua entrega plena e total à vontade do Pai é causa de nossa salvação!   Assim como Jesus, cada um de nós é convidado a entregar-se plenamente à tal Vontade Divina e, dessa forma, salvarmos a nós mesmos e aqueles (as) que nos cercam e estão sob a nossa responsabilidade!

Que Deus nos ajude nessa Missão!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)! 

Mês Missionário: "Ser Missionário faz parte do Ser Cristão!" - Outubro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Iniciamos, com a Igreja no mundo, mais um Mês Missionário e, dessa forma, somos convidados à reflexão sobre o trabalho missionário desenvolvido pela Igreja objetivando levar a bom termo o mandato do Senhor: "Ide pelo mundo inteiro e a todos pregai o Evangelho".

O aspecto missionário não é algo que deva ser compreendido por nós como trabalho desenvolvido, única e exclusivamente, por alguns homens e mulheres que, deixando casa, pais, terras acabam indo para regiões distantes e, ali, anunciam o Evangelho de Jesus àqueles (as) aos quais a Boa Nova ainda não chegou.   Esse, é um aspecto da Missão que a Igreja denomina Missão Ad Gentes (além fronteiras) que é, também, extremamente importante.

Penso, que importante é fazer o resgate do aspecto missionário da Igreja como sendo algo que faz parte da sua essência e, dessa forma, não é possível se declarar Igreja, sem realizar de alguma forma um trabalho missionário.   Não é sem sentido que a Igreja, sabiamente, colocou como Patrona das Missões - ao lado de São Francisco Xavier - Santa Teresinha do Menino Jesus que, longe de ter tido uma experiência missionária como nós a entendemos, ao contrário, nunca deixou o Carmelo de Liseux, na França, aonde, aos 15 anos ingressou.   Pela lógica, essa deveria ser a última escolha da Igreja.   Mas, acredito que tal escolha tenha tido um sentido: fazer com que todos pensemos a missão como algo inerente ao nosso ser cristão e, não importa aonde estejamos, poderemos e deveremos desenvolver uma Missão.   

Ser Missionário é ser capaz de imprimir em todas as nossas atividades do dia a dia o modo de fazer do Senhor; é estar atento ao próximo que caminha ao nosso lado para prestar-lhe auxílio naquilo que estiver precisando; é viver as obras de misericórdia descritas pelo Senhor em Mateus 25: dar de comer a quem tem fome; de beber a quem tem sede; vestir os nús; acolher os peregrinos e forasteiros, além de visitar presos e doentes na certeza de que nesses irmãos se encontra o Senhor que nos pede ajuda e socorro.   Ser Missionário é colocar AMOR em tudo o que somos e fazemos em cada momento de nossas vidas à exemplo de Santa Teresinha que descobriu que a Igreja - Corpo Místico de Cristo - tinha um Coração e que tal Coração necessitava de muito AMOR para bater cada vez mais forte por tudo e todos.   Ser Missionário é imprimir em todas as nossas ações o JEITO DE JESUS, objetivando revelá-Lo com nossas vidas a todos que nos cercam.

Neste mês de outubro ouviremos a Palavra de Deus e buscaremos Nela a forma de Deus para reproduzirmos a mesma em nossas vidas.   Deus, nesse mês nos convida, de modo muito especial, a colaborar com Ele na construção de um Mundo Novo e, para tanto, importante é que cada um (a) de nós assuma a nossa missão.   Para esse trabalho, ninguém pode se esquivar ou pensar que não serve ou não dá pra fazer pois o Deus que chama é o mesmo que nos indica o que fazer e, melhor ainda, o como fazer, nos possibilitando todas as capacidades para que o trabalho seja desenvolvido da melhor forma possível.

Pense nisso durante esse mês e, se de alguma forma, você se sentir motivado, venha se juntar a nós, trabalhando em nossas Comunidades para a construção do Reino de Deus entre nós!

Bom Mês para todos (as)!