sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Mês de Outubro: Mês das Missões!"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos iniciando, com toda a Igreja, o mês dedicado às Missões e, num primeiro momento, parece "estranho" dedicar um mês àquilo que faz parte da essência, do ser da Igreja pois, se pegarmos os Evangelhos e os Atos dos Apóstolos, veremos que a Igreja nasce para a Missão.  

O Ressuscitado, antes de voltar para o Pai, envia os discípulos em missão: "Ide pelo mundo e a todos pregai o Evangelho!" (cf Mc 16, 15) e "Ide pelo mundo inteiro e fazei discípulos meus todos os povos!" (cf Mt 28, 19) ou, ainda "Como o Pai me enviou, também eu vos envio!" (cf. Jo 20, 21).   Estes e tantos outros textos do Segundo Testamento nos revelam que está na essência da Igreja o "SER MISSIONÁRIA" e, sem missão a mesma perde o seu sentido no mundo.

Mas, se é assim, por que não se fala de Missão o ano inteiro? Por que um Mês específico?   Acredito que  durante todo o ano vivemos a Missão em nossos trabalhos mas, neste mês em específico, somos convidados a intensificá-la em nossas Comunidades.   Somos convidados a reflexão em todos os setores da Igreja para este aspecto de sua essência revelando que, em qualquer atividade podemos e devemos viver a missão.   Refletimos sobre a Missão além fronteiras mas também refletimos sobre a Missão intra comunitária, despertando em toda a Comunidade este aspecto, muitas vezes adormecido.

Abrimos este Mês com a memória de "Santa Teresinha do Menino Jesus", patrona das Missões (ao lado de São Francisco Xavier) e, isto é sintomático pois, esta Santa nunca saiu dos limites de um Carmelo pois, como Carmelita Enclausurada, não podia fazê-lo.   Porém, ela descobriu uma forma de estar em todos os setores da Igreja pela vivência do Amor.   Viveu intensamente o Amor e, como tal pôde estar em todos os Membros do Corpo Místico de Cristo.   Com isso, Santa Teresinha nos ensina que a vivência da Missão exige, única e exclusivamente, a capacidade de Amar pois, com Amor vamos a todos e, melhor ainda, entregamos tudo que somos e temos pelos irmãos que precisam e, assim, nos tornamos sinais do Senhor para todos.

Às vezes, não podemos deixar nossas realidades (família, trabalho, casa, parentes, amigos...) para irmos à terras distantes e nos tornarmos missionários (no sentido primeiro do termo) mas, podemos e devemos, aonde quer que estejamos e com quem quer que nos encontremos viver o nosso batismo, a nossa filiação divina, revelando com todo o nosso ser, o Ser de Deus.   Assim, seremos missionários dentro de nossas possibilidades.   É isso que a Igreja pede de todos nós: SER MISSIONÁRIO AQUI E AGORA!

Que as Celebrações deste Mês alimente em nós o desejo de vermos o Amor de Deus espalhado e vivido por todos (as)! Assim seja! 


"A Passagem da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora em nossa Comunidade Paroquial: Experiência de Deus na Comunidade por meio dos Sinais de nossa Fé!" - 29 de Setembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cris Jesus!

Ainda estamos sob o impacto da belíssima Celebração que, nos comoveu a todos, por ocasião da passagem (ainda que rápida), dos sinais da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora que visita as Dioceses do País escolhido para sediar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Num primeiro momento, eu imaginava que seria uma experiência simples pois, decidimos muito rápido (somente no sábado passado - 24/09/11), pela manhã, esta passagem foi confirmada e, ainda mais, tínhamos a questão do dia e do horário (quinta-feira, às 16:30h - dia de semana e à tarde).   Mas, como estou vivendo um momento de não me "importar" com contrariedades, aceitei a proposta e, fiz o que poderia fazer.   E, mais uma vez, pude experimentar, de forma muito concreta, a máxima da fé que diz que quando fazemos tudo que podemos e confiamos na Graça de Poder de Deus que vem ao encontro de nossas limitações, TUDO SAI ALÉM DO QUE IMAGINAMOS!

Quem esteve conosco, comcerteza, percebeu o que estou querendo dizer.  É difícil expressar com palavras, emoções fortes e profundas (sobretudo, experiência de Deus).   Mas, foi isso que pude perceber e experimentar.   Aos poucos, a Igreja foi sendo envolvida por um "clima" de paz, harmonia, fé e, na medida em que as pessoas iam chegando, mais conseguia perceber isso.   Nem o atraso, provocado pela Paróquia da Diocese de Santo Amaro (Santa Gertrudes)  na entrega dos Sinais, provocou algum sentimento negativo entre nós mas, ao contrário, a demora foi gerando mais expectativa na Comunidade que, reunida, louvava, cantava, rezava (parece que foi providencial o atraso pois quando os Sinais chegaram, foi uma explosão de emoções em todos com os quais nossos olhares se cruzavam).

Por volta das 17:30h (01 hora de atrase), avistamos o Caminhão do Corpo de Bombeiros chegando e, juntamente com ele, os Sinais que esperávamos tão ansiosos.   Já na Porta da Igreja, a primeira emoção pois, ao estacionar, o caminhão foi recebido com um aplauso espontâneo que aumentou a emoção nos presentes.   Outro ponto alto foi a entrada na Igreja dos Sinais ao som da música oficial da JMJ que dizia: "NO PEITO EU LEVO UMA CRUZ, NO MEU CORAÇÃO O QUR DISSE JESUS!".   A Igreja "veio à baixo", quase que literalmente.   A Celebração, foi à parte.   Ouvimos as plavras do Pe. Wilson (Coordenador Diocesano da Pastoral da Juventude de nossa Diocese) que nos explicou o sentido dos Sinais e, conclamou a Juventude da Paróquia para a aprticipação do "Dia Nacional da Juventude - DNJ", dia 23/10/11.   Seguimos com a Celebração, de forma muito tranquila mas, sem perder a emoção (estampada no rosto dos presentes - extasiados diante dos Sinais).  

Na homilia, refletimos sobre a necessidade de sermos como Anjos para os nossos irmãos e irmãs e, para tanto era necessário seguir pelos caminhos do Senhor Jesus e, estes, implicavam a presença da Cruz.   Vimos Nossa Senhora como aquela que esteve de pé diante da Cruz do Senhor, sem desistir.

Outro ponto alto da Celebraçã se deu já no final da mesma: os jovens ficaram ao redor dos Sinais e, com toda a Igreja ajoelhada, entoamos o canto de louvor que mostrava na sua letra a entrega do Senhor na Cruz por Amor de nós todos.   Depois, cantamos o canto de Nossa Senhora da Paz, música oficial do Final de Semana de Jovens com Cristo - Movimento Jovem de nossa Paróquia. 

Por fim, a despedida foi outro momento à parte.   A saída dos Sinais da Igreja se deu debaixo de aplausos, cantos e emoções tais quais a chegada dos mesmos.   Postos no caminhão do Corpo de Bombeiros, saímos numa longa Carreata, rumo à Catedral Diocesana.    A entrega dos Sinais na Catedral foi outra emoção.

Podemos falar que estes Sinais fora providenciais em nossa Paróquia, fechando o Mês de Setembro - Mês de nossa Padroeira, a Santa Cruz - e, acredito, plenamente, que todos (as) que aqui estiveram puderam sentir a força da Fé de tantos irmãos e irmãs unidos num mesmo objetivo: a busca pela Santidade, pelo cumprimento da Vontade de Deus em nossas vidas.

A nossa Paróquia viveu momentos fortes de Fé neste mês e, espero, piamente, que possamos aproveitar todas as graças que o Senhor, em Sua Infinita Bondade, nos proporcionou!

Aproveito para agradecer a todos os paroquianos, aos grupos de trabalho que, de uma forma ou de outra, colaboraram para tudo que vivemos (sobretudo, a passagem dos Sinais); agradeço, também, a dedicação do pessoal do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar que, não fosse o trabalho dedicado deles, parte do trabalho ficaria comprometida.   Que Deus abençoe a todos (as)!

E, da minha parte, muito obrigado pela presença e apoio de cada um (a)! 

"XXVII Domingo do Tempo Comum: O Julgamento de Deus sobre Seu Povo!" - 02 de Outrubro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos, cada vez mais, próximos do final do Ano Litúrgico e, por conta disso, estamos percebendo que a Palavra de Deus proclamada em nossas Celebrações vão ganhando um "tom" de julgamento, isto é, vai nos conduzindo à uma reflexão, cada vez mais firme e forte, à respeito de nossa conduta como portadores da Boa Notícia para o Mundo.   O que estamos fazendo da vida que o Senhor nos concedeu, é a grande questão que se nos apresenta.

Na Palavra de hoje, o Senhor nos coloca, mais uma vez, frente à esta questão citada anteriormente.   A Primeira Leitura (Is 5, 1-7) nos apresenta um texto que reflete a situação do Povo de Deus e sua trajetória até os anos antes da Invasão Assíria (722 a.C.) e Babilônica (587 a.C.) que devastaram os Reinos de Norte (Israel) e so Sul (Judá).   Tudo começa, na leitura em questão com um "poema de amor de um Agricultor por sua vinha".   O texto afirma, de forma clara que, tudo que poderia ter sido feito para que a vinha produzisse uvas de boa qualidade, o agricultor fez, a saber: bom terreno (fértil encosta), fez cerca, limpou o terreno (retirando as pedras), plantou videiras "ESCOLHIDAS" (não, qualuqer videira), edificou uma torre no meio (para que vigias pudessem vigiá-la dos ataques dos estranhos e dos animais selvagens) e, por fim, fez um lagar (para pisar as uvas e produzir bom vinho).   Como vemos, Tudo foi realizado com um único objetivo: OFERECER AS CONDIÇÕES PARA QUE A VINHA PRODUZISSE FRUTOS BONS!   Porém, quando chega a época da colheita, uma decepção: apesar de todo cuidado, a "VINHA PRODUZIU UVA AZEDAS, UVAS SELVAGENS!   Esta situação não tem explicação plausível e, por conta disso, continua a leitura, "TODOS OS BENEFÍCIOS SERÃO DESTRUÍDOS E, AQUELA VINHA, FICARÁ À MERCÊ DE TODOS OS PERIGOS: será devastada, pisoteada, ficará inculta e selvagem, nãoserá podada nem lavrada, espinhos e sarças tomará conta dela e, "NÃO DEIXARÁ QUE AS NUVENS CHOVAM SOBRE ELA".   Este último detalhe, nos faz pensar que estamos diante de uma história que possui significado para além do que está escrito pois, nenhum agricultor possui poder sobre as nuvens pois, tal poder é prerrogativa Divina e, portanto, é preciso entender a história como relação DEUS / POVO.   A Vinha é o Povo de Deus, escolhido e tratado com todo carinho; Deus ofereceu TODAS as condições para o mesmo produzir frutos bons (FRUTOS DE JUSTIÇA E OBRAS DE BONDADE = Uvas Boas) mas, eis que só há frutos maus (INJUSTÇAS E INIQUIDADES = Uvas Selvagens e Azedas).   Daí, a Invasão Assíria e Babilônica representarem a devastação / destruição da mesma Vinha.

Esta primeira Leitura serve de preparação para entrarmos na compreensão da Parábola Evangélica de hoje (Mt 21, 33-43).   Desde a semana passada, estamos nos deparando com as Parábolas que Jesus contou aos sumos sacerdotes e anciãos do povo no Templo de Jerusalém, mostrando a rejeição destas autoridades (e consequentemente, do seu povo) à sua missão.   Vimos, a semana passada a Parábola do "Pai e dos dois Filhos" e, hoje, temos a dos "Vinhateiros Homicidas".   Jesus continua a sua discussão com estas autoridades do povo (representantes do poder religioso e econômico, membros do Sinédrio que condenará Jesus à Morte de Cruz mais tarde).  Repetindo (quase que completamente o texto do Profeta Isaías = Primeira Leitura), Jesus vai contando a Parábola da Vinha.   Tudo foi realizado da melhor forma possível para que, na época da colheita, ele (proprietário) obtivesse frutos bons.   Há uma diferença no Evangelho pois, aqui, se fala que o proprietário arrenda a sua Vinha para terceiros e, só volta por ocasião da colheita.   Em Isaías, a Vinha não produziu nada de bom; já, aqui, a Vinha produz frutos bons mas, os arrendatários não os querem entregar e, desejam tomar "POSSE" daquilo que não lhes pertence de fato.   O Verdadeiro Dono (Deus) manda seus empregados (Profetas) mas, estes são espancados, maltratados e, por fim mortos.  O dono manda o Seu Filho (Jesus) pensando que ao mesmo, "eles iriam respeitar".   Doce ilusão pois ao verem o filho, o herdeiro, pensam: "matando o filho, não haverá quem reclame a herança e, por fim, tudo será nosso!"   Decidem matá-lo!   Arrastando-o para fora da cidade, o matam.   Percebemos, aqui, nitiddamente, toda a trajetória da morte cruel de Jesus e, portanto, é preciso entender que,por trás da letra da Parábola, Jesus está falando de si mesmo e de tudo que estava para lhe acontecer, fruto da ganância do poder estabelecido que não está disposto a fazer a vontade de Deus mas, ao contrário, pretende se utilizar dos benefícios divinos para salvaguardar os seus interesses.    Mas, Jesus, com sua esperteza, lança a questão: "O que o dono da vinha fará com esses que a arrendaram, prometendo entregar os frutos no tempo devido e não o fizeram?"   Esta é uma pergunta que revelará a maldade dos proprios interlocutores de Jesus e, sem o saber, eles darão a sua própria setença.   Afirmam: "Mandará matar de forma horrível esses assassinos e, arrendará a vinha para outros!"   Pois bem, afirma Jesus: "É isso mesmo! Vocês são esses que deveriam entregar a Deus (dono da vinha) os frutos e não o fizeram (vocês rejeitaram a "Pedra Angular!") e, por isso, a Vinha (diferentemente da ação descrita pelo Profeta Isaías) não será destruída mas, será passada para um novo povo que possa entregar os frutos no tempo devido!"   Como Israel não produziu os frutos (Justiça e Bondade) mas, somente pecados, outros irão entrar neste trabalho.   Nós, hoje, somos este novo povo e, precisamos nos empenhar para produzir "FRUTOS DE JUSTIÇA E DE BONDADE" que agradem ao Senhor, o Verdadeiro Dono da Vinha, na qual trabalhamos (XXV Domingo Comum).   Precisamos nos comportar como o Filho que aceita e vai trabalhar na Vinha do Pai (XXVI Domingo Comum).

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 4, 6-9), nos apresenta o Apóstolo Paulo nos orientando, nos ensinando a produzir estes frutos que o Senhor espera de nós: BASTA QUE APRESENTEMOS A DEUS TUDO QUE ACONTECE EM NOSSAS VIDAS SOB A FORMA DE ORAÇÕES, SÚPLICAS E AÇÃO DE GRAÇAS!   Assim, seremos guardados do mal!   A nossa vida deve ser vivida na prática de tudo aquilo que nos torna agradáveis aos olhos dos outos e, consequentemente, aos olhos de Deus: TUDO QUE FOR VERDADEIRAMENTE RESPEITÁVEL, JUSTO, PURO, HONROSO, TUDO QUE É VIRTUDE OU DE QUALQUER FORMA MEREÇA LOUVOR!

Façamos assim e, com certeza, chegaremos ao Céu, nossa Meta Maior!

OREMOS:

Ó Deus de Amor e de Bondade, obrigado por nos ter oferecido uma Vinha em plena condição de produção de frutos.   Obrigado por ter feito TUDO o que poderia ter sido feito par que o nosso trabalho fosse mais simples e fácil.   Vos pedimos, neste dia, que nos ajudeis a vive de acordo com a Sua Santa Vontade e, que os frutos por n´so produzidos traga alegria e satisfação ao Vosso Coração de Pai Amoroso!   Isto pedimos, pelos méritos de Jesus, Vosso Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo!   Amém!
  

sábado, 24 de setembro de 2011

"É preciso Amar as Pessoas como se não houvesse Amanhã!" - Renato Russo

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

O nosso modo de marcar ou contar o tempo pode nos colocar em situações umtanto quanto complicadas.   Vivemos num mundo que estabeleceu a contagem do tempo em "passado, presente e futuro".   Ora, esta é uma forma que esconde algumas armadilhas pois, de fato, o que temos do tempo é somente o agora, isto é, o presente e, para nós que cremos, este momento deve ser vivido intensamente, como "presente de Deus", buscando realizar tudo que nos é proporcionado.

Há quem viva aprisionado ao passado, num saudosismo que obstaculiza a vivência do tempo presente.   Por vezes escutamos alguém dizendo: "Bons tempos aqueles em que...!"   Tais pessoas se esquecem que tais tempos não voltam mais e, pior ainda, viver "aprisionado" aos tempos que não voltam mais porque já se foram, as impede de viver toda a riqueza que a vida está proporcionado neste exato momento.   O passado é bom somente enquanto nos oferece a possibilidade de viver melhor o agora em que nos encontramos.   O passado deve funcionar como "uma grande lição" de onde retiramos um aprendizado para não repetirmos os mesmos erros cometidos.   Fora isso, é preciso compreender que o passado não volta pois já foi!

Há, por outro lado, as pessoas que vivem "PREOCUPADAS" e, portanto, sempre voltadas para o "futuro".   Estas, por sua vez, também, não vivem pois o "futuro" está no plano das hipóteses e, estas, podem ou não se confirmar quando o futuro se tornar presente.   Importa compreendermos que a vida é oferecida a cada um (a) para se "OCUPAR", no presente.   Não adianta nada anteciparmos o futuro pois este poderá não se tornar realidade, isto é, presente.    Ter os olhos voltados para o futuro nos impossibilita de enxergar a gama de benesses que a vida, em sua generosidade, nos oferece a cada instante.

Por fim, há pessoas que compreenderam ou estão compreendendo que não podemos ficar voltados para o passado nem, muito menos, preoxupados com o futuro pois, a verdade sobre o tempo é que este existe somente AGORA.   Estas pessoas vivem, de fato, intensamente, todos os momentos como se os mesmos fossem os últimos de suas vidas e, assim sendo, amam, sofrem, se doam, trabalham, descansam dentro das possibilidades que o presente da vida lhes concede viver.   O ONTEM ou o AMANHÃ não são verdades para nós pois, ou já se foi ou, ainda, não chegou.   Neste tempo em que vivemos, importa o HOJE, melhor ainda, o AGORA.   Portanto, não deixemos que o nosso "saudosismo" ou a nossa "preocupação" nos impeça de viver aquilo que, de fato, existe, isto é, HOJE ou AGORA!

Pense nisso e, como nos diz um ditado popular: "Não deixemos para o amanhã aquilo que a vida está exigindo de nós agora!"   Viva assim e verás como a felicidade ficará mais perto de ti!  

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Por Amor à Rosa, é preciso Suportar os Espinhos!"

Queridos irmãos irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

A vida que vivemos é cheia de altos e baixos e, se formos sinceros conosco mesmos, perceberemos que, na maior parte do tempo, ela (vida) vem marcada por baixos.   A felicidade, para todos nós, acaba ficando restrita à momentos que, no deserto do nosso cotidiano, funciona como um "oásis" que restaura as forças para suportarmos mais uma "avalanche" de dificuldades.   Parece que Deus, percebendo que não estamos suportando mais, nos concede "flashes" de alegria de modo a antevermos o "céu" que nos aguarda e, assim, podermos continuar a nossa missão neste mundo. 

Penso a vida como uma subida pelo caule de uma rosa, olhos fitos na beleza de suas pétalas, quase que hipinotizado pelo perfume que dela exala porém, atingí-la, é uma luta pois os espinhos estão por toda a parte: uns pequenos, outros maiores, uns com pontas arredondadas, outros ponteagudos mas, sempre e sempre, espinhos que furam, machucam e, para muitos é a grande causa da desistência da caminhada e, portanto, o motivo do fracasso.   Para muitos, suportar as dores produzidas pelos espinhos não é possível e, neste caso, desisitir se torna a única saída; já para outros, o olhar fixado no objeto que o atrai (a rosa e sua beleza) e, a inebriação que o perfume dela produz, dá forças para continuar rumo à meta proposta.

A vida me parece dividida entre estas duas categorias de pessoas: as que desistem e as que persistem!   A diferença entre elas vem da clareza, da fixação, do foco que se tem ou se perde no correr da vida.   Para ambas, a vida não é fácil pois a subida pelo caule da rosa e a presença dos espinhos é comum.   Não é possível atingir a beleza da rosa a não ser trilhando pelo caule repleto de espinhos.   Assim é a vida!

Vivemos, cada dia, tendo que vencer obstáculos para chegarmos ao final do mesmo e termos os nossos objetivos alcaçados: corremos, estudamos, trabalhamos, atendemos pessoas e, entre uma atividade e outra, talvez, algo nos faça sorrir por alguns momentos.   Alguns, chegam ao final do dia sem reconhecer nada, nem ninguém que os faça sorrir.   Ainda assim, a Vida deve valer à pena sempre!

Para nós que cremos, esta verdade é fundamental e, portanto, alimentar a Fé constantemente, é fundamental.   Diante das dificuldades, temos a necessidade de enxergar além e, assim, continuarmos contra tudo e contra todos.  

A Imagem de Jesus na Cruz deve ser o nosso modelo e, a sua contemplação diária deverá produzir em cada um de nós a força para vencer sempre e nunca desistir.   Por isso, quando a dor parece insuportável, quando aquele que amamos nos trai, quando um problema não é resolvido do jeito que pensamos, quando muitos nos fecham portas, quando a solidão se abate, quando a doença chega, quando o emprego vai, quando os planos fracassam ... não desanime!   Contemple a Cruz e Aquele que nela está pregado e, lembre-se: foi a fidelidade, até o fim, que O levou a vencer a Morte e Ressuscitar para uma Vida Nova!

Por isso, nunca desista pois, mais cedo ou mais tarde, tudo encontrará o seu termo e, o termo da vida é a Rosa com sua Beleza e seu Perfume!

Pense nisso!

"A difícil Arte de Conviver!"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Gostaria de expor, aqui, algumas reflexões, ou melhor, levantar algumas questões sobre a complicada, porém necessária, ARTE DE CONVIVER!

Parto do princípio de que somos, naturalmente, seres sociais e, portanto, queiramos ou não, CONVIVER é uma exigência que se nos impõe.   Não conseguiríamos - mesmo se quiséssemos - viver sem o OUTRO.   Aquele que está conosco, ao nosso lado, é fundamental para nosso crescimento em todos os aspectos: afetivo, social, intelectual, religioso, psíquico ... pois na convivência, acabamos por nos descobrir como "gente mesmo" (o outro é importante para a concepção de nossa identidade).   Se é assim, por que, então, temos tantas dificuldades para CONVIVER?   Por que não aceitamos o OUTRO como DOM em nossas vidas? O que vemos no OUTRO que, no lugar de percebê-lo como GRAÇA DE DEUS para nós, taxamo-lo de "entrave", "empecilho", "obstáculo" para nosso pleno desenvolvimento como pessoa?   Por que é tão complicado a CONVIVÊNCIA?

Tentando buscar respostas (que, digo de antemão, ainda não as tenho por completo), gostaria de partilhar algumas considerações com cada um (a) de vocês.

Como crente que sou, sempre tento encontrar, na Palavra de Deus, as possíveis respostas para os meus questionamentos.   Tento, na medida do possível, estabelecer relações entre o que nos fala o Senhor, em Sua Palavra e, a Vida que levamos (digo TENTO porque, nem sempre, consigo estabelecer estas relações e, acredito ser po rconta de minha limitação em compreender, em toda a sua grandeza, a Palavra Dele). 

Abrindo a Palavra, logo nas primeiras páginas (Gn 1-3), encontramos as "historias da criação" e a "queda de nossos primeiros pais".   Nestas páginas, repletas de lições de grande profundidade, acredito estar as "origens", os "primórdios" de nossas dificuldades, a saber: O NOSSO PECADO!   Vejamos:  ao lermos estas páginas do Gênesis, percebemos que Deus (o Pai), sempre quis o melhor para nós: organizando o caos, criando tudo que existe, organizando os espaços e povoando-os (ar, terra e mar), criando o homem e colocando nele a Sua Imagem e Semelhança, transferindo para este homem o "comando de tudo criado", sentindo a solidão do homem e criando a sua companheira,a  saber, a mulher etc.   A vida comunitária (comunhão homem / mulher e destes com a natureza criada), era perfeita.   Porém, algo "estranho" (porque não pertencia a este espaço citado = Paraíso), entrou em cena: o adversário de Deus = satanás, aquele que coloca obstáculos ao Projeto do Pai = diabo.   Este, é claro, vem com o objetivo de perverter o Projeto Inicial, a Harmonia do Paraíso, a Fidelidade a Deus!   Ouvindo a voz deste último, o ser humano (homem / mulher) se afasta de Deus e, se afastando de Deus, perde a harmonia e, perdendo a harmonia, aquilo que fora criado como complemento (a mulher / o outro), se torna inimigo, adversário pois, aderindo ao diabo e recusando Deus, este ser humano passa a "refletir a imagem e semelhança daquele = diabo" e, automaticamente, a Vida se transforma, literalmente, num "INFERNO": perde-se o Paraíso, o pecado avança e, o pior, os seres humanos não se reconhecem mais como companheiros e necessários uns aos outros.   Ao contrário: o ser humano começa a pensar que a causa de sua desgraça é este OUTRO que, no princípio havia sido criado para ser COMPANHEIRO, para CONVIVER, para AUXILIAR.   Aqui, o OUTRO se transforma no nosso "INFERNO".   Ocorre uma INVERSÃO do Projeto Inicial (Divino).

A partir daqui, podemos perceber (grosso modo) que as Sagradas Escrituras se transformarão numa busca desenfreada por parte de Deus para trazer o ser humano de volta ao Projeto Inicial; Deus buscará, por meio de Seus "Mediadores" fazer chegar ao coração humano, corrompido pelo pecado, o Seu Grande Amor pois, reconhece que, somente assim, voltaremos a nos entender e, automaticamente, recriaremos, entre nós, o Paraíso que o nosso pecado fez perecer.

Com o "Pecado das Origens" nós passamos a conviver com o germe do pecado e, este, por sua vez nos faz imaginar que "podemos ser como Deus", sobretudo nas nossas relações com os outros.   Buscamos, a todo custo, transformar o OUTRO (que me completa porque diferente de mim) em alguém que me é inferior e, que portanto, eu posso manipular ao meu bel prazer.   Quando percebo que a manipulação do OUTRO nem sempre é possível, fico com raiva, ódio, causo intrigas, confusões, chingo, esperneio, em outras palavras "faço o diabo" e, acabo por transformar a CONVIVÊNCIA num verdadeiro "INFERNO".

A Encarnação do Filho de Deus (Único Mediador entre Deus e os Homens porque Ele é Deus que se fez Homem), acredito piamente, se deu com o objetivo de nos ensinar, novamente, a ser do "JEITO DE DEUS" e, por conseguinte, a transformar este "INFERNO", no qual o nosso mundo se transformou (diaga-se de passagem, por conta de nosso Pecado) em Paraíso.   Jesus é Aquele que veio para nosso meio para nos ensinar, novamente, a ser "SERES HUMANOS", criados à "Imagem e Semelhança de Deus, o Pai" e, por isso, toda a Sua Vida, todo o Seu Ensinamento (por Palavras e Atos) se deram com este único objetivo: nos recordar de que cepa nós saímos.   Somos divinos em nossa origem e, precisamos recuperar a nossa capacidade de nos enxergarmos como somos: filhos (as) de Deus!   É preciso recriar a harmonia do Paraíso e, percebermos que a CONVIVÊNCIA é possível porque foi o desejo de Deus desde o início.   Talvez, por isso, o Senhor Jesus nos peça, por exemplo, que "amemos os nossos inimigos e façamos o bem àquele que nos maltrata e persegue" (o que é super complicado quando vivemos sob a égide do pecado e, portanto, sob o domínio daquele que perverteu, desde o início, o Projeto de Deus).   Jesus nos pede isso, talvez por entender que, para nós que nos auto-afirmamos "filhos do mesmo Pai", a INIMIZADE devesse ser coisa inexistente.   Em Jesus, a grande prova de que amamos a Deus passará pela nossa capacidade de "amar o nosso IRMÃO" pois Deus se revela Neste.   Odiar, reclamar da CONVIVÊNCIA, pensar mal do OUTRO significam "odiar, reclamar e pensar mal do próprio Senhor e Deus.

A Vida Comunitária deveria ser percebida, por cada um de nós, como uma GRANDE GRAÇA pois, aqui na Comunidade, somos convidados a nos educar para recriarmos o Paraíso que se perdeu; na Comunidade, as diferenças (que fazem cada um ser uma Manifestação do Poder e da Sabedoria de Deus) não deveriam ser vistas como problemas mas, ao contrário, como solução dos mesmos; em Comunidade, as relações fraternais, pautadas no Amor, no Respeito, na Compreensão e na doação de uns pelos OUTROS deveriam ser a REGRA e, não, o seu contrário, isto é, a excessão!

O Céu, para onde cada um (a) de nós deseja estar depois daqui, começa aqui entre nós.   Reformular as nossas condutas, as nossas estratégias, as nossas escolhas, enfim, o nosso modo de ser, se faz, assim, URGENTE!

Que Deus, nosso Pai, que nos criou à Sua Imagem e Semelhança, nos ajude com Sua Graça na restauração de nossa Vida Comunitária, nos levando a nos aceitar uns aos outros como Cristo, Seu Filho e nosso Irmão nos ensinou!  Assim Seja!  

"A Ignorância das Escrituras é a Ignorância do Próprio Deus!" - São Jerônimo

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos encerrando o mês de setembro que, para a Igreja no Brasil, tem um "sabor" especial pois celebramos o "Mês da Bíblia".   Ter um mês dedicado à Bíblia não deve significar que, nos demais meses, a Palavra não deva ter importância para a a vida das Comunidades mas, que neste mês, toda a Igreja no Brasil é convidada a refletir sobre o valor que esta Palavra possui para aqueles (as) que querem viver de acordo com a vontade de Deus. 

Para nós, os crentes, a vida que temos é Dom que Deus nos concedeu e, portanto, a nossa felicidade neste mundo está, necessariamente, atrelada à adequação da nossa vontade à Sua.   Viver bem implica em viver aquilo que Deus pensou, sonhou e quis pra cada um (a).   Assim sendo, percebemos que a grande vontade de Deus a nosso respeito é perceber que a "Sua Imagem e Semelhança" estão sendo restauradas em nós.   Sabemos que o trabalho de restauração exige, sobretudo, o conhecimento minucioso da obra na sua origem.   Dessa forma, se é verdade que devemos restaurar a "Imagem e Semelhança de Deus em nós", importa que saibamos quem é Ele, como se comporta, o que faz, suas preferências, o que não gosta e não quer ver em nós.   Isso exigirá o conhecimento da Palavra pois "Deus é, exatamente, aquilo que Ele diz de Si em Sua Palavra!"

É neste contexto que, o mês de setembro ganha importância para nós Cristãos Católicos do Brasil.   buscamos neste mês a compreensão mais apurada de Deus dando mais atenção à Sua Palavra: lê-La, meditá-La, compreendê-La e, acima de tudo, buscar vivê-La é nosso objetivo.   Não podemos correr o risco de trabalharmos em vão restaurando a "Imagem e Semelhança" não de Deus mas de um ídolo feito "à nossa imagem e semelhança".   Devemos amar, ser justos, generosos, misericordiosos, compassivos ... à moda de Deus (do Seu Jeito).

Se tivermos feito isso neste mês (buscar um maior conhecimento de Deus pelo estudo da Sua Palavra), teremos vivido bem este tempo de graça que o Senhor nos proporcionou.  

Que a nossa Igreja busque cada dia na Palavra a força que a impulsiona no cumprimento de sua Missão no Mundo!   Assim seja!

"XXVI Domingo do tempo Comum: Cumprir a vontade do Pai é o que importa!" - 25 de Setembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Continuamos, como na semana passada, a nossa reflexão em busca de entender quem é Deus para que, assim, possamos restaurar em nós mesmos a "Sua Imagem e Semelhança".   Neste sentido, a Palavra de Deus é fundamental pois Deus é, exatamente, o que a Sua Palavra revela de Si (nem mais, nem menos).   Conhecer Sua Palavra é condição para não perdermos o nosso tempo "contruindo" uma imagem de Deus semelhante a cada um de nós.   Como sabemos, a mudança, a conversão ... são exigidas do homem e da mulher e, não de Deus.

Neste sentido, a Palavra de Deus da Liturgia deste Domingo, é paradigmática e, nos revela mais uma maneira de ser presente no Ser de Deus.   Compreender tal "Jeito de Deus" nos auxiliará neste nosso processo de Conversão.

Na Primeira Leitura (Ez 18, 25-28) percebemos que o Profeta está, mais uma vez, chamando a atenção do povo (como Isaías na semana passada) para não deixar-se dominar pelo desejo de "transformar Deus em alguém que seja a imagem e semelhança dele mesmo".   Estamos no período do Exílio da Babilônia e, neste momento, o povo se pergunta sobre os motivos que levaram Deus a permitir tamanha "desgraça" = Exílio.   Refletindo, começa a tirar conclusões: "A culpa é de Deus pois está castigando os pecados dos pais nos filhos!"   A geração do Exílio se sente "injustiçada" pois imagina pagar uma dívida que não foi contraída por ela.   Dizia: "os pais comeram uvas verdes e os filhos ficaram com os dentes embotados!"   Este povo não consegue perceber que, também ele, tem culpa pois não consegue enxergar o "seu próprio erro" e, consequentemente, acusa Deus de "INJUSTO".   O povo afirma que tal comportamento divino não é correto.   Por isso, Deus responde, por meio do Profeta Ezequiel, questionando: "É a minha ou a vossa conduta que não é correta?"   Para Deus, cada um (a) é responsável pelos seus atos e consequências.   Ele não cobra a "dívida" de um ao outro pois cada um (a) responde por si.   É por isso que diz: "O justo que se desvia e pratica o mal, morre por conta do mal que praticou e, quando um ímpio muda de vida e abandona a impiedade conserva á própria vida!"  O Exílio deveria produzir esta reflexão sobre cada um dos exilados pois Deus "não quer a morte do pecador mas que, deixando a vida de pecados, tenha a vida verdadeira que Ele quer oferecer!

Seguindo esta linha de reflexão - aonde cada um (a) deve compreender a sua parcela de culpa - vemos o Evangelho de hoje (Mt 21, 28-32).   A parábola deste trecho é dirigida às autoridades religiosas e políticas do povo (sacerdotes e anciãos do povo).   É uma provocação do Senhor Jesus a todos que se sentem superiores aos outros por "cumprirem externamente alguns preceitos da lei" e, por conta disso, se pensam com muito crédito com Deus.

O Pai da Parábola representa Deus e, este, por sua vez possui dois filhos que simbolizam as duas formas que o ser humano tem de se realcionar com Deus, o Pai.   O primeiro parece "rebelde" pois ao pedido do Pai para que vá trabalhar na vinha, responde, imediatamente, um "NÃO"!   Porém, continua a parábola, depois se arrepende e vai.   Já o segundo filho, parece "boa gente" e, ao mesmo pedido, diz logo "SIM" mas não foi!   Daí, a pergunda do senhor: "Qual dos dois fez a vontade do Pai?"   E os ouvintes (sacerdotes e anciãos do povo), respondem: "O primeiro!"   Esta é a resposta que Jesus queria escutar pois, com ela (resposta), o Senhor revelará a postura contraditória dos seus interlocutores.   Na verdade, o Senhor revela que estas autoridades são como o segundo filho pois dizem uma coisa mas fazem outra; falam bonito, exigem tudo de todos mas, eles mesmos, nada fazem.   Ao contrário, todos que estas autoridades "detestam" - pecadores, publicanos e prostitutas - são como o primeiro filho pois, se num determinado momento da vida disseram "NÃO" também foram capazes de se "arrepender", voltar atrás e cumprir a ordem do Pai (Deus).   Por isso, chegarão primeiro ao Reino dos Céus!   João Batista, com sua pregação provocou mudanças nos pecadores mas, nos que se achavam "santos", "bons" e "justos", provocou raiva, revolta e, acabaram por matá-lo (aliás, como farão com o prórpio Jesus!).   

Para Deus, importante é que aprendamos a "cumprir a Sua Vontade" pois, não adianta falar Dele sem viver o que Ele espera de cada um (a).   Estar abertos ao cumprimento da Sua Santa Vontade é condição para nossa Salvação Pessoal e daqueles que nos cercam (pois nos tornamos SINAIS de SALVAÇÃO).    

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 2, 1-11) nos apresenta uma espécie de "síntese" de vida cristã agradável a Deus, o Pai: "é preciso possuir os mesmos sentimentos de Cristo Jesus - amor, harmonia, unidade, humildade"!   Jesus, Deus que se fez Homem, se esvaziou de sua condição para salvar os homens e, por conta disso, foi elevado à mais alta dignidade: recebeu o nome acima de todo nome - SENHOR!   Sua conduta deve ser perseguida por todos (as) nós!

OREMOS:

Deus de Amor e Bondade, cuja Palavra TUDO Transforma, TUDO Santifica, nós Te pedimos que nos ajudes a viver a nossa vida de acordo com Tua Vontade de modo a praticarmos, cada vez mais, o que Te agrada!   Isto Te pedimos, pelos merecimentos de Jesus, que contigo vive e reina, na Unidade do Espírito Santo!   Amém!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"Visita Pastoral: A Presença de Cristo entre Nós na Pessoa do nosso Pai e Pastor Dom Luiz Antônio Guedes!"

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Durante alguns dias (de 08/09 até 11/09) tivemos a grata satisfação de ter, entre nós, a presença de nosso Pastor Maior Dom Luiz Antônio Guedes que veio para conviver conosco e nos ajudar a crescer na fé, na esperança e, sobretudo no amor e, assim sendo, nos ajudar, também, a ser mais Igreja.   Foram dias de encontros, celebrações, visitas e de intensa convivência que, diga-se de passagem, foi o grande objetivo da Visita Pastoral.

No dia 08/09, às 20:00h tivemos a Celebração de Abertura da Visita e, logo de cara, o Dom Luiz nos deixou mais relaxados pois falou que não estava entre nós com o objetivo de fiscalizar mas de conviver, de conhecer melhor a Paróquia e o Padre e, portanto, estava "se mudando de mala e cuia para a casa paroquial".   Foi a Festa da Natavidade de Nossa Senhora e, o Dom Luiz falou sobre o nascimento de Maria e todo o aspecto miraculoso que envolveu o mesmo.

No dia 09/09 pela manhã e à tarde, o Dom Luiz e eu fizemos visitas aos doentes das nossas comunidades e, foi uma experiência forte de Deus manifestada no carinho e emoção dos mesmos que nos receberam para a Unção dos Enfermos.   Almoçamos na casa de uma família da paróquia e, após o almoço, foi feito a conferência dos nossos Livros de Registros.   À noite, durante a Celebração da Eucaristia, o Dom Luiz investiu 48 Ministros Extraordinários (da Comunhão Eucarística e da Palavra) para o exercício nos próximos dois anos.   Na sua homilia, foi ressaltado o papel da Igreja, Povo de Deus (hierarquia e leigos) com citações da Lumen Gentium (documento do Concílio Vaticano II).   Após a Celebração, houve uma confraternização no Salão Paroquial. 

No dia 10/09, iniciamos o dia com uma reunião extraordinária do nosso Conselho Paroquial Missionário e Pastoral, aonde o Dom Luiz pôde escutar os nossos coordenadores falarem sobre os seus respectivos trabalhos em nossas Comunidades.   Foi falado um poco da história da Pastoral, do Movimento, do Serviço e, o que cada um deles faz de concreto entre nós.   Por fim, o Dom Luiz apresentou o nosso V Plano Diocesano de Pastoral, reforçando que o que fora apresentado está dentro do que se espera.   Deu como sugestão, a realização de "mutirões de visitas" (uma ou duas vezes por ano) quando todos fariam, de forma sistemática, missões em áreas específicas da Paróquia.   Terminamos a reunião com um almoço preparado pela Catequese Infantil e Batismo, no Salão Paroquial.   À tarde, os Casais se encontraram com Dom Luiz e, numa Conversa, mais ou menos informal, escutaram do Dom Luiz o incentivo para continuarem o trabalho em favor das Comunidades e, propos - quem sabe - a criação de uma pastoral de segunda união.   À noite, a Celebração foi na nossa Comunidade Santa Rita de Cássia, oq ue serviu de incentivo para todos (as) que participam da mesma.   Jantamos em uma família da paróquia.

No dia 11/09, celebramos às 09:00h, almoçamos em outra família e, à tarde, houve um encontro com a juventude e, como no encontro com os casais, depois de uma colocação do Dom Luiz houve uma conversa com os jovens e estes apresentaram as suas queixas, expectativas e anseios.   Foi pedido ao dom Luiz que a Diocese ofereça uma "espécie" de formação para líderes e, que haja, também, opções para os jovens pois, de acordo com eles, o mundo oferece muita coisa e, a toda hora, a todo dia e, fica complicado trazer o jovem para a Igreja sem ter o que apresentar.   Após o encontro, fizemos a Procissão da Santa Cruz pelas ruas da Paróquia e, chegada a Procissão, demos início à Celebração que encerrou a Visita Pastoral e, abriu o Tríduo Preparatório da Festa da Santa Cruz.   Durante a Celebração, o Dom Luiz falou que gostou muito da experiência de estar conosco e, percebeu que a nossa Paróquia é MUITO ALEGRE, MUITO FELIZ e, percebeu uma HARMONIA entre os membros e, entre estes e o Pastor da Paróquia.   Disse que gostou da recepção que teve por parte de todos e, que saía da Paróquia muito satisfeito com o que viveu por aqui.

Terminada a Celebração, após os agradecimentos, o Bispo voltou para sua residência com o convite de voltar, sempre que puder.

Entre uma atividade e outra, o Dom Luiz e eu rezávamos, conversávamos e, acima de tudo convivíamos nos permitindo um conhecimento mútuo.   Foram dias muito ricos que ficarão gravados em nossa memória e, esperamos que o nosso Bispo tenha ficado FELIZ em nosso meio!   Acredito que ficou! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"XXV Domingo do Tempo Comum: Justiça Humana e Justiça Divina!" - 18 de Setembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria nos reunimos neste domingo para celebrar a nossa fé neste Deus que, no Seu Infinito Amor, se mostra Misericordioso para com TODOS, sem discriminar ninguém, oferecendo a cada um o que cada um precisa para viver em abundância.

Durante os domingos do Tempo Comum - só relembrando - o grande objetivo da Igreja é nos tornar conscientes do grande convite que Deus nos faz para "sermos santos e santas como Ele é Santo!"   Vamos, na medida em que caminhamos neste período e avançando na escuta, meditação, compreensão e prática da Palavra percebendo que a grande "sacada" que devemos ter é a de que tal Santidade não está presa à realização de grandes obras mas, sim, na adequação de noss vida à vontade do Pai que nos criou.   Assim, cada um (a) pode e deve buscar a santidade na medida em que consegue viver a sua vida comum (daí a designação deste tempo litúrgico: Tempo Comum) dentro daquilo que é o projeto de Deus para si mesmo.

Neste XXV Domingo do Tempo Comum, a Palavra nos faz refletir sobre uma questão de fundamental importância nesta busca de Santidade, de adequação da nossa vida à Vida de Deus.   Somos convidados a entender que o grande passo que devemos dar rumo à nossa conversão não está, necessariamente, ligado às ações concretas (importantíssimas também mas, é um passo posterior!) mas, sim, a conversão nasce a partir do momento que começamos a mudar o nosso "PENSAMENTO" e, sobretudo, o nosso pensamento sobre Deus.    Perceber e aceitar Deus tal qual Ele é e, tal qual Ele se apresenta a nós, sem querer mudá-Lo para se adequar aos nossos caprichos, é a grande mudança que desencadeará toda uma mudança concreta em nossas vidas.

Assim, temos a Primeira Leitura de hoje (Is 55, 6-9) aonde o Profeta nos alerta para esta questão citada anteriormente.   Para o Povo que está prestes a voltar do Exílio na Babilônia mas, que traz consigo a ideia de que quando isot ocorresse Deus se "VINGARIA" dos Babilônios, o Profeta diz: "Não será ssim!"   Deus não se vingará porque Deus não é Vingativo!   Ao povo, o Profeta pede que "busque o Senhor enquanto pode ser achado; invoque-O enquanto Ele está perto!"   Buscar e invocar o Senhor deve ser o início de um abandono do caminho mau e de impiedade pois Deus é "GENEROSO NO PERDÃO"!   Para o Profeta, o povo deve entender que, entre Deus e ele há uma grande distância e, que a superação desta distância deve ser buscada pelo ser humano pois é este quem deve se esforçar por buscar Deus, por se aproximar Dele e, não querer que Deus se adeque ao modo de viver injusto e pecaminoso no qual está inserido.   O ser humano deve buscar diminuir a distância entre ele e Deus se adequando, se adaptando à vontade de Deus (aliás, isto é a Santidade, lembra-se?)

Aqui, percebemos que o texto do Profeta Isaías nos prepara para entender, melhor, a "grande discrepância" apresentada pela parábola do Evangelho de hoje (Mt 20, 1-16a).   Quem não aceita mudar seus conceitos, suas ideias para entender Deus como Ele quer ser entendido terá grandes dificuldades para aceitar a grande lição deste texto apresentado hoje.   vejamos:

Jesus está tentando explicar o que significa o "Reino dos Céus" pois, depois de sua saída deste mundo serão os discípulos os responsáveis por levar a bom termo a obra iniciada por Ele.   Daí, se os discípulos não compreenderem o que tal Reino é, poderão fazer tudo "ERRADO".   Para facilitar a compreensão, Jesus conta uma Parábola conhecida como "Parábola dos Trabalhadores da Vinha".

Diz-se que na época da colheita da uva (fruto muito frágil e que necessitava ser colhido rapidamente para não se perder), os donos de vinhas ficavam "enlouquecidos" na busca de trabalhadores para suas colheitas.   Partindo deste dado da realidade, Jesus inicia a sua história afirmando que o Reino dos Céus é como a história de um destes patrões que, à época da colheita sai para contratar operários.   Ele sai pela primeira vez ainda "de MADRUGADA" e, já naquela hora, encontra-se com um grupo e, COMBINANDO com todos UMA MOEDA DE PRATA / DIA, os manda para sua vinha.   Tudo normal até aqui e, nada de supresas ou questionamentos.   Mas, a história segue ...   Como há muito trabalho para ser feito, o patrão repete a mesma ação (ir à Praça) às 09:00h e, se encontrando com mais um grupo, o manda para sua vinha.   Aqui, uma NOVIDADE pois, o patrão não COMBINA um preço específico mas afirma que pagará O QUE FOR JUSTO!   Nisto, surge, quase que espontaneamente em cada um de nós, a qustão: "Mas, o que ser JUSTO para este patrão?"   O trabalho que é grande, exige do patrão que saia outras vezes (ao meio-dia e às três horas da tarde) e, encontrando-se com outros grupos de operários, os mandou para sua vinha.   Tanto trabalho para ser feito, levou o patrão, às cinco da tarde (lembramos, aqui, que o dia de trabalho terminava às seis da tarde) e, encontrando outros trabalhadores "à toa", pergunta: "Por que vocês etão aí o dia inteiro desocupados?"  A resposta vem de imediato: "Ninguém nos CONTRATOU!"   Que absurdo! Tanto trabalho para ser feito e, em contrapartida, tantos operários desocupados (é uma contradição, não acha?)   Por isso o patrão os manda para sua vinha apesar da hora avançada.   Neste ponto, a parábola desperta grande interesse pois, estamos às portas da compreensão do que significa "JUSTIÇA" para este patrão.   Terminado o dia, ordena ao adiministrador: "Chama os trabalhadores e paga UMA DIÁRIA PARA TODOS, começando pelos últimos até os primeiros!"   Esta atitude provoca reações diversas em cada um de nós e, penso, que a maioria não concorda com esta forma de agir do patrão pois para nós, o JUSTO é que aqueles que trabalharam mais (desde a madrugada) recebam, por sua vez, também mais.   Igualar quem trabalhou 12 horas a quem, talvez, sequer trabalhou (uam vez que os últimos contratados, o foram às cinco da tarde e, o dia terminava às seis), é uma INJUSTIÇA!   Imaginemos, portanto, o estardalhaço criado na fila quando os últimos começaram a receber o valor combinado com aqueles que estavam desde o início do dia... Penso que ficaram imaginando em seus corações: "Quando chegar a nossa hora, nós vamos arrebentar pois receberemos muito mais!"   Para a decepção destes, ao chegar a sua hora, receberam o mesmo valor que fora combinado.   reclamam, resmungam, gritam, brigam ... pois não acham JUSTO a atitude do patrão.   Percebamos que a raiva dos primeiros não está, necessariamente, aprisionada ao pagamento em si mas àquilo que tal pagamento simbolizava: a visão do patrão que IGUALAVA TODOS!   O problema, aqui, foi a IGUALDADE e, portanto, para os trabalhadores a injustiça estava na percepção do patrão de que TODOS SÃO IGUAIS pois para os primeiros, eles eram melhores e não podiam ser igualados aos outros.    Talvez pensassem em seus corações: "Quem mandou não estarem lá de madrugada quando fomos contratados?" ou: "O que estavam fazendo e por que não acordaram de madrugada?" e: "Talvez passaram a noite na farra e não acordaram pois são uns espertalhões, uns folgados e, sei lá, mais o quê!"   Os primeiros são incapazes de pensar coisas boas sobre os seus companheiros (não estavam de madrugada na Praça porque passaram a noite cuidando de alguém que estava precisando, por exemplo!)   Para os primeiros, importante é somente o calor que tiveram que suportar o dia inteiro.   Eles são incapazes de pensar que a contratação, logo de madrugada, foi uma GRAÇA pois passaram o dia trabalhando,- é verdade! - poré, em contrapartida, ficaram despreocupados naquele dia pois sabiam, desde cedo que o seu dia estava garantido.   Pensemos na aflição dos últimos ao perceberem o dia que terminava e "ninguém os contratou!"   Quanta aflição nestes corações ao começarem a entender que, naquele dia, não teriam condições de oferecer o mínimo necessário para a sobrevivência de suas famílias, por exemplo.   É AQUI QUE SE ENCONTRA A GRANDE NOVIDADE DA PARÁBOLA: O PATRÃO, QUE REPRESENTA O PAI DO CÉU, É JUSTO NÃO PORQUE, COMO NÓS, OFERECE A CADA UM O QUE CADA UM  FEZ POR MERECER MAS POR OFERECER O QUE CADA UM NECESSITA PARA VIVER!    Poderíamos dizer que para os primeiros, o patrão (DEUS) foi justo à moda humana pois pagou aquilo que havia combinado e, vamos combinar, COMBINADO NÃO É INJUSTO pois as partes aceitaram e, para com os últimos, o patrão (DEUS) foi JUSTO à moda DIVINA (ofereceu o que o filho precisava para viver, sem se importar com merecimentos).

Esta história é uma das páginas mais ricas deste Evangelho (no meu entendimento) pois nos coloca cara a cara com AQUILO que, de fato, DEUS É!   O fim da parábola nos deixa algumas perguntas: "Como será que ficaram os empregados da primeira hora? Será que voltaram no dia seguinte para o trabalho logo cedo? Desistiram de trabalhar para "AQUELE PATRÃO INJUSTO"?   A resposta que dermos a tais questões poderá representar a ideia que trazemos conosco à respeito de Deus.   O que você pensa disso?

          OREMOS:

Ó Deus de Amor e Bondade, louvado sois porque pela Sua Palavra nos levas a compreender quem sois de fato.   Derramai sobre nós o Vosso Espírito e, que Sua Unção nos leve a Vos aceitar como tal e qual a Vossa Palavra nos apresenta.   Isto Vos pedimos pelos merecimentos de Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo!   Amém! 

"Festa de Exaltação da Santa Cruz: A Cruz sinal de Salvação para os Crentes!" - 14 de Setembro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com toda a Igreja a Festa da Exaltação da Santa Cruz e, para nossa Comunidade Paroquial em especial, tal Festa Litúrgica tem um sabor especial pois marca a Festa da nossa Padroeira Principal: somos a Paróquia "SANTA CRUZ"!

Quando uma Comunidade que está nascendo escolhe o seu Padroeiro ou Padroeira é importante entender que tal escolha não é por acaso.   A escolha do Padroeiro ou Padroeira está diretamente ligada ao caminho que aquela Comunidade pretende seguir para atingir o seu principal objetivo: alcançar a SANTIDADE!   Daí, tal escolha significa dizer para o mundo que aquela Comunidade decidiu buscar a Santidade seguindo pelo caminho trilhado por aquele irmão (ã) escolhido como Padroeiro (a).   Assim sendo, é importante que a Comunidade conheça a Vida do escolhido (a) para trilhar pelo caminho que a Igrja propôs com a decretação da santidade daquele santo (a).

A nossa Paróquia, diferentemente das demais não tem um irmão (ã) que foi decretado, pela Igreja santo (a), mas temos um objeto (a CRUZ) como nossa Patrona Maior.   Às vezes, as pessoas mesnos avisadas nos questionam: "mas, quem é esta Santa?" ou: "nunca ouvimos falar de uma Santa com o nome de Cruz! Quem é ela?"   Confesso que quando ouvi tais comentários (pelo menos no início) esboçava um sorriso pois achava muito engraçado as pessoas não atinarem para o fato de que a nossa Patrona não é uma Pessoa mas o próprio objeto: A Cruz de Cristo!   Veneramos, ou melhor adoramos a Cruz não por ela (objeto em si) mas por conta Daquele que nela morreu por Amor da Humanidade e, aqui, poderíamos afirmar que o "Próprio Jesus é o nosso Patrono" pois foi ele quem concedeu à Cruz as condições para ser a nossa Padroeira.   Veneramos, adoramos não o objeto em si mas Aquele que nela entrgou a sua vida por nós.

Assim, a nossa responsabilidade é imensa pois, pensando a escolha da Padroeira como sendo a afirmação de que aquela Comunidade quer ser santa tal qual o escolhido (a) o foi, em nosso caso em particular, não temos um homem ou mulher que a Igreja decretou a sua Santidade por terem levado uma vida que os aproximou, e muito, da Fonte da Santidade; para nós, o próprio Autor da Santidade, o próprio Deus revelado em Jesus é o nosso Patrono, representado pelo instrumento escolhido para que tal Salvação fosse efetuada de forma definitiva e única.   Celebrar a "EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ" deve nos conduzir à reflexão sobre a forma de vida que devemos ter de modo a sermos fieis à escolha que fizemos.   A Cruz e tudo aquilo que ela evoca deveriam ser manifestados por todos os que participam de nossa Comunidade Paroquial, isto é: AMOR, COMPAIXÃO, MISERICÓRDIA, DOAÇÃO...  É isto que a Palavra de Deus desta Festa nos revela.   Vejamos:

Na Primeira Leitura (Nm 21, 4b-9) temos o relato da "Serpente de Bronze do Deserto".   Neste relato percebemos a impaciência do povo que atravessava o deserto: cansaço, fome, nojo do "alimento miserável = maná".   O povo não consegue entender os caminhos de Deus e, perdendo a paciência com Moisés, a perdem, também, contra Deus.   Reclama, murmura e, como "castigo" é atacado por serpentes de bronze.   Neste momento, o povo se desperta para o erro da "reclamação", do não reconhecimento de Deus que caminha com ele e, acaba pedindo ajuda: "Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti!" - afirma!   Neste momento, Moisés, líder do povo, intercede pelo povo junto de Deus e, Este, atende à intercessão.   Diz: "Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e OLHAR para ela viverá!"   Assim foi feito e o povo que era mordido, ao contemplar a serpente na haste, ficava curado!

Esta Primeira Leitura nos prepara para compreendermos o Evangelho de hoje (Jo 3, 13-17).   A conversa de Jesus com Nicodemos nos faz compreender que, em primeiro lugar, o texto da Leitura dos Números escondia a ideia de que, não era o fato de olhar para a "serpente" que curava mas, a capacidade que aquele objeto possuía de remeter aquele que fora mordido ao Senhor e Guia de sua vida, isto é, Deus.   Na verdade, era Deus quem curava e não a "serpente em si" que não tinha tal poder.   Olhar para a "serpente" reconduzia a pessoa para reconhecer o seu erro (reclamação) e, produzia o desejo de voltar-se para Deus.   Isto é importante e, Jesus, neste trecho do Evangelho de São joão retoma com Nicodemos.   Diz: "Assim como Moisés levantou a serpente de bronze no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos que Nele crerem tenham a vida eterna!"   A morte de Jesus na Cruz (sua suspensão da terra para o Alto da Cruz) será a grande manifestação da Salvação = Vida Eterna oferecida por Deus à Humanidade Inteira (Todos).   Este fato (erguer-se na Cruz) é a grande manifestação do Amor Infinito do Pai que não quer condenar mas SALVAR o MUNDO!   

Daí, entendemos que celebrar a Festa da Exaltação da Santa Cruz deve nos conduzir para este pensamento: "O AMOR INFINITO DE DEUS PELO MUNDO!"   Participar de uma Paróquia que tem a SANTA CRUZ como Patrona deve gerar em nós os mesmos sentimentos pois, como afirmamos no início do texto, a escolha do Padroeiro (a) é a manifestação que a Comunidade faz da forma que deseja viver para alcançar o seu objetivo maior, isto é, a SANTIDADE!

Assim, a Cruz é nossa Padroeira Maior e deve nos levar a enxergar para além dela enquanto mero objeto.   Contemplar a Cruz deve nos levar a enxergar TUDO o que ela traz a partir do momento que trouxe, ou melhor, levantou em seus braços o Autor de nossa Salvação.   Tudo que a Cruz manifesta a partir de então deveria ser buscado, de forma incansável, por todos (as) aqueles (as) que participam de nossa Paróquia Santa Cruz.   Mais do que qualquer outra Paróquia, a nossa tem a obrigação de manifestar por palavras e ações o Grande Amor Salvador de Deus pelo Mundo pois esta é a grande lição da Cruz!

É esta a grande revelação que São Paulo faz na Segunda Leitura de hoje (Fl 2, 6-11) quando nos descreve todo processo de "aniquilamento" do Filho de Deus=Jesus para Salvar Nome que está acima de todo nome".   Esta atitude O fez ser reconhecido como "Senhor".

Que bom nos reunirmos, hoje, para esta Festa Litúrgica que nos oferece oportunidade para refletir sobre tantos pontos importantes em nossa Caminhada de Fé.

Peçamos hoje e sempre a Deus Pai que nos conceda a graça de revelar, com nossa vida todas as lições procedentes da Cruz, assim seja!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

"V Retiro de Lideranças da Paróquia Santa Cruz: Nós somos o Perfume de Cristo para Deus!" - 07 de Setembro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Gostaria de registrar, aqui, um pouco daquilo que foi o nosso V Retiro de Lideranças, ocorrido no último dia 07/09 e que teve como tema o versículo da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 2, versículo 15: "Nós somos o Perfume de Cristo para Deus!"   Apesar de já estarmos no dia 13/09, não poderia deixar de registrar, em poucas palavras, o que foi aquele dia de graça em nossa Comunidade Paroquial.

Bem, começamos o dia com um momento de Oração que nos apresentou a tônica do retiro.  A partir de um texto do Oséias 4, refletimos sobre os nossos pecados na nossa relação com Deus e, ao mesmo tempo, sobre a necessidade que temos de nos deixar conduzir por Deus (Aquele que, de fato, no ama) para o "Deserto" = local do Primeiro Encontro e, aí "ouvir a voz de Deus que quer nos falar.   Este Deus que nos conduz ao Deserto tem o melhor para nós e não nos quer correndo atrás dos "amantes" que só desejam nos explorar e enganar.

Depois da Oração Inicial, partilhamaos um café da manhã e, logo em seguida fomos alertados sobre a necessidade que teríamos de passar aquele dia na escuta da voz de Deus e, para tanto, o silêncio seria extremamente importante e necessário.   Aonde há barulho, Deus costuma silenciar, ou melhor, mesmo que Ele fale, não O escutaremos.

Assim, partimos para a nossa primeira reflexão sobre o tema do nosso Retiro.   Partindo do texto de II Cor 2, 15 fomos analisando a importância que temos de exalar o suave perfume pelo mundo, pelo nosso meio.   entendemos que exalar o perfume ou o mau cheiro dependerá de nossas atitudes frente ás situações que a vida nos coloca.   Estar atento para reproduzir em nós os sentimentos de Cristo será fundamental para todo aquele 9a) que deseja ser sinal de Deus neste mundo.

Explicado o nosso tema, partimos para nossa segunda reflexão (após um momento de deserto) e, a aprtir daqui, fomos vendo algumas atitudes que haviam em Cristo Jesus e, que nós somos convidados a reproduzir em nossa vida para exalar o "Seu Suave Perfume".   Nesta segunda reflexão, falamos da Paciência a partir da Parábola do Joio e do Trigo (Mt 13).   Vimos que não nos é dado o poder para arrancar o joio pois poderíamos fazer perder até o que presta na plantação.   Temos que c ontinuar fazendo o nosso trabalho e, no final, Deus fará a separação daquilo que presta (guardando-o no celeiro) do que não presta (queimando-o no fogo que não se acaba).   Importante saber que o que não presta não é a pessoa (imagem e semelhança de Deus) mas, sim, as suas atitudes erradas.   Vimos, também, que não é possível fazer tal separação antes do fim pois a linha que divide o bem do mal não passa entre as pessoas, os grupos etc, mas passa dentro de cada um de nós pois o joio é semeado no mesmo local do trigo.

Na terceira reflexão (após o deserto), fomos convidados a refletir sobre a Misericórdia e, para tanto vimos o texto de Lc 7, quando na casa de Simão, Jesus é supreendido pela ação da pecadora que lava seus pés com lágrimas, seca-os com os cabelos e unge-os com perfume.    Esta atitude gerou um desconforto no fariseu Simão que duvidou da Divindade de Jesus, O criticando.    Jesus, por sua vez, repreende a atitude do fariseu revelando que aquela mulher demonstrou muito Amor porque muito foi perdoada.   Todo que recebe muito de Deus (e reconhece isso em sua vida) demonstra muito amor para com Ele.   O fariseu não se sentia em dívida com Deus e por isso não demonstrava amor por Ele.

Ainda antes do almoço, tivemos um momento com Maria e, na Oração do Terço, colocamos a nossa Comunidade sob a proteção da Virgem Maria.

Terminado o Santo Terço, fomos para o almoço, outro momento de confraternização da Comunidade Paroquial.

Retornamos com um Momento de Adoração ao Santíssimo (alíás, durante todo o tempo o Santíssimo esteve exposto para nossa Adoração Pessoal).   Neste momento, as reflexões anteriores foram retomadas e, cada um (a) pôde colocar alguma coisa que sentiu durante o dia (até aquele momento).      

Terminada a Adoração, tivemos a quarta e última reflexão e, agora, sobre o Amor e para tanto fomos auxiliados pelo texto de Lc 10 (Parábola do Bom Samaritano).   Vimos que o Amor deve ser manifestado em gestos concretos e, para que isso ocorra é importante que nos perguntemos, a cada instante, como nós podemos fazer para ser o próximo que o próximo precisa.   A nossa preoxupação não pode ser em descobrir quem é o nosso próximo mas em fazer-se próximo daqueles que estão precisando de nós.

Na Santa Missa de Encerramento vimos que precisamos "nos esforçar por buscar as coisas do alto aonde está o Cristo Ressuscitado" da Carta de São Paulo aos Colossences.   Dentro da Celebração, as pessoas puderam expressar o que significou aquele dia para cada uma delas.    Foram muito interessantes os testemunhos pois revelaram o aprendizado do dia e a necessidade que nós temos (sobretudo as lideranças) de ter uma parada para refletir sobre suas ações no correr do exercício do Ministério.

Queremos render graças a Deus por mais este Retiro e, pedir que continue derramando sobre todos nós o Seu Espírito e, que Tal Espírito nos auxilie a "exalar pelo nosso mundo o suave Perfume de Cristo" com as nossas atitudes.

Obrigado a todos que nos ajudaram na realização de mais este momento em nossa Comunidade: Secretária Paroquial, Ministério de Música do Terceiro Domingo de Manhã e às mulheres que se colocaram, mais uma vez à nossa disposição, cozinhando para nós!   que Deus abençoe cada um (a) e todos (as)!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"XXIV Domingo do Tempo Comum: O Perdão Sincero e Ilimitado como Condição para a Vida Comunitária!" - 11 de Setembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em cristo Jesus!

Continuamos, hoje, a nossa reflexão iniciada no domingo passado, a saber, a importância da Vida em Comunidade.   Se, na semana passada, o enfoque estava na responsabilidade de todos e de cada um para que a Comunidade se tornasse "Sinal de Deus para o Mundo" - daí, a importância de estarmos atentos à vida que cada um está levando e, na medida em que percebermos algo errado, chamar este irmão e advertí-lo com o objetivo de trazê-lo de volta para o nosso meio -, hoje, a Palavra dá ênfase à necessidade de os membros da Comunidade se perdoarem, mutuamente, no Amor.   Não há Vida comunitária Verdadeira se os membros da mesma, no Amor, não se perdoarem.   Porém, uma questão se coloca para nós: "Quantas vezes devemos perdoar?" ou "Há um limite para a prática do perdão na Comunidade?" ou, ainda: "Não estaríamos fazendo "papel" de bobos, tolos ... perdoando ilimitadamente àqueles que nos ofenderam e ofendem?"   Tentando responder a estas e tantas outras inquietações que temos, a Liturgia da Igreja deste XXIV Domingo Comum nos apresenta os textos da Palavra de Deus.   Vejamos:

Na Primeira Leitura (Eclo 27, 33  - 28, 9) temos um texto que, no conjunto bíblico, apresenta um grande avanço na compreensão deste assunto.   Sabemos que a questão do perdão - assim como tantos outros conceitos na Bíblia - não foi algo que sempre foi percebido pelo Povo de Deus da mesma forma, do mesmo jeito.   Há, no mundo bílbico, um avançar na compreensão dos conceitos: eles vão das formas mais rudes e elementares para as formas mais complexas (na verdade, na medida em que o tempo passa e, a experiência de Deus vai sendo maior no meio do Povo, este, por sua vez, vai captando a "verdadeira vontade Dele = Deus).   Este avanço ocorreu, também, com este conceito de hoje: o Perdão.  

No princípio, temos uma ideia de que ao mal recebido, a vingança poderia e deveria ser em uma proporção inifinitamente maior (Ex.: a história da Vingança de Lamec em Gn 4, 23-24) quando este afirma que "matará quem o arranhou; mata uma criança que lhe pisa o pé e, Caim será vingado sete vezes, Lamec setenta vezes sete!"   Percebemos, aqui, que a vingança prometida é muito superior ao mal, ao dano causado.   Um avanço importante neste modo de pensar, ocorreu com a entrada em vigor da "Lei do Talião" que afirmava:"dente por dente e olho por olho!" (cf. Êx 21, 24) que começa a esboçar que a punição de veria ser feita segundo a "justiça".   Em Lv 19, 18 teremos outro marco: "Não te vingarás e não guardarás raiva contra os filhos do teu povo, mas amarás o próximo como a Ti mesmo!"   É para este último ponto que o autor do Eclesiástico (de onde saiu a Primeira Leitura de hoje) parece querer nos enpurrar.

No início do II Séc. a.C., um autor desconhecido, refletindo sobre a Vida da Comunidade que sofria a perseguição e a dominação grega (selêucida), chega a esta belíssima conclusão: "rancor e raiva são sentimentos terríveis no ser humano; até o pecador tenta dominá-los."   Demonstra que a relação de Deus conosco está, estreitamente ligada à nossa relação com o próximo: perdoar o pecado do próximo é a garantia do perdão de Deus para conosco.   Não há cura nem perdão se nós não amarmos e perdoarmos os nossos semelhantes.   Poderíamos nos perguntar: "Como conseguir esta "proeza"?"   O autor nos dá pistas: "pensar no fim, na destruição e na morte nos fará perseverar nos mandamentos e, assim não haverá lugar, em nós, para o rancor!"   Outra ação importante é: "trazer sempre a Aliança com o Altíssimo" pois esta não nos deixará cair no pecado da "falta de perdão".

Como podemos perceber, por volta do séc. II a.C. a ideia sobre o "perdão" dá um salto qualitativo e, acaba nos preparando para a compreensão do texto evangélico de hoje, a saber: Mt 18, 21-35.   Vejamos:

Seguindo o modo de pensar dos rabinos e entendidos na Lei, Pedro se aproxima de Jesus para lhe apresentar uma questão que, na verdade, todos nós gostaríamos de apresentar: "Quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?"   Na cabeça de Pedro, ele estava sendo super, ultra, mega condescendente pois, à época, os ensimaentos, afirmavam que, no máximo, se perdoaria alguém por 03 ou 04 vezes (dependendo de quem fosse esse alguém: filho, irmão, esposa por exemplo).   Pedro pensa que estaria "arrasando" com um limite tão elástico: o dobro ou mais um que o dobro!   Porém, parece que a resposta de Jesus não confirma tal sentimento de Pedro: "não te digo até sete vezes mas setenta vezes sete!"   Jesus supera todos os conceitos, todas as teorias e informações sobre este tema conhecidos até então.   Para ele (Jesus) o Perdão não é uma prática restrita ao âmbito da quantidade mas, da qualidade e, portanto, deve ser praticado sempre e plenamente.    O Perdão Verdadeiro e Autêntico não se conta mas se oferece, gratuitamente e sempre.   Não há limites para o Perdão pois este é produto do Amor que, em Deus, é infinito e ilimitado.   Para Jesus, os discípulos devem conduzir a própria vida de modo a revelar a Vida do próprio Deus, sobretudo nas relações comunitárias, com o próximo.   Por isso, conta a Parábola do "Servo perdoado de uma dívida impagável mas, que em contrapartida, não perdoou o próximo que lhe devia uma ninharia!"   Tal parábola revela a nossa incoerência quando nos aproximamos de Deus para pedir perdão de nossos pecados (que são tantos e imensos) mas não perdoamos o pequenos erros cometidos contra nós na Comunidade.   A parábola revela que o perdão de Deus está condicionado ao perdão que somos capazes de oferecer àqueles e àquelas que nos cercam em nosso dia a dia.

Viver a Comunidade só será possível quando possuirmos em nós este sentimento de Amor do Pai, revelado a nós por Jesus.   É por isso que na Segunda Leitura (Rm 14, 7-9), o apóstolo Paulo nos apresenta o Senhor Jesus como nosso modelo único:  em qualquer circunstância - quer vivamos, quer morramos - pertencenmos ao Senhor!   Toda a nossa ação, toda a nossa prática devem ter como mola mestra esta ideia central: somos todos de Cristo!

Que Deus, o Pai, em seu Infinito Amor nos conceda a graça de um Amor Verdadeiro, capaz de nos conduzir à prática do Perdão Ilimitado para com nossos irmãos! Amém!

sábado, 3 de setembro de 2011

"Visita Pastoral: Jesus em nosso meio na pessoa de nosso Pai e Pastor!" - de 08 à 11 de Setembro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

É com grande alegria e satisfação que acolheremos em nosso meio, pela primeira vez para uma Visita Oficial, o nosso Pai e Pastor Maior Dom Luiz Antônio Guedes.  Acolhê-lo com tudo aquilo que somos e temos será uma obrigação de todos que compreendem que a sua presença entre nós deve ser entendida como a chegada do próprio Cristo pois, como afirmavam os Padres Igreja "aonde está o Bispo, aí está a Igreja e, consequentemente, o Senhor!"

Durante três dias inteiros e mais uma noite, experiemntaremos a grata satisfação de tê-lo entre nós: sentir e conviver com a Comunidade será o seu grande objetivo.   Para tanto, visitará alguns doentes e algumas famílias, se encontrará com grupos e com as lideranças da Paróquia, celebrará conosco a Eucaristia ... incentivando a todos a assumirem, com cada vez mais afinco, os trabalhos em nosso meio.

Queremos pedir a cada um (a) de nossos (as) paroquianos (as) que aproveitem bem este momento de Graça que a nossa Paróquia viverá, participando de todos os momentos previstos: Celebrações das Santas Missas, Encontros com as Lideranças, com as Famílias (Casais), com os Jovens ...   Saibamos acolher bem "Aquele que vem em Nome do Senhor!"

Façamos todo o possível para que o nosso amado Bispo se sinta bem acolhido e, automaticamente, se sinta bem em nossa companhia.   Vejamos nele, o Cristo que nos visita: ouçamos, com atenção, cada palavra por ele pronunciada pois serão "Palavras de Vida Eterna!"

Desde já, agradeço o empenho, a dedicação de todos e cada um para que este momento nos proporcione a graça de crescermos na Fé, Esperança, Amor, Comunhão e Participação na Vida de Nossa Paróquia Santa Cruz.   Não deixemos que a Grçaa passe por nós em vão!

Obrigado por tudo e, participemos deste momento!   

"XXIII Domingo do Tempo Comum: A Arte da Correção entre os Irmãos de Comunidade!" - 04 de Setembro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dentro da nossa missão de buscarmos a Santidade proveniente da nossa identidade com Deus - único Santo por excelência - estamos vivendo as alegrias do XXIII domingo comum e, neste domingo, a Palavra vem tratando de um assunto, um tanto quanto árduo, em nossas Comunidades: "como lidar=corrigir aquele (a), que convive conosco em Comunidade, mas que estamos percebendo que está errando?   Como realizar a bendita "Correção Fraterna?"

Esta é uma tarefa complicada pois nem sempre sabemos como lidar com tais situações por um lado e, por outro, ficamos receosos da maneira como o outro irá acolher tal correção.   Isso tudo somado acaba produzindo a reação mais cômoda porém a menos correta dentro da Vontade de Deus: nos afastamos e deixamos o erro seguir o seu curso na vida da Comunidade pois afirmamos que não temos nada haver com a vida dos "outros".   Este, como disse anteriormente, é o caminho mais fácil e cômodo mas, de modo algum, o mais correto pois a Palavra nos afirma que, em Comunidade somos responsáveis uns pelos outros de modo que tudo que afeta um membro afeta todo o Corpo Místico de Cristo, que é Sua Igreja.

Assim sendo, a Palavra deste domingo vem nos advertindo a darmos mais atenção a tal situação e, na graça de Deus, buscarmos a melhor maneira de "corrigir", ou melhor, trazer de volta o irmão (ã) que, por qualquer motivo (pecado) está se afastando ou colocando em risco a Vida Comunitária.

Na Primeira Leitura (Ez 33, 7-9), ouvimos Javé alertando o Profeta Ezequiel a respeito de sua Missão: "Foste colocado como sentinela sobre todo Israel!"   Vejam só que Palavra forte: o profeta é "SENTINELA", isto é, aquele que vigia sobre, que não deve dormir, cochilar pois deve guardar a propriedade para que estranhos não venham a roubá-la, danificá-la.   Ora, pelo Batismo nós nos tornamos parte de um Povo, todo ele Profético (além de Sacerdotal e Real).   Daí, podemos afirmar que tal Palavra é para nós que cremos Neste Deus.    Cada um (a) é esta Sentinela que de ve vigiar para que o mal não se sobreponha sobre a Propriedade de Deus que éo Seu Povo!   Esta vigilância consiste em estar atento para que as atitudes erradas não cresçam em nosso meio e, para tanto, é preciso "chamar a atenção" daquele que está no erro para que volte e viva.   A Palavra afirma que se "o Senhor nos mandar falar e nós não falarmos, o irmão que está no erro morrerá mas a culpa de sua morte recairá sobre nós!"   Olha o que diz a Palavra: "a culpa da morte, da perda de muitos irmãos recairá sobre nós caso nós não o alertemos sobre os riscos de sua conduta!"   Precisamos compreender que em Comunidade de Fé, as pessoas não chegam e passam por nós "por acaso" mas são colocadas em nosso caminho pela "Providência Divina" e, se é assim, somos responsáveis uns pelos outros pois Deus não realiza nada por acaso mas tudo tem sentido.   

Poderíamos, então nos perguntar: E se falarmos e o outro não escutar?   Aí, diz a Palavra que as consequências serão de responsabilidade do outro pois fizemos a nossa parte mas o outro não correspondeu.   Agora, uma pergunta: Será que fazemos TUDO e, mais ainda, TUDO e do JEITO DE DEUS e não do NOSSO?

É por isso que o Evangelho de hoje (Mt 18, 15-20) nos revela o jeito de agir, de modo a agradar o senhor, nestas circunstâncias.   Há um caminho, com etapas que devem se seguidas para se atingir o objetivo de resgate de nosso irmão que está no erro: conversa em particular, na presença de duas ou três testemunhas e, somente aqui, podemos levar o fato ao conhecimento da Comunidade.   Este é o Caminho proposto pela Amor.   Se analisamos a nossa conduta, quase sempre perceberemos que agimos ao contrário: partimos da publicação para todos da situação e vamos descendo até a conversa pessoal  e quando agimos assim, teremos o efeito contrário: não só não conseguiremos resgatar o irmão como, ainda, produziremos uma situação ainda mais constrangedora em nosso meio!   O Evangelho nos diz que precisamos buscar o acordo entre nós e nossos irmãos pois, somente assim, seremos atendidos pelo nosso Pai do Céu.   Entrar em comunhão é o caminho que salva, resgata e restaura a harmonia, a paz, o amor que o pecado havia quebrado.

Ora, para fazermos assim será importante que nos deixemos envolver, única e exclusivamente, pelo Amor (aliás, única dívida que podemos ter para com nossos irmãos).   É isto que o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (Rm 13, 8-10), nos afirma.   Para ele, o "Amor é o cumprimento perfeito da Lei!"   Toda a Lei e os Profetas estão resumidos no Amor Verdadeiro, Autêntico que tem em Deus a Sua Fonte!

Quando nos decidimos a ir ao encontro dos outros movidos pelo verdadeiro Amor, vamos com o desejo de somente fazer o bem pois, nos diz Paulo: Quem Ama não faz nenhum mal ao próximo!

Portanto, queridos irmãos, busquemos realizar em nosso meio o que a Palavra de Deus nos pede hoje e, em nome do Amor Verdadeiro sejamos capazes de ajudar todos aqueles que, por qualquer motivo, estão longe da Graça Divina pois, a salvação deles está estreitamente ligada à nossa própria.

OREMOS:

Deus de Amor e Bondade, louvado sois em Teu Filho Jesus que por Amor morreu por nós e nos deixou o Seu Espírito para continuarmos a Sua Obra.   Vos pedimos: derramai em nossos corações Este mesmo Espírito e, que Sua força agindo em cada um de nós, nos leve ao encontro de todos com o único objetivo de auxiliar no projeto de Salvação!   Isto pedimos ao Pai, por Jesus, na força do Espírito Santo!   Amém!    

"Setembro: Mês da Bíblia!"

Amdos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria estamos começando mais um mês de setembro, mês este dedicado à Sagrada Escritura.   Dedicar especial atenção à Palavra de Deus deveria ser uma tarefa diária, semanl, mensal e anual em nossas vidas porém, sabemos que, nem sempre, isso ocorre.   Nós católicos, muitas vezes, não damos à Palavra de Deus o seu devido carinho e atenção.   Por isso, muitas vezes a nossa experiência com Ele seja tão fraca, tênue e, sem grandes implicações em nós mesmos.

A Igreja nos ensina e a própria Palavra nos revela que o nosso Deus é uma Comunhão de Pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo); nosso Deus é Uno e Trino!   Portanto, se quisermos conhecê-Lo de fato, importante é crescermos na experiência com Ele.   As pessoas não são conhecidas pelo simples fato de termos ouvido falar sobre elas.   Aliás, gerar conceitos à respeito de ter escutado falar, quase sempre, tais conceitos se mostrarão equivocados.   As pessoas, como seres concretos que são, necessitam ser conhecidas por meio do contato, do estar juntos, da convivência.   Ora, Deus é Comunhão de Pessoas e, portanto, se quisermos conhecê-Lo precisaremos conviver com Ele e, deixar que Ele fale quem Ele é para não corrermos o risco de alimentarmos ideias falsas, ilusórias, mentirosas a seu respeito.

Deixar Deus se apresentar significa manter contato com a Sua Palavra pois Ele é exatamente aquilo que, em Sua Palavra, nós O ouvimos dizer de Si mesmo.   É por isso que são Jerônimo (celebrado em 30/09) afirmou: "ignorar as Sagradas Escrituras é ignorar o próprio Deus!"   Pois, Deus é tão somente aquilo que tal Escritura diz Dele.

Assim sendo, se queremos crescer no conhecimento de Deus, deixemos que Ele nos fale, dediquemos um tempo de nosso dia para escutá-Lo, nutramos pela Sua Palavra um carinho especial e, permitamos que tal Palavra vá nos revelando os mistérios escondidos em Sua Pessoa.   Quanto mais dermos atenção ao que Ele diz na Sua Palavra mais conhecimento teremos a Seu respeito.

Aproveitemos este mês para mudarmos a nossa relação com Deus e,consequentemente, com a Sua Palavra.   Busquemos Nela (Palavra) a força, a coragem, o discernimento, a graça, enfim, tudo que tivermos necessidade para sermos mais semelhantes a Ele.    Deixemos que a Palavra de Deus vá nos modelando de modo a nos transformar Naquele que nas Sagradas Escrituras nós conhecemos.    Sejamos, para nossos irmãos, imagens vivas e perfeitas de Deus e. com certeza, nos tornaremos capazes de atrair para o convívio de Deus tantos irmãos e irmãs que se encontram afastados.

Bons estudos da Palavra e, que o Senhor nos dê a graça da Sabedoria, derramando sobre nós o Seu Espírito Santo, para compreendermos quem Ele é a partir deste mesmo estudo!   Amém!