terça-feira, 20 de setembro de 2011

"XXVI Domingo do tempo Comum: Cumprir a vontade do Pai é o que importa!" - 25 de Setembro de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Continuamos, como na semana passada, a nossa reflexão em busca de entender quem é Deus para que, assim, possamos restaurar em nós mesmos a "Sua Imagem e Semelhança".   Neste sentido, a Palavra de Deus é fundamental pois Deus é, exatamente, o que a Sua Palavra revela de Si (nem mais, nem menos).   Conhecer Sua Palavra é condição para não perdermos o nosso tempo "contruindo" uma imagem de Deus semelhante a cada um de nós.   Como sabemos, a mudança, a conversão ... são exigidas do homem e da mulher e, não de Deus.

Neste sentido, a Palavra de Deus da Liturgia deste Domingo, é paradigmática e, nos revela mais uma maneira de ser presente no Ser de Deus.   Compreender tal "Jeito de Deus" nos auxiliará neste nosso processo de Conversão.

Na Primeira Leitura (Ez 18, 25-28) percebemos que o Profeta está, mais uma vez, chamando a atenção do povo (como Isaías na semana passada) para não deixar-se dominar pelo desejo de "transformar Deus em alguém que seja a imagem e semelhança dele mesmo".   Estamos no período do Exílio da Babilônia e, neste momento, o povo se pergunta sobre os motivos que levaram Deus a permitir tamanha "desgraça" = Exílio.   Refletindo, começa a tirar conclusões: "A culpa é de Deus pois está castigando os pecados dos pais nos filhos!"   A geração do Exílio se sente "injustiçada" pois imagina pagar uma dívida que não foi contraída por ela.   Dizia: "os pais comeram uvas verdes e os filhos ficaram com os dentes embotados!"   Este povo não consegue perceber que, também ele, tem culpa pois não consegue enxergar o "seu próprio erro" e, consequentemente, acusa Deus de "INJUSTO".   O povo afirma que tal comportamento divino não é correto.   Por isso, Deus responde, por meio do Profeta Ezequiel, questionando: "É a minha ou a vossa conduta que não é correta?"   Para Deus, cada um (a) é responsável pelos seus atos e consequências.   Ele não cobra a "dívida" de um ao outro pois cada um (a) responde por si.   É por isso que diz: "O justo que se desvia e pratica o mal, morre por conta do mal que praticou e, quando um ímpio muda de vida e abandona a impiedade conserva á própria vida!"  O Exílio deveria produzir esta reflexão sobre cada um dos exilados pois Deus "não quer a morte do pecador mas que, deixando a vida de pecados, tenha a vida verdadeira que Ele quer oferecer!

Seguindo esta linha de reflexão - aonde cada um (a) deve compreender a sua parcela de culpa - vemos o Evangelho de hoje (Mt 21, 28-32).   A parábola deste trecho é dirigida às autoridades religiosas e políticas do povo (sacerdotes e anciãos do povo).   É uma provocação do Senhor Jesus a todos que se sentem superiores aos outros por "cumprirem externamente alguns preceitos da lei" e, por conta disso, se pensam com muito crédito com Deus.

O Pai da Parábola representa Deus e, este, por sua vez possui dois filhos que simbolizam as duas formas que o ser humano tem de se realcionar com Deus, o Pai.   O primeiro parece "rebelde" pois ao pedido do Pai para que vá trabalhar na vinha, responde, imediatamente, um "NÃO"!   Porém, continua a parábola, depois se arrepende e vai.   Já o segundo filho, parece "boa gente" e, ao mesmo pedido, diz logo "SIM" mas não foi!   Daí, a pergunda do senhor: "Qual dos dois fez a vontade do Pai?"   E os ouvintes (sacerdotes e anciãos do povo), respondem: "O primeiro!"   Esta é a resposta que Jesus queria escutar pois, com ela (resposta), o Senhor revelará a postura contraditória dos seus interlocutores.   Na verdade, o Senhor revela que estas autoridades são como o segundo filho pois dizem uma coisa mas fazem outra; falam bonito, exigem tudo de todos mas, eles mesmos, nada fazem.   Ao contrário, todos que estas autoridades "detestam" - pecadores, publicanos e prostitutas - são como o primeiro filho pois, se num determinado momento da vida disseram "NÃO" também foram capazes de se "arrepender", voltar atrás e cumprir a ordem do Pai (Deus).   Por isso, chegarão primeiro ao Reino dos Céus!   João Batista, com sua pregação provocou mudanças nos pecadores mas, nos que se achavam "santos", "bons" e "justos", provocou raiva, revolta e, acabaram por matá-lo (aliás, como farão com o prórpio Jesus!).   

Para Deus, importante é que aprendamos a "cumprir a Sua Vontade" pois, não adianta falar Dele sem viver o que Ele espera de cada um (a).   Estar abertos ao cumprimento da Sua Santa Vontade é condição para nossa Salvação Pessoal e daqueles que nos cercam (pois nos tornamos SINAIS de SALVAÇÃO).    

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 2, 1-11) nos apresenta uma espécie de "síntese" de vida cristã agradável a Deus, o Pai: "é preciso possuir os mesmos sentimentos de Cristo Jesus - amor, harmonia, unidade, humildade"!   Jesus, Deus que se fez Homem, se esvaziou de sua condição para salvar os homens e, por conta disso, foi elevado à mais alta dignidade: recebeu o nome acima de todo nome - SENHOR!   Sua conduta deve ser perseguida por todos (as) nós!

OREMOS:

Deus de Amor e Bondade, cuja Palavra TUDO Transforma, TUDO Santifica, nós Te pedimos que nos ajudes a viver a nossa vida de acordo com Tua Vontade de modo a praticarmos, cada vez mais, o que Te agrada!   Isto Te pedimos, pelos merecimentos de Jesus, que contigo vive e reina, na Unidade do Espírito Santo!   Amém!

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