sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

"III Domingo do Tempo Comum: Em Jesus, o Caminho de acesso ao Pai nos é apresentado!" - 26 de Janeiro de 2014

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade à nossa caminhada nesse início do Tempo Comum, buscamos na Palavra de Deus as pistas, as luzes que nos permitirão ser santos e santas como nosso Pai do Céu é Santo!   Acompanhar o Senhor Jesus em Seu Ministério Público nos possibilitará compreender mais e melhor o que devemos fazer para que nossa vida corresponda àquilo que o nosso Pai pensou para cada um (a).

Hoje, a Palavra de Deus que nos é proposta nos apresenta o tema da LUZ e nos afirma que a vida longe de Deus e de Sua Santa Vontade é como caminhar nas trevas com todas as consequências decorrentes daí: errar o caminho, quedas, perdas, dores, sofrimentos ... entre outros.

Assim, a Primeira Leitura (Is 8, 23b-9, 3) nos apresenta a situação do Povo de Deus (Reino do Norte), por volta de 732 a.C., depois de ver o território sendo ocupado pelos assírios: povo caminhando na escuridão, habitando nas sombras da morte, triste, com jugo e carga pesada sobre os ombros.  Toda essa situação é consequência de uma vida que se afastou dos preceitos, das leis e mandamentos que o Senhor havia dado.   A sorte do povo, porém, está no fato de que Deus ama o Seu Povo e não permite que o mesmo viva para sempre as consequências trágicas de ter se afastado de Sua Presença.   A Boa Notícia que o Profeta nos apresenta é que os dias de dor e sofrimento estão contados pois Deus está para intervir em favor da Vida de Seu Povo: uma grande Luz há de brilhar e resplandecer, a alegria há de voltar e a felicidade aumentará como os ceifeiros na colheita ou como soldados ao dividirem os despojos de guerra vencida, o jugo e a carga pesada sobre os ombros do povo foram abatidos.    Tudo isso será obra da intervenção maravilhosa de Deus em favor dos seus eleitos!

Ora, caminhando com o Povo de Deus percebemos que a promessa feita pelo Profeta não viu o seu cumprimento em todo o Primeiro Testamento e, nós cristãos (ãs) entendemos o porquê: tudo isso só se torna realidade com a chegada de Jesus, Deus que se encarnou em nossa história para fazer acontecer TUDO QUE FORA DITO PELOS PROFETAS!

Assim, o Evangelho de hoje (Mt 4, 12-23) nos apresenta o Senhor Jesus como Aquele que veio para iluminar os caminhos daqueles que andavam nas trevas e, assim, cumprir a Escritura pronunciada na Primeira Leitura da nossa Celebração.   Jesus é a Luz que devia brilhar para conduzir todos ao encontro com o Pai dos Céus!

O Seu chamado à Conversão por conta do Reino de Deus que se aproxima leva muitos a segui-Lo: Simão e André; Tiago e João, filhos de Zebedeu!   O Senhor passa pela vida de cada um (a) a todo instante e nos convida a segui-Lo: quem está atento e O percebe como Luz que nos quer iluminar, O segue!   Quem ouve a Sua Voz e a discerne como sendo a Voz do próprio Deus a nos chamar é capaz de ABANDONAR TUDO E TODOS PARA ESTAR COM ELE!    À Palavra proclamada, seguem-se os sinais: cura de toda doença e enfermidade do povo!

É esse Jesus o Centro de nossa Vida de Fé e é Ele quem deverá ser seguido por cada um (a) de nós.   Não há outra Luz, não há outro Caminho, não há outra Verdade, não há outra Pessoa.    Todos somos chamados a revelar com a vida que levamos o Único Senhor: Jesus, o Cristo!    Parece que a Comunidade de Corinto se esqueceu disso e, dividindo-se em nome de lideranças, se afastou do ideal anunciado pelo Apóstolo Paulo: Ninguém pode se afirmar de Paulo, Apolo, Cefas ou quem quer que seja pois todos somos de Jesus, o Cristo que por nós se entregou, morreu na Cruz e nos SALVOU! ( I Cor 1, 10-13.17).   É esse o ensinamento da Segunda Leitura !

Peçamos a Deus que ajude a compreender que somente Ele é a Luz que nos ilumina e nos conduz pelos Caminhos da Salvação!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"II Domingo do Tempo Comum: Em Jesus, Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, nos tornamos Luz das Nações!" - 19 de Janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Depois de algumas semanas vivendo as alegrias do Ciclo Natalino, retomamos em nossa Liturgia o Tempo Comum em sua primeira parte que vai da segunda-feira após a Festa do Batismo do Senhor até a terça-feira anterior à quarta-feira de cinzas (abertura do Tempo da Quaresma).

Antes de mais nada é importante recordar que o Tempo Comum não leva esse nome por ser no Conjunto do Ano Litúrgico o menos importante.   Como os demais os Tempos Litúrgicos (Advento e Natal - Ciclo Natalino e Quaresma e Páscoa - Ciclo Pascal), ele possui a sua grandeza e importância.   Podemos fazer tal afirmação a partir de dois pontos fundamentais:

01) Quantidade de Semanas: o Tempo Comum ocupa no ano Litúrgico 33 ou 34 Semanas.   Depois do Tempo Comum, o que ocupa o maior número de Semanas é o Tempo da Páscoa com 07.   Daí, podemos concluir que a Igreja não seria tola, boba de dedicar tanto tempo para um Tempo que não fosse de extrema importância;

02) Seguimento de Jesus em Seu Ministério Público: é dentro desse Tempo Comum que vamos acompanhar Jesus em sua trajetória pública e aprenderemos Dele como viver para nos tornarmos "imagem e semelhança de nosso Pai que está nos Céus".   Ver, ouvir, compreender o Senhor Jesus em Sua Manifestação Pública (que se inicia após o Seu Batismo = Domingo Passado = fechou o Ciclo Natalino e abriu o Tempo Comum = ficou no lugar do I Domingo desse Tempo) nos dará a exata medida do que significa viver como filho (a) de Deus e como poderemos cumprir a nossa Missão nesse mundo.   Isso, aprenderemos ouvindo, meditando, partilhando e buscando compreender ao máximo o que a Palavra de Deus nos apresenta nesse Tempo.

Dito isso, podemos passar para os textos da Palavra de Deus desse II Domingo do Tempo Comum e, como todos os anos, os textos do início desse Tempo nos fala da questão Vocacional.    A Palavra de Deus vai nos conduzir à compreensão de que estamos nesse mundo, nesse tempo, nesse espaço, convivendo com este (a) ou aquele (a) não por acaso mas para darmos vazão àquilo que o nosso Pai do Céu espera de cada um (a) de nós.

Assim, a Primeira Leitura (Is 49, 3.5-6) nos apresenta um dos quatro Cantos do Servo de Javé ou Servo Sofredor (vimos um, também, na Semana Passada por ocasião da Festa do Batismo do Senhor).

Percebemos no Texto do Profeta Isaías que, numa determinada altura, nos é apresentada a figura de alguém que poderia, de fato, libertar o Povo de sua condição de miserável, de escravo, de morte.    Após tanto tempo colocando as esperanças em outros homens que se apresentavam como escolhidos e enviados por Deus - e, de fato, eram mas, não cumpriram a Missão que o Pai lhes reservara -, o Profeta começa a decantar uma imagem que seria capaz de fazer o processo de transformação e libertação decisiva do Povo. Esse Servo não utilizaria as mesmas armas e estratégias do mundo mas, ao contrário, seria FIEL à VONTADE DE SEU SENHOR!

No texto em questão hoje, temos o período do retorno da Comunidade de Israel para Jerusalém após o Tempo de Exílio na Babilônia e, nesse contexto vemos o Senhor fazendo uma espécie de apresentação de Israel: Tu és meu servo, Israel, em quem serei glorificado!   A glorificação do Senhor passará, necessariamente, pela fidelidade de Israel à Sua Vontade.   Em seguida, o texto nos apresenta que tal Servo foi escolhido e formado desde o nascimento para o cumprimento dessa Missão: recuperar Jacó, fazendo Israel unir-se a ele.   Não podemos deixar de lembrar que após o Governo de Salomão, as Tribos se separam e formaram dois Reinos distintos e que brigavam entre eles.

Por fim, o texto fecha com chave de ouro ampliando a Missão dada ao Servo: não basta somente a recuperação de um povo específico (Jacó ou Israel) é preciso que te tornes LUZ DAS NAÇÕES para que a Salvação possa chegar aos confins da terra!

Ora, essa Leitura do Profeta Isaías nos faz pensar que durante todo o Primeiro Testamento não houve alguém ou algum grupo que conseguiu colocar em prática tal intento.   Para nós cristãos (ãs) tal profecia se cumpre com Jesus: o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.    Aqui, a ligação da Primeira Leitura com o texto evangélico de hoje (Jo 1, 29-34).   Nesse texto, alguns pontos chamam a nossa atenção:

a) Jesus precisa ser apresentado por alguém aos demais: quem faz a experiência de que Jesus é o Senhor, se sente obrigado a apresentá-Lo aos demais.   João, o Batista faz isso quando ver Jesus passando e diz: Eis o Cordeiro de Deus que tira o PECADO DO MUNDO!

b) Humildade para reconhecer Jesus como Senhor: João, o Batista reconhece a grandeza de Jesus e sua pequenez quando afirma: Esse é Aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim.  Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel!

c) João dá TESTEMUNHO DO QUE VIU, DO QUE EXPERIMENTOU COMO VERDADE: não se testemunha algo que não se viveu pois esse seria um testemunho falso.   João apresenta o Senhor porque VIU E EXPERIMENTOU QUE ELE ERA O SENHOR: ele viu o Espírito descer e permanecer sobre Jesus após ser batizado e por isso soube que era Ele quem batizaria com o Espírito Santo!   Ele viu e por isso testemunha: ESSE É O FILHO DE DEUS!

Que maravilha esse anúncio da Boa Nova:  o Tempo Comum que estamos começando quer nos conduzir a tal experiência de Verdade com o Senhor para que possamos dar o nosso Testemunho Verdadeiro, Autêntico.   É esse Testemunho que fará com que TODOS (AS), de todos os cantos da terra cheguem ao conhecimento da Verdade sobre Deus, do Seu desejo de SALVAR A TODOS (AS)!

Podemos afirmar que o Apóstolo Paulo também fez tal experiência com a Verdade de Deus e, dessa Verdade se tornou arauto formando muitas Comunidades.   Na Segunda Leitura de hoje (I Cor 1, 1-3) podemos observar isso: o seu apostolado é por vontade de Deus e, por conta disso, TUDO que faz é em Seu Nome.   Ele reconhece a Igreja de Deus presente em qualquer lugar aonde se invoque o Nome do Senhor Jesus!

Que a Celebração desse II Domingo do Tempo Comum nos faça tomar consciência da nossa condição de Servos (as) de Deus e, assim sendo, possamos cumprir a nossa Missão de Testemunhar com a Voz e com a Vida TUDO que Ele fez e faz por nós!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares



sábado, 4 de janeiro de 2014

"Festa do Batismo do Senhor: Iniciando o Seu Ministério Público!" Domingo entre 09 e 13 de Janeiro - 12 de Janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Chegamos ao final do Tempo de Natal com a Festa do Batismo do Senhor e, dessa forma, somos convidados a refletir sobre a nossa condição de batizados, de filhos e filhas de Deus.   Olhando para Jesus e buscando compreender a sua missão neste mundo, somos conduzidos, paulatinamente, à compreensão do que o Pai do Céu espera e deseja de nós.   A Palavra de Deus dessa Festa nos ajudará em tal compreensão.   Vejamos:

A Primeira Leitura (Is 42, 1-4.6-7) nos apresenta um dos Cantos do Servo de Javé ou Servo Sofredor.   Aqui, muitas lições poderemos retirar para a nossa missão cotidiana.

a) O Canto é do SERVO (A) DE JAVÉ: aqui, importa compreendermos que ao apresentar a personagem central como SERVO (A), o texto nos deixa, logo de cara, com a ideia de que a mesma não pode ter vontade, desejo, voz e vez próprios.   O SERVO (A) existe em função do SEU SENHOR, para satisfação das necessidades desse Senhor.   O SERVO (A) deve encontrar a sua RAZÃO DE SER em ser para o Senhor, fazendo a sua vontade.   É assim que a alma do Senhor se compraz!   

b) O cumprimento da vontade do Senhor é TAREFA DIFÍCIL: Nem sempre, os Servos (as) conseguem realizar os desejos e vontades do Senhor mas, há um caminho seguro para que tudo se faça dentro do que se espera: estar aberto para acolher o Espírito do Senhor!   Aliás, o próprio texto nos fala dessa presença misteriosa na Vida do Servo e, dessa forma, o mesmo levará a bom termo a sua Missão: Julgamento das Nações!

c) Características Marcantes do Servo de Javé: Ele tem marcas que demonstram a sua oposição com o modo de ser e de agir do mundo.   Para fazer valer a sua vontade - que é a Vontade do Senhor - o Servo utilizará meios, estratégias opostas àquelas utilizadas pelo mundo quando deseja ver concretizada a sua vontade.

c1) Enquanto o mundo grita e vence porque fala mais alto e mais forte, o Servo não levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas;
c2) Enquanto o mundo só procura os melhores, os fortes, os saudáveis, os que oferecem possibilidades reais de ser o melhor, o mais lucrativo, o Servo não quebra a cana rachada, nem apaga o pavio que ainda fumega;
c3) Enquanto o mundo se baseia nos princípios da mentira, o Servo promoverá o julgamento para obter a Verdade;
c4) Enquanto o mundo se alegra com as injustiças, o Servo não descansará enquanto não promover a JUSTIÇA na terra.

Tudo isso, o Servo de Javé fará pois foi chamado para isso e o Senhor O tomou pela mão, O formou e O constituiu como Centro de Aliança do Povo, como Luz das Nações para restaurar a Vida que se esvai num mundo pautado pelo pecado.

Esse texto do Profeta Isaías nos faz pensar em nossa Missão de Batizados no mundo que vivemos: TUDO QUE É MISSÃO DO SERVO, É NOSSA MISSÃO TAMBÉM!

O tempo passou e à época de Isaías ninguém conseguiu encarnar tais características descritas na Primeira Leitura e, dessa forma, nós, os cristãos (ãs) enxergamos, em Jesus, a realização plena da Profecia.   Com o Batismo, Jesus dará início a toda essa transformação que o Servo de Javé deveria promover.   É isso que vemos descrito no Evangelho de hoje (Mt 3, 13-17) quando o Senhor Jesus é reconhecido pelo Pai como Seu Filho Amado!

No texto escolhido para nossa Festa vemos o Senhor desejoso de cumprir TODA A JUSTIÇA, isto é, TUDO QUE SOBRE ELE ESTAVA ESCRITO, TODA A VONTADE DO PAI = SERVO DE JAVÉ!   Ao sair das águas do Jordão o Pai O recebe como Filho e O apresenta ao Mundo para que possa TRANSFORMÁ-LO: o céu se abriu e o Espírito de Deus desceu sobre Ele em forma de pomba; do céu veio uma voz que dizia: "Este é o Meu Filho Amado, no qual Eu pus o Meu Agrado!"

Toda a Primeira Leitura está cumprida aqui nesse episódio do Batismo do Senhor!

Ora, toda a Vontade do Pai é que cumpramos a Sua Santa Vontade: Transformar o mundo no Paraíso que se perdera por conta do pecado das origens de nossos pais (Adão e Eva).   Isso só será possível quando todos compreendermos que somos irmãos (ãs) e não adversários ferrenhos que devem se auto-eliminarem mutuamente!   A mensagem da Segunda Leitura (At 10, 34-38) nos recorda essa Missão: Deus não faz acepção de pessoa mas aceita todo (a) aquele (a) que O teme e pratica a Justiça!

Ser Batizado (a) é viver essa Vida Nova que a Palavra nos descreveu nessa Festa do Batismo do Senhor!   Que Deus, nosso Pai nos conceda a graça da fidelidade à Missão!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

"Solenidade da Epifania do Senhor: Em Jesus, Deus se mostra como o Salvador do Mundo!" - Domingo entre 2 e 8 de Janeiro - 05 de Janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Vivendo as alegrias do Ciclo Natalino, chegamos, hoje, à Solenidade da Epifania do Senhor e, podemos dizer, que esta é a outra face da moeda do Natal do Senhor, ou melhor dizendo, essa  Solenidade completa a mensagem que na noite de Natal a Igreja e a Palavra nos apresentaram.   Na Noite de Natal (24/12) pudemos perceber que o nascimento de Jesus foi anunciado como causa de alegria e salvação para o Povo Judeu em primeiro lugar, povo este, representado no texto evangélico, pelos Pastores.   Se a Palavra terminasse por ali, poderíamos pensar que o nascimento de Jesus não trouxe a Salvação para o Mundo mas para uma parte dele, para o Povo no qual o Senhor se encarnou e nasceu: os Judeus e, assim sendo, todo o resto (inclusive nós) estaríamos fora.   A nossa sorte é que o texto evangélico segue e nos apresenta a plenificação do seu sentido hoje: Jesus é a Encarnação do Deus que quer SALVAR A TODOS!   A Salvação trazida por Ele é UNIVERSAL!   Vejamos:

Na Primeira Leitura (Is 60, 1-4) temos uma reflexão feita pelo Profeta já no período do pós-exílio e o texto que nos é oferecido nos apresenta o Profeta conclamando a Cidade de Jerusalém para se levantar e acender a luzes!   E, nos perguntamos: Por que?    E, a resposta vem a seguir: Porque chegou a tua luz e a glória do Senhor apareceu sobre ti!   Apesar de estar a terra envolvida em trevas, Jerusalém pode contemplar a presença da Grande Luz sobre ela e, é preciso que a Cidade se transforme nessa Luz de Deus que está sobre ela.   Isso deve ocorrer pois o mundo necessita enxergar uma saída na escuridão que  o domina; é preciso que Jerusalém se transformando na Luz que a ilumina seja uma espécie de "farol" que conduzirá TODOS AO SEU CLARÃO: os teus filhos e filhas que estão chegando de longe e trazendo para o seu meio as riquezas de além-mar para onde foram levados cativos num passado não muito distante (Exílio na Babilônia)!   Essa Luz que atrai TODOS AO SEU CLARÃO levará o mundo a reconhecer a proclamar a Glória do Senhor presente em Jerusalém.

Ora, essa Leitura do Profeta Isaías nos prepara para a compreensão do texto evangélico de hoje (Mt 2, 1-12) pois a história dos Magos nos faz pensar no que nos falou o Profeta e, mais, ainda, nos faz pensar que Jesus é a Luz que brilha atraindo TODOS AO SEU CLARÃO.   A diferença está no local onde tal Luz brilha: em Belém e não em Jerusalém!   

Magos do Oriente observam no Céu algo novo: uma Estrela (Luz) apareceu!   Seguem a Estrela e param em Jerusalém (palácio de Herodes) mas não encontram o que procuram lá: Deus não nasce e não faz brilhar a Sua Luz onde os homens pensam ser eles a própria luz!   Detalhe importante: enquanto os Magos entram no palácio de Herodes, a Estrela desaparece e só voltará depois que os Magos deixam aquele local!   

Saindo do palácio de Herodes, a Estrela guia os Magos até o local onde estava o Menino: Na Gruta de Belém!   Ali, ajoelha, adoram o Menino e oferecem seus presentes: ouro, incenso e mirra (riquezas do além-mar = Primeira Leitura).   

Como estamos ouvindo nesses últimos dias, àqueles que estão abertos à Vontade do Senhor, o próprio Senhor lhes aponta o caminho a seguir: avisados em sonho para não retornarem a Herodes, regressam para sua terra por outro caminho!

Que maravilha essa Palavra!   Que Alegria poder ouvi-la!   Que satisfação poder compreender que o Senhor não se esqueceu de nós mas, ao contrário, nos tinha a todos em seu coração e nos quer salvar sem que nenhum de nós se perca!   Agora, a resposta é conosco!

Essa maravilha é a revelação do Mistério que ficou por muito tempo escondido: Os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo por meio do Evangelho!   E, assim, completa o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (Ef 3, 2-3a.5-6).

Celebrando as Alegrias da Epifania (Manifestação do Senhor) peçamos a graça de compreendermos que o Amor Infinito de Deus nos trouxe a Salvação em Jesus!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

"Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus!' - 01 de Janeiro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos iniciando um Novo Ano no Calendário Civil e encerrando a Oitava de Natal.   Abrindo um Novo Ano é comum, é normal que as pessoas de abracem, se beijem e desejem que o ano que ora se inicia venha repleto de paz, saúde, dinheiro, realizações pessoais, profissionais, afetivas ... que todos os sonhos se realizem e que a vida seja melhor que a vivida no ano anterior que fica para trás.   Assim, eu me pergunto sobre os motivos que, apesar de tantos desejos bons, que se repetem a cada início de ano, a vida parecer não corresponder, às vezes nem de longe, a um pouquinho do desejos acima citados.   E, a resposta a que chego, após refletir, é que os desejos que não encontram em cada um (a) de nós respaldo para se tornar verdade, realidade ficam somente como desejos e, estes por eles mesmos não são capazes de transformar a vida.   Para que os desejos se tornem verdade é importante que cada um (a) de nós se comprometa na luta por torná-los realidade e, assim sendo, penso ser importante que todos (as) compreendamos que a primeira, a mais importante e portanto a mais difícil das transformações deve acontecer dentro de cada pessoa, dentro de mim.   Eu sou, em primeira e última instância, o grande responsável pela melhora do mundo que me cerca e para que os sonhos e desejos que marcam o início do ano se transformem em verdade.

Dito isso, entendo que a Palavra de Deus que nos é proposta nesse primeiro dia do ano e encerramento da Oitava de Natal é paradigmática pois nos revela um pouco mais sobre quem é o nosso Deus por aquilo que Ele fez e faz em nosso favor.   Compreender Deus é ponto inicial para fazermos de nossas vidas sinais de sua presença e ação no mundo.   A Palavra de Deus da Celebração de hoje circula em torno da Imposição do Nome de Jesus: DEUS SALVA!   Talvez, a compreensão desse significado fará toda a diferença para nós no correr de Novo Ano e, quem sabe, dessa forma, esse será, de fato, um ANO NOVO!

Assim, a Primeira Leitura (Nm 6, 22-27) nos deparamos com o Senhor orientando Moisés, para que oriente o Sacerdote Aarão, sobre a forma correta de invocar o Nome do Senhor para abençoar os filhos e filhas do Povo de Deus.   Ora, essa leitura pequena nos revela os traços fundamentais do ser de Deus e que deveriam fazer parte de nossas vidas de crentes N'Ele: o Senhor abençoa e guarda; brilha a Sua face e se compadece de nós; volta para nós o Seu rosto e nos oferece a Paz!   Que beleza de leitura!   Tudo o que o Senhor é está condensada nessa Bênção e, dessa forma, cada um de nós deveria se questionar sobre o modo como vem vivendo a sua Fé nesse Deus: como podemos afirmar a nossa Fé nesse Deus sem sermos uma bênção para os que nos cercam e sem guardá-los dos perigos? Sem ter compaixão para com as fraquezas daqueles (as) que nos cercam? Sem sermos construtores da PAZ?   Talvez, aqui, já uma fonte de reflexão que poderá nos auxiliar na construção de um mundo novo e um Ano que seja de fato diferente dos demais que já vivemos.

Seguindo a nossa reflexão nos deparamos com o texto da Segunda Leitura (Gl 4, 4-7)  e. aqui, vemos o Apóstolo Paulo nos orientando sobre a Verdade da Encarnação e seus reais motivos: quando se completou o tempo, Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de RESGATAR os que eram sujeitos à Lei e para nos tornarmos filhos e filhas adotivas do Pai pelo envio do Seu Espírito que nos leva a chamar a Deus de Abbá, ó Pai!   Dessa forma, deixamos de ser ESCRAVOS E  NOS TORNAMOS FILHOS E HERDEIROS POR OBRA E GRAÇA DELE!
Aqui, compreendamos o caminho percorrido pelo próprio Deus para nos Salvar: Ele se fez um de nós!   Assim, percebemos que se quisermos ser do Jeito de Deus será preciso DESCER do nosso pedestal e nos tornarmos semelhantes àqueles (as) que desejamos ver SALVOS de toda situação contrário ao Reino de Deus.   Esvaziamento, aniquilamento, rebaixamento são os caminhos que poderão fazer do Ano Novo, em Ano NOVO!

Por fim, o Evangelho (Lc 2, 16-21) nos apresenta a sequência do texto da Noite de Natal e, aqui, temos os Pastores - aos quais foi anunciada a Alegria da Salvação em primeiríssimo lugar - chegando ao local aonde o Senhor estava e encontrando TUDO conforme o Anjo lhes havia anunciado: um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura!   Ao falarem as maravilhas que ouviram à respeito do Menino, Maria foi guardando em seu coração e meditando buscando compreender tudo que escutava.   Mais uma vez nos deparamos com a Imagem de Deus que se aproxima dos mais pequeninos se fazendo um deles, se identificando com eles para poder salvá-los pois essa é a Sua Missão, revelada na imposição do Seu Nome: JESUS - DEUS SALVA!

Que a Primeira Celebração desse Novo Ano e do Encerramento da Oitava de Natal nos leve a refletir sobre os Caminhos que devemos trilhar para conseguirmos um Ano, realmente, Novo para cada um (a) de nós, para nossas famílias, para nossa Igreja, para o nosso mundo!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as) e um Ano cheio do Amor de Deus!

Pe. Ezaques Tavares