Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Celebramos, hoje, o Segundo Domingo do Tempo da Páscoa e, nesse dia seremos conduzidos à compreensão da Comunidade Eclesial como sendo o Grande Sinal da Ressurreição do Senhor! Participar da Vida Comunitária é o caminho para se Experimentar a Páscoa em Sua Plenitude!
Assim, começamos a nossa reflexão pelo Evangelho (Jo 20, 19-31) que nos apresenta vários pontos para nossa reflexão. Em primeiro lugar, percebemos como que a Comunidade, sem a Experiência com o Ressuscitado, está vivendo: medo, temor, trancada, portas fechadas ... tudo que não se espera de uma Verdadeira Comunidade. No entanto, se por um lado, temos esses aspectos negativos, por outro, há um aspecto, de extrema importância e que é positivo: a entrada do Senhor no meio dessa Comunidade, sem bater à porta, revelando que o Seu Novo Estado (Ressuscitado) não conhece nenhuma barreira. Ter essa confiança no Senhor é fundamental, sobretudo, nos momentos de dor, sofrimento, desânimo, morte.
A entrada do Ressuscitado é marcada pelo anúncio da Paz pois, não podemos deixar de recordar que foi a ausência da Paz que O conduziu para a Morte, e Morte de Cruz. Os discípulos precisam fazer a Experiência da Paz para se tornarem promotores da mesma pois, afinal de contas, "felizes são os que promovem a paz pois serão chamados filhos e filhas de Deus" (Mt 5). Mostrar as mãos e os pés nos revela que é o mesmo Senhor que fora crucificado mas que agora está vivo e presente no meio de Sua Comunidade. Não é uma visão ou um fantasma!
Em seguida, Jesus faz o Envio Missionário dos Seus Discípulos: Como Pai me enviou, Eu os envio! A Comunidade será, a partir de agora, o prolongamento da Vida do próprio Jesus! Será ela (comunidade) que levará a bom termo a obra por Ele começada! Como isso é algo muito difícil (eu diria: Impossível para o ser humano sozinho!), o Senhor entregará o Espírito que Lhe deu forças para viver a Sua Missão até o fim: recebam o Espírito Santo a fim de completarem a obra começada! Perdoar, terminar, acabar com o tempo do pecado e seu domínio sobre os homens e mulheres de toda e qualquer época será a Grande Missão da Comunidade!
Aqui, percebemos que a Comunidade se torna o Grande Espaço de Manifestação do Ressuscitado e, por conta disso, quem se afasta dela, por qualquer motivo, perde a oportunidade de Experimentar o Cristo Vivo. É o caso de Tomé... ausente da Comunidade se torna um obstáculo, um empecilho pois exigirá provas para acreditar no que a Comunidade lhe conta: se eu não vir as marcas dos pregos e não puser meus dedos no lado aberto, não acreditarei!
Oito dias depois o senhor volta e Tomé está lá para fazer a Experiência e, logo após, acredita e faz sua profissão de fé que a mesma feita pela Igreja até hoje: Jesus Vivo e Ressuscitado é o nosso Senhor e nosso Deus! Porém, é preciso Crer Nele sem exigência de prova pois a Vida da Comunidade Transformada deverá ser a Grande Prova!
É isso que os Atos dos Apóstolos nos contam na Primeira Leitura de hoje (At 2, 42-47) ao nos apresentar o "retrato das primeiras Comunidades": eram perseverantes em ouvir os ensinamentos dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. Essas quatro características faziam das Comunidades Primitivas um Sinal da Páscoa de Jesus. A Vida em Comum com tudo o que ela é e possui faz da Comunidade Eclesial um SINAL DA VIDA NOVA QUE A RESSURREIÇÃO NOS DÁ!
Por último, a Segunda Leitura (I Pd 1, 3-9) nos apresenta a Ressurreição de Jesus como um grande Dom de Amor do Pai para nós! Ela é Sinal da Infinita Misericórdia de Deus para com cada um (a) de nós! Essa herança não murcha nem morre, não é corruptível mas dura para a eternidade! Nessa Fé devemos caminhar nesse mundo mesmo que tenhamos que passar por muitos sofrimentos e tribulações. Esses servirão para confirmar a nossa Fé!
Que Deus nos ajude a Experimentá-Lo em nossa Celebrações Dominicais e que nossa Comunidade que se reúnem para vivenciar a Fé no Ressuscitado tenham as suas vidas transformadas! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares