quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Primeiro Domingo do Advento: Que o Senhor rompa os Céus e desça!" - 27 de Novembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria e expectativa, estamos começando um Novo Ano, com o Tempo do Advento, na  vida da Igreja.   Iniciamos este Novo Ano e Tempo Litúrgico, alimentando em nós a Esperança de que o nosso Deus nos visite e nos torne aptos para o nosso encontro final com Ele.

O Tempo do Advento, nestas duas primeiras semanas, nos proporcionará a oportunidade de refletir sobre o nosso encontro pessoal com o Senhor no final de nossas vidas, no horizonte de nossa história.   A Palavra de Deus, neste período, irá nos auxiliar na compreensão de que a Sua chegada em nós, exigirá uma grande preparação: interna e externa!

Assim, na Primeira Leitura (Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7), vemos o Profeta Isaías nos apresentando o reconhecimento do Povo, que retornara do Exílio na Babilônia, sobre o seu pecado.   Numa belíssima oração, o Profeta faz reconhecer que Deus é Pai (gerador de vida) e Redentor (aquele que resgata/vinga o parente que foi morto ou escravizado).   Em outras palavras, o Profeta nos apresenta as duas grandes funções de Deus: Gerar Vida e Resgatá-la!   Porém, apesar de ser Deus dessa forma, o povo se mostrou de coração endurecido e não O reconheceu como tal e, diante disso, se encaminhou para longe e, longe de Deus, perdeu a vida (Exílio na Babilônia).    Neste momento, há uma súplica para que o Senhor por Amor ao Servos, volte atrás.   O povo pede para que o Senhor rasgue os céus e desça pois, somente assim, as montanhas (obstáculos) seriam destruídas de vez.   A leitura continua afirmando que não há Deus como Ele, que fez e faz tanto pelos Seus.   Praticar a Justiça com alegria e se lembrar de Deus nos caminhos por onde se vai, atrai o Senhor mas, envedar-se pelo caminho do mal, do pecado, nos afasta de Dele.   Diante disso, é importante que voltemos aos caminhos de outrora, isto é, aos caminhos da fidelidade a Deus.   O pecado nos "SUJA" e nos transforma em trapos imundos e, assim, nos afastamos dos bons caminhos.   A GRANDE ESPERANÇA, porém, está na FIDELIDADE DE DEUS PAI que, como um Bom Oleiro nos fará novamente, reconstruindo as nossas vidas.

Esta leitura nos faz compreender melhor o texto do Evangelho pois, o mesmo (Mc 13, 33-37) nos apresenta o Senhor Jesus ALERTANDO os seus discípulos para que fiquem atentos e, como disse o Profeta Isaías, não nos percamos pelos caminhos do mal e da injustiça.   Durante este tempo de nossas vidas, importante é que saibamos cumprir a nossa missão.   O Senhor que viajou, voltará e, felizes seremos se, ao voltar nos encontrar fazendo o que nos foi apresentado.   Não sabemos o dia e a hora; sabemos, somente, que o dia há de chegar.    Daí, atenção, vigilância ativa, preparação serão posturas fundamentais para todo aquele que deseja ser salvo.

Para cumprirmos a nossa missão neste tempo que vivemos, o Senhor nos cumulou de dons e, nada nos falta para o bom desempenho da mesma, nos afirma o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura de hoje (I Cor 1, 3-9).   É Ele que nos dá a Perseverança até o fim para não ocorrer que, pensando que tal dia demora, esmorecemos na nossa luta pela fidelidade, pela santidade.

Que o começo deste Novo Ano e Tempo Litúrgico possa alimentar em cada um de nós o desejo de PERSEVERAR até o fim pois, somente assim, seremos agradáveis a Deus e, por fim, seremos salvos!

Que Deus nos ajude a todos!   Assim seja! 

"Tempo do Advento: Deus, que no Seu Amor, vem nos Visitar!"

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Um novo ano litúrgico se aproxima e, mais uma vez, seremos convidados, pela Liturgia da Igreja, a nos preparar para o Nascimento do Senhor.   Celebrar o Tempo do Advento é importante pois, vivenciando a Espiritualidade própria deste período do ano, criaremos em nós as condições nencessárias para chegada de Deus que, em Jesus, nos visitará.   Diante disso, gostaria de escrever, pontuando algumas situações interessantes para a vivência deste Tempo de Graça em nossas Comunidades.   Vejamos;

Na formação do Ano Litúrgico, o Tempo do Advento que é o primeiro que vivenciamos, foi o último a ser estabelecido, por volata do séc. VI da nossa era Cristã.   Foi criado com vistas ao Tempo do Natal que, por ser ao lado do Tempo da Páscoa, considerado Tempo Forte, se chegou à conclusão de que era importante antecedê-lo por um período (assim como já era costume o Tempo da  Quaresma que prepara a Páscoa) de preparação.    Assim, temos aqui, a primeira característica interessante deste Tempo que iremos vivenciar:  ELE É PREPARATÓRIO!   Portanto, o clima celebrativo deve ser de EXPECTATIVA pois viveremos este Tempo do Advento com vistas ao Tempo "Maior" ou "Mais Importante" que é o Natal.   A Sobriedade em todos os pontos se faz, aqui, extremamente, salutar produzindo nos fieis o verdadeiro espírito que envolve tal Tempo Litúrgico.   Ser comedido, ponderado nos quesitos, por exemplo, de ORNAMENTAÇÃO, MÙSICAS, INSTRUMENTOS, CORES, entre outros, ajudará na vivência correta da Fé neste Tempo em questão.

Poderíamos utilizar a imagem de uma "MULHER GRÁVIDA" para entendermos o que deveremos realizar neste Tempo:  A Alegria pela Gravidez mas, ao mesmo tempo, a Expectativa da ESPERA!   A Comunidade deve se organizar de modo a ir conduzindo os Fieis, passo a passo, semana a semana, para o GRANDE DIA", a saber, o NATAL.

O termo Advento, do latim "ADVENTUS", foi apanhado do mundo civil, pagão e, significava, neste contexto, duas situações específicas: primeiro, ligado à religiosidade pagã, "ADVENTUS" era o tempo da visita da divindade ao seus adoradores.   Imaginava-se que as divindades desciam, vez por outra durante o ano e, neste período ("ADVENTUS"), a comunidade vivia a expectativa da visita, se preparando, retirando do templo a imagem da divindade em questão pois a mesma iria chegar para visitar o povo; em segundo lugar, "ADVENTUS" era um termo utilizado pelo mundo civil e, aqui, significava a visita que uma autoridade (geralmente, o REI) realizava aos seus povoados, e para tanto, exigia-se dos povoados em questão, uma rica preparação pois, afinal de contas, alguém Importante se dignaria visitá-los e, o melhor, tal visita, vinha sempre acompanhada de benesses para o povo.  

Percebendo estas interpretações que o mundo já dava para o termo "ADVENTUS", quis a Igreja utilizá-lo para designar este momento do Ano Litúrgico pois, adaptando para nossa realidade cristã, o sentido é bem aproximado: o Tempo do Advento atualiza, para nós cristãos, o tempo de preparação para a visita da Divindade (não mais a pagã mas, a verdadeira e única Divindade, a saber, Javé que em Jesus se fará Homem) e, também, tal Tempo nos leva a uma preparação porque seremos visitados pelo Rei dos reis, Senhor dos Senhores que vem para nos ofertar a grande benesse, isto é, a nossa Salvação.   Tomar consciência desta Verdade nos leva à vivência adequada deste Tempo que se aproxima.

Este período, composto de quatro domingos (às vezes, três - dependendo do ano), está dividido em dois que se complementam:  os dois primeiros domingos, continuando a reflexão do final do Tempo Comum, nos apontam para o nosso Encontro Final com o Senhor, no Final dos Tempos e, portanto, são domingos totalmente carregados do espírito escatológico, nos colocando cara a cara com o nosso Fim Último e, os dois domingos seguintes, nos preparam para reviver a chegada, o nascimento do Senhor em nossa Carne, em nossa Humanidade.   As figuras de Isaías, de João Batista, de José e de Maria são marcantes neste tempo, nos apresentando um modo coerente de vivenciar tal período.   A intensificação da oração, da vida comunitária, da escuta atenta da Palavra são mecanismos que devemos lançar mão para nos "ENGRAVIDARMOS" do Senhor e, na "NOITE SANTA" O oferecermos pela nossa e pela Salvação dos nossos irmãos e irmãs.

Outra imagem interessante deste tempo é a da "MANJEDOURA".   Hoje em dia, temos uma ideia romântica deste objeto mas, na realidade, o mesmo não é nada romântico, pois se trata do "COCHO" aonde os animais se alimentavam.   Perceber o sentido profundo desta imagem nos fará participar melhor deste Tempo de Advento.   Percebam:   a "MANJEDOURA" ou "COCHO" é o local que José e Maria usaram para depositar o Menino Jesus pois "não havia lugar para eles nas hospedarias da Cidade de Belém.   Quanta simplicidade, quanto desprendimento para um "REI".   Daí, se Ele quis assim, a grande questão que se nos apresenta é: "Como seus seguidores, buscamos a "MANJEDOURA" como local de nossa existência?"   Outro aspecto interessante vem da compreensão de este recipiente serve para dar alimento aos animais.   Aquele que é depositado ali, também, se dará em alimento, será triturado pelos seus para "GERAR A SUA VIDA NAQUELES (AS) QUE O COMEREM".   Isto nos faz entender a nossa real vocação neste mundo:  "SERMOS ALIMENTOS PRA NOSSOS IRMÃOS", de modo que nossas vidas sejam consumidas por aqules (as) que precisarem.

Que beleza existe na vivência adequada do Tempo Advento e, quantas lições poderemos retirar deste perído tão rico em sua espiritualidade.

Peçamos a Deus que, no Seu Infinito Amor, nos conceda todas as graças para podermos extrair deste Tempo de Graça, tudo que nos for útil para a vivência de nossa Fé!   Amém!

Boas e Santas Celebrações para TODOS (AS)!



"22 de Novembro de 2011: Graças, Senhor, pela Vida!

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Ainda sob o impacto da última terça-feira (22/11), quero escrever este texto.   Desejo, aqui, manifestar a minha imensa alegria e gratidão a Deus, aos familiares e amigos que, de alguma forma colaboraram para a realização de um grande momento em minha vida: 41 anos de vida e 15 anos de Consagração ou Ordenação Presbiteral.   A presença de todos e de cada um foi uma forma de perceber que, apesar dos pesares, seguir por este caminho tem valido e, acredito piamente, continuará valendo à pena.

Como falei na Celebração, como é importante saber que a nossa vida, de alguma forma, foi capaz de produizir algum bem a quem quer que seja.    Como me emocionaram os testemunhos de meus amigos e irmãos no sacerdócio e de cada um dos que me cumprimentaram após a Celebração.    De fato, a vida corrida que levamos, nem sempre nos permite ter a exata dimensão, do bem que, em alguns momentos, somos capazes de gerar naqueles que nos cercam.    De fato, a recordação de diversas situações vividas por nós, nos faz entender como Deus vai se servindo da gente para se manifestar, concretamente, no mundo.   De fato, escutar os Padres Edinêz, Hilton, Esmeraldo e Luciano, além da minha irmã Edijara, da Marinalva, Diocleciana e Gene (que testemunharam na Celebração) me fizeram render graças a Deus por TUDO que ELE fez e continua fazendo em minha vida, além, é claro, de perceber que todo esforço, toda luta, todos os acertos e erros até a presente data, valeram, sim, à pena.

Que bom receber a minha família (faltou, apenas o meu cunhado) nestes dias.   Estar com os seus revigora as forças e, apesar da distância, percebemos que estamos sempre juntos e unidos nos diversos momentos da vida (de alegria, mas também, de dor!).    Temos grandes problemas, dificuldades mas, acreditamos que, em Deus, tudo pode ser superado.

Outra alegria foi perceber que os meus Bispos (Dom Emílio e Dom Luiz) estão contentes com o trabalho desempenhado por mim nestes 15 anos de Ministério.   É importante saber que estamos no caminho, mais ou menos, certo e, por conseguinte, estamos correspondendo às expectativas do seus superiores.   Que bom poder perceber o empenho, o esforço de todos para me apresentarem, pelo menos um pouco, o quanto, apesar dos meus problemas e limitações, o trabalho desenvolvido por nós, está dando certo.

Por fim, agradeço a Deus que me acompanhou e acompanha em todos os momentos de minha vida; aos meus familiares que, mesmo não tendo visto com bons olhos a minha decisão, hoje são unânimes na aceitação, no respeito e no carinho para comigo; às comunidades por onde passei e, acabaram me modelando para atender aos seus anseios; aos amigos no Presbitério que me ajudaram a crescer, a resistir diante das dificuldades (que não foram poucas!) para chegar até aqui e, aos amigos e irmãos desta Comunidade Paroquial Atual (Santa Cruz) que fizeram com que eu - repito - percebesse que TUDO VALEU, DE FATO!

À todos (as), o meu eterno MUITO OBRIGADO e que DEUS OS ABENÇOE SEMPRE!   AMÉM!

   


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"XXXIV Domingo do Tempo Comum: Jesus Cristo, Rei do Universo é Aquele que quer ser Amado e Servido nos Pobres!" -

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria chegamos ao último domingo do tempo comum e, por conseguinte, ao último domingo do Ano Litúrgico.   Após uma caminhada de um ano, a Liturgia nos apresenta a Pessoa de Jesus Cristo como Rei do Universo e, a grande questão que se nos apresenta é a seguinte: "Será que, após um ano escutando, meditando e buscando compreender a Sua Palavra, podemos afirmar, de fato, que Ele se tornou o Rei e Senhor de nossas Vidas?"

Durante todo este ano nos acompanhou o Evangelho de São Mateus e, este, por sua vez, quis nos apresentar o Senhor como o Mestre da Justiça e, uma questão nos acompanhou neste tempo: "O que significa JUSTIÇA para Ele?"    Assim, já em Mt 3, vemos Jesus pronunciando as primeiras palavras e, estas, estão ligadas à Justiça pois afirma para João Batista: "É preciso cumprir TODA A JUSTIÇA!"   Em Mt 5, vemos o Senhor, no Sermão da Montanha, declarando que a Justiça dos seus seguidores deve ser maior, deve superar a justiça vigente e patrocinada pelas autoridades (civis e religiosas) de sua época ao afirmar: "Se a vossa justiça não superar a dos fariseus e mestres da lei, vós não entrareis no Reino do Céu!" 

Neste ano, a Palavra foi nos apresentando o conceito de Justiça Divina e, distinguindo a mesma, da justiça humana e, penso que o que deve ter ficado em cada um é o fato de que enquanto "a justiça humana, quando muito boa e coerente, oferece a cada um o que cada um FEZ POR MERECER, a Justiça Divina oferece a cada um o que cada um PRECISA PARA VIVER e, diga-se de passagem, VIVER BEM, VIVER PLENAMENTE!

Hoje, ao encerrarmos o Ano Litúrgico de 2011, a Liturgia da Igreja nos oferece uma oportunidade de refletir, de forma conclusiva, sobre esta ideia desenvolvida durante todo o ano.  

Assim, temos a Primeira Leitura (Ez 34, 11-12.15-17) que nos apresenta Javé como o Pastor do Rebanho.   Estamos numa época de Exílio na Babilônia e, a comunidade se questiona sobre os motivos que a conduziu para aquela situação de dor, sofrimento, escravidão, cruz, morte que todos pensavam já terem sido eliminadas  intervenção de Deus.   Porém, quando tudo parecia bem, eis que sobreveio a desgraça do Exílio e, depois de conquistar TUDO, TUDO perdeu.   Por quê?   É neste momento que o Profeta Ezequiel aparece para falar em nome do Senhor e apresentar os motivos que conduziram o povo para o Exílio mas, em contrapartida, apresentar que nem tudo está perdido pois "a fidelidade e o amor de Deus farão maravailhas como as realizadas no passado".   Javé apresenta as obras que fará para salvaguardar a vida de seu povo e, comparando suas ações às do pastor, afirma: "cuidar, resgatar, apascentar, procurar, reconduzir, enfaixar, fortalecer, vigiar e julgar".   Todas estas ações o Senhor fará em favor do rebanho que foi explorado e dispersado num "dia de nuvens e escuridão" por conta da negligência das autoridades que foram postas à frente do rebanho para cuidar e não cuidaram.

Esta leitura nos faz pensar na forma como cada um de nós vem se comportando neste mundo.   Fomos colocados, de uma forma ou de outra, à frente da vida de muitos irmãos e irmãs para reproduzirmos as ações do Senhor mas, nem sempre conseguimos fazer as ações do jeito que agrade ao mesmo.   Em muitos momentos, acabamos por reproduzir as ações devastadoras das autoridades do período pré-exílico com explorações e dispersões da parte do rebanho que está sob o nosso cuidado.

Aqui, percebemos nitidamente, a relação entre o texto de Ezequiel e o Evangelho de hoje (Mt 25, 31-46), aonde, nos é apresentado o final do discurso escatológico de Jesus, com a última Parábola deste capítulo (teríamos no XXXII - não fosse a Solenidade de Todos os Santos - a primeira parábola, conhecida como a das "Dez Virgens" e no XXXIII, a dos "Talentos").   Hoje, o Senhor arremata todo o discurso do capítulo 25 revelando que o importante é "descobrí-Lo presente, sobretudo, naqueles (as) que mais necessitam".   Poderíamos afirmar que "encher as lâmpadas com óleo" e "multiplicar os talentos" são coisas que fazemos quando nos colocamos "à serviço, à disposição daqueles que necessitam de nós" pois, como afirmamos no início deste texto, "cumprir a Justiça significa oferecer a cada um o que cada um estiver precisando para viver e, viver bem!"   Assim percebemos a coerência textual deste Evangelho que estamos encerrando hoje, neste último domingo pois, do início ao fim, o objetivo maior foi nos conduzir para este desfecho apresentado hoje.   Para este Senhor que nos falou durante todo este ano, importante foi nos levar à conclusão que a nossa vida só tem sentido (dentro da visão Dele) se, totalmente dedicada aos outros.

Assim, utiliza uma imgem do "Juízo Final" como sendo uma espécie de prestação de contas de tudo que fizemos ou deixamos de fazer durante a nossa vida e, tais ações ou ausência delas, referidas ao próximo que precisou de nós.   Fazer ou não uma ação em favor dos pobres e necessitados significa fazer ou não ao próprio Senhor que, neste Evangelho, se identifica com esses irmãos: "Foi a mim que fizeram" ou "foi a mim que não fizeram"!   A condição para participar da Bênção ou Maldição é a capacidade de fazer ou não pelos outros o que os outros estão precisando: "Tive fome, sede, frio, estava preso, doente, sem teto e vocês me socorreram (Bênção) ou não me socorreram (Maldição).

Realizar tais ações em favor dos outros só é possível quando somos movidos pela fé na vida que não se acaba com a morte mas, ao contrário, se prolonga após a mesma.   Esta ideia, São Paulo, na Segunda Leitura de hoje (I Cor 15, 20-26.28), nos apresenta.   Afirmando que Cristo ressuscitou dos mortos, ele modifica a nossa vida uma vez que nos faz entender que tal ressurreição do Senhor é a garantia da nossa pois "Cristo foi primícia" e, nós iremos depois Dele.   A destruição de todas as estruturas de morte e, por fim, da própria morte, será o início do Reino Definitivo de Deus.    Poderíamos dizer, aqui, que esta missão de romper com as estruturas de morte é tarefa de todos nós que, unidos ao Senhor, dedicamos a nossa vida à realização de Sua vontade.

Que a conclusão de mais um ano litúrgico nos encha de gratidão para com Deus que nos permitiu esta graça e, que esta gratidão se transforme em ações concretas em favor de todos aqueles que nos cercam e que estejam precisando de nossa ajuda.    Que Deus nos ajude nesta missão, hoje e sempre, amém!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"XXXIII Domingo do Tempo Comum: Deus nos concedeu a Vida para ser Multiplicada!" - 13 de Novembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos celebrando o penúltimo domingo do Ano Litúrgico e, a discussão sobre o "verdadeiro sentido da vida" vai se acirrando em nossas Celebrações.   Dentro da dinâmica deste último mês do calendário eclesial, a Palavra de Deus vai auxiliando cada um (a) de nós na reflexão sobre os últimos acontecimentos de nossa existência: Morte, Julgamento, Céu e Inferno.   Assim, neste domingo temos trechos da Palavra que nos auxiliam a avançar neste sentido.

Poderíamos afirmar que, neste domingo em especial, a Palavra de Deus trata da questão da laboriosidade, do trabalho constante, da não perda de tempo para realizar as funções que nos foram propostas pois, o tempo está passando e, mais cedo ou mais tarde, o Senhor da Vida nos "chamará à sua presença para colocarmos diante Dele os frutos de nossa existência".

Na Primeira Leitura (Pr 31, 10-13.19-20.30-31), o autor sagrado nos apresenta uma imagem de mulher, no mínino, "estranha" para a época pois, sabemos que no mundo antigo bíblico a mulher era desconsiderada enquanto um ser "capaz" de tocar a própria vida.   Esta, só possuía alguma "respeitabilidade" se estivesse "escondida" atrás de um homem.   Assim, num primeiro momento, temos a figura paterna; deste, a mulher ía para o marido e, deveria rapidamente, ter "um filho = varão = homem" pois, caso o marido faltasse, o filho assumiria a função de "protetor".   Entendendo tal situação, podemos ficar "meio" espantados com a descrição da figura feminina trazida pelo texto bíblico pois, nele, a figura da mulher é exaltada de modo que todos os demais membros da família buscam possuir, em seu lar, uma figura deste tipo: forte, mais valiosa do que as jóias, trabalhadora, caridosa e, acima de tudo, temente ao Senhor!   Esta mulher é tão importante que, na leitura, o homem é que tem nela o respaldo, o homem é designada "marido de...".    Ora, diante deste quadro podemos falar que o texto, ao tratar da figura da mulher, ao exaltar tal figura num contexto não favorável, pretende, também, falar além do que está falando.    Esta figura feminina, esta mulher é personificação da Sabedoria e, esta, por sua vez, é consequência da fidelidade à vontade de Deus e do cumprimento de sua vontade.    Ora, tal explicação auxilia na compreensão do texto evangélico que nos é proposto pois, na parábola em questão, é esperado que os "empregados" multipliquem os talentos que lhes foram confiados.    Vejamos;

O texto do Evangelho de hoje (Mt 25, 14-30) está dentro do discurso escatológico de Jesus.    Neste capítulo 25 temos três parábolas (das Virgens Prudentes e Imprudentes - que seria proclamada no domingo passado, caso não celebrássemos a Solenidade de Todos os Santos e Santas; dos Talentos - estudada hoje e, a do Julgamento Final - no próximo domingo, Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo).

A parábola de hoje é bastante conhecida por todos nós.   Trata-se da história de um Senhor que, viajando para o estrangeiro, chamou seus empregados e, de acordo com as capacidades de cada um, distribuiu os seus talentos (bens).   Imediatamente, os empregados saíram e começaram a negociar e, dois deles multiplicaram os talentos e, um último, por medo, enterrou o talento recebido e, no final devolveu, tão somente, aquilo que recebera, sem juros nem correção.   O ponto alto é o reencontro do Senhor com os empregados que elogia e "premia" aqueles que trabalharam e multiplicaram os talentos mas, ao último condena e, ainda por cima, retira aquilo que possuía, entregando-o àquele que já tinha muito.

Vários pontos nos chamam a atenção neste texto e, algumas questões devem ser levantadas: Quem é este Senhor? E os empregados? O que são os talentos? O que é o banco de que fala o texto? Qual  é o tempo da multiplicação, do trabalho dos empregados?   Por que o último empregado tinha medo do "Patrão"?

Penso que todos percebem que o Senhor é Deus e, automaticamente, os emepregados, somos todos nós.   Há, porém, uma confusão com relação ao que seja os talentos pois muitos imaginam que estes se referem aos "dons" que Deus nos concede mas, o texto deixa claro que os "talentos foram distribuídos, de acordo, com as CAPACIDADES=DONS de cada um!"   Aqui, o talento não é dom mas o dinheiro, a riqueza do Senhor que deve ser multiplicado de acorodo com a possibilidade de cada um (a).    São os trabalhos que o Senhor nos confia para serem realizados e, assim, conseguirmos multiplicar as "suas posses".   Ninguém pode dizer que não pode fazer pois "aquilo que o Senhor pede está em sintonia com nossas capacidades, isto é, nada mais, nada menos do que aquilo que cada um (a) pode, de fato, realizar".   O trabalho exige "arriscar-se" e quem tem medo do risco, se fecha.   No mundo dos negócios, todos sabemos, ora de ganha e ora se perde porém, isso não é desculpa para não negociar.   O Senhor não tolerará a "preguiça", escondida atrás do "pseudo-medo", acarretado por uma imagem distorcida que o empregado tinha do seu patrão.   Para o último empregado, o Patrão era um homem "INJUSTO" pois "colhia aonde não havia plantado..."   quando o Patrão não é dessa forma.   Aos dois que, sem medo, arriscaram obtiveram sucesso pois confiaram na ordem que receberam e, acabaram sendo "premiados" participando da "ALEGRIA DO SENHOR".   Já o último, que não arriscou por "medo" ou por "preguiça", até o pouco que tinha lhe foi tirado (mesmo porque, o que tinha lhe tinha sido dada pelo Patrão - ele não possuía NADA de seu, a não ser o sua acomodação).

Ligando este texto evangélico com a primeira leitura, percebemos que o importante é estar atento (a) àquilo que é a vontade de Deus à respeito de cada um (a),c olocando em prática tudo que Ele nos oferece.   Não agir de modo a multiplicar os talentos que me foi oferecido, por qualquer motivo, será a causa da nossa "perdição".

Por fim, o Apóstolo Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses (I Ts 5, 1-6) nos apresenta a imprevisibilidade do fim: "não sabemos o dia, nem a hora pois será como um ladrão!"    Isto nos coloca em alerta pois, a qualquer momento, o tempo poderá se encerrar e não haverá mais a possibilidade de fazer o que deveria ter sido feito e não o foi.

Chegando ao final do Ano Litúrgico pensemos nisso tudo e, enquanto nos é dado possibilidades, façamos o que devemos fazer!

OREMOS:

Ó Deus de Amor e Bondade, louvado sois por nos oferecer dons, capacidades para multiplicar os talentos em nossas vidas.   Vos pedimos que envieis, sobre todos nós, o Seu Espírito Santo que nos faça perder o medo de arriscar



terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Solenidade de Todos os Santos e Santas: O Nosso Destino Final!" - 06 de Novembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria celebramos hoje a Solenidade de Todos os Santos e Santas e, mais uma vez, dentro das Celebrações deste último mês do ano da Igreja, somos convidados à reflexão sobre o nosso fim (que no caso em questão, é a Santidade).

Num primeiro momento, a Sagrada Escritura atribui somente a Deus o título de Santo.   Javé é, po rexcelência o Santo, o Transcedente, o Eterno Outro, o Inalcançável e Inatingível.    Porém, por ser Javé o iniciador de uma Relegião de Salvação, a Sua Santidade deveria ser transmitida ao Povo para que este povo pudesse dar testemunho da mesma para os outros povos, para o mundo.   Para tanto, o povo se prendeu, num primeiro momento, aos ritos, aos cultos, ao externo que poderia "garantir" esta santidade divina.   Porém, não tardou para que o povo percebesse a insuficiência destes meios externos e, acabasse entendendo que a purificação do coração, da vida como um todo é que seriam capazes de transformá-lo num "Sinal" da Santidade Sivina para os demais.   Em Jesus, Deus nos oferece os meios para alcançar tal Santidade.    A sua encarnação, morte e ressurreição nos ofereceram a possibilidade de salvação, de santidade.   Ao ser humano, a partir de então, cabe tão somente aceitar este DOM e, viver de tal forma que sua vida corresponda a este mesmo DOM.

Celebrar a Solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus é momento de reflexão séria a respeito do modo como cada um (a) de nós está conduzindo a sua própria vida; é momento de refletir se a vida que levamos está em consonância com a Fé que professamos com os lábios; é momento de refletir se a vida que estamos vivendo está correspondendo ao Amor Infinito de Deus que nos ofereceu o  Seu próprio Filho para ser a "CAUSA DE NOSSA SALVAÇÃO!"   Para responder a tais questões e tantas outras, a Palavra de Deus que nos é oferecida nesta Solenidade poderá nos auxiliar.

Assim, gostaria de começar a nossa reflexão sobre a Palavra de hoje pela Segunda Leitura (I Jo 3, 1-3) pois, neste trecho vemos o Autor Sagrado nos afirmando que o "O Pai nos deu um grande presente de Amor: podermos ser chamdos Seus Filhos!"   Ora, se é verdade que somos Filhos de Deus, importante é que vivamos de acordo com a Vontade de nosso Pai; importa termos em nós as características Dele, isto é, Amor, Compaixão, Solidariedade, Perdão, Entrega, Doação ...    Se somos Seus Filhos, importa que todos aqueles (as) que nos cercam O percebam em nós.    Não será possível para o mundo o reconhecimento da Presença Amorosa do Pai a não ser por meio de cada um de nós, Seus Filhos e Filhas.   A nossa vida aqui deve ser uma espécie de "REFLEXO" daquilo que, na Fé, acreditamos que irá ocorrer em cada um (a) de nós.    É preciso viver por aqui mas com a consciência de que o nosso destino final está para além daqui, está no Céu junto de Deus, o nosso Pai.    Todas as nossas ações, tudo que somos e temos, devem estar direcionados para este objetivo maior de nossas vidas de crentes: ESTAR JUNTO DO PAI!

É por isso que, na Primeira Leitura (Ap 7, 2-4.9-14), vemos o mesmo Autor da Primeira Leitura (João) nos revelando que o Céuestá aberto para todos aqueles (as) que viveram aqui na terra a Vontade do Pai, se igualando a Ele por uma vida que lhe foi agradável.    A grande multidão que compõe o Céu e que ninguém pode contar é formada por gente de toda "raça, língua, povo e nação".   Porém, todos (as) têm algo em comum: "Vieram da grande tribulação e, lavaram e alvejaram as suas vestes no Sangue do Cordeiro!"   Vir da grande tribulação significa ter vivido aqui na terra de acordo com a vontade de Deus, ter padecido toda sorte de contrariedades por ter sido fiel, vencido tudo e todos sem desanimar nem desistir.   Lavar e alvejar a veste no Sangue do Cordeiro significa ter vivido sob a Cruz do Senhor, único local de onde escorre o Sangue que lava, que purifica a vida dos crentes, dos santos e santas.    Não fugiram, não renegaram a fé mesmo diante de sores, sofrimentos, perseguições, ultrajes, prisões, morte.    Ficaram firmes e, por isso, venceram.

Para concluir, poderíamos afirmar que estas pessoas que compõem a grande multidão celestial, participaram de algum daqueles grupos que, no Evangelho de hoje (Mt 5, 1-12a), Jesus declarou Bem-Aventurado: pobres em espírito, aflitos, mansos, que tem sede e fome de justiça, misericordiosos, puros de coração, que promovem a paz, que são perseguidos por causa da justiça e que são caluniados, injuriados por conta da fidelidade ao Projeto do Pai.   Podemos perceber neste trecho evangélico que, aos olhos de Deus, felizes são todos aqueles (as) que o Mundo declara como infelizes pois entre Deus e o Mundo há uma verdadeira OPOSIÇÃO de ideias.   Escolher de que lado queremos estar, é nossa tarefa!

Que a intercessão de tão numerosa multidão que compõe o Céu nos alcance a graça da Fidelidade até o fim!   Assim seja!

"Fiandos: Dia de Reflexão sobre o Verdadeiro Sentido da Vida!" - 02 de Novembro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no mundo, a Memória dos Fiéis Falecidos e, com isso, queremos apresentar a Deus as nossas sinceras orações pelos nossos entes queridos que, após viverem seu tempo entre nós, nos deixaram e foram ao encontro do Pai.   Porém, como o encontro com o Pai só é possível após a plena purificação dos pecados, acreditamos que as nossas humildes orações poderão auxiliar as almas dos mesmos de modo que, libertas das suas falhas, alcancem o grande desejo: Deus!

Se pegarmos a Palavra de Deus, perceberemos numa reflexão mais apurada que a ideia de "Ressurreição dos Mortos" não é uma Verdade que sempre esteve presente no seio da Comunidade.   Num primeiro momento, percebemos que o pensamento em voga era que a "Morte" destruia, por completo, toda e qualquer esperança e, como diz o salmista "para aqueles que descem à sepultura é terminada a esperança em Seu Amor sempre fiel!"    Com a morte o homem voltaria para o pó de onde saiu e, neste momento, tudos estava terminado e não havia mais o que fazer.

Com o passar dos séculos, a Comunidade foi amadurecendo em suas reflexões, e livros como o de Jó, já esboçavam (após o Exílio da Babilônia) uma certa esperança numa possível "Ressurreição dos Mortos", porém, tudo muito incipiente.

O Primeiro Livro Bíblico que traz, de forma clara e objetiva, a reflexão sobre este tema é o último Livro escrito do Primeiro Testamento, a saber: o Livro da Sabedoria (escrito, somente, 50 anos a.C.).    Após terem passado por muitos sofrimentos e, por conta disso, terem refletido muito sobre tudo que aconteceu à Luz da Fé, a Comunidade chega à conclusão que não seria possível que Deus, que fez tantos prodígios e portentos pelo Seu Povo, tivesse para oferecer somente esta "vidinha medíocre" que vivemos por aqui.    Não é plausível tal verdade.    Não é "Justo" que no fim, todos (as) terminem com a Morte sugando suas vidas para sempre.    É preciso acreditar que "há algo melhor para aqueles que acreditam e vivem no esforço por coincidir a vida com a fé que professam".   Nestas reflexões acaba surgindo a afirmação de uma "vida além da morte", "vida verdadeira", "vida que não tem fim", "vida eterna".    Acreditar nesta verdade faz toda diferença na vida que levamos por aqui pois, o que ocorrerá após aqui é consequência das escolhas e práticas ocorridas aqui.

Assim, celebrando  o Dia dos Finados, mais do que pensar nos que foram (este dia nasceu com este objetivo, de fato), penso que deveríamos aproveitar para uma reflexão sobre nós que ainda estamos por aqui e, neste contexto, nos perguntarmos como estamos conduzindo esta vida, tendo em vista que o tempo está se encerrando para cada um de nós.   É preciso parar e pensar, hoje e sempre, sobre as nossas escolhas, as nossas ações, os nossos pensamentos e omissões.

Acertar os nossos passos se faz necessário pois o tempo que passa não dá oportunidades de erros, de rascunhos feitos para depois concertarmos.    Não nos é dado esta possibilidade.   Pense bem nisso e, enquanto temos tempo, façamos a nossa parte!

Que Deus nos ajude hoje e sempre!   Amém!  

"Novembro: Último Mês do Ano Litúrgico e Tempo de Reflexão sobre os Últimos Acontecimentos!"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Entramos, a partir de hoje, no último mês do Ano Litúrgico e, por conta disso, este é um mês de reflexões sobre os últimos acontecimentos que envolverão a vida dos crentes, a saber: MORTE, JULGAMENTO, CÉU E INFERNO (os Novíssimos).   Na Tradição Popular, Novembro é conhecido como "Mês das Almas".

Por vir carregado destas reflexões, o último mês do Calendário da Igreja é visto por muitos como carregado de situações que "não agradam".    Apesar de termos a certeza de que iremos morrer um dia - uma vez que ninguém fica para semente - refletir sobre a morte e o que ocorrerá após a mesma não é o tipo de conversa que muitos gostam de travar.    Reclamamos de tudo e de todos que nos cerca mas, a simples possibilidade de ter que deixar este mundo, deixa muitos apreensivos.

Iniciamos o Mês com a Solenidade de Todos os Santos (no Calendário Oficial - 01/11) porém, para a Igreja no Brasil tal Solenidade, quando naõ cai no Domingo, acaba sendo transferida para o domingo mais próximo com o intuito de garantir a maior participação dos fiéis.   Neste dia, a Igreja Militante (que somos todos nós que ainda peregrinamos neste tempo, neste mundo) nos unimos à Igreja Triunfante (que já participa da Glória do Céu e da Visão Beatífica de Deus) numa grande Festa que nos anima a todos pois nos revela qual é o nosso fim, isto é, o Céu!   Neste dia, mais do que lembrar aqueles homens e mulheres que a Igreja já decretou a santidade e colocou como nossos exemplos de Fé, relembramos tantos outros irmãos e irmãs nossos que já partiram deste mundo para junto do Pai e, mesmo sem o reconhecimento oficial da Igreja, são santos e santas.    Neste dia, lembramos os nossos parentes e amigos que, tendo deixado este mundo após viverem na luta pela observância dos preceitos divinos, se encontram no Céu.   Aqui em nossa Comunidade Paroquial podemos recordar (pelo menos nestes cinco anos que estou aqui), irmãos como o Sr. Walter, o Sr. Arlindo, a Dna. Francisca, o Sr. Maurílio, o Sr. Orlando, entre outros e outras, que na Fé acredito estão junto de Deus e rezam pela nossa Igreja que milita neste tempo difícil que vivemos.

Após a Solenidade dos Santos e Santas de Deus, celebramos a memória dos nossos entes queridos (Dia dos Finados) e, aqui, diferentemente da Solenidade anterior, nos unimos, com nossas orações pedindo ao Senhor que acolha no Seu Reino aqueles (as) que já partiram deste mundo mas, por qualquer motivo, ainda não gozam das alegrias celestiais e, pertencem à Igreja Padecente.    Rezamos, neste dia, para que Deus na Sua Infinita Misericórdia, perdoe as falhas cometidas destes irmãos (ãs) e, o quanto antes, os receba em Sua Morada.

As Celebrações Dominicais deste último Mês estão marcadas pela ideia central de realizarmos no aqui e agora de nossas vidas tudo aquilo que o Pai reservou para cada um (a) de nós.   Não temos tempo a perder pois o tempo, implacável como é, só anda para frente não nos dando oportunidade de realizar depois aquilo que teríamos que realizar agora.

Por fim, encerramos o Ano Litúrgico com a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo e, nesta Celebração, refletimos sobre este Deus que, em Jesus Cristo, se tornou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, Aquele que inicia tudo e para o qual tudo converge.   Assim, pensamos a nossa Vida como um Caminhar para Aquele do qual cada um de nós saiu.   Importa, portanto, que durante este tempo que estamos vivendo, cada um (a) descubra a Vontade deste Deus que no Seu Infinito Amor nos chamaou à Vida mas, a qualquer hora nos chamará de volta  à Sua presença para apresentarmos os frutos de nosso labor.

Que Deus nos conceda a Graça de podermos viver mais uma vez este tempo forte de reflexões e, que cada um (a) possa aproveitar para refazer em si aquilo que, porventura, perceber fora do lugar.

Pense nisso e viva bem este Último Mês do Calendário Litúrgico!   Amém!