terça-feira, 28 de junho de 2011

"Primeiro Retiro para Casais: Experiência de Deus como base para a Vida do Casal!" - 09 de Julho de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

É com grande satisfação que realizaremos no próximo dia 09 de julho o nosso Primeiro Retiro para Casais.    Será uma experiência ímpar em nossa Paróquia Santa Cruz, um dia especial para a nossa Vida Comunitária.

Desde o período de formação que tenho uma grande inclinação para o trabalho com famílias, com casais.       Isto me levou a ser, tão logo fui ordenado, responsável pela Pastoral Familiar em nossa Diocese.   Foi uma bela experiência que me permitiu crescer na compreensão da importância da Família para a vida da sociedade e, sobretudo, da Igreja.

Neste ano, terei a oportunidade de realizar este Retiro para Casais em nossa Paróquia e, tenho certeza, será um dia cheio da graça de Deus para mim e para todos aqueles que aqui estiverem, além de proporcionar à nossa Paróquia um crescimento espiritual em sua vida.

Refletir sobre a vida de casal, suas responsabilidades sociais e religiosas, seua engajamento pastoral na Comunidade além da troca de experiências e da convivência, marcarão este Dia de Graça!

Se você ainda não fez a sua inscrição, ainda há tempo e vagas.   Venha à Secretaria de nossa Paróquia e inscreva-se.   Lembre-se: deve ser um casal, nosso paroquiano, que tenha o dia todo (09/07) livre, isto é, sem precisar sair para nada das 08:00h às 21:00h.   Preencheu este requisitos, venha e esteja conosco neste dia!

Estou aguardando todos vocês para passarmos este dia juntos na presença do Senhor!   

"Dom Emílio: Vida de Amor e Doação à Igreja"

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Peço licença aos leitores do meu blog para fazer uma homenagem para alguém que foi e continua sendo muito importante em minha caminhada vocacional: Dom Emílio!

Bom, num primeiro momento quero recordar e contar como começou a minha relação com este homem de Deus.   Tudo começou no dia 29 de setembro de 1989, uma sexta-feira (Festa dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael) quando eu cheguei a São Paulo.  

Eu havia combinado com Dom Emílio, por telefone, que chegaria para conhecer a Diocese (recentemente criada e instalada no dia 04/06/1989) e, iria com ele para a Celebração no Seminário Nossa Senhora Aparecida - Taboão da Serra - SP, aonde eu deveria permanecer.    Porém, quis Deus que os planos fossem alterados:  pensei que chegaria no final da tarde (o que de fato ocorreu, mas na Rodoviária Tietê) mas, da Rodoviária até Campo Limpo levei mais umas 3 horas e, acabei chegando na Cúria (aonde estava, também, a Casa do Dom Emílio) por volta das 19:00h e, o Dom Emílio já havia saído para a Celebração no Seminário.    Este incidente (que creio ter sido providente) acabou por me deixar morando com o dom Emílio aquele final de semana e, por fim, até o final do ano (após o vestibular) e, para completar o quadro, ainda saí de férias (alguns dias em Campos do Jordão - SP) e, depois disso, Dom Emílio foi até minha casa para conhecer minha família.   Isto foi algo "impensável" para um jovenzinho de 19 anos (recém completados).

Nestes três meses que convivi mais diretamente com Dom Emílio, alguns pontos me chamaram a atenção e me marcaram, fazendo surgir uma grande admiração e me levando a estreitar os laços entre nós.

Uma primeira marca de Dom Emílio que me chamou a atenção foi a sua SIMPLICIDADE: sua moradia, dirigir o próprio carro (à época, um escorte hobby), entre outras coisas.   Para mim que estava chegando de uma Diocese no interior do Estado do Rio de Janeiro, aonde a figura do Bispo era algo quase inatingível, conviver com um homem, que ocupava o mesmo cargo mas levava uma vida tão SIMPLES, me deixaram de "boca aberta" (desculpe a expressão mas, foi assim que fiquei literalmente).  

Outra marca, foi a VIDA DE ORAÇÃO, que era e continua sendo parte integrante e importante na vida de Dom Emílio.   Morando com o Dom Emílio pude perceber o zelo pela vida de oração e, hoje, entendo que era todo este tempo dedicado à oração que lhe dava e continua dando forças para manter-se em suas atividades.   Dom Emílio acordava às 05:30h e, por volta das 06:00h já estava na Capela para as Orações da Manhã; celebrava diariamente; fazia o ofício das leituras, as véspera e as completas diariamente, além do terço em louvor a Nossa Senhora com a ladainha em latim.   Isso era e, creio continua sendo, parte da rotina deste homem.

Outro ponto que me marcou foi a percepção de Dom Emílio como um homem incansável no trabalho pastoral: para ele não há tempo ruim e, se houvesse possibilidade, ele não hesitava em participar de TUDO que fosse importante (e, às vezes, até situações mais corriqueiras, ele participava).   Rodou toda a Diocese - Paróquias, Comunidades, Pastorais, Movimentos ... - tudo era olhado e percebido da mesma forma por ele.

Por fim, outra marca da vida de Dom Emílio é a fidelidade ao seu Lema Episcopal: "Consolidai vossa Vocação!"   Dom Emílio demonstrou e demonstra ter um enorme apreço pela sua Vocação quando acredita e luta para que todos consigam realizar-se em sua vocação.   Eu sou uma prova real da dedicação dele pelas vocações.   Hoje, eu posso afirmar que a minha realização vocacional é, em grande parte, devida ao empenho, à compreensão, à ajuda que Dom Emílio me proporcionou.

Hoje, 29 de junho de 2011, escrevendo neste blog, quero prestar esta singela homenagem para alguém que está Celebrando 54 anos de vida Sacerdotal e, que completou no último dia 24 de junho, 35 anos de vida episcopal.   Para ele toda a minha gratidão e os sinceros votos de felicidade hoje e sempre!

Que Deus o abençoe e o proteja e, deixo aqui, a certeza de que ele poderá contar sempre comigo!    Muito obrigado por tudo!

"Solenidade de São Pedro e São Paulo: Pilares Fundamentais da Igreja!" - 03 de Julho de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Hoje, quebrando a sequência dos Domingos do Tempo Comum, celebramos a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo.   Tal Solenidade está inscrita no Calendário Litúrgico no dia 29 de Junho mas, no Brasil, por ser tal Celebração de extrema importância para a nossa vida de fé, foi trasnferida para o domingo mais próximo (quando o dia 29 de junho não cai no domingo) do dia 29 de junho.

Bom, várias vezes já conversamos aqui em nossa Comunidade Paroquial que as Celebrações da Igreja obedecem a uma "certa" hierarquia que vai das chamadas Memórias Facultativas, Memórias Obrigatórias, Festas e Solenidades.   Tal "hierarquização" está vinculada à Mensagem que a Igreja quer nos passar com as Celebrações: dependendo do grau de importância para a nossa vivência de fé, a Celebração é classificada num destes grupos.   Assim, quando nos reunimos para celebrar uma Solenidade, devemos ficar atentos pois, neste dia, a Igreja quer nos passar uma Mensagem de Extrema Importância: me atreveria a dizer que a não compreensão desta Mensagem poderia colocar em risco a nossa prática cristã católica.

Daí, nos perguntamos:  Qual é a Mensagem desta Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo?   Por que tal Mensagem é tão importante?   O que ela (Mensagem) pode oferecer para a nossa vivência cristã?   Vejamos:

A Palavra de Deus desta Solenidade nos oferece importantes pontos para nossa reflexão e, nos levam a entender algumas razões essenciais para sermos cristãos e católicos.

Quero começar a minha reflexão pelo texto evangélico da Santa Missa do Dia.   São Mateus, 16, 13-19 é um texto paradigmático para nossa fé católica.   É interessante notar que tal texto ocupa o centro de tal Evangelho pois o mesmo possui 28 capítulos.   Podemos afirmar que o Senhor está interessado em perceber se os seus interlocutores (Povo e Discípulos) estão entendendo a Sua Palavra e a Sua Ação; Jesus quer saber se os seus ouvintes estão compreendendo quem, de fato, Ele é ou, se estão nutrindo alguma concepção errada a seu respeito.   Assim, tendo chegado à metade da "convivência", tendo percorrido a metade do "Caminho", quer saber o que estão achando Dele.

Num primeiro momento, Jesus pergunta aos seus discípulos o que os mesmos estão escutando o povo falar a seu respeito: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" é a questão!   As respostas são as mais diversas mas possuem pontos em comum: todas identificam Jesus com um Profeta e, mais ainda, com um dos Profetas que já vieram e, portanto, já cumpriram a sua missão no meio do Povo de Deus.   Para o povo, Jesus era alguém diferente, um "Profeta" poderoso mas, nada mais que um homem e, pior ainda, alguém como tantos outros que já vieram.  

As respostas dadas pelo povo não revelam a verdade sobre Jesus pois o mesmo (povo) não conseguiu enxergá-Lo para além das aparências humanas.   É por isso que o Senhor insiste e, agora, dirige a mesma pergunta para os seus discípulos:  "E para vocês, quem sou Eu?"   Jesus quer saber se aqueles que estão participando da sua "intimidade" (que andam, comem, bebem ... com Ele) já percebem quem Ele é.   Neste ponto do texto evangélico, temos uma lição fundamental para a nossa fé cristã católica.   Simão, um dos doze, tomando a palavra afirma: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo!"   Belíssima resposta e cheia de unção pois revela a grande verdade de todo o texto (do Evangelho todo).   Ouvindo tal resposta, Jesus declara: "Feliz és tu Simão, filho de Jonas porque não foi um ser humano que te revelou isso mas o meu Pai que está nos céus."   Esta primeira parte da fala de Jesus nos faz entender que o conhecimento verdadeiro sobre Ele não é resultado de especulação humana, isto é, Jesus não é alguma coisa que aprende de "ouvir dizer".   Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade e, como Pessoa que é necessita, para ser compreendido, de convivência (viver com).   Quem não convive com o Senhor jamais saberá quem Ele é de fato.   É a intimidade com o Pai que nos faz entender quem é o Filho pois é o Pai quem revela tudo sobre o Seu Filho.   Simão se abriu para o Pai e, Este, revelou a Verdade sobre Jesus.

Mas, Jesus não pára por aqui pois, dando continuidade ao seu discurso faz uma grande afirmação que deve nos encher de uma espécie de "orgulho santo" (se é que isso é possível).   Diz Jesus: "POR ISSO EU TE DIGO QUE TU ÉS PEDRO E SOBRE ESTA PEDRA CONSTRUIREI A MINHA IGREJA, E O PODER DO INFERNO NUNCA PODERÁ VENCÊ-LA.   EU TE DAREI AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS: TUDO QUE LIGARES NA TERRA SERÁ LIGADO NOS CÉUS; TUDO O QUE DESLIGARES NA TERRA SERÁ DESLIGADO NOS CÉUS".   Prestem muita atenção nesta Palavra do Senhor.   Ela traz a revelação sobre a verdade fundamental da nossa existência como Igreja pensada, querida e fundada pelo próprio Jesus.   A Pedra sobre a qual tal Igreja se ergue no mundo é a VERDADE PROUNUNCIADA PELA BOCA DE SIMÃO, AGORA PEDRO.   O anúncio desta Verdade é a grande Missão da Igreja, é o seu fundamento:   "Jesus é o Messias, o Filho de Deus!"   Esta Verdade é a nossa razão de ser e, a mesma foi proclamada pelo Apóstolo Pedro.   É a este Apóstolo que Jesus elogia e declara ter sido iniciado a Sua Igreja.    Tal Igreja não estará isenta de problemas, dificuldades, contradições, perseguições internas e externas.    Mas, a mesma Palavra do Senhor garante que as "portas do inferno nunca poderão vencê-La".   

Esta Verdade do Evangelho da Santa Missa de hoje - Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo - é fundamental para todos os cristãos católicos no mundo inteiro sobretudo nestes tempos quando várias religiões se arvoram no direito de serem as "herdeiras" da Verdade do Senhor.   No entanto, se formos fazer um retrocesso histórico, veremos que todas as Igrejas Cristãs possuem data de fundação e, fundadores humanos como qualquer um de nós.   O Evangelho nos afirma que foi sobre o Apóstolo Pedro, aquele que por primeiro proclamou a Grande Verdade de nossa fé, que nosso Senhor Jesus fundou a Aquela que é a Sua Verdadeira Igreja e, refazendo a História da Igreja veremos que a ÚNICA portadora desta ligação (sem interrupção, apesar dos pecados que marcam a sua trajetória), é a Igreja Católica.   O mundo pode ter tudo e qualquer coisa para nos acusar mas, um ponto é inquestionável: somos a Igreja que tem sua ORIGEM no próprio Jesus.

Este fato pode ter dado às primeiras Comunidades a capacidade de enxergar o Apóstolo Pedro como liderança nata.   Por isso, a Primeira Leitura (At 12, 1-11) nos apresenta o relato da prisão do mesmo e, como a Comunidade se posicionou: em oração, pedia a soltura do Apóstolo.   A oração da Comunidade foi atendida e, Deus "enviou o seu anjo para libertar Pedro do poder de Herodes (mundo, inferno que, no Evangelho, o Senhor havia dito que não teriam poder sobre a Sua Igreja, lembram????).   O Milagre, aqui, é a resposta divina ao esforço orante da Caomunidade.   Deus faz quando fazemos, também nós, o que nos cabe no processo.

Por fim, a Segunda Leitura (II Tm 4, 6-8. 17-18) nos apresenta o Testamento do Apóstolo Paulo.   Sabendo-se próximo do fim, Paulo demonstra toda a sua fidelidade ao projeto de vida que o Senhor lhe ofereceu.   Sabe-se terminando a carreira e, afirma ter certeza de ir ao Encontro do Senhor para receber a "sua recompensa = Coroa da Justiça" pois "combateu o bom combate da fé e, saiu vencedor (pois as portas do inferno não podem vencer os eleitos, os fiéis).    

Hoje, a Igreja Católica está em Festa e, unida no mundo inteiro, eleva a Deus preces de louvor e agradecimento por saber-se portadora da Verdade de nosso Senhor Jesus Cristo; eleva preces por nosso Representante Maior, Aquele que ocupa no mundo de hoje, o lugar que o Senhor deu ao Apóstolo Pedro, isto é, o Papa Bento XVI e, continua implorando (como a Igreja Primitiva da Primeira  Leitura) que não permita que as "Portas do Inferno", as "Forças do Mal" - que sempre existiram - prevaleçam.  

Por fim, convido você que está lendo este texto a ter o "orgulho santo" de que falei no meio deste texto pois, apesar das nossas fraquezas, temos a CERTEZA DE PARTICIPAR DA IGREJA QUE TEM O PRÓPRIO JESUS COMO SEU REAL FUNDADOR!   Portanto, não tenha vergonha de AMAR, ZELAR, DEFENDER E LUTAR PELA NOSSA IGREJA!

Que Deus nos abençoe e nos proteja pela intercessão dos nossos Apóstolos Pedro e paulo!

OREMOS:

Ó Deus de Amor e de bondade, nós Te louvamos, bendizemos e agradecem os por ter nos dado a graça de participar da Igreja fundada pelo Seu Filho Jesus.   Dai-nos a graça de amar-Te e servir-Te sendo fiel aos preceitos da mesma.   Isto Te pedimos, pelos merecimentos de nosso Senhor Jesus, que Convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

P.S.:  Peço perdão por ter escrito demais mas, este assunto me é muito caro.   Tenho o "orgulho santo" de pertencer a esta Igreja!        

sábado, 25 de junho de 2011

"Décimo Terceiro Domingo Comum: Acolher o Irmão é acolher o próprio Deus!" - 26 de Junho de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Apesar de termos retomado os domingos do tempo comum no domingo passado, a Solenidade da Santíssima Trindade não nos permitiu celebrar o décimo segundo domingo deste tempo em questão.   Daí, é hoje que estamos, de fato, voltando às celebrações dominicais deste momento litúrgico.

Neste Décimo Terceiro Domingo, a Palavra de Deus nos coloca uma reflexão sobre o acolhimento aos nossos irmãos e irmãs (entendendo-se, aqui, irmãs e irmãos como todos aqueles que Deus, no seu Amor, coloca em nossos caminhos).   Completando este tema, podemos afirmar que acolhida aos irmãos se torna, hoje, condição para o seguimento ao Senhor (além de amá-Lo sobre tudo = cf. Evangelho da Celebração).

Assim, temos na Primeira Leitura - II Rs 4, 8-11.14-16a, uma bela história de acolhida: a sunamita acolhe o profeta Eliseu e, acaba oferecendo ao "homem de Deus" o seu melhor pois acaba construindo um quarto para que o profeta pudesse usar sempre que necessário.   Diante de tão grande acolhida (demonstração de amor), o profeta se sentirá impulsionado a retribuir:  a sunamita sem filhos e com marido já idoso terá a promessa de, no ano seguinte ter o seu prórpio filho (note-se bem que, ao oferecer o possível, a mulher ganahará o impossível).   É assim que o nosso Deus age conosco: quando somos capazes de oferecer aquilo que para n´so é possível (às vezes, difícil, é claro), Ele (Deus) nos oferece o impossível para nós.   Daí, percebemos que a resposta divina é sempre maior pois sua ação vai além do nosso esforço, daquilo que podemos fazer.   Acolher, neste caso em questão, trouxe Deus para a casa da sunamita e, aonde Deus está, o impossível acontece.

No Evangelho - Mt 10, 37-42, vemos Jesus colocando, de forma muito clara, as condições para alguém seguí-Lo:  "AMOR A ELE ACIMA DE TUDO E DE TODOS" e "ACEITAÇÃO DA CRUZ DE CADA DIA".  Viver essas condições não é tarefa simples, nem fácil pois implicará numa renúncia a tudo que queremos, gostamos, renúncia a nós mesmos.   Isso é super complicado!    Mas Jesus nos garante que caso não aceitemos tais condições, não serviremos para o seu seguimento.   É importante e necessário que aprendamos colocar a nossa vida nas mãos Daquele que é o seu verdadeiro dono: Deus!   Perder a vida por Ele é ganhá-la, ao passo que o contrário, isto é, buscar salvar a vida por si mesmo, é perdê-La.

Aceitar Jesus e recebê-LO em sua vida implica em aceitar o próximo e recebê-Lo também pois o Senhor está no próximo que precisa de acolhida.   Isto liga o Evangelho ao tema da Primeira Leitura.   Fazer a nossa parte pelo próximo trará benefícios para nós mesmos: nossa Igualdade com o Senhor, isto é, a nossa Salvação.   O Senhor pede de nós pequenos gestos, pequenas ações - "dar um copo de água fresca a quem tiver sede" - e, em contrapartida, Ele nos oferecerá a Santidade, o Céu.

Para que isso seja verdade em nossas vidas, precisamos viver a verdade da Segunda Leitura de hoje - Rm 6, 3-4. 8-11 - aonde o Apóstolo Paulo nos lembra que o nosso Batismo nos fez morrer com Cristo para o homem velho, pecador, terreno para ressuscitarmos com Ele para a Vida Nova, na Graça, Celestial.   O batizado é aquele que morreu de uma vez por todas para o Pecado e aprendeu a enxergar o mundo com os olhos novos que Deus nos oferece.    Com este Novo Olhar, enxergamos no outro a "Imagem e Semelhança Divinas" que ali estão.    Acolher o outro quando o vemos como "Imagem e Semelhança de Deus" fica muito mais fácil, não acha??????

Oremos:

Deus Pai de Amor e de Bondade, nós Te louvamos, bendizemos e adoramos porque só Tu és Santo.   Te pedimos, hoje, a tua Graça para sermos como queres que sejamos.   Dai-nos a capacidade de viver o nosso batismo a cada dia de nossas vidas e, vendo no outro a Tua Imagem, possamos acolhê-lo na fé.   Isto Te pedimos pelos merecimentos de Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo!    Amém!  

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Corpus Christi: Solenidade do Corpo de Cristo!" - 23 de Junho de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Reiniciando o Tempo Comum na vida da Igreja, celebramos mais uma importante Solenidade: Corpus Christi.   Esta Solenidade, na verdade, é uma "espécie" de prolongamento, ou melhor, de reforço da Celebração da Quinta-Feira Santa.   Naquele dia (quinta-feira santa) celebramos, também, a Instituição da Eucaristia mas, por ser parte da Grande Celebração Pascal (Primeira Parte do Tríduo da Páscoa), a Igreja achou por bem estabelecer um outro dia para manifestar, publicamente, a nossa fé na Presença Real de Jesus no Santíssimo Sacramento do Altar.

A Palavra de Deus que nos é proposta neste dia, começa com um texto do Dt 8, 2-3.14b-16a que convida a Comunidade a "NÃO ESQUECER", a "SE LEMBRAR" constantemente do "Tempo do Deserto", tempo este em que o Povo pôde sentir, muito fortemente, o poder de Deus em seu favor.   Neste deserto, o Senhor conduziu o seu povo sustentando e garantindo a vida: dando água (da rocha) e comida (pão do céu = maná).   O autor do Deuteronômio afirma que tais fatos ocorreram para que o povo soubesse que sua vida está sempre nas mãos de Deus: "o homem não vive somente de pão mas de toda Palavra que sai da boca de Deus!"    Assim, o povo caminhou os 40 anos pelo deserto e chegou à Terra Prometida, ali se fixando.

Fixar-se na Terra Prometida é um dom mas, também, um risco.   As "seguranças" da Terra podem gerar o esquecimento do caminho percorrido para se chegar até lá e, assim sendo, Deus pode ser deixado de lado (grande risco que ronda a vida do povo = esquecer que tudo que é e tem veio das mãos de Deus, é obra e graça Dele).   Daí, a insistência do Livro em questão: "NÃO ESQUEÇAS!" ou "LEMBRA-TE!"

Já a Segunda Leitura (I Cor 10, 16-17), texto super curto mas cheio de sentido, nos recorda que a Comunidade que partilha do mesmo Cálice e do mesmo Pão é Comunhão com o Sangue e o Corpo de Cristo.   Ora, se isto é verdade e eu creio, é importante que entendamos que tal comunhão deve gerar em nosso meio a mesma comunhão.   Daí, o mesmo Apóstolo Paulo afirmar que quando não há tal discernimento da exigência que a comunhão no Corpo e Sangue do Senhor nos apresenta e, mesmo assim, insistimos em comungar, acabamos por receber em comunhão a nossa "PRÓPRIA CONDENAÇÃO".

No Evangelho (Jo 6, 51-58) nos deparamos com o final do Grande Discurso sobre o Pão da Vida que Jesus pronuncia na Sinagoga em Cafarnaum.   Este capítulo 6 de São João é o seu grande texto Eucarístico.   Tudo começou com o episódio da multiplicação dos pães que gerou no "povo" a vontade de fazer de Jesus o "seu rei".   Jesus não aceitou e, se apartou do povo que o procurou durante toda a noite e, conseguiu encontrá-Lo, somente na manhã seguinte na Sinagoga em Cafarnaum.   Este novo encontro é a oportunidade para que o Senhor comece o seu grande discurso, do qual temos o final no Evangelho desta Solenidade.

Jesus começou chamando a atenção do povo para não se deixarem enganar pois Ele (Jesus) não queria ser procurado, somente, porque o Povo O via como alguém que podia matar a fome materia (satisfazer as necessidades físicas, temporais).   Jesus é Aqule que quer ser procurado e seguido por homens e mulheres que entenderam quem, de fato, Ele é: Filho de Deus!   Tal seguimento exige compromisso: adequação da vida que levamos à Vida do próprio Senhor!    Aos poucos isso vai ficando claro na medida em que Jesus vai afirmando que "Ele é o verdadeiro Pão descido do Céu" e, "Quem comer Deste Pão viveria eternamente".    A situação fica "insustentável" quando o próprio Jesus afirma que "o Pão do Céu é a Sua carne dada para a Vida do Mundo!"   Ter a vida de Deus só é possível "comendo a carne do Filho de Deus".   

A comida, quando ingerida por nós, acaba por se tornar naquilo que seremos.   Ela (comida) se integra de tal forma em nós que acabamos por nos tornar o que somos.    Daí, comer a carne de Jesus tinha implicações sérias: que a recebesse deveria estar disposto a deixar-se modelar, a se tornar como o próprio Jesus.   Esta conversa exigirá tomada de posição: a favor ou contra!  

Parece que a maioria do povo não aceitou e foi embora pois, talvez, pensasse que o Jesus seria Aquele que viria para sanar todos os problemas materiais que ele (povo) vivia.    Se continuássemos o texto, veríamos que somente os discípulos ficarão com o Senhor (mesmo sem entender de fato).

Celebrar esta Solenidade de Corpus Christi deve ser para nós um momento de refletir sobre as nossas reais intenções quando recebemos tal Sacramento.   Às vezes pode acontecer que a nossa aproximação deste Sacramento, ainda, esteja marcada pelo mesmos desejos do povo à época de Jesus.   Daí, será preciso rever a nossa conduta e postura pois comungar o Corpo e Sangue de Cristo deve nos conduzir á uma adesão ao se ser para que sejamos, cada vez mais,sinais de sua presença no nosso mundo.

OREMOS:

Ó Deus de Amor e de Bondade, te louvamos pelo imenso amor que nos demonstras entregando o seu próprio Filho para ser o nosso Alimento no caminho.   Te pedimos que a comunhão que recebemos faça crescer em cada um de nós o desejo de ser, de fato, prolongamento do Senhor em nossos dias e em nosso meio.    Isto nós Vos pedimos, pelos merecimentos de Jesus, na undiade do Espírito Santo!   Amém!     

domingo, 19 de junho de 2011

"Solenidade da Santíssima Trindade: A Festa da Comunidade!" - 19 de Junho de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos, com toda a Igreja, retomando os Domingos do Tempo Comum (uma primeira parte deste Tempo Litúrgico nós vivemos entre o Tempo do Natal e o Tempo da Quaresma) com esta Solenidade da Santíssima Trindade.   E, isto, não é um produto do acaso (aliás, como sempre digo, na Igreja NADA OCORRE POR ACASO POIS TUDO TEM UM SENTIDO).   Celebrar a Santíssima Trindade no retorno ao Tempo Comum tem, também, um sentido.   Vejamos:

O Tempo Comum para a Igreja é o Tempo responsável pelo desenvolvimento da nossa Fé na prática cotididana de todos nós.   Neste Tempo, de modo muito particular, o grande convite que nos é feito é "O DE SERMOS SANTOS E PERFEITOS COMO NOSSO DEUS O É!"   Ora, ser santo e perfeito como nosso Deus, só será possível com a restauração de sua Imagem e Semelhança em cada um de nós.   Restaurar é um trabalho que requer conhecimento para que o trabalho final fique o mais próximo possível da sua origem.   Daí, se é preciso ser santo e perfeito como Deus o é, restaurar a Sua Imagem e Semelhança em nós, exigirá um grande conhecimento prático, concreto do Ser deste Deus.  

Assim, no sperguntamos: Quem é o nosso Deus?   O que ele faz por nós?   O que pensa?   O que diz de Si mesmo?   e, assim por diante.   Dar respostas reais a estas questões será um passo fundamental para o nosso trabalho árduo de restauração de Sua Imagem e Semelhança em nós.

Ora, a primeira coisa que nos salta aos olhos é  o fato de que o nosso Deus não é uma ideia abstrata, um conceito da mente puro e simples.   O nosso Deus é Gente, ou melhor, uma "Comunhão de Pessoas", uma "Família".   Nele nã há solidão!   O nosso Deus é Pai, Filho e Espírito Santo: cada uma desta Pessoa Divinas se define pela Sua Ação no mundo em favor do Povo.   Assim, o Pai cria, o Filho Salva e Restaura a Criação e o Espírito Santo conduz à Santidade e ao Cumprimento da Vontade Divina ao nosso respeito.

Conhecer o nosso Deus será importantíssimo pois, toda a nossa vida estará marcada pela ideia de Deus que cada um é capaz de formular a partir da EXPERIÊNCIA que é capaz de fazer com Ele.

A Palavra de Deus da Santa Missa de hoje nos revela que o nosso Deus (no livro do Êxodo - Primeira Leitura) é um Deus Clemente, Compassivo, Bondoso, Fiel, capaz de Perdoar o povo de cabeça e coração duros.   Entender Deus desta forma exigte de nós sérias mudanças em nosso comportamento, na nossa relação com os outros que nos cercam.   Não é possível afirmar a fé neste Deus e levar um vida que não coincida com Ele.   Às vezes, temos uma vida em desacordo com a fé que professamos e, isto, é um grande problema pois prejudica o nosso Testemunho e, acaba afastando as pessoas de nós e, por vezes, do próprio Deus.

Esse Amor Infinito de Deus por seu povo, O levou a entregar o seu próprio Filho, não para condenar mas para salvar o mesmo mundo, nos afirma o Evangelho de São João da Celebração de hoje.   O Filho é responsável por nos revelar o Amor Misericordioso do Pai.   Daí, toda sua vida foi para cumprir tal missão.   Nós, seguimos este Jesus e, afirmamos que a nossa vida se assemelha a Dele (somos Cristãos) por isso devemos fazer o que Ele fez.

O Espírito Santo é a Pessoa Divina responsável por capacitar as Comunidades, de modo que as mesmas consigam corresponder ao Amor Misericordioso do nosso Deus.   Como nos afirma São Paulo escrevendo aos Coríntios - Segunda Leitura da Santa Missa de hoje - a Comunidade deve levar uma vida condizente com a Fé que professa: harmonia, caridade, amor... devem ser a marca das mesmas.   

Celebrar a Solenidade da Trindade deve nos levar a um conhecimento mais apurado de quem é o nosso Deus pois, a Igreja acredita que, somente quando conhecemos, de fato, o nosso Deus teremos condições de revelá-Lo, com a nossa Vida, a todos que nos cercam.

OREMOS:

Ó Deus Uno e Trino, de Amor, Misericórdia, Clemência, Fidelidade, nós Vos louvamos, bendizemos e agradecemos por nos revelar quem Vós sois.   Vos pedimos que a Tua graça nos acompanhe a cada dia e, que no Teu Amor possamos ser Teus Sinais para o nosso mundo.   Isto nós pedimos ao Pai, pelos merecimentos de Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo.   Amém!

    

terça-feira, 7 de junho de 2011

"A Festa Junina em Nossa Comunidade Paroquial: Manifestação de Deus no Serviço de Todos (as)!" - 04 e 05 de Junhod e 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Ressuscitado!

Neste final de semana p.p., a nossa Paróquia celebrou, mais uma vez, a sua Festa Junina.   Este é um acontecimento aguardado por mim e, acredito por muitos paroquianos, com grande entusiasmo e satisfação pois, nestes dois dias, a nossa Comunidade é envolvida por uma alegria e espírito de serviço que, em nosso dia a dia, não conseguimeos vislumbrar com facilidade.

Desde que os trabalhos são divididos na reunião do Conselho Paroquial, percebemos que as pastorais e movimentos da Comunidade começam um intenso trabalho de arrecadação, de preparação e envolvimento na Festa.   É muito interessante perceber como que, a grande maioria se envolve, gratuitamente, nos trabalhos.   Quando chegam os dias da Festa, a Comunidade é só alegria, diversão, contentamento.

Neste ano, a nossa Festa caiu na solenidade da Ascensão do Senhor e, motivados pelo espírito missionário que a Liturgia nos pedia, pude perceber a doação, a dedicação e o empenho de muitos (as) dos (as) nossos (as) paroquianos (as).   Pude entender o salmista quando canta: "como é bonito os irmãos viverem unidos!"

Todo este trabalho acaba valendo mais do que muitas celebrações bonitas que fazemos pois o testemunho de vida é mais poderoso que mil palavras.

Quero agradecer todas as pastorais, movimentos, cada irmão e irmã que colaboraram para que a nossa Festa fosse o sucesso que foi.   Que as graças de nosso Pai do Céu estejam com cada um (a) de vocês e que, unidos, sejamos a MANIFESTAÇÃO DELE aqui entre nós!

Deus abençoe a nossa Comunidade Paroquial!   Assim seja! 

"Solenidade de Pentecostes: A Igreja nasce da Ação do Espírito Santo!" - 12 de Junho de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria estamos celebrando o encerramento do Tempo Pascal com a Solenidade de Pentecostes, isto é, com a Solenidade que nos recorda o cumprimento da Promessa feita por Jesus nos últimos dias: " Eu vou mas vos mandarei um Outro Defensor, o Paráclito, o Espírito da Verdade!" (cf. Jo 14, 17 - VI Domingo da Páscoa - 29/05/11).

Esta Solenidade nos revela o "nascimento da Igreja", ou melhor, a "manifestação da Igreja" a todos os povos.   Isto é uma ação do Espírito Santo de Deus.   É Este Espírito que movimenta a Comunidade (amendrontada) de modo que a mesma consiga cumprir a Missão: dar ao mundo o Testemunho da Ressurreição de Jesus.

Assim, os textos da Palavra de Deus desta Solenidade, nos colocam em contato com esta Verdade: para dar Testemunho da Ressurreição, a Comunidade necessita da Ação do Espírito Santo pois, sem Ele não há como cumprir a Vontade de Deus em nosso meio.

No Evangelho de São João (20, 19-23) temos a primeira parte do Evangelho do Segundo Domingo da Páscoa (Jo 20, 19-31).   Na primeira parte - Evangelho de hoje -, temos a manifestação do Ressuscitado à Comunidade que está trancada em um espaço por medo do que os Judeus poderiam fazer com ela.   Medo, insegurança, desesperança, ausência de fé, esquecimento da Palavra ... todo tipo de sentimento "negativo" estão presentes nesta Comunidade.   Para mudar este cenário desolador, eis que o Ressuscitado se mostra.   As portas fechadas não são um obstáculo para Aquele que venceu a morte.   sua chegada produz alegria e, a sua saudação inicial mostra o seu grande desejo: "A Paz esteja com vocês!"   O Ressuscitado deseja que os seus seguidores se tornem construtores da Paz, mesmo porque, foi a ausência da mesma que O levou à morte e morte de Cruz.   Dali para frente seus seguidores deverão lutar por um mundo aonde a Paz não seja uma "utopia" no sentido de algo que nunca se realizará mas, sim, uma "UTOPIA" que pode acontecer desde que os seus lutem, se esforcem por torná-la presente.   Jesus Ressuscitado se mostra e, para não ser confundido com um "fantasma", uma "imaginação", mostra-lhes as mãos e os pés.   Os discípulos, agora, devem compreender que a Missão de Jesus deverá ser levada a bom termo por eles mesmos: "como o Pai Me enviou, Eu envio vocês!"   Esta Missão não é tarefa fácil e, por isso, o Ressuscitado sopra sobre a Comunidade (aqui, este Sopro recorda o "sopro de Javé" no livro do Gênesis quando deu "Vida" aos nossos primeiros pais - Adão e Eva).   Ao soprar, o Ressucitado dá a "Nova Vida", faz a Comunidade ressucitar (de certa forma) para que leve adiante o trabalho iniciado pelo Senhor.   Sem o Espírito do Ressucitado não há a menor possibilidade de ter sucesso nesta empreitada pois, por melhor que sejam o homem e a mulher, jamais estes são capazes de cumprir, com sucesso, uma Missão Divina.   A grande missão é combater o mal (pecado) que transtorna a Vontade de Deus em nosso meio.   É função da Comunidade ser um "sinal de contradição" em meio ao mundo para o qual o "pecado deixou de existir!"

Já na Primeira Leitura (At 2, 1-11), São Lucas (autor dos Atos dos Apóstolos) escreve o seu texto fazendo coincidir o "Derramento do Espírito", o "Cumprimento da Promessa" na Festa Judaica de Pentecostes (aliás, nome que também nós, os cristãos, preservamos até os dias de hoje), cinquenta dias após a Páscoa (Pentecostes significa, exatamente, 50 dias).   Diferentemente de São João no Evangelho de hoje quando afirma que o "derramamento do Espírito" e o "Cumprimento da Promessa" se deram na "tarde do primeiro Dia da Semana", isto é, no dia da Páscoa, da Ressurreição mesmo.   Por que isso?   Vejamos:

São Lucas tem, muito claro, um objetivo:   para ele, o Espírito Santo é a NOVA LEI!   Para os Judeus, a Festa de Pentecostes recordava a Entrega da Lei no Monte Sinai.   Porém, com o passar dos tempos, a Lei escrita na Pedra parece não ter surtido muito efeito pois as pessoa continuavam pecando e, se afastando de Deus.   A Lei escrita na Pedra é algo que fica fora do ser humano e, este, por sua vez, poderá não se sentir inclinado a cumprí-La.   A Pedra é algo frio, morto ... que não, necessariamente, impele ao cumprimento.   Por isso, tantos erros no correr da História da Salvação.   Ao fazer coincidir o Derramento do Espírito nesta Festa Judaica, São Lucas está nos dizendo que uma NOVA LEI nos foi dada, o Espírito Santo.   Esta NOVA LEI não está na Pedra mas é derramada, depositada, colocada em nossos Corações e, a aprtir de agora, não há mais desculpas.   Todos (as) podemos cumprí-la sem nenhum constrangimento.   Este Espírito nos ensina uma Nova Linguagem (Línguas de Fogo) que será entendida por todos: a Linguagem do Amor!   Esta Nova Linguagem fará surgir a Igreja e, esta, por sua vez, será capaz de Testemunhar o Senhor Ressuscitado pelo mundo afora.   O Amor reúne, congrega, faz os diferentes se entenderem - mundo de Paz desejado pelo Ressucitado no Evangelho de hoje.   Não há barreiras para a Ação do Espírito e, automaticamente, para aqueles (as) que se abrirem à Sua Ação!

Este Espírito Santo nos é apresentado na Segunda Leitura (I Cor 12, 3b-7. 12-13) como o doador dos dons.   Ele oferece a cada um (a) a possibilidade de colocar-se à serviço do irmão de um jeito diferente.   A cada membro da Comunidade, Ele dá uma manifestação Sua para o Bem Comum de modo que ninguém deve se sentir "inútil".   Cada um (a) é extremamente importante pois será o conjunto, a reunião dos diferentes que revelará a "Grandeza do Amor de Deus"!   Somos um único Corpo que tem o Ressucitado como nossa Cabeça.    Sem Ele não podemos nada.   Estar ligado à este Corpo só é possível com a Graça do Espírito Santo.

Que cada um (a) de nós possa se abrir à Graça do Espírito Santo e, assim sendo, nos tornarmos membros vivos deste Corpo Místico que é a Igreja.   Assim seja!