segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

"Solenidade da Epifania do Senhor: Jesus que se manifesta como Deus para o Mundo!" - 06 de Janeiro de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando sequência ao Tempo do Natal, celebramos, hoje, a Solenidade da Epifania do Senhor e, podemos dizer que tal Solenidade é a outra face da moeda do Natal: na Noite de Natal, Jesus foi anunciado como sendo Deus, o Salvador, aos Pastores (apesar de excluídos, gente do seu povo, hebreu / judeu) e, hoje, na Epifania, Jesus se manifesta como Deus, o Salvador para o Mundo (na pessoas dos Magos que vieram do Oriente, orientados pela Estrela).   A Epifania, dessa forma, é a Solenidade que manifesta a Universalidade da Salvação oferecida por Deus, o Pai por meio de Jesus, o Filho.   A Epifania nos mostra que, em Jesus, não há mais um "povo escolhido" mas, todos (as) somos povo escolhido pois a Salvação trazida por Jesus é para TODOS (AS).

Na Primeira Leitura (Is 60, 1-6) - parte conclusiva do Livro -, vemos o Profeta convidando a Cidade de Jerusalém a se se levantar e acender as luzes pois, o Exílio que vivera, chegara ao seu fim.   O período de trevas acabou e a glória do Senhor apareceu sobre ela (Jerusalém).   Esta Luz que brilha e ilumina Jerusalém atrairá para ela povos de todos os cantos da terra, pois todos caminharão ao clarão de tua aurora.   Jerusalém é convidada a se levantar e olhar ao redor pois todos estão vindo a ela; os filhos e filhas que um dia foram levados, estão voltando.   Esse retorno dos filhos e filhas é motivo de grande júbilo e alegria e, ainda mais, eles voltam trazendo as riquezas de além-mar e proclamando a glória do Senhor.

Ora, para uma Cidade que tinha sido arrasada com a invasão babilônica (Nabudonosor: 587 a.C.), este oráculo do Profeta Isaías funcionou como "música para os seus ouvidos".   Essa Luz que brilharia em Jerusalém, sabemos nós, não ocorreu como era esperado à época pois, para nós Cristãos, essa Luz é o próprio Jesus, que nasceu pobre e no meio dos pobres e, apesar disso, atraiu para Ele todos os povos (representados pelos Magos do Evangelho de hoje).

O Evangelho (Mt 2, 1-12) é rico de sinais: os Magos do Oriente, a Estrela, o rei Herodes, o Menino e sua Mãe e os presentes (ouro, incenso e mirra).   Vejamos um por um esses sinais...

Os Magos do Oriente: segundo antiga tradição, eram três e se chamavam Baltazar, Melquior e Gaspar e representavam os três Continentes, até então descobertos: Europa, Ásia e África.   Não eram reis mas sim homens que estudavam os astros, os fenômenos que ocorriam no céu;

A Estrela: sinal diferente que aparece no céu e que os Magos percebem e, de acordo com a tradição da época, quando alguém destinado a ser um grande na terra nascia, no céu uma estrela aparecia.   Por isso, os Magos seguem a Estrela para conhecerem "a personalidade" que acabara de nascer e que o céu deu o sinal;

O rei Herodes: aquele que opõe ao "rei" que acabara de nascer.   Representante do poder do mundo e, com a notícia recebida pelos Magos, se sente ameaçado.   Importante: quando os Magos se dirigem ao Palácio de Herodes, a Estrela desaparece e, só voltará a aparecer quando esses se distanciam do rei sanguinário e impiedoso;

O Menino e sua Mãe: nada de extraordinário na cena que apresenta uma mãe pobre com o seu filho também pobre mas, os Magos reconhecem, ali, a presença da "personalidade" que a Estrela anunciava; reconhecem, ali, a Luz que o Profeta Isaías anunciou na Primeira Leitura e que teria o poder de atrair todos os povos para Jerusalém;

Os Presente (Ouro, Incenso e Mirra): aqui, de acordo com a tradição cristã vemos o reconhecimento do que Aquele Menino representava: Rei - Ouro, Divindade - Incenso e, ao mesmo tempo Homem que entregaria a própria vida para salvar a vida dos seus - Mirra.

Por fim, a Segunda Leitura (Ef 3, 2-3a.5-6) vemos o Apóstolo Paulo falando do privilégio que temos: em Jesus, Deus nos fez conhecer e compreender o Mistério que fora escondido às gerações passadas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa, em Jesus Cristo, por meio do Evangelho!

Que Solenidade maravilhosa é a Epifania: nela compreendemos que Deus é de todos (as) e, para nós que cremos Nele não há a menor possibilidade de ficarmos alimentado separações, exclusões por qualquer motivo que seja!   Em Jesus, a Salvação é Graça oferecida ao Mundo Todo!    Pensemos nisso!

Oremos:
Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às Nações, guiando-as pela Estrela, concedei aos vossos servos e servas que já Vos conhecem pela Fé, contemplar-Vos um dia face a face no céu.    Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: Por Maria nos veio o Príncipe da Paz!" - 01 de Janeiro de 2013

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria e cheios de expectativas iniciamos mais um ano em nossas vidas.   Como todo recomeço, o ano de 2013 vem repleto de possibilidades - para o bem e para o mal - que dependerá de cada um (a) de nós, trabalharmos para torná-las realidade.   Iniciamos essa nova etapa com a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e, com tal Solenidade, encerramos a Oitava de Natal.   Apesar do nome da Solenidade referir-se, num primeiro momento a Maria, na verdade, o que está em jogo é a compreensão Daquele que nasce de Maria como sendo o Deus que se fez Homem para nos salvar!   Toda a Palavra dessa dia circula em torno da ideia da bênção de Deus, o Pai, que nos chegou por meio de Jesus, o Filho!

Dessa forma, a Primeira Leitura (Nm 6, 22-27) nos apresenta uma fórmula de bênção que Javé oferece para que seja proferida sobre o Seu Povo e, no texto da mesma, encontramos as características divinas naquilo que a mesma bênção deseja: o Senhor abençoa e guarda; o Senhor nos mostra a Sua face e tem compaixão de nós; o Senhor nos mostra o Seu Rosto e nos oferece a SUA PAZ!   Que maravilha  é o conteúdo dessa bênção pois nela percebemos o quanto somos importantes para Deus, nosso Pai e, o quanto Ele nos ama.   Cada palavra vem carregada da manifestação de Deus e, podemos perceber que, de fato, Deus só tem o melhor e, por isso, só pode nos oferecer o melhor.   Nele (Deus) não há maldades, não há desejo de coisas más mas, ao contrário, somente e tão somente, o Bem.

Se é assim, por que, então, em nossas vidas, em muitos momentos experimentamos o mal?   Penso que a resposta a tal pergunta está nas escolhas que, ao longo de nossas vidas, acabamos fazendo que não são as escolhas condizentes com o Ser de Deus manifestado no texto da Primeira Leitura.

O Evangelho de hoje (Lc 2, 16-21) nos apresenta a manifestação desse Deus da Primeira Leitura na pessoa de Jesus, o Menino-Deus que é reconhecido por aqueles (as) que estão à margem da sociedade - no caso em questão, os Pastores.   São esses, os excluídos da história, que irão reconhecer, em primeiro lugar, que Deus, autor da graça e da bênção, que só tem o bem para oferecer, visitou a humanidade.   Maria, por sua vez, não entende as maravilhas que os pastores dizem à respeito de Jesus mas, como sempre faz, guarda em seu coração tudo que ouve e medita buscando a compreensão e o que Deus esperava dela nessa história.

Terminando o texto evangélico, vemos José e Maria cumprindo o preceito da Lei e, após oito dias, circuncidam o menino e lhe impõe o nome de Jesus que significa Deus Salva!   É Nele (Jesus) que toda a bênção do Pai se manifesta e se faz presente; aceitar Jesus, como manifestação da bênção do Pai, é tornar-se abençoado.

Por fim, na Segunda Leitura (Gl 4, 4-7), o Apóstolo Paulo nos oferece outra reflexão e nos revela que em Jesus, nascido de uma Mulher, o tempo de se completou... aqui, em Jesus, se dá a plenitude dos tempos.   O Seu nascimento, sujeito à Lei, nos resgatou da Lei e, mais ainda, nos tornou Filhos Adotivos, Filhos no Filho por excelência que é Ele mesmo.   É por Ele que o Espírito pode nos levar a chamar a Deus de Abá - ó Pai!   Tal filiação adotiva nos garante a herança eterna, nos torna herdeiros do céu!

Que Deus nos abençoe em todos os dias desse ano que se inicia e que possamos contar com a intercessão amorosa de nossa Mãezinha do Céu!   Assim seja!

Boa celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Fim de Ano: Momento de Agradecer a Deus por tudo que vivemos!" - 31 de Dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

É com grande alegria e com o coração cheio de motivos para agradecer a Deus que chegamos ao final de mais um ano.   Foram muitos os momentos que, em Seu Infinito Amor, o Senhor nos concedeu viver e experimentar em 2012.   Para mim, em particular, 2012 foi um ano de grandes realizações no plano pessoal, profissional, religioso/pastoral e familiar.

No plano pessoal, 2012 será lembrado como o ano da batalha para conseguir que o Projeto de Pesquisa da minha dissertação de mestrado fosse compreendido e aceito pelo Comitê de Ética da Faculdade para que eu pudesse dar continuidade ao mesmo - "briga" que durou de maio à outubro desse ano; depois, tendo sido aprovado o Projeto de Pesquisa, foi uma correria - pois só tinha uma semana - para escrever o texto para minha Qualificação mas, apesar da correria e do stress desnecessários, consegui e, no dia 12 de novembro entreguei o referido texto e, no dia 17 de dezembro fiz a minha Qualificação.   Dessa forma, mesmo que na correria, consegui vencer as etapas que estavam previstas... ufa.... foi um alívio (pelo menos, para essa etapa); as amizades que se firmaram e as que consegui fazer, foram outro ponto importante no plano pessoal nesse ano de 2012;   no plano profissional, acredito que 2012 foi um ano de afirmação da minha vontade de continuar no mundo acadêmico - como professor e como estudante-pesquisador - pois, a continuação da Pesquisa para o Mestrado foi me dando clareza do caminho que quero percorrer neste meio universitário e, as aulas que ministrei - sobretudo neste último semestre - me deram um prazer enorme, me revelando que estou num caminho certo e, possivelmente, sem voltas; no plano religioso-pastoral, só vi se afirmar a minha vocação presbiteral: foi um ano intenso em nossa Comunidade Paroquial pois foi o ano do nosso Jubileu de Esmeralda - completamos 40 anos de fundação, foi o ano de renovação da minha provisão para mais um período em nossa Paróquia Santa Cruz e, por fim, foi o ano em o nosso Bispo Diocesano, Dom Luiz, me convidou para estar à frente do nosso Instituto Diocesano de Teologia para Leigos - IDTEO - na função de Diretor do mesmo e, dessa forma, pude retomar um trabalho, em âmbito diocesano que, desde 1997 - quando deixei a coordenação da Pastoral Familiar - não me interessava mais; no plano familiar, foi um ano que vivemos dentro de uma normalidade pois, a minha família, apesar dos pesares, está muito bem, graças ao bom Deus.

Claro, que apesar de todas esses acontecimentos excelentes que marcaram 2012 em minha vida, existiram outros, não tão bons mas, acredito que TUDO está no plano que Deus tem para minha vida e, portanto, lhe sou, extremamente, agradecido.

Diante disso, amanheci cheio de vontade de render essa ação de graças a Deus por tantas realizações... amanheci, agradecendo a Deus por ter estado presente em minha vida em cada momento desse ano que se encerra... amanheci agradecendo a Deus pelas pessoas que passaram pela minha vida - uma permaneceram outras não - mas, que de uma forma ou de outra, colaboraram para que 2012 fosse o que foi para mim... amanheci agradecendo pelas alegrias que me levaram para frente e, também, pela tristezas, que me tornaram mais forte para os momentos subsequentes...  amanheci agradecendo a Deus por ser o que sou, estar onde estou e ter o que tenho pois, TUDO é obra e graça de Sua Infinita Bondade, é obra e graça de Seu Infinito Amor!   Por TUDO que me aconteceu nesse ano de 2012, digo e repito: OBRIGADO SENHOR!

Que 2013 venha repleto de graça e bênçãos de Deus para todos nós e, todos os nossos projetos se realizem!    Tenhamos foco e clareza de objetivos e estratégias condizentes para o alcance dos mesmos e, o que faltar ao nosso esforço, Deus, em Seu Amor, suprirá! 
Creia nisso e... pé na tábua pois aí vamos nós!   2013 que nos aguarde!

Bom Ano Novo para todos (as)!

Ezaques Tavares

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"Festa da Sagrada Família: Transformando o Lar num Ambiente Sagrado!" Domingo na Oitava de Natal - 30 de Dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com toda a Igreja no mundo, a Festa da Sagrada Família.   A chegada de Jesus - o Menino-Deus  - completa o ambiente familiar de Maria e José.   Na nossa Diocese de Campo Limpo, tal Festa Litúrgica tem um sentido especial para todas as nossas 100 Paróquias pois, a Sagrada Família é a nossa Patrona Maior, Patrona de nossa Catedral, a nossa Igreja-Mãe.   Daí, celebramos, também, a nossa Unidade Diocesana; celebramos a nossa Família Diocesana e, aproveitamos o momento para pedir que a mesma nos abençoe, hoje e sempre.

A Liturgia dessa Festa nos oferece a oportunidade para refletir sobre o sentido da Família aos olhos de Deus e, dessa forma, pensarmos o papel da Família Cristã em nossa sociedade.   A Família é considerada pelas Ciências Sociais a menor célula social;  é a somatória dessas pequenas células que forma o tecido  ou organismo social.   Assim sendo, podemos afirmar que o bem-estar, a preservação e a proteção da Família implicará na formação de uma sociedade mais saudável e que se encaminha para a sua própria manutenção.   Mas, qual o tipo de "Família Ideal"?   Existiria um "modelo familiar" capaz de ser vivido por todos, indiscriminadamente, de modo a promover uma "sociedade mais saudável" como citado anteriormente?   Se sim, qual seria?   Vejamos o que nos fala a Palavra de Deus dessa Festa...

A Primeira Leitura (Eclo 3, 3-7.14-17a) nos apresenta uma reflexão sobre o quarto mandamento dado por Javé ao Povo em Ex 20, 12: Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem os seus dias sobre a terra que o Senhor te dará.   Mas, o que significa "honrar alguém"?  Percebemos, pelo texto em questão, que honrar alguém significa fazer por esse alguém o que ele estiver necessitando naquele momento; honramos alguém quando somos capazes de demonstrar o nosso respeito, o nosso carinho, o nosso amor pela pessoa em questão.   Nesse sentido, honrar alguém não significa fazer o que nós achamos melhor mas, sim, o que o outro, de fato, precisa.   Esse mandamento, referindo-se aos pais, é de extrema importância para a formação de uma família fiel a Deus e, portanto, capaz de formar um tecido social mais saudável.   

O texto do Eclesiástico acrescenta duas outras promessas para aqueles que realizarem tal mandamento em suas vidas: além do prolongamento da própria vida - promessa do Êxodo -, o texto nos apresenta o alcance do Perdão dos Pecados e o Ser atendido nas Orações Cotidianas.   Honrar os pais é o mandamento que nos apresenta os mesmos (pais) como imagem do próprio Deus; os pais - que nos deram a vida - são a imagem de Javé, o Criador por excelência.   Assim, honrá-los é honrar o próprio Deus.

Por último, o autor sagrado apresenta uma orientação que, apesar de tanto tempo, continua muito atual: amparar os pais na velhice, não lhes causando aborrecimentos mesmo que lhes estejam faltando a lucidez.   Num mundo como o nosso, que valoriza a pessoa por aquilo que ela é capaz de produzir, que trata as pessoas como máquinas que quando ficam obsoletas são deixadas de lado, são descartadas ... vemos crescer em nosso meio as chamadas "Casas de Repouso" ou Asilos: verdadeiros depósitos de homens e mulheres que já "não contam" mais porque não produzem mais.   Nesse contexto, o Eclesiástico afirma que caridade feita aos pais não será esquecida mas, servirá para reparar os pecados e, ainda mais, na justiça será para nossa justificação.

Quantas lições essa leitura nos apresenta para os dias de hoje ...   Vejamos como estamos tratando aqueles que, por Amor, nos deram a vida ... Retribuímos ou não o amor que nos é dispensado por esses verdadeiros "anjos" que Deus nos concedeu?

Cumprir a Lei do Senhor é a base para a formação da família saudável e capaz de manter a sociedade em paz.   Esse cumprimento da Lei do Senhor é o que vemos no Evangelho da Festa Litúrgica de hoje (Lc 2, 41-52): Como de costume, quando Jesus completou 12 anos, subiram a Jerusalém, por ocasião da Páscoa.   Por ocasião dessa subida a Jerusalém, Jesus começa a mostrar a sua verdadeira filiação: devo estar na Casa de meu Pai! - respondeu aos pais que lhe procuravam ansiosos.   

O Texto é construído com o objetivo de mostrar a verdadeira realidade de Jesus: Ele é o Mestre que ensina os doutores da lei, deixando-os espantados com suas respostas precisas, exatas sobre as Verdades de Deus, as Verdades da Lei.   Maria, por sua vez, como por ocasião do nascimento de Jesus, ia conservando tudo em seu coração; ia acolhendo, mesmo sem compreender naquele momento, tais ensinamentos.   

Jesus, por sua vez, voltou com os pais para Nazaré e era-lhes obediente: crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.

Por fim, a Segunda Leitura (Cl 3, 12-21) nos apresenta o arremate final para toda e qualquer família que se pretenda sinal de Deus e construtora de um mundo melhor: é preciso revestir-se dos sentimentos de Cristo Jesus: sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, dando suporte e perdão uns aos outros.   Aqui, a base sólida que sustenta toda e qualquer família mas que, infelizmente, não vemos com tanta frequência em nossos lares (mesmo, os mais cristãos...).   Gratidão e vivência da Palavra de Deus são outros pontos fortes para a manutenção da família.   Amarrando o texto, o Apóstolo Paulo oferece conselhos para os membros das famílias: esposas, esposos, pais e filhos - solicitude, amor, obediência e encorajamento.

Que a Festa da Sagrada Família nos estimule a viver os ideais cristãos em nossos lares, tornando-os verdadeiros Sinais de Deus, verdadeiras Igrejas Domésticas.   Assim seja!

Oremos:
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias de vossa casa.   Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!    Amém!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

"Dia de Natal: A Palavra se fez carne e habitou entre Nós!" - 25 de Dezembro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria, celebramos, hoje, com toda a Igreja, o Natal do Senhor.   Esta é, ao lado da Páscoa, a Grande Solenidade que marca a nossa Caminhada de Fé.   Natal, de um lado e, Páscoa de outro, formam as duas grandes colunas, sobre as quais, o Edifício de nossa Fé se ergue.   

Após os dias do Advento que nos preparam para tal momento, chegamos à Grande Solenidade: o Senhor nasceu, pobre no meio dos pobres, para nos salvar de nossos pecados!   Essa é a grande Boa Nova deste dia!   Alegremo-nos, irmãos, e Nele exultemos!

A Palavra de Deus desse dia quer nos revelar que o Senhor que nasceu é Palavra do Pai que se encarnou; é a última e definitiva Palavra.   Depois de Jesus não há mais o que comunicar a nós o nosso Deus e Pai.   Se quisermos compreender o que o Pai nos quer falar, o caminho proposto é Jesus.

Assim, a Primeira Leitura da Missa do Dia de Natal nos apresenta o Profeta Isaías (Is 52, 7-10) nos falando sobre a beleza dos pés daqueles (as) que anunciam e pregam a paz, o bem e a salvação e, pede que a Sião para deixar reinar o Teu Deus!   Isso é uma doce e suave constatação de que os tempos difíceis do Exílio na Babilônia chegaram ao fim e, é preciso que todo o povo saiba que o Senhor está voltando para Sião.   A Sua chegada é motivo e causa de alegria e exultação pois o Senhor consolou o seu povo e resgatou Jerusalém e, mais ainda, TODOS OS POVOS HÃO DE VER A SALVAÇÃO QUE VEM DE DEUS!   Que belas e santas palavras! ...   Elas são capazes de re-estabelecer a Fé e a Esperança no coração do Povo.

Na Segunda Leitura (Hb 1, 1-6), ouvimos o autor sagrado falando que Deus, o Pai, durante toda a história da humanidade, usou diversas formas para se comunicar com os homens e, nesses dias, que são os últimos, Ele (o Pai) nos falou por meio de Seu Filho, a Palavra do Pai Encarnada.   Este Jesus, do qual estamos celebrando o Natal, é a Comunicação mais perfeita do Pai, Ele é o Seu esplendor e a expressão do Seu Ser.   É Jesus, o Filho Gerado do Pai!   Será Ele que resgatará o mundo para entregá-lo, de volta, ao Seu verdadeiro Dono e Senhor, isto é, Deus, o Pai.

Por fim, no Evangelho da Santa Missa de hoje (Jo 1, 1-18) temos uma belíssima página de Teologia, uma reflexão de alto nível à respeito da Identidade Divina desse Jesus que celebramos o seu Natal.   São João nos afirma que Ele é a Palavra do Pai: No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus!   Essa Palavra do Pai, criadora de tudo que existe e organizadora do caos que era esse mundo, no Natal se encarna em nossa História.   Se, no princípio foi Ela quem organizou o caos, agora, será Ela quem organizará, novamente, o caos em que vivemos.   Sua presença não é agradável para todos, sobretudo para aqueles (as) que vivem nas Trevas pois Ela é a Luz dos Homens!   Deseja salvar a todos mas, nem todos a reconhecem como Salvadora e, dela se afastam e, pior ainda, buscam apagá-la, destruí-la...   Por fim, o Evangelho - tal qual a mensagem da Segunda Leitura de hoje -, nos afirma que Deus, o Pai, é alguém inacessível mas, o Filho Unigênito, isto é, Jesus, a Palavra Encarnada, no-lo deu a conhecer!

O Natal é isso: Deus que se deixa conhecer pela Encarnação e Nascimento do Seu Filho entre nós! Fiquemos alegres e vivamos a vida de modo a revelar a nossa gratidão por tão grande feito de Deus, o Pai, em nosso favor!

Que todos (as) tenham um Santo e Feliz Natal!

Pe. Ezaques Tavares

sábado, 22 de dezembro de 2012

"Noite de Natal: Nasceu-nos, hoje, o Salvador, que é o Cristo Senhor!" - 24 de Dezembro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria chegamos, após um tempo de preparação, ao grande momento do nascimento do Salvador, o cristo Senhor!   Essa Noite Santa está cercada de sentimentos de mistério, de amor, de paz, de esperança.   Nessa Noite Santa temos o sentimento de que tudo nos é possível e, portanto nada nos é impossível.   Podemos, de fato, tudo pois Aquele que Tudo pode se faz homem para salvar os homens de suas limitações produzidas pelo pecado.  É tempo de luz!   É tempo de sair das trevas!   É tempo de deixar a Graça e o Amor de Deus invadirem as nossas vidas para que sejamos capazes de ser, de viver a Sua Santa Vontade em nós.

A Palavra de Deus dessa Noite Santa nos apresenta o que Deus foi e é capaz de fazer para nos manifestar e provar o Seu Infinito Amor por nós.   A Palavra dessa Noite é uma Palavra de Conforto, que nos enche de Alegria e, nos faz prosseguir no Caminho da Fé apesar de tantos e tantos obstáculos que, no caminho, vamos encontrando.   Deus visitou o seu povo e, isso é o sinal de que Ele não nos abandonou como pensavam e pensam alguns dos homens e mulheres de todo e qualquer tempo da história!

Na Primeira Leitura (Is 9, 1-6) vemos o Profeta Isaías falando do Tempo do Exílio na Babilônia como sendo um tempo de trevas, de escuridão, aonde o povo não encontrava saídas.   Tudo parecia perdido e sem sentido.   A falta de liberdade, a devastação promovida pelo Rei Nabucodonosor (da Babilônia) foram como um balde d'água na fogueira da fé das pessoas!   Como acreditar se tudo ao redor demonstra a ausência de Deus?   Como manter vivas a Fé e a Esperança, se a situação é de dor, sofrimento e morte?   Aonde se encontra Deus no caos da vida?

Para responder a tais questões, o Profeta anuncia a chegada da Luz, da Alegria, da Felicidade, do Regozijo.   Tudo isso é obra de Deus que, ao contrário do que estava pensando o povo, não abandona os seus mas se faz presente e próximo para mudar a sorte dos seus: a alegria dos ceifeiros na colheita ou dos guerreiros ao dividirem os despojos, será a grande marca daqui para frente, diz o profeta!   Tudo que oprime o povo, acabou: jugo e carga sobre os ombros, botas de tropas de assalto, trajes manchados de sangue ... tudo que gera dor, sofrimento e morte desapareceram!

Tudo isso se dá, porque, nos diz o Profeta: nasceu-nos um menino, foi-nos dado um filho!   É ele que vem com a marca de Deus - porque Deus mesmo - para nos livra de tudo que nos aflige.

Ora, sabemos que todo o Primeiro Testamento não viu realizarem essas Palavras da Profecia pois, o nascimento do Menino que Salva, inaugura um Novo Tempo, um Novo Testamento: esse Menino, que Salva, é Jesus.

No Evangelho dessa Noite Santa (Lc 2, 1-14) vemos que tal nascimento não é acolhido, não é aceito pelos grandes da terra.  Porém, não é por isso que Ele deixa de nascer: não há lugar para eles na hospedaria, Jesus nasce no meio dos bichos; não há berço, Jesus é posto na Manjedoura (cocho, aonde os animais comiam); não há pessoas importantes para que o anúncio do seu nascimento fosse dado, o Anjo anuncia aos pastores (gente que não contava na época).   Mas, a Primeira Leitura da Celebração dessa Noite, já nos alertava: é para os sofredores, os que passam dificuldades, os que estão perdendo a fé e a esperança que o Senhor nasce; é para eles que é dado um Menino, um Filho.   

Acredito que o Nascimento do Salvador se dá nessas circunstâncias porque somente quem se encontra em situações complicadas, difíceis, duras ... são capazes de acolher um Deus que nasce pobre, pequeno, humilde ... numa gruta de Belém.   Reconhecê-Lo e acolhê-Lo  é para quem vive ou compactua a vida dessa gente sofrida e desprovida dos bens da vida!

Quem entende a mensagem desse Tempo de Natal percebe que a graça de deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens, conforme nos fala a Segunda Leitura (Tt 2, 11-14).  Tal compreensão nos leva a romper com a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo como Santos (as).  

O Natal é o começo de novo tempo, de nova era aonde a graça e a bênção de Deus se colocam à nossa disposição.   Não deixemos que tal graça e benção passem batidas por nós mas, ao contrário, as agarremos de modo que em nós, elas produzam frutos e, com nossas vidas transformadas, transformemos a realidade de dor, sofrimento e morte que nos cerca!

Bom Natal para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Tempo do Natal: A Palavra se fez Carne e habitou entre Nós!"

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Após 04 semanas de preparação (Tempo do Advento), iniciamos, com toda a Igreja o Tempo do Natal, propriamente dito: Celebrações Natalinas, Sagrada Família, Santa Maria: Mãe de Deus, Epifania e Batismo do Senhor.   Com tais Celebrações, buscaremos compreender, melhor, o sentido do Nascimento de Jesus em nossa caminhada de Fé.

Esse é um Tempo Litúrgico marcado pela alegria pois, Deus cumpriu as suas promessas e nos enviou o Salvador.   A compreensão do sentido dessa visita de Deus á humanidade deverá mudar toda a nossa conduta: o espírito de Amor, Paz, Justiça, Solidariedade, Fraternidade, Humildade ... deve reger a nossa vida daqui para frente.   Penso, que não é à toa que nesse tempo ocorre uma transformação no modo de agir das pessoas pois essas ficam, de fato, mais amáveis e, como um ato mágico, parece que tudo na vida tem sentido, tudo na vida tem jeito.   O Nascimento de Jesus refaz as forças para caminharmos rumo ao nosso destino final. 

Na Liturgia, a alegria e a vibração - próprias das Festas - voltam com toda força: luzes, flores, instrumentos, o glória ... são exemplos dessa Liturgia que marca o Tempo de Natal.    Nada de tristeza, sofrimento ou dor pois nasceu para nós o Salvador, que é o Cristo Senhor!

Vivemos um Tempo Litúrgico de extrema importância para a compreensão e vivência de nossa fé: esse Jesus, que nasce, é o cumprimento da promessa ouvida no dia 08/12, por ocasião da Solenidade da Imaculada Conceição, a saber: a descendência da mulher lhe esmagará a cabeça!   É esse Jesus, o Cristo, Aquele que esmaga a cabeça da Serpente, personificação do mal, do diabo.   Por isso, Ele é o nosso Salvador; é Ele que reabre as portas do Paraíso que, o pecado de nossos primeiros pais, havia fechado.   O seu nascimento é a prova do imenso Amor que Deus, o Pai, sente por todos (as) e por cada um (a) de nós!

Sejamos gratos ao Senhor que se dignou nascer da Virgem Maria.   Aprendamos Dele, a obediência ao Pai.   Sejamos simples, humildes, sinceros, amorosos uns para com os outros - não somente nesse Tempo de Natal mas, em todos os dias do Ano que se aproxima - para sejamos capazes de, com a nossa vida, manifestar ao Mundo o quanto Deus nos Ama!

Tenham todos (as) um Santo e Feliz Natal e, um Ano de 2013 repletos de bênçãos e graças de Deus!

Obrigado por tudo e Boas Festas!

Pe. Ezaques Tavares




"IV Domingo do Advento: Em Maria, o Modelo daquele (a) que Espera o Salvador!" - 23 de Dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria e expectativa nos aproximamos do Natal do Senhor e, nesses últimos momentos, a Liturgia nos apresenta a figura daquela que melhor soube viver a espera do Salvador: Maria de Nazaré.   Olhar para Maria, compreendendo a sua caminhada de fé, poderá nos ser de grande valia nesses dias que antecedem a Grande Solenidade do Natal do Senhor.   Em Maria, encontramos todos os elementos característicos de uma vida que se pretenda preparada para a Chegada do Salvador e, por isso, ela (Maria) é o modelo, por excelência, nesse Tempo de Advento.

Na Primeira Leitura (Mq 5, 1-4a), nos é apresentada, a principal característica que, aquele (a) que aguarda o Salvador, deve nutrir em sua própria vida: a humildade!   O Profeta Miquéias chama a atenção dos seus ouvintes e de cada um (a) de nós para a escolha de Deus: "Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel..."   A expectativa pela vinda do Messias, do Salvador foi colocada num plano mais humano que divino e, por conta disso, havia a ideia de que o Messias deveria nascer em algum ambiente que lhe proporcionasse Poder, Glória, Respeito à moda do mundo.   Deus, no entanto, perverte o pensamento humano e, ao contrário do esperado, afirma que Belém de Éfrata, a menor, a pequenina será a escolhida para apresentar ao mundo o Salvador, aquele que dominará Israel.   O Autor Sagrado faz alusão a Davi porém, é importante que entendamos que a referência ao mesmo (Davi) se dá, muito mais, no seu aspecto anterior ao Reinado do que ao período em que foi Rei de Israel.   Aqui, na Leitura, é a imagem e a lembrança do Davi Pastor de Ovelhas, Pobre, o último dos filhos de Jessé, da última cidade de Judá (sempre, o último) é que ganha importância.   Aliás, foi ter sido sempre considerado o último e, portanto, sem importância aos olhos do mundo, que Deus o escolheu para ser Rei de Israel.   Deus é assim: escolhe os últimos para confundir os primeiros; escolhe os que não contam, aos olhos do mundo, para confundir esse mesmo mundo que valoriza o outro por aquilo que o outro apresenta de qualidades.   

O Profeta Miquéias anuncia que haverá um tempo de silêncio de Deus, de abandono de Deus e, por isso, o Povo não sentirá a sua presença.   Porém, tudo isso acabará quando uma mãe der à luz...  esse rebento apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz ... pois ele mesmo será a Paz!   

Que belas e confortantes palavras para o Povo que vivia na expectativa pela ação salvadora e redentora de Deus e, também, para nós que vivemos os últimos dias desse Tempo do Advento...   Sentir que Deus não abandonou o seu Povo mas, ao contrário, o visitou e se entregou a Si mesmo por todos (as) nós... Que bela mensagem nessa reta final do Advento...

Ora, sabemos que o tempo de silêncio de Deus durou, mais ou menos, 300 anos.   Longo tempo em que o Povo do Primeiro Testamento não sentiu a presença amorosa de Deus agindo em seu favor.   As palavras de Miquéias não se cumpriram para aqueles (as) que as ouviram pois, de acordo com a Palavra de Deus, tal profecia se cumpre com a aceitação de Maria para ser a Mãe do Salvador.   É ela a mulher que dará à luz àquele que será a Paz para o povo.   

O Evangelho (Lc 1, 39-45) está no contexto da Anunciação do Anjo a Maria.   Neste relato, Maria fica sabendo que Isabel, a parenta idosa e estéril, havia sido agraciada por Deus com o dom da fecundidade, da maternidade.   Sem pestanejar, Maria se põe a caminho, apressadamente, para a casa de Isabel.   O Encontro das duas mulheres agraciadas por Deus é a marca do Evangelho e da Liturgia de hoje: o encontro das duas mulheres promove o reconhecimento entre as crianças pois João, o Batista, reconhece a chegada do Messias, Jesus.   A alegria de João, que estremece no ventre de Isabel, a faz perceber que aquela que ali chegava não era, somente, a sua prima mas a Mãe do meu Senhor!   Quanto graça e alegria: a "maior" visitando a "menor".   Outra inversão de valores proposta por Deus aos seus que querem ser fieis à Sua Vontade!   O texto evangélico se conclui com a primeira profecia feita por Isabel à respeito de Maria: Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu!   Aqui, percebemos que a fé é a condição para que se vejam realizadas as promessas de Deus em favor de seu povo.

Por fim, a Segunda Leitura (Hb 10, 5-10) nos apresenta a importância do Sim de Maria que gerou Jesus, o Cristo Salvador.   Jesus, com sua vida de obediência, põe um fim aos sacrifícios e holocaustos do passado que buscavam expiar os pecados do povo.   Agora, com seu corpo dado por Deus Pai e gerado no seio da Virgem Maria, Ele expiará os pecados do povo, de uma vez por todas.   É Ele quem diz: Eu vim para fazer a Tua vontade!   Assim, Ele suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo e, a oferenda de seu corpo, nos santifica para sempre.

Que Deus, em seu infinito Amor, nos ajude, nesta reta final, a viver, com Maria, a obediência total à Sua Vontade.   Amém!

Oremos:
Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a vossa graça em nossas almas, para que nós que, conhecemos pelo anúncio do Anjo a Encarnação de Jesus, vosso Filho e Senhor nosso, cheguemos, pelos méritos de Sua Paixão e Morte de Cruz, à Glória da Ressurreição!   Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Terceiro Domingo do Advento: A Alegria da Salvação que se Aproxima!" - 16 de Dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Chegamos, hoje, ao Terceiro Domingo do Tempo do Advento e, nesse dia, a Igreja nos possibilita antecipar na Celebração, as Alegrias que acontecerão plenamente, no Tempo do Natal: é como se a Liturgia nos permitisse entrar na Plenitude do Natal ou como se pudéssemos experimentar uma espécie de "aperitivo" de tudo que experimentaremos no natal.   Por isso, a Igreja se reveste da Cor Rosa e, flores podem voltar a compor o Espaço Litúrgico - é o Natal que se antecipa!

Ora, o grande sentimento que brota em nossos corações e em nossas vidas por conta do Natal do Senhor, é o da Alegria e, por isso, esse Domingo é conhecido como o Domingo da Alegria.   A Palavra de Deus desse Domingo está toda voltada para dar vazão em cada um (a) de nós tal sentimento.   Já na Antífona de Entrada tal convite está explícito: Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto!

Na Primeira Leitura (Sf 3, 14-18a), vemos o Profeta - assim como Baruc no Domingo passado - falando ao Povo que está exilado na Babilônia - e, objetivando reanimar a fé e a esperança que estão se perdendo por conta da situação trágica do Exílio, o Profeta Sofonias convida a cantar de alegria e a se rejubilar!   Tal alegria e tal júbilo não é produto de algo realizado pelo povo mas, única e exclusivamente, obra de Javé: O Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o Rei de Israel é o Senhor, Ele está no meio de Ti e nunca mais temerá o mal!   Imaginemos a força que tais palavras tiveram para os ouvidos de um povo que estava sem fé e esperança diante de situações catastróficas que viveram há pouco...   É importante para o Povo - assim como para cada um (a) de nós que estamos às portas do Natal - que compreenda que toda e qualquer alegria verdadeira não é produzida pelas nossas ações mas, pelas ações e intervenções de Javé em nós e para nós.   Deus afasta o temor e o desânimo de nós porque Ele é o Deus que nos ama profundamente e não nos abandona à nossa própria sorte.

A Primeira Leitura vem confirmada no Evangelho de hoje (Lc 3, 10-18) que nos apresenta a pregação e as exigências de João, o Batista para com aqueles que procuram o Batismo (de penitência para remissão dos pecados).   O texto está construído para responder a grande questão que se repete por todos: Que devemos fazer?   esperar o Messias exige de nós posturas e atitudes novas; para que a alegria seja plena, será importante vencermos os nossos erros e pecados e darmos lugar à graça de Deus em nossas vidas.   Por isso, João vai dando conselhos aos vários grupos, de acordo com o estilo de vida de cada um pois a mudança é particular e, cada um (a) deve fazer a sua mudança de vida: às multidões afirma que é preciso PARTILHAR / DIVIDIR o que possuem com aqueles que nada ou quase nada têm; aos cobradores de impostos ordena não cobrarem mais do que está estabelecido e, aos soldados exige que não tomes, à força, o dinheiro de ninguém e nem façam falsas acusações, além de ficarem satisfeitos com aquilo que ganham honestamente.    Romper essas situações - tão comuns em suas vidas - não deve ter sido uma coisa fácil e, assim, não é para nós mesmos.   A força do Batista leva o povo a pensar que seja ele mesmo o Messias esperado e, mais uma lição do Evangelho de hoje: João, humildemente, afirma que ele não era o Messias pois o Mesmo era maior que ele a ponto dele não ser digno de desamarrar as correias de suas sandálias.   O Messias promoveria um Batismo no Espírito Santo e no Fogo enquanto ele batizava com água.   Numa linguagem severa - própria de sua época - afirma que o Messias já está chegando com a pá na mão para limpar a eira: recolherá o trigo no celeiro mas a palha será queimada num fogo que não se apaga.

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 4, 4-7) nos apresenta o Apóstolo convidando os irmãos à alegria mas esta no Senhor, o único capaz de gerar em nós a verdadeira alegria.   É preciso ser bom para que o mundo perceba que o Senhor está voltando.   Estar com Deus implica em não viver preocupado mas, apresentar, com fé, todas as necessidades a Ele (Deus) que tudo pode.

Ó Deus de Bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às Alegrias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na Solene Liturgia!   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Segundo Domingo do Advento: É preciso preparar os Caminhos para a chegada do Senhor!" - 09 de Dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade á nossa Caminhada rumo ao Natal, celebramos, hoje, o Segundo Domingo do Advento e, a Palavra de Deus que nos está reservada, continua nos chamando a atenção para a necessidade de estarmos atentos e preparados para a chegada desse Senhor em nossas vidas.

Na Primeira Leitura (Br 5, 1-9) vemos o Profeta anunciando maravilhas que o Senhor está prestes a realizar em favor do povo.   Para compreendermos a força de suas palavras é importante que tenhamos clareza do período histórico e das condições experimentadas pelo povo nesse momento.    Estamos no período do Exílio na Babilônia e, todos sabemos que tal período foi de grande horror - talvez, o pior, da História da Salvação.   Digo isso porque o Exílio na babilônia se dá depois de o povo ter conquistado prestígio, poder, força, grandeza.   Não mantendo a Fidelidade ao Projeto de Deus, foi, passo a passo, perdendo tudo que outrora havia conquistado.   Sem se dar conta, da mesma forma que subiu, o povo desceu e foi, mais uma vez, parar no fundo do poço: escravos na Babilônia!   O Exílio, por sua vez, foi um período de grandes questionamentos (587 a.C. / 537 a.C.): De quem é a culpa de nossa desgraça? Será que Deus se esqueceu de nós? Se Ele continua Deus, por que não nos salva?  Por que não nos poupou dessa trágica situação?   Entre essas e tantas outras questões, o Povo vai tomando consciência que o grande culpado pelas duas desventuras, é ele mesmo.   Essa tomada de consciência é extremamente importante para que o processo de reverta pois, ter consciência das causas de nossos problemas, já é o primeiro e mais importante passo para solucioná-los.    

Reconhecendo-se culpado, o Povo estará pronto para voltar-se para Deus e, o melhor, descobrir que, na verdade, Deus nunca esteve contra mas, ao contrário, o Povo é que se voltou contra Ele (Deus).   Voltar-se para Deus faz o Povo perceber que Dele (Deus) só pode sair coisas boas estão descritas pelo Profeta Baruc na leitura de hoje.   O Profeta convida Jerusalém a se despir de seus trajes de luto e aflição para se vestir com a glória de Deus; é preciso colocar na cabeça o diadema real... em outras palavras: Deus tem e quer o melhor para todo o seu povo.   O mundo precisa enxergar as maravilhas que Deus realiza em favor dos seus mas, para tanto, é importante e urgente que o próprio povo reconheça o seu erro e pecado, tendo se afastado Dele (Deus).    Jerusalém é convidada a se levantar e se colocar no alto para contemplar os filhos e filhas que, um dia foram levados como escravos (Exílio) voltarem carregados ao colo: caminharão por caminhos feitos por Deus, com sombra, sem montanhas, sem vales, sem asperezas ou caminhos tortos pois Deus fará planos e fáceis tais caminhos.   Deus tem, sempre, o melhor para nós e, se em algum momento, nós não percebemos tal verdade, o problema está em nós mesmos que, no lugar de estarmos voltados para Ele, estamos voltados para o seu Adversário, isto é, o Diabo.

Ora, a profecia de Baruc não se realizou no Primeiro Testamento pois, de acordo com a Palavra de Deus, essa só se realiza quando o próprio Deus resolveu nos visitar.   O Evangelho de hoje (Lc 3, 1-6) nos apresenta essa verdade:  situando a pregação do Batista no tempo, na história, o evangelista o coloca como a voz que grita no deserto: preparai os caminhos do Senhor e endireitai as suas veredas.   A sua pregação é o convite para que se realize a profecia de Baruc (Primeira Leitura): montanhas rebaixadas, vales aterrados, asperezas que são alisadas e caminhos tortos que devem ser acertados.   Isso é nossa tarefa nesse Advento se quisermos que o Senhor nasça em nossas vidas.   Esse trabalho não é fácil pois exige, além da boa vontade, determinação e coragem!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

"Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora: Maria preservada do Pecado para gerar o Salvador da Humanidade!" - 08 de Dezembro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade às Celebrações desse Tempo do Advento, comemoramos, hoje, a Concepção Imaculada de Maria, com vistas aos méritos de Cristo.   Hoje, a Igreja se reúne para celebrar a Vitória do Bem sobre o mal e, para nos mostrar que, em Maria, a Salvação encontrou condições de se encarnar.

Apesar de ter sido proclamado um Dogma de Fé somente em 1854 por Pio IX, tal realidade já era vivida e celebrada pelas Comunidades desde muito antes: séc. XI, na Normandia e na Inglaterra (já havia uma celebração exaltando a Conceição de Maria - o fato em si, apoiado na sua condição miraculosa: a esterilidade de Ana, sua mãe) e, em 1459, no Concílio de Basileia esse Mistério foi considerado uma Verdade de fé.   Como podemos notar, antes da oficialização, por parte da Igreja, as Comunidades já acreditavam que, em Maria, algo Novo havia acontecido pois, não poderia ser que, aquela por quem o Salvador do Mundo nos veio, não fosse, assim, preparada desde sua concepção para tal ato.

Mas, o que tal Celebração tem a nos dizer?   Que mensagem, tão importante, a Igreja quer nos apresentar nessa Solenidade?   O que tem essa Celebração com o Tempo do Advento que estamos vivendo?   Vejamos...

Na Primeira Leitura de hoje (Gn 3, 9-15.20) temos o início de tudo, de toda a história que desembocou na Solenidade que estamos celebrando.   A leitura está no contexto das histórias da Criação e, dessa forma, podemos compreendê-la melhor.   Nos diz o Gênesis que, no princípio, Deus, em seu Infinito Amor, resolveu organizar o caos que era esse mundo e, utilizando-se de Sua Palavra Criadora foi, pouco a pouco, criando e colocando cada coisa em seu devido lugar: fez o céu, a terra, o mar com todos os seres que habitam cada um desses espaços; no sexto dia, criou o Ser Humano: Homem e Mulher, os criou.   Permitiu que ambos vivessem a vida plena do Paraíso por Ele (Javé) criado mas, lhes proibiu, severamente, de comer um fruto, de uma única árvore que ocupava o centro do Paraíso, afirmando que, no dia em que dele comerdes, morrereis.   Tudo era felicidade, tranquilidade na medida em que Adão e Eva só escutavam as ordens emanadas de seu Criador (Javé).   Tudo seria perfeito se a História da Salvação terminasse aqui, no segundo capítulo do Gênesis.   O problema foi que a História continuou e, tal continuação não foi a melhor!

No terceiro capítulo, entra em cena o Adversário de Javé, o Diabo que, disfarçado de serpente, adentra o Paraíso e, se aproximando de Adão e Eva, faz aquilo que somente ele sabe fazer com destreza, esperteza e sabedoria: TENTA OS SERES HUMANOS PARA SE VOLTAREM CONTRA DEUS QUE OS HAVIA CRIADO.   Com uma conversa mole, a serpente se aproxima e ganha a confiança perguntando se era verdade que Javé havia feito tudo aquilo que ali estava, dado a eles mas, ao mesmo tempo, os havia proibido de usufruir daquelas belezas.    A mulher, querendo desfazer o mal entendido afirmará que Não: Javé nos permitiu usar tudo, menos o fruto da árvore que está no centro do Jardim pois, se dele comermos, morreremos!    O Diabo, então, dá o golpe final: Javé não quer que vocês comam do fruto pois Ele sabe que o dia em que vocês comerem vocês serão iguais a Ele: conhecendo o bem e o mal não precisarão mais de sua ajuda!   Ora, essa perspectiva aberta pelo Diabo, agradou os ouvidos de Adão e Eva e, contaminados pelas palavras do mesmo, olham o fruto com outros olhos e, o acham bonito e, se era bonito aos olhos, deveria ser bom ao paladar.   Pegam o fruto e comem: primeiro a mulher e, em seguida o homem.

A nossa leitura começa nesse ponto: após o pecado, Adão se esconde envergonhado mas, Javé Deus o chama.   O medo é produto do pecado que, ao contrário do prometido pelo Diabo, não gerou a vida plena mas, o medo; o pecado fez o homem enxergar a sua nudez, o seu nada.   Há uma tentativa de justificar o pecado colocando-o nas costas do outro: foi a mulher, disse Adão e, a mulher, foi a serpente!   É o jogo de empurra que fazemos por não querermos assumir as nossas culpas.   O fato é que para Javé isso não conta. Há uma profecia feita por Javé que mostra que haverá, a a partir daquele momento, uma inimizade entre a Serpente e a Mulher, entre a Descendência da Mulher e a da Serpente.    E, mais ainda: Javé faz uma promessa que suscitaria, no futuro, uma descendência de uma Nova Mulher que seria capaz de esmagar a cabeça da Serpente, isto é, matá-la.   É aqui, que o texto nos interessa pois a Igreja vê a realização dessa profecia de Javé na Pessoa de Maria: Ela é a Nova Eva, a Nova Mulher que, ao contrário da Primeira que fora desobediente e perdera o Paraíso, será Obediente e, reabrirá as Portas do Mesmo para todos nós, gerando o Descendente que esmaga a cabeça do Mal: Jesus, o Salvador!

O Evangelho (Lc 1, 26-38) nos apresenta tal realização com a Narrativa da Anunciação do Senhor.   Maria é a escolhida por Deus para gerar o Salvador; é a força do Altíssimo que cobrirá Maria com Sua Sombra e a fecundará.   Maria, toda Pura - Imaculada - é a Nova Eva e, dela, nascerá o Salvador, Jesus, o Novo Adão.

Esse Sim de Maria é importantíssimo no caminho de nossa Salvação e, por isso, quis Deus preservá-la da mancha do pecado original e, por isso, nós católicos lhe somos gratos pois sem ela, a história, talvez, não se concluiria com a chegada de Jesus, o Salvador.

Celebrar a Imaculada Conceição de Maria no Tempo do Advento é, também, momento de refletirmos sobre o processo de preparação para o Nascimento do Senhor no Natal: só celebrará o Natal com decência, aquele (a) que, a exemplo de Maria, se tornar Imaculado, sem a mancha de pecado pois, aonde o pecado se faz presente, Deus se ausenta.   É importante que vençamos o pecado que nos afasta de Deus para que, puros, Ele possa nascer e renascer em nós e , por meio de nós, no mundo que nos cerca!

Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para vosso filho, pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até Vós purificados também de toda culpa por Sua materna intercessão.   Amém!

Boa celebração para todos(as)!


sábado, 1 de dezembro de 2012

"I Domingo do Advento: Levantemos a cabeça pois nossa Libertação está Próxima!" - 02 de Dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Iniciamos, com a Igreja no mundo, um Novo Ano Litúrgico com o Tempo do Advento e, somos convidados (as) a nos preparar para a Chegada do Senhor em nossas vidas.   Nestes dois primeiros domingos, as expectativas se voltam para a II Vinda do Senhor - quando, aparecendo sobre as nuvens do céu, Ele julgará os povos - e, os dois últimos domingos, nos colocarão cara a cara com a Sua Primeira Vinda, que se deu na carne, em Belém, na Judéia.   De qualquer forma - ou para a segunda, ou para a primeira vinda - o importante é que estejamos preparados e, o Senhor não nos pegue desprevenidos.

Neste I domingo, a Palavra de Deus nos apresenta a promessa de restauração para o seu povo, iniciando o período de Exílio na Babilônia (587 a.C.).   Por meio do Profeta Jeremias (Jr 33, 14-16) ouvimos as palavras do Senhor Javé que caem como uma luva, como música aos ouvidos dos seus.   Para um povo que, diante das circunstâncias dramáticas que o Exílio promoveu, estava com a Fé e a Esperanças abaladas, as palavras do Profeta são uma espécie de alento: eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros para a casa de Israel e para a casa de Judá.   Daí, uma pergunta: Mas, de que promessa fala o Senhor?    E, o próprio Profeta no-la apresenta: farei brotar de Davi a semente da Justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra.   Aqui, temos o anúncio que nos interessa nesse Tempo do Advento: Aquele que será o broto de Davi é o Messias que virá para estabelecer o Reino de Paz, Justiça e, sobretudo Amor entre os homens e mulheres na terra.   Jerusalém, com a chegada desse broto de Davi passará a ser conhecida com o título de Senhor, nossa Justiça!   

Ora, a situação vivida pelo povo nessa época (587 a.C.) não tinha nada que pudesse fazer sonhar com a realidade descrita pela palavras do Profeta Jeremias.   Nabucodonossor, rei da Babilônia, havia invadido Jerusalém, destruído tudo que encontrou pela frente - inclusive o Templo, local de manifestação de Javé para os seus -, colocou na governança da cidade um tal de "Sedecias" - nome que significa, "Javé, nossa Justiça" - mas, o que Sedecias fazia era impor a justiça de Nabucodonossor e, não a de Javé.   O Profeta Jeremias contempla um tempo em que o próprio Deus suscitaria um líder (broto de Davi = protótipo do rei justo) para conduzir o povo à vida que Ele (Javé) deseja.

Sabemos que essa promessa apresentada por Jeremias não se realizou em seu tempo pois, o rebento de Davi é o próprio Jesus, o Cristo, isto é, o Ungido, o Messias Esperado.   Esse Jesus, nasceu, viveu, morreu e voltou à casa do Pai e, de lá - como afirma o nosso Credo - há de vir para julgar vivos e mortos.   Essa verdade de nossa fé é manifestada no Evangelho de hoje (Lc 21, 25-28.34-36).   Com imagens retiradas da Literatura Apocalíptica, Lucas descreve o retorno do Senhor num tom mais carregado, com cores mais fortes, próprios desse tipo de Literatura.   Esse retorno do Senhor será motivo de angústia para alguns - os que não estiverem preparados e vigilantes - mas, de alegria para outros - os que estiverem vigilantes e preparados: Os homens vão desmaiar de medo só de pensar no que irá acontecer ao mundo ... quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa LIBERTAÇÃO ESTÁ PRÓXIMA!

Aquele (a) que espera o Senhor que vem deve estar atento e não se perder com e nas coisas do mundo; não se pode deixar que o mundo nos torne insensíveis por conta do pecado (gula, embriaguez e preocupações da vida.   Para quem se entregar a tais situações o dia do Senhor cairá como uma rede sobre eles, como uma armadilha.   Atenção e Vigilância são atitudes próprias de todo (a) aquele (a) que está à espera do Seu senhor.   Como cantaremos no canto de abertura da Santa Missa: Vigia esperando aurora, qual noiva esperando o amor, é assim que o SERVO ESPERA A VINDA DO SEU SENHOR!

Aqui, poderíamos no perguntar: Mas, como podemos nos manter atentos e vigilantes?    a Segunda Leitura (I Ts 3, 12 - 4, 2) nos apresenta uma resposta: a vivência do AMOR entre nós e para com TODOS (AS).   Aprender do Senhor esse Amor e fazer progressos cada vez maiores é o caminho seguro para quem deseja viver esse Tempo do Advento como um Tempo próprio para se preparar para a Vinda do Senhor!

Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o Reino Celeste, para que, acorrendo com as nossas BOAS OBRAS ao ENCONTRO do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na COMUNIDADE DOS JUSTOS!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares