Celebramos, hoje, com a Igreja no mundo, o V Domingo da Páscoa e, entramos na reta final desse Tempo Litúrgico tão importante para a nossa Caminhada de Fé: a Ressurreição de Jesus é o fundamento da nossa Fé pois se Ele não houvesse ressuscitado nós seríamos as mais tolas das criaturas, afirma o Apóstolo Paulo.
A Palavra de Deus de hoje nos apresenta o Mandamento Novo do Amor como condição para se construir, já aqui, a Jerusalém do Céu. As novas relações que se pautam por tal sentimento serão capazes de estabelece entre nós a Cidade de Deus.
Assim, no Evangelho (Jo 13, 31-33a.34-35) temos o início do Discurso de Despedida de Jesus. Durante a Última Ceia, logo após a saída de Judas Iscariotes, Jesus dá início àquele que é conhecido como sendo o Último Discurso para os seus: o discurso de Despedida. O texto está dividido em dois momentos que se sucedem: a) glorificação do Filho do Homem e do Pai; b) O Mandamento Novo.
O Primeiro Momento nos mostra Jesus falando que a traição de Judas que estava para acontecer seria o momento da Glorificação do Filho do Homem. Aqui, nos perguntamos: "Como a traição e tudo que a ela sucedeu pode ser um momento de Glória?" E, respondemos que, verdadeiramente, os caminhos e desígnios do Pai são totalmente opostos aos nossos. Assim como no Prólogo (Jo 1, 1-18) temos a primeira indicação de Glória desse Evangelho e, a mesma se revela como sendo o ato da Encarnação do Verbo (rebaixamento do Filho à nossa condição humana), nesse momento da Última Ceia, também, a glorificação tem um caráter de entrega e rebaixamento. O ponto alto da glorificação será a Cruz quando o Filho entregar a vida para nos salvar, demonstrando o seu Infinito Amor por cada um (a) de nós.
O Segundo Momento, nos apresenta Jesus deixando muito claro como Ele gostaria de ser perpetuado entre os seus. A sua saída do nosso meio não deverá significar o fim da sua presença entre nós. O Testamento Final de Jesus nos apresenta aquilo que Ele gostaria de deixar como lição fundamental para os seus: o Amor Perfeito e Incondicional com que Ele nos amou deverá ser a marca de todos aqueles (as) que quiserem ser a Ele fiéis. Não haverá outra forma de se mostrar fiel a não ser pelo Amor como Ele nos amou.
Fazer a Experiência com esse Amor Incondicional e Infinito do Pai revelado a nós por meio do Filho Jesus, transforma a nossa vida e, passamos a fazer com que tudo e todos sejam tocados por tal Amor. É isso que Paulo e Barnabé, na Primeira Leitura (At 14, 21b-27) fazem: encorajam as Comunidades, exortado-as a permanecerem firmes na fé, vencendo os sofrimentos que a Caminhada oferecer e designando presbíteros para cuidarem e conduzirem os trabalhos deixados pelo Senhor Jesus. O Retorno da Primeira Viagem Missionário de Paulo é marcada pela confirmação da Fé e pelo desejo de que os membros das Comunidades sejam fortalecidos para tudo que possa vir.
Vencer as dificuldades e manter-se firme na Fé, sem sucumbir e sem desistir do Caminho proposto faz com que a Jerusalém do Alto desça de junto de Deus, no Céu, para a terra. Isso vemos na Segunda Leitura (Ap 21, 1-5a). A Cidade de Deus é um Dom do Pai para os seus e vem de junto Dele: nela não há mais dor, sofrimento, lágrima e, o mar, não existe mais pois tudo que era velho passou e Deus fez novas todas as coisas. É essa Cidade que somos chamados (as) a construir com a nossa fidelidade ao Mandamento Novo do Amor que o Senhor nos deixou como Seu Testamento!
Que Deus nos ajude a viver a nossa vida de tal modo que possamos colaborar na construção dessa Jerusalém do Alto! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares