terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Terceiro Domingo do Advento: A Alegria da Salvação que se Aproxima!" - 16 de Dezembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Chegamos, hoje, ao Terceiro Domingo do Tempo do Advento e, nesse dia, a Igreja nos possibilita antecipar na Celebração, as Alegrias que acontecerão plenamente, no Tempo do Natal: é como se a Liturgia nos permitisse entrar na Plenitude do Natal ou como se pudéssemos experimentar uma espécie de "aperitivo" de tudo que experimentaremos no natal.   Por isso, a Igreja se reveste da Cor Rosa e, flores podem voltar a compor o Espaço Litúrgico - é o Natal que se antecipa!

Ora, o grande sentimento que brota em nossos corações e em nossas vidas por conta do Natal do Senhor, é o da Alegria e, por isso, esse Domingo é conhecido como o Domingo da Alegria.   A Palavra de Deus desse Domingo está toda voltada para dar vazão em cada um (a) de nós tal sentimento.   Já na Antífona de Entrada tal convite está explícito: Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto!

Na Primeira Leitura (Sf 3, 14-18a), vemos o Profeta - assim como Baruc no Domingo passado - falando ao Povo que está exilado na Babilônia - e, objetivando reanimar a fé e a esperança que estão se perdendo por conta da situação trágica do Exílio, o Profeta Sofonias convida a cantar de alegria e a se rejubilar!   Tal alegria e tal júbilo não é produto de algo realizado pelo povo mas, única e exclusivamente, obra de Javé: O Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o Rei de Israel é o Senhor, Ele está no meio de Ti e nunca mais temerá o mal!   Imaginemos a força que tais palavras tiveram para os ouvidos de um povo que estava sem fé e esperança diante de situações catastróficas que viveram há pouco...   É importante para o Povo - assim como para cada um (a) de nós que estamos às portas do Natal - que compreenda que toda e qualquer alegria verdadeira não é produzida pelas nossas ações mas, pelas ações e intervenções de Javé em nós e para nós.   Deus afasta o temor e o desânimo de nós porque Ele é o Deus que nos ama profundamente e não nos abandona à nossa própria sorte.

A Primeira Leitura vem confirmada no Evangelho de hoje (Lc 3, 10-18) que nos apresenta a pregação e as exigências de João, o Batista para com aqueles que procuram o Batismo (de penitência para remissão dos pecados).   O texto está construído para responder a grande questão que se repete por todos: Que devemos fazer?   esperar o Messias exige de nós posturas e atitudes novas; para que a alegria seja plena, será importante vencermos os nossos erros e pecados e darmos lugar à graça de Deus em nossas vidas.   Por isso, João vai dando conselhos aos vários grupos, de acordo com o estilo de vida de cada um pois a mudança é particular e, cada um (a) deve fazer a sua mudança de vida: às multidões afirma que é preciso PARTILHAR / DIVIDIR o que possuem com aqueles que nada ou quase nada têm; aos cobradores de impostos ordena não cobrarem mais do que está estabelecido e, aos soldados exige que não tomes, à força, o dinheiro de ninguém e nem façam falsas acusações, além de ficarem satisfeitos com aquilo que ganham honestamente.    Romper essas situações - tão comuns em suas vidas - não deve ter sido uma coisa fácil e, assim, não é para nós mesmos.   A força do Batista leva o povo a pensar que seja ele mesmo o Messias esperado e, mais uma lição do Evangelho de hoje: João, humildemente, afirma que ele não era o Messias pois o Mesmo era maior que ele a ponto dele não ser digno de desamarrar as correias de suas sandálias.   O Messias promoveria um Batismo no Espírito Santo e no Fogo enquanto ele batizava com água.   Numa linguagem severa - própria de sua época - afirma que o Messias já está chegando com a pá na mão para limpar a eira: recolherá o trigo no celeiro mas a palha será queimada num fogo que não se apaga.

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 4, 4-7) nos apresenta o Apóstolo convidando os irmãos à alegria mas esta no Senhor, o único capaz de gerar em nós a verdadeira alegria.   É preciso ser bom para que o mundo perceba que o Senhor está voltando.   Estar com Deus implica em não viver preocupado mas, apresentar, com fé, todas as necessidades a Ele (Deus) que tudo pode.

Ó Deus de Bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às Alegrias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na Solene Liturgia!   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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