sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"Brincando com a Palavra de Deus" - Mês da Bíblia

 Paz                              
Amor
Liberdade
Amizade                      Na Palavra de Deus
Verdade
Respeito                           nós podemos
Alteridade
                                           encontrar
Dedicação
Esperança                        todos esses

Direito                                VALORES!
Entusiamo
União
Serviço

Mês da Bíblia: "A ignorância da Palavra é a ignorância do próprio Deus!" - Mês de Setembro

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Iniciamos, com a Igreja no Brasil, mais um mês dedicado à Bíblia.   Ao contrário do que possamos pensar, não é um privilégio ter, entre os meses do ano, um que seja dedicado à Palavra de Deus pois, o correto seria que todos (as) os cristãos tivessem a Palavra de Deus como norteadora da vida nos doze meses do ano.   Dedicar um mês para que nós, os cristãos católicos, possamos olhar com especial atenção para Aquela que deveria reger a nossa vida é, no mínimo estranho (para não dizer: o CÚMULO DO ABSURDO!!!)   Mas, já que Setembro nos pede esse olhar especial para a Palavra, vamos lá!

Para nós, os crentes, os cristãos, os católicos, a Palavra de Deus é o próprio Deus a nos falar de modo que, se quisermos saber o que Ele quer de cada um (a) de nós, é Nela (Palavra = Bíblia) que devemos buscar.   Nesse Livro Sagrado está contida toda a Vontade do Senhor sobre todos (as) nós.   Ela é a Carta de Amor que o nosso Deus nos escreveu e, como diz o Apóstolo ela é útil para ensinar, admoestar e preparar o homem / mulher para toda boa obra.   

A Palavra de Deus nos aponta a direção certa para seguirmos, os conselhos que, se seguidos, nos conduzirão ao Seu encontro.   Na Palavra encontramos TUDO que o homem / a mulher necessitam para ser felizes.   Toda Ela está pautada nos critérios do Amor e, só quem AMA DE FATO, é capaz de compreendê-LA.

A Palavra nos revela que a nossa história não um produto do acaso mas, produto da Vontade Amorosa de Deus.   Ela nos mostra que no momento em que esses Amores de encontram (o de Deus e o nosso), a nossa história deixa de ser meramente "desumana" e passa a ser História da Salvação.

Ler, meditar, buscar compreender e, sobretudo viver o que a Palavra nos diz é a condição para produzirmos um mundo que seja Sinal de Deus, Sinal do Céu!

Que possamos aproveitar essa oportunidade que a Igreja no Brasil nos oferece e, buscando nesse mês de Setembro dar mais atenção à Palavra que o Senhor tem para nós, possamos colaborar mais e melhor com Ele na CONSTRUÇÃO DO SEU REINO ENTRE NÓS!

Que Deus nos abençoe hoje e sempre!   Amém!

"XXII Domingo do Tempo Comum: A Religião dos Ritos ou a Religião do Coração?" - 02 de Setembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria, vivenciamos com a Igreja no mundo o XXII  Domingo do Tempo Comum e, com a Igreja no Brasil, iniciamos o Mês da Bíblia.   Unimos, nesse mês o prazer pela pela escuta e estudo da Palavra de Deus ao desejo de "sermos santos e santas como nosso Deus é Santo!"   Ouviremos e meditaremos a Palavra, nesse período, com maior vontade de atingir esse ideal de vida que Deus tem para cada um (a) de nós.

Após 05 semanas refletindo sobre a Fé e suas consequências práticas em nossas vidas, seguimos adiante e, hoje, a Palavra nos coloca frente a uma questão embaraçosa e complexa em nossa caminhada: a forma como vivenciamos a nossa relação com Deus!   Nos questionamos, hoje, sobre a nossa prática religiosa: é verdadeira ou aparente; é externa ou brota do coração; é só ritualismo ou acompanha, de fato, a nossa vida, o nosso cotidiano?   Essas são questões muito sérias e que a Liturgia desse domingo irá nos auxiliar nas respostas.   Vejamos:

A Primeira Leitura (Dt 4, 1-2.6-8) é um texto produzido na época do Exílio na Babilônia (586 - 536 a.C.) e, portanto, deve ser compreendido à luz dessa realidade trágica para o povo.   Nessa época, a grande questão que se fazia era: Como viver a FIDELIDADE a Javé em terra estrangeira uma vez que na Babilônia não havia TEMPLO, SACERDÓCIO e, portanto, CULTO?   Como manter a FIDELIDADE sem as CONDIÇÕES EXTERNAS PARA A EXISTÊNCIA DA MESMA?  É nesse sentido e, buscando dar uma resposta a tal questão que um autor anônimo do período do Exílio escreve o que escutamos, hoje, como Primeira Leitura da Celebração.   Para o povo exilado, sem as condições externas não havia possibilidade de fidelidade. Porém, o autor descobre uma maneira: ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a CUMPRIR, para que, FAZENDO-O, vivais. [...] Nada acrescenteis, nada tireis, à PALAVRA que vos digo, mas GUARDAI OS MANDAMENTOS DO SENHOR VOSSO DEUS que vos prescrevo.   Vós Os GUARDAREIS, pois, e OS POREIS EM PRÁTICA, porque NELES está a vossa SABEDORIA e INTELIGÊNCIA.   Observamos, nesse trecho, que o autor sagrado descobre uma maneira de o ser humano conseguir, em qualquer circunstância que se encontre, viver a fidelidade ao projeto de Deus.   A Lei, guardada no coração e posta em prática, é o CAMINHO SEGURO DA FIDELIDADE DESEJADA!   Essa vivência da Lei do Senhor tornará o povo um SINAL do PRÓPRIO DEUS para os demais povos que dirão: Qual a nação tem os deuses tão próximos aos seus como o nosso Deus está próximo de nós, sempre que O invocamos?   A Justiça, proveniente da Lei do Senhor, quando vivida na prática revela a fidelidade e, dessa forma, torna o crente um sinal de Deus para os que estiverem ao seu redor.  

Mas, nos perguntamos: Que Leis e Decretos são esses que tornam o ser humano fiel e sinal de Deus para os outros?  Jesus dirá: o AMOR a DEUS sobre todas as coisas e, para provar o nosso AMOR A DEUS, o AMOR AO PRÓXIMO?    A vida ligada a Deus e à serviço do próximo é o caminho seguro de fidelidade à vontade de Deus para cada um de nós!   A vivência do Amor faz do ser humano um SINAL AUTÊNTICO DE DEUS PARA TODOS (AS)!

O problema foi que, com o passar dos tempos, os homens buscaram "traduzir" o que significa tal AMOR e, pior ainda, como o ser humano deveria viver para provar que tinha tal AMOR e, portanto, como poderia provar a sua fidelidade extrema às Leis e Decretos que o Deuteronômio pediu na Primeira Leitura de hoje.

Nesse sentido, a Religião foi se transformando numa espécie de "corpo legal e doutrinário" que passou a impor normas, regras que, na medida em que o tempo foi passando foi afastando, cada vez mais, do ideal.   À Lei e Decretos DIVINOS foram sendo acrescentados o que "os antigos" compreendiam dos mesmos.   Mais ainda: passados os anos, as pessoas davam mais importância às explicações dos antigos (que, diga-se de passagem, já haviam se transformado em leis) do que àquilo que era, de fato, a Lei e o Decreto do Senhor!

Aqui, compreendemos o motivo principal das brigas que os Evangelhos narram entre Jesus e os Representantes da Religião em sua época: de um lado Aquele que veio para dar pleno cumprimento à Lei e, de outro, os que defendiam a prática escrupulosa da chamada "tradição dos antigos" que haviam substituído a Verdadeira Lei do AMOR!   No Evangelho de hoje (Mc 7, 1-8.14-15.21-23) temos um exemplo desses.

Fariseus e Doutores da Lei (representantes da Religião fiel às tradições do antigos) foram, de Jerusalém - sede do Poder, inclusive, Religioso - para ter com Jesus e, observaram que os discípulos de Jesus comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado.   Ora, isso era um ABSURDO, um ESCÂNDALO RELIGIOSO pois era preciso ter atenção para não contaminar, com as mãos sujas da poeira das ruas, do contato com os outros, o pão que seria ingerido para matar a fome.   Tal gesto - comer sem lavar as mãos - poderia torná-los impuros, também pois, na concepção farisaica e dos doutores da lei, a impureza era algo que entrava DE FORA PARA DENTRO no ser humano.   Dessa forma, é preciso ter atenção a tudo que você toca, a todos com os quais você convive pois, a todo momento, você está EXPOSTO AO PECADO QUE TORNARÁ IMPURO: tomar banho quando chega das praças, lavar bem as vasilhas de cobre, entre outros requisitos impede o ser humano de ficar IMPURO e, portanto, de ficar IMPOSSIBILITA, DO DE ESTAR DIANTE DE DEUS como se deve.   Essa percepção dos Fariseus e Doutores da Lei, os leva a questionar Jesus: Por que os teus discípulos NÃO SEGUEM A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS, MAS COMEM O PÃO SEM LAVAR AS MÃOS?   Tal questão é um estopim que desencadeia uma daquelas discussões agradabilíssimas que os Evangelhos nos narram.   Jesus, citando o Profeta Isaías, declara a HIPOCRISIA dos seus interlocutores: muito preocupados com a aparência e, despreocupados com a essência; muito preocupados com os LÁBIOS mas, despreocupados com relação ao CORAÇÃO!   Os representantes religiosos representavam uma religião que havia se tornado OCA, VAZIA, SEM ECO NA VIDA PRÁTICA DAS PESSOAS e, portanto, desvencilhada da VERDADEIRA VONTADE DE DEUS.   Esses representavam uma religião na qual o mais importante é PARECER SER mais do que SER DE VERDADE!   É a religião da aparência, da mentira, da representação, da teatralidade.   Ora, dirá Jesus: tal religião prega e ensina PRECEITOS HUMANOS e, leva os homens ao ABANDONO DO MANDAMENTO DE DEUS (AMOR) para seguir a tradição dos próprios homens!

Diante disso, Jesus explica o sentido da verdadeira religião ensinando o que, de fato, torna o homem impuro: O QUE TORNA UM HOMEM IMPURO NÃO É O QUE ENTRA NELE VINDO DE FORA, MAS O QUE SAI DO SEU INTERIOR!   Que VERDADE MARAVILHOSA!   Que VERDADE LIBERTADORA!   QUE VERDADE DIVINA!   A Religião Verdadeira, aquela que de fato está ocupada em viver a FIDELIDADE À VONTADE DIVINA é aquela que ensina, não a tradição dos antigos, a tradição humana, mas a de Deus mesmo e, portanto tem que ser uma Religião ocupada com o INTERIOR, com a VERDADE, com a ESSÊNCIA HUMANA.   O Coração Humano é que deve ser trabalhado pela Religião Verdadeira pois ele é a sede de todas as opções: boas ou más!   O que vem de dentro do homem para fora é que pode revelar, de fato, sua pureza ou impureza!   É do interior do Coração que podem sair, se não estiver voltado para a Verdade, as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo.   E, conclui Jesus: ESSAS COISAS MÁS SAEM DE DENTRO E, SÃO ELA QUE TORNAM IMPURO O HOMEM!

Por fim, a Segunda Leitura (Tg 1, 17-18.21b-22.27) nos ensina que, para vivermos os valores dessa Verdadeira Religião defendida por Jesus é necessário abrir-se a dom precioso que nos é dado do Alto, do Pai das Luzes.   É esse Pai, que não conhece sombra de variação, que nos faz ser adeptos da VERDADE.   A Palavra que nos é dada deve ser por nós PRATICADA se queremos, de fato, viver a Religião que nos liga à VERDADE DIVINA: o AMOR!   Pois, conclui, o Apóstolo: a verdadeira religião é assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo!

Que lições a Celebração de hoje pode nos ensinar se estivermos, de fato, abertos para acolher a Verdade de Deus em nós...

Peçamos, amados irmãos e irmãs, a Deus que nos ajude a compreender o sentido verdadeiro da Religião que SALVA!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

sábado, 25 de agosto de 2012

"XXI Domingo do Tempo Comum: A quem nós queremos Servir?" - 26 de Agosto de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Vivemos o XXI Domingo do Tempo Comum e, com a Igreja no Brasil celebramos o último domingo de mês de agosto - mês dedicado às vocações - olhando, com especial atenção, para as Vocações Leigas.   Dessa forma, somos convidados a compreender a Palavra de Deus buscando as pistas que a mesma nos oferece para "sermos santos e santas como Ele é Santo" - objetivo fundamental do Tempo Comum - por um lado e, por outro, entendermos que esse Deus nos convida a colaborar com Ele na construção de um Mundo Novo, sinal do Seu Reino - objetivo do Mês Vocacional.

Estamos encerrando, hoje, a sequência de 5 domingos que nos ofereceu a oportunidade de, a partir da reflexão do capítulo 6 do Evangelho de João, crescer na compreensão sobre a questão da Fé: O que é a Fé? O que ela produz na vida dos crentes? Como podemos perceber se temos ou não Fé?  De onde ela vem?    Essas e, tantas outras são questões que nos foram apresentadas nesse conjunto de domingos (quebrado, somente, no domingo passado por conta da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora).

Nesses domingos fomos, passo a passo, crescendo na compreensão do que é, de fato, a Fé.   Partimos, nos questionando se temos fé ou, se ao contrário, o que definimos como fé não passaria de um sentimento - simples e barato - mas sem nenhuma a referência àquilo que a Palavra nos fala.  Falamos que a Fé é um DOM e, dessa forma, é importante que saibamos que ela nos é dada.   Ninguém nasce com fé.   A Igreja nos ensina que esse Dom nos é ofertado pelo Pai do Céu e, chega até nós por ocasião de nosso Batismo.   Ora, se a Fé é Dom e, esse, por sua vez, nos vem do Pai do Céu, importante é compreender que o Pai do Céu não nos oferece nada que seja para nosso próprio benefício mas, ao contrário, tudo que o Pai do Céu nos concede é visando o Outro que caminha ou está ao nosso lado.   Podemos dizer que a Fé é um Dom que Deus nos concede para que consigamos ser e agir do Seu jeito: um homem ou mulher de fé precisa compreender que Deus quer ser percebido presente no mundo a partir das ações deles!   Dessa forma, entendemos que a Fé nos capacita para a realização de ações que revelem o próprio Deus e, dessa forma, compreendemos o texto de São Tiago ao que afirma que a fé sem obras está morta.   Importante entender que as obras não são a causa da fé - pois a causa é Deus - mas, as obras revelam a existência desse Dom em nós.   A Fé possibilita ao ser humano a realização de obras impossíveis, isto é, obras próprias de Deus.

Feito essa recordação, sigamos para os textos da Celebração de hoje, encerrando esse ciclo de domingos.

A Palavra de Deus que encerra essa sequência de domingos que refletiu a questão da Fé nos coloca frente a frente com uma questão: Qual é o deus da nossa Fé?   Em quem acreditamos e a quem queremos servir em nossa vida?

Assim, a Primeira Leitura (Js 24, 1-2a.15-17.18b) nos apresenta, por um lado, o cumprimento da Promessa feita aos antepassados - o dom da terra - e, por outro, a necessidade que o líder tem de saber, após a conquista da terra, que Deus o povo deseja continuar servindo.   Responder a tal questão será fundamental para o desenvolvimento de todas as nossas ações pois, deuses diferentes exigem comportamento diferentes, ações diferentes, vida diferente.   É preciso, diz Josué, escolher (somos livres) a qual deus queremos servir: os deuses dos antepassados que os pais serviram na Mesopotâmia; aos deuses dos amorreus (da terra que estão habitando) ou a Javé, o Deus que libertou da escravidão do Egito e conduziu o povo até a Terra Prometida.   Da escolha feita dependerá a condução da vida dali pra frente.   Importante é notar a força de Josué que afirma, em alto e bom som: Quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor!   Essa fala de Josué me parece fundamental para incentivar os seus ouvintes à melhor escolha.   Aqui, o papel importante da liderança que, se for convicta de sua opção influenciará a decisão de seus liderados.   Aqueles que estão sob o nosso domínio e responsabilidade precisam enxergar em sua lideranças a certeza da decisões.   Diante da decisão do Líder Josué, o povo responde: Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque Ele é o nosso Deus!   A Fé exige adesão Àquele que é o objeto de nossa Fé não sendo possível afirmar a Fé em Deus sem fazer aquilo que Ele espera de cada um (a) de nós!   Fé e Adesão caminham juntas!

Essa Leitura de Josué nos prepara para a compreensão do Evangelho (Jo 6, 60-69) - final do capítulo 6 que nos foi apresentado nesses últimos domingos.   Depois da Multiplicação dos Pães, da busca do povo por Jesus para proclamá-Lo Rei, do discurso de Jesus na Sinagoga em Cafarnaum, do cume do discurso - que seria no domingo passado - quando Jesus afirmou que Ele é o Pão da Vida e era preciso comê-Lo para se ter a vida Nele, chegamos ao ponto final do discurso, aonde o Senhor provoca a decisão: seguí-Lo ou abandoná-Lo!   A multidão que O seguia e queria fazê-Lo Rei, diante da fala de Jesus, afirma: Essa Palavra é dura demais. Quem poderá ouvi-La?   Diante da dureza da Palavra, que exigia adesão ao estilo de Vida do Senhor, a multidão se desfaz e muitos dos que andavam com Ele, O abandonaram!   A dureza da Palavra proclamada é aceita, única e exclusivamente, por aqueles que aderem ao Pai pois tal adesão é também um Dom.   Pensar em aderir ao Senhor pela força da carne, é ilusão: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai!   Jesus, vendo que muitos O abandonaram, pergunta aos doze: Vós também vos quereis ir embora?   Aqui, a resposta de Simão Pedro - líder do grupo - demonstra que Fé é decisão que gera adesão ao Senhor: A quem iremos, Senhor? Tu tens Palavras de Vida Eterna!   Nós cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus!   Essa certeza, essa Fé é que produz a adesão ao Senhor apesar das dificuldades que tal adesão irá trazer.

Por fim, vemos o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (Ef 5, 21-32) nos apresentando o que se espera daqueles (as) que temem o Senhor: Solicitude uns para com os outros!   Acreditar em Jesus e aderir à sua vida é tornar-se capaz de servir os irmãos e irmãs.   Utilizando o exemplo das relações familiares, o Apóstolo nos apresenta o ideal de vida na Fé nesse Deus que se revela na Sagrada Escritura.

Que a Celebração desse Domingo nos aumente a Fé e, que a Fé aumentada nos capacite para realizar as obras de Deus em nosso meio!   Assim seja!

Boa celebração para todos (as)!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

"Solenidade da Assunção de Nossa Senhora: Maria Assunta aos Céus é garantia da Vitória da Igreja!" - 19 de Agosto de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no Brasil, a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora e, por conta disso, quebramos a sequência das Celebrações do Tempo Comum.   Por ser uma Solenidade, é importante que recordemos que, neste dia, a Igreja tem para todos nós uma Mensagem, também, Solene: compreender tal mensagem nos auxiliará a viver melhor a nossa fé católica.

Penso que é interessante falar que esta Solenidade faz parte do Corpo Dogmático da nossa Igreja e, portanto, é parte integrante do Depósito na nossa Fé Católica, sendo uma Verdade que deve ser, em primeiro lugar compreendida para depois ser defendida e vivida por todos nós que professamos tal Fé; outro ponto que gostaria de ressaltar é que este e todos os outros Dogmas Marianos devem ser compreendidos à Luz do Evento JESUS CRISTO, que é o CENTRO DA NOSSA FÉ, uma vez que somos parte de uma IGREJA CRISTOLÓGICA ou CRISTOCÊNTRICA e, assim sendo, todas as nossas Verdades de Fé devem ser compreendidas à Luz de Jesus, o Cristo.   Todas as Verdades da nossa Fé estão à serviço da compreensão da imensa importância da Pessoa de Jesus para nossa Salvação.

Dessa forma, gostaria de refazer o caminho da História da Salvação, elencando alguns episódios importantes para a compreensão da Solenidade de hoje.   Vejamos:

Em primeiro lugar retornemos às primeiras páginas da Bíblia (Gn 1, 1 - 3, 15).   Neste trecho encontramos as histórias da criação (Gn 1 -2) e, como se deu a entrada do pecado no mundo (Gn 3).   A desobediência (pecado original) produziu a expulsão de nossos primeiros pais do Paraíso.   Tal expulsão do Paraíso foi acompanhada de algumas palavras por parte de Javé e, nesta fala de Javé, temos a primeira grande promessa contida na Sagrada Escritura: " Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela [...] da descendência da mulher alguém esmagará a cabeça da serpente (ou da sua descendência)!" - (Gn 3, 15).   Aqui, nesse texto se inicia a compreensão da Mensagem da nossa Solenidade pois, a Igreja acredita que o descendente da mulher que vai esmagar a cabeça da serpente e, por conta disso, reabrir as portas do Paraíso para os filhos e filhas de Deus, é Jesus, o Cristo.   Dessa forma, como afirma o Apóstolo Paulo, Maria é a Nova Eva e, Jesus, o Novo Adão: os dois primeiros, pela desobediência nos fizeram perder o Paraíso, ao passo que os dois últimos, esse mesmo Paraíso nos foi oferecido novamente.   Vencer a Serpente / o Diabo só poderia ser obra de alguém maior que Ele e, nesse caso, o maior só pode ser o próprio Deus.   Daí, afirmarmos que Jesus, o Cristo é Deus (cf. Jo 1, 1ss).   O pecado Original (a desobediência) marcou toda a humanidade e, de geração em geração, tal germe do pecado contamina todo ser que vem a este mundo ( daí, a importância do Sacramento do Batismo para limpar a nossa vida da mancha deste pecado das origens).   Ora, Jesus nasce de uma Mulher e, para não ser contaminado pela mancha do pecado - pois é Deus e, Deus não pode pecar - a Igreja decretou um Dogma Mariano: a Imaculada Conceição de Maria afirmando que em virtude dos méritos de Jesus Cristo, Maria foi concebida sem a mancha do pecado original.   O Apóstolo Paulo afirma que o salário do pecado é a morte e, dessa forma, se Maria foi concebida sem pecado original, ela não pode ter conhecido a corrupção da carne que é consequência do pecado.   Aqui, a lógica do Dogma da Assunção de Nossa Senhora celebrado na Solenidade de hoje: Maria, toda pura, não pode ter conhecido as consequências do pecado, isto é, a corrupção da carne!   Daí, afirma a Igreja: ela dormiu e foi levada em corpo e alma para o céu.

Maria foi a escolhida, desde toda a eternidade para ser a mãe do Salvador e, em seu seio virginal gerou Aquele que veio com a missão de barrar o avanço do pecado e instaurar, entre nós, uma nova lógica: a lógica de Deus.   No Evangelho de hoje (Lc 1, 39 - 56) vemos essa verdade sendo revelada: o Encontro de Maria com Isabel é uma explosão de alegria por conta da percepção de que Deus cumpre as suas promessas!   O Encontro das duas mulheres (Isabel e Maria) e das duas crianças (João e Jesus) nos coloca em contato com esse Deus para O qual NADA É IMPOSSÍVEL!   A Entrada desse Deus na história da humanidade subverte a ordem estabelecida e, Maria deixa isso bem claro, no Canto do Magnificat.

Essa Missão de Maria (símbolo da Igreja) e de Jesus não será bem vista pelo mundo e, na Primeira Leitura (Ap 11, 19a; 12, 1.3-6a.10a) percebemos isso bem forte: as forças do mal = dragão não querem que a Missão de Jesus chegue ao seu termo.   Há uma verdadeira luta entre Deus e o Dragão com o objetivo de salvaguardar o menino = filho da Mulher e de proteger a  Mulher = Maria = Símbolo da Igreja Nascente e perseguida pela forças do mal e contrárias ao estabelecimento da Vontade Deus no mundo.   Deus resgata o Menino e prepara, no deserto, um lugar seguro para a Mulher!

Por fim, a Segunda Leitura (I Cor 15, 20-27a) nos apresenta o Apóstolo Paulo afirmando que em  Jesus TODOS possuem a garantia da Ressurreição e da Vitória sobre a Morte.   Jesus é como as primícias e, assim sendo, depois Dele, outros virão!

Celebrar a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora deve ser um momento de restaurarmos a nossa Esperança e a nossa Fé pois, a vitória de Maria deve ser pensada como a nossa vitória.   

Que Maria, assunta aos céus pelos méritos de nosso Senhor Jesus, o Cristo nos alcance a graça da fidelidade até o fim!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

"XIX Domingo do Tempo Comum: Jesus é o Pão da Vida!" - 12 de Agosto de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Continuamos a nossa reflexão nesse XIX Domingo do Tempo Comum levando em consideração o próprio desse Tempo que é o convite feito por Deus e pela Igreja para sermos santos e santas como nosso Pai do Céu é Santo; também, levamos em consideração a questão vocacional que é própria do Mês de Agosto para a Igreja no Brasil e, por fim, seguimos no contexto do texto de Jo 6 - multiplicação dos pães e discurso sobre o Pão da Vida.

Já refletimos, nos dois últimos domingos sobre dois aspectos importantes da fé: a força de Deus que nos faz realizar a nossa parte para resolver questões complicadas que nos acometem (XVII Domingo) e a força de Deus que nos capacita a percebê-Lo nos momentos adversos da vida mas, que nos conduz ao Seu encontro, não somente por conta da situação adversa mas pelo desejo de querermos COMPROMETER A NOSSA VIDA COM A SUA VONTADE (XVIII Domingo).

Hoje, avançamos e a Palavra de Deus nos apresenta que o cumprimento da nossa missão só será possível se confiarmos em Sua Presença e Ação que nos fortalece e nos impulsiona a continuar o caminho que se coloca à nossa frente.

Na Primeira Leitura (1 Rs 19, 4-8) temos um relato envolvendo o Profeta Elias, o homem de Deus.   Estamos por volta dos anos 900 / 850 a.C. e, Elias se apresenta com a força de Deus para restaurar a Fé em Javé em Israel uma vez que, pela influência da Rainha Jezabel (pagã, filha do rei de Tiro) mas que se casara com Acaz (rei fraco e de fácil manipulação), tal fé estava enfraquecida a ponto de só restar o profeta como uma espécie "voz que fala do deserto".   Essa rainha havia introduzido em Israel a fé em Baal = deus da fertilidade e da fecundidade (das pessoas e da terra).   Para tanto, lançou mão de instrumentos de persuasão, perseguindo, prendendo, torturando e matando quem ousasse se colocar contra os seus ideais.   Diante dessa situação, o povo com medo, foi sendo conduzido para o culto de Baal e se afastando / abandonando o Javé.   Porém, Deus que não abandona os seus, se levanta contra essas atrocidades e, por meio de Elias, conclama o povo para que volte pra Ele = Javé = Deus Único e Verdadeiro e, abandone o culto a Baal = ídolo = deus falso = criação dos poderosos para a manutenção do próprio poder.   O ponto alto dessa "guerra entre Javé e Baal" se dá por ocasião do embate entre Elias e os Sacerdotes de Baal quando, o povo contemplou que somente Javé é o Deus Único e Verdadeiro: Elias venceu os 400 Sacerdotes de Baal.   Tal embate produziu o ódio de Jezabel que procura, de agora em diante, matar o Profeta e, este, por sua vez, se vendo em risco de vida, foge para o deserto e pede que Deus o mate.   É nesse contexto que se encontra o texto da leitura de hoje.   O Profeta se sente cansado de ter caminhado em dia inteiro pelo deserto mas também pela luta, aparente inglória que travara com o poder instituído da cidade = simbolizado pelo fraco Rei Acab e mais importante pela poderosa Rainha Jezabel.   Sem apoio de ninguém, abandonado por todos do seu povo, o Profeta prefere a morte.   Parece que tudo está perdido mas, nesse momento, Javé aparece e, por meio do anjo oferece a Elias pão e água (dois dos maiores sinais que acompanharam o povo na travessia do deserto, por ocasião da libertação do Egito).   O Profeta levanta e come do alimento misterioso e bebe da água mas, volta a dormir.   Deus, porém, insiste: "Levanta-te e come pois ainda tens um longo caminho pela frente para ser percorrido!"   Abastecido pela força do alimento e da bebida divinos, Elias se levanta e caminha 40 dias e 40 noites pelo deserto até chegar ao monte de Deus, o Horeb = Sinai.

Que beleza de leitura temos hoje mais uma vez pois continua a nos mostrar como o nosso Deus se preocupa conosco e, mesmo que pensemos que Ele se esqueceu de nós, Ele se mostra presente e, saciando as nossas necessidades nos conduz pelo deserto da vida para um Encontro Pessoal e Restaurador com Ele.    Tal leitura - como as dos últimos dois domingos - funciona como pano de fundo para a compreensão do texto evangélico de hoje.

Seguindo o capítulo 6 de João, vemos que os judeus começam a murmurar pois não compreenderam as  palavras ditas pelo Senhor: Eu sou o Pão do Céu! (domingo passado)   O principal motivo da murmuração é o fato de Jesus ser alguém conhecido como filho de José e com família vivendo entre eles.   A Encarnação de Jesus é, aqui, um obstáculo para o surgimento da fé.   Porém, como já mencionamos em outras Celebrações, a fé em Jesus é DOM e, portanto, não basta a querer mas, é preciso abrir-se ao Pai para que O mesmo nos aponte e nos ensine quem, de fato, é Jesus.   Por isso, diz Jesus: Ninguém vem a Mim se o Pai não o atrai! [...] Quem ouve o Pai, vem a Mim!   Acreditar em Jesus como Filho descido de junto do Pai para salvar, é o caminho para a Vida Eterna.   O maná não era o pão verdadeiro que desceu do céu pois, a Palavra que Jesus está dizendo no momento, é o Verdadeiro Pão que veio do céu para nos levar para lá.    Portanto, acreditar e aceitar tal Palavra que sai da Boca de Jesus, é o mais importante: esta é certeza da vida eterna = nunca morrerá.   Por fim, encerramos o texto evangélico de hoje com a menção que indica a carne de Jesus como o alimento oferecido pela vida do mundo.    Portanto, aqui, o texto vai ganhando o seu contorno Eucarístico por assim dizer.

Para concluir, o Apóstolo Paulo nos apresenta a necessidade de levarmos uma vida condizente com aquilo que nos tornamos e somos (Ef 4, 30.5, 2).   Após a nossa entrada na Comunidade, Deus nos adotou e nos marcou com o seu selo e, portanto, não podemos contristar o Seu Espírito que age em nós e nos conduz até a nossa libertação final.   É preciso limpar a nossa vida de toda amargura, irritação, cólera, gritaria, injúria, pois tudo isso deve desaparecer de nosso meio, como toda espécie de maldade.   Podemos perceber que todas as situações descritas pelo Apóstolo atrapalham a nossa CONVIVÊNCIA que, no fim, será o que irá importar.   Ao contrário, é importante que tenhamos bondade uns para com os outros, bem como compaixão; saber perdoar pois Deus nos perdoa sempre.   Portanto, é preciso viver como filhos (as) de Deus que nos ama a todos (as).   Viver no AMOR é a nossa MISSÃO PRINCIPAL!

Que Deus nos auxilie nesta luta pela fidelidade à Sua Vontade a nosso respeito.   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

"XVIII Domingo do Tempo Comum: Por que buscamos Deus em nossas Vidas?" - 05 de Agosto de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos iniciando, neste dia, os finais de semana deste mês de agosto que, para a Igreja no Brasil é marcado pela questão vocacional.  Dessa forma, o estudo da Palavra de Deus deverá ser acrescido desse aspecto e, somado ao convite à Santidade (próprio do tempo comum), perceberemos o nosso Deus como Aquele que, mesmo podendo fazer tudo sozinho, não quis que fosse assim e, por isso, quer contar com cada um (a) de nós.

Dando continuidade à reflexão do domingo passado, avançamos e, a Palavra de Deus de hoje nos interpela sobre os reais motivos que nos levaram para perto Dele.   O que estaria por trás da nossa busca por Deus? Por que queremos ter com Ele um Encontro Pessoal?   O que nos motiva nessa busca?   O que pretendemos com a Experiência que fazemos com Deus?   E, assim por diante!

Domingo passado compreendemos que, pela Fé somos convidados a SER e a FAZER o que Deus É e FAZ.   O milagre da Multiplicação dos Pães (I Leitura e Evangelho) foi a resposta de Deus às ações dos homens.   Hoje, somos convidados a nos questionar sobre os reais motivos que nos impulsionam ao Encontro e à Busca de Deus.   Compreendê-Lo como uma espécie de fazedor de milagre poderá nos levar ao seu encontro com motivações não muito agradáveis aos seus olhos! 

A Primeira Leitura (Ex 16, 2-4.12-15) nos apresenta uma das grandes necessidades que o povo de Deus enfrentou na travessia do Deserto: a FOME!   Sabemos que quando a necessidade se apresenta, a nossa tendência é abandonar o caminho que nos é proposto por Deus.   Não conseguimos compreender que, nesses momentos, a nossa FÉ é experimentada e, Deus perceberá se a mesma é ou não verdadeira.   Javé, que havia visto a miséria do povo, ouvido o seu clamor, se compadecido da situação e descido para LIBERTAR é agora visto como uma espécie de "deus menor, mesquinho, que tirou do Egito para matar no Deserto".   O povo comete um pecado gravíssimo pois, além de desprezar o dom de Javé ainda o acusa de ser pior do que os ídolos do Egito: Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, QUANDO NOS SENTÁVAMOS JUNTO ÀS PANELAS DE CARNE E COMÍAMOS PÃO COM FARTURA.   Aqui, entendemos como a necessidade pode cegar aqueles e aquelas que estão no caminho do Senhor e, pode fazer o povo "se enganar" e dizer mentiras contra Deus.   O povo, diante da necessidade, prefere o Egito aonde a escravidão e a fome eram suas marcas.    Pensam que Deus é pior que o Faraó que escravizava e matava.   O povo quer voltar.    Nós, também, somos assim: às vezes achamos que melhor era a época em que não estávamos comprometidos com Deus!   

Porém, Deus é Aquele que mostra que não é igual ao povo e, à reclamação do mesmo, responde com o milagre do Maná.   É preciso compreender o Maná como elemento pedagógico na longa caminhada do deserto: o povo precisa aprender a viver cada dia de uma vez e se livrar do espírito acumulativo do Egito: cada um deve apanhar o suficiente para o dia = 4 litros e meio de maná = quem pega a mais, percebe que o maná apodrece e , quem pega de menos, não passa fome!   Este alimento misterioso, Deus concede aos seus para que alimentados com o "pão do céu = maná", os mesmos caminhem e cheguem à Terra Prometida, onde corre leite e mel.

Essa Primeira Leitura (assim como domingo passado) serve como pano de fundo para a compreensão do Evangelho de hoje (Jo 6, 24-35).   Domingo passado, o texto evangélico terminava afirmando que o povo saciado em sua fome pela multiplicação dos pães quis fazer de Jesus o seu rei.   Jesus, porém, quando percebeu tal situação, se afastou e foi sozinho para o outro lado.    Jesus percebe que o povo só quer fazê-Lo rei por ter visto o milagre e, imaginava que poderia ter Nele, alguém capaz de satisfazer todas as suas necessidades sem o compromisso de vida com Ele (Jesus).    

O Povo saciado de sua fome vai atrás de Jesus e, ao encontrá-Lo em Cafarnaum O interroga sobre o quando chegara por ali.   A resposta de Jesus faz pensar que houve a percepção de que o povo não O buscou por aquilo que Ele é (Filho de Deus) mas por aquilo que Ele fez (multiplicou os pães e saciou a fome do povo): vocês me procuram não por terem visto sinais mas terem comido pão e ficado satisfeitos!  Jesus não quer ser buscado por conta do pão que perece mas por aquele que dura pra vida eterna.   Este Alimento é a realização da vontade do Pai e, esta é, por sua vez, o espírito de Partilha que semana passada começamos a vislumbrar.   O milagre acontece quando estamos dispostos a fazer o que pudermos: a fome só acabará quando TODOS aprenderem o significado do gesto de Jesus ao Multiplicar os Pães.   Moisés não ofereceu o Pão do Céu mas é o Pai quem dá o Pão do Céu e, Este, é Aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo.   O povo (assim como a samaritana do capítulo 4) pede que o Senhor lhe ofereça sempre desse Pão e, Jesus afirma que Ele é o Pão da Vida e  quem for a Ele não terá fome nem sede!

Ora, alimentar-se desse Pão do Céu é o caminho para ser o Homem Novo que o apóstolo Paulo fala na Segunda Leitura de hoje (Ef 4, 17.20-24):  é preciso renunciar ao homem velho e abrir-se ao Homem Novo criado à imagem e semelhança de Deus, em verdadeira Justiça e Santidade!

Que a Celebração deste domingo nos ajude a crescer na Fé e, crescendo na Fé, façamos o que Deus espera de cada um (a) de nós!   Assim seja!

Boa Celebração para todos(as)!

P.S.: rezem, nesta primeira semana de Agosto, pelo surgimento, perseverança e santificação das Vocações Sacerdotais.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mês Vocacional: Tempo de Reflexão sobre o Chamado de Deus para cada um (a) de Nós!" - Agosto de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos iniciando, com a Igreja no Brasil, o mês de agosto e, neste tempo seremos interpelados pela Palavra de Deus sobre os vários chamados que Ele (Deus) faz para cada um (a) de nós, seus filhos e filhas.    Durante este mês o Senhor falará aos nossos corações nos levando à confirmação ou à descoberta da nossa  vocação: leigo (a), padres, religiosos (as), profissionais, maridos, esposas, pais e / ou mães de família.   Você já parou para refletir sobre o "porquê" e o "para quê" você está aqui neste tempo, neste local, nesta situação concreta de vida?   O que Deus espera de você?   Qual a sua importância para o desenvolvimento do Reino de Deus nesse mundo que vivemos?

Na sequência dos chamados que Deus nos faz, podemos dizer que o primeiro é o chamado à VIDA: para nós que cremos, a Vida é o primeiro Grande Dom de Deus aos seus.   Não vivemos por acaso e para o acaso.   O Profeta Jeremias nos fala que antes de termos sido formados no ventre de nossas mães, o Senhor já nos tinha chamado e nos designado para uma missão.

Depois do nascimento, o Senhor nos faz um novo chamado: Sermos Cristãos (ãs).   Na Igreja este chamado nos é oferecido pelo Sacramento do Batismo.   Aqui, o Senhor nos permite participar da Família de Seus Filhos e Filhas.   Nesse sentido, é preciso compreender que se tornar, pelo Sacramento do Batismo, filho (a) de Deus exigirá compromisso de manifestarmos o seu jeito em cada um (a) de nós.   O Cristão não se faz como num passe de mágica mas, ao contrário, é uma luta diária, constante.

Como Cristão (ã), poderemos responder à Vontade de Deus em nossa Vida de várias formas: as mais comuns são o matrimônio, a vida profissional, a vida religiosa e a vida clerical (Diáconos, Padres e Bispos).   Todos nós seguiremos por um desses caminhos e, o importante, é buscar viver qualquer uma delas, buscando realizar a Vontade de Deus para cada um (a) de Nós!

Espero que as nossas Celebrações desse Mês de Agosto nos auxiliem na descoberta ou confirmação de nossa Vocação!   Assim seja!

Boas Celebrações para todos e rezem pelas Vocações e pela Santificação das mesmas!