sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"XXX Domingo do Tempo Comum: Amar ao Próximo é a garantia de que se AMA A DEUS!" - 26 de Outubro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no Mundo o XXX Domingo do Tempo Comum e o encerramento dos finais de semana desse mês de Outubro dedicado às Missões.   Dessa forma, entramos na reta final do Ano Litúrgico e, a escuta, meditação, partilha e compreensão da Palavra de Deus devem nos orientar no sentido de podermos realizar uma avaliação mais séria de toda a nossa Caminhada de Fé realizada até aqui.   A Palavra deve ter chegado aos nossos ouvidos, caído em nossos corações e produzido, pela compreensão da Mesma em nossas mente, grandes transformações; Ela (Palavra) deve ter nos auxiliado a descobrir Deus da forma que, de fato, Ele é para podermos restaurar a Sua Imagem e Semelhança em nossas vidas; a Palavra deve ter produzido em cada um (a) de nós a certeza de que o nosso Deus conta conosco para fazer acontecer nesse mundo em que vivemos o Seu Projeto de Salvação para TODOS!

Nesse sentido, continuamos a reflexão iniciada no Domingo passado quando o Senhor Jesus começou a ser confrontado pelos seus adversários que buscam apanhá-Lo em alguma situação suspeita para poder ter argumentos para prendê-Lo e, quem sabe, condená-Lo à morte.   Na semana passada tivemos o episódio dos impostos pagos a César: é lícito ou não pagá-los? E Jesus, que enxerga além das aparências, respondeu: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!   Se na moeda que servia para pagamento dos impostos estavam a inscrição e a imagem de César, esta só poderia ser dele mas, há algo mais importante que a moeda que traz a inscrição e a imagem de Deus e este lhe pertence: o ser humano!   Daí, concluímos: a moeda é de César mas César é de Deus e, portanto, TUDO É DE DEUS e deve ser usado de acordo com a sua vontade que é o SERVIÇO AOS IRMÃOS E IRMÃS QUE NECESSITAM DE NÓS!

Na Palavra de Deus de hoje, damos continuidade a esta reflexão e nos questionamos se o verdadeiro amor a Deus nos deve afastar ou aproximar das pessoas que nos cercam?  Há alguma contradição entre amar a Deus e ao Próximo?  Seria possível um amor a Deus que não se manifestasse num Amor ao Próximo?   Deus e o Ser Humano são caminhos opostos de modo que para seguir por um, necessariamente, eu terei que abandonar o outro?   Essas e tantas outras questões nos são apresentadas e respondidas pela Liturgia de hoje.   Vejamos:

A Primeira Leitura (Ex 22, 20-26) nos apresenta o que diz o Senhor sobre a nossa relação com o Outro, o Próximo (sobretudo, o Próximo que tem necessidade de nossa ajuda), a saber: estrangeiro, viúva, órfão e pobre!   Essas são categorias de pessoas que, num primeiro momento, não eram contempladas pela amor e dedicação de ninguém pois ninguém se sentia impulsionado a auxiliá-los em suas necessidades pois não eram próximos (não eram parentes, não tinham o sangue ou qualquer outro critério que se utiliza para descobrir quem é Próximo ou não!).   Mas, em oposição ao modo de pensar da Comunidade, Deus ordena que se cuide desses irmãos pois Ele (Deus) está sempre do lado de que cada um dos seus filhos sofredores e, quando estes Clamam, Ele (Deus) os escutam pois é Misericordioso!   É preciso relembra a História para saber que ser estrangeiro não é fácil; quem não ter quem defenda seus direitos (viúva e órfão) é outro transtorno; não ter o suficiente para viver e ter que recorrer a empréstimos é coisa terrível.   Não se pode usar a dificuldade do outro para se dar bem (emprestar dinheiro com usura).   A Comunidade precisa aprender a enxergar em cada uma dessas categorias de pessoas, o próprio Deus que se revela e pede socorro pois Deus está em cada um deles (lembre-se da inscrição e imagem de Deus que está em TODO SER HUMANO e que mais cedo ou mais tarde será devolvido para o Seu Verdadeiro Dono: DEUS!).   Não dá para afirmar que se acredita no Deus que a Palavra nos revela e, ao mesmo tempo, não fazer o que Ele pede de cada um de nós!  Isso é incoerente!  Isso é Pecado que poderá nos condenar!

Toda essa Leitura do Êxodo nos prepara para a controvérsia do Evangelho de hoje (Mt 22, 34-40).   Aqui, Jesus é posto, mais uma vez, em xeque pelos seus interlocutores.   Na semana passada foram os fariseus que enviaram os discípulos junto com os partidários de Herodes e hoje são somente eles (fariseus) que tendo tomado ciência que Jesus fizera calar os saduceus, o interroga: "Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?"   Essa pergunta é muito interessante pois, à época de Jesus, o Decálogo dado por Javé havia sido ampliado de tal forma, que era quase impossível cumprir fielmente TODOS os preceitos da Lei.   Para cada Mandamento do Decálogo foram acrescidos uma série de tantos outros: explicações humanas sobre o que queria dizer cada um deles e tradição do antigos que assumiam o lugar do que, de fato, era importante.   Assim, saber qual o Maior era um caminho para se livrar de tantos pormenores legais que atormentavam a todos.   Existe algum Mandamento que se cumprido nos garante o cumprimento de todos os demais?   Essa é a questão que de fato conta!   E Jesus, não tem dúvida... tomando a Palavra afirma: Sim!  Há um Mandamento que se vivido verdadeiramente englobará todos os demais: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento!  ESSE É O MAIOR E O PRIMEIRO MANDAMENTO!   Mas, o que eles não esperavam (como na semana passada) é que Jesus tem sempre algo a mais para dizer: O SEGUNDO É SEMELHANTE A ESSE: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo!   TODA A LEI E OS PROFETAS DEPENDEM DESSES DOIS MANDAMENTOS!   

Aqui, os ouvintes de Jesus devem ter ficado assustados pois compreendem, de uma vez por todas, que não há a menor possibilidade de Servir, Amar a Deus sem passar pelo Serviço e pelo Amor ao Próximo pois Deus se revela no Próximo e ter que deixar Um para estar com o Outro seria uma incoerência, um Pecado!   Como nos diz São João, em sua Primeira Carta: Quem diz amar a Deus a quem não vê mas não ama o Próximo a quem vê É MENTIROSO!   O nosso Amor a Deus passa, necessariamente pelo nosso Amor ao Próximo!   Não há outro caminho que nos leva a Deus que não seja o Próximo!

É assim que a Comunidade vai se tornando um Sinal de Deus: quando ela se ocupa do serviço ao Próximo!  É isso que a Segunda Leitura nos apresenta (I Ts 1, 5c-10): o Apóstolo Paulo elogia o acolhimento da Palavra que Comunidade fez e, por conta disso, se tornou um Sinal de Deus para os seus e para quem estava longe também!   E, as pessoas comentam a Fé Viva, manifestada nas obras, que a Comunidade possui!

Peçamos a Deus que nos ajude a crescer nesse Amor a Ele e, como consequência, que o nosso Amor pelos nossos irmãos e irmãs cresça sem cessar!

Oremos:
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a Fé, a Esperança e a Caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis!   Por nosso senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

XXIX Domingo do Tempo Comum: Devolvendo a Deus o que, por DIREITO, LHE PERTENCE!"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria, damos continuidade à nossa Caminhada de Fé nesse Tempo Comum e, queremos com toda Igreja, na medida em que meditamos a Palavra de Deus, buscar uma melhor compreensão de quem Ele seja para podermos restaurar em nós a Sua Imagem e Semelhança, nos tornando santos e perfeitos como Ele é Santo e Perfeito.   Também, por outro lado, celebramos HOJE o DIA MUNDIAL DAS MISSÕES e queremos entender a Palavra como orientação de Deus para o cumprimento de Sua Vontade a nosso respeito: nós não somos produto do acaso mas da Providência Divina que nos criou e nos sustenta até esse momento.   Dessa forma, é preciso se perguntar sobre os motivos que tal Providência tem para nos manter vivos até esse dia e o que Ela espera de nós!

Nesse XXIX Domingo do Tempo Comum, a Palavra nos coloca diante de uma reflexão sobre o que deveremos devolver a Deus por ser, de fato, uma propriedade Dele.   Por outro lado, somos convidados a entender que o Senhor, para realizar os seus desígnios de salvação escolhe quem Lhe aprouver desde que esteja disposto a colocar em prática a Sua Santa Vontade.

Dessa forma, a Primeira Leitura (Is 45, 1.4-6) nos coloca diante da possibilidade da restauração de Jerusalém e do regresso do Povo de Deus para sua Pátria depois de passar mais de 50 anos no Exílio na Babilônia.   Como sempre acontece na História da Humanidade, reinos e impérios se sucedem uns aos outros e, assim sendo, depois de um longo período de domínio da Babilônia, esse império chega ao fim e, vai despontando um outro: o Persa!   Ciro é uma liderança temida por todos e por tudo e, de acordo com a história, não enfrenta resistência quando toma a Babilônia.   O jeito de governar de Ciro era diferente do jeito de Nabuconossor (Babilônia): era mais cordato com os povos dominados, permitia que vivessem do seu jeito (cultura, religião, língua ...).   É esse Ciro (rei pagão) que o Profeta Isaías descreve como sendo o eleito de Deus para realizar a promessa do retorno do Seu Povo para Jerusalém; ele (Ciro) é o UNGIDO (Cristo = grego; Masiah, Messias = Hebraico).   Javé o toma pela mão para fazer valer a Sua Santa Vontade sobre o Seu Povo demonstrando com isso que para Ele (Javé) não há fronteiras para suas escolhas mas, ao contrário, Ele escolhe quem quer, de onde quiser e a hora que achar conveniente.   Ninguém está isento de Sua escolha.   É Javé quem está pro trás de todo sucesso de Ciro: Tomeio-o pela mão para submeter os povos ao seu domínio (inclusive a Babilônia = opressora do Povo), dobrar o orgulho dos reis, abrir todas as portas à sua marcha e para não deixar trancar os portões.   Todas essas ações Javé as realiza por conta de Seu Povo Israel / Jacó e para que todos reconheçam o Seu Poder e saibam que não outro Deus além Dele.   Tudo é Dele e será utilizado de acordo com Sua Santa Vontade, mais cedo ou mais tarde.

Essa Leitura nos prepara, de certa forma, para compreendermos mais e melhor a perícope evangélica de hoje (Mt 22, 15-21) que nos mostra as artimanhas dos adversários de Jesus para apanhá-Lo em alguma palavra ou ação que não correspondesse à Vontade de Deus Pai. de Javé.   Os fariseus, homens apegados ao cumprimento minucioso da Letra da Lei e não do Espírito da Mesma, buscam pegar Jesus desprevinido. Organizam um grupo de discípulos juntamente com outros do Partido de Herodes e vão ter com Jesus para fazer-Lhe uma pergunta (no fundo capiciosa, maliciosa).   

Como todos que querem destruir o outro, iniciam a fala com muitos elogios à postura de Jesus: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pela aparência.   Tudo que foi dito é mais pura verdade mas, no fundo, parece uma espécie de deboche pois aqueles que falam (discípulos dos fariseus e partidários de Herodes) não acreditam em nada do que dizem.   Tanto é verdade que, após os "elogios" lançam a questão, previamente preparada pois desejavam apanhar Jesus numa palavra que O deixasse mal independentemente da resposta oferecida.   Perguntam: É lícito ou não pagar o imposto a César?   Eis aqui uma questão embaraçosa pois, se Jesus dissesse "SIM, É LÍCITO!" todo o Povo se revoltaria contra Ele pois o mesmo (Povo) via nos impostos pagos uma exploração do governo Central e a causa de sua miséria mas, se dissesse "NÃO, É ILÍCITO!" ficaria mal com o governo que o mandaria prender e, quem sabe, matar!   Aqui, estamos naquela espécie de beco sem saída: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!

Imediatamente, Jesus percebe a maldade no coração daqueles que há pouco O elogiaram: Hipócritas!  Por que me preparais uma armadilha? Diz o Senhor!   E, com uma saída de mestre (que, de fato, Ele é!) pede: Mostrai-me a moeda do imposto!   De acordo com a religião da época, defendida pelos fariseus e tantos outros grupos, a moeda não podia ser, sequer, utilizada no Templo pois trazia a inscrição e a figura de César (Imperador que se fazia passar por uma divindade).   Mas, apesar dessa ordem, eles, imediatamente, apresentam uma moeda que, talvez, estivessem em seus bolsos.   E Jesus continua: De quem são a inscrição e a figura desta moeda? Respondem: De César!   E, Jesus em Sua Sabedoria afirma: Dai, pois a César o que é dele!   Se a moeda tem a sua marca só pode ser dele, então devolva para ele.   Mas, conclui: Não esqueça de devolver para Deus o que, de fato, Lhe pertence!   E, aqui, nos perguntamos: Mas o que pertence a Deus que precisa ser a Ele devolvido?   Ora, partindo da ideia anterior que nos afirmou que a moeda é de César porque tem a sua imagem e sua inscrição, percebemos que algo que possui a inscrição e imagem de Deus, é propriedade Dele e a Ele deve ser devolvido e, voltando ao Gênesis, primeiro livro da Bíblia, percebemos que o possui a imagem e a inscrição de Deus é o Ser Humano e este deve ser devolvido a Deus que é Seu Criador e Senhor.   

No fundo, se as coisas desse mundo foram entregues aos homens e esses, por sua vez, pertencem a Deus, podemos concluir que TUDO É DE DEUS!

Por fim, a Segunda Leitura (I Ts 1, 1-5b) nos mostra o Apóstolo Paulo feliz por ter recebido notícia sobre a Comunidade que Ele fundara: é atuante na Fé, que desemboca numa Caridade movimenta pela Esperança em Deus!   Tudo isso é obra do Espírito de Deus que age onde quer, como quer e em quem achar conveniente!

Peçamos a Deus que nos ajude a devolver para Ele o que de fato Lhe pertence que é a nossa própria Vida com tudo que ela é e possui!   Assim seja!

Oremos: 
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

"SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA: Fazei tudo o que Ele vos disser!" - 12 de Outubro de 2014

Caros irmãos e irmãs, paz  e bem em Cristo Jesus!

Com alegria celebramos a Solenidade de nossa Padroeira Maior: Nossa Senhora da Conceição Aparecida e esta é uma oportunidade para fazermos uma reflexão sobre o papel de Maria em nossa caminhada de fé. Como católicos devemos ter uma devoção sadia para com Nossa Senhora tendo clareza de que tal devoção nos levará plenamente ao nosso Senhor Jesus.   Toda devoção mariana que não nos leva para Deus possui algum erro que necessita ser acertado.   Refletindo a Palavra de Deus teremos condições de compreender mais e melhor o papel de Maria na História da Salvação e, dessa forma, poderemos nutrir a nossa devoção mais verdadeiramente.

A Primeira Leitura (Est 5, 1b-2; 7, 2b-3) é um trecho curto que nos apresenta a figura de Ester como aquela  que intercede pelo seu povo que está em perigo de extermínio pleno e total.   A ganância e o desejo de poder do Primeiro Ministro do Palácio (Amã), que desejava ser honrado e adorado como "deus" terá no povo judeu uma espécie de "calcanhar de aquiles" pois o mesmo (povo judeu) não aceita prestar tal honra a um homem como qualquer outro: "adorarás somente ao Senhor Deus e somente a Ele prestarás culto!"   Ester que ocupa o posto de rainha do rei Assuero sente o peso da responsabilidade e compreende que foi o próprio Deus quem a conduziu até ali para ser a intercessora em favor do Seu Povo.   Podendo pedir tudo que quisesse por conta de sua beleza não hesita em pedir a vida para si mesma e a salvação do seu povo!  E, será exatamente isso que ocorrerá!

A história de Ester nos revela como que ao longo da História da Salvação Deus foi se servindo de mulheres fortes para dar continuidade à Sua Obra.   Mulheres fortes que assumiram o comando e, pondo toda a confiança no Senhor Deus foram capazes de colaborar para que Sua Vontade se estabelecesse no mundo.   Assim, Maria se coloca nessa História que já vinha antes dela (Ester) e se prolonga depois dela.   

No Evangelho (Jo 2, 1-11) com o relato das Bodas de Caná temos a figura da Mulher que sentindo a dificuldade do momento (não há mais vinho) se coloca como intercessora junto Daquele que podia, de fato, fazer algo para impedir que o mal tomasse conta.   Essa Mulher é Maria, a Mãe de Jesus que nos indica, como fez com os serventes, a fidelidade à Palavra do Mestre para que em nossa vidas nunca falte o Vinho Bom, o Melhor que alegrará, de verdade, cada um (a) de nós!   A sensibilidade, o olhar aguçado, saber a quem recorrer na hora exata fazem de Maria figura indispensável.   Ela não faz mas sabe quem pode e irá fazer algo para o mal não domine.

Assim como nas Bodas de Caná nós cremos que Maria continua caminhando na festa de nossas vidas e é capaz de perceber quando o vinho está chegando ao fim e intercede, como Ester, para que o Senhor solucione o problema.   A solução, porém, não dispensa a nossa participação: encher as talhas de água é o nosso papel e o resto o Senhor fará.   Lembre-se: o MILAGRE se dá no encontro do nosso esforço com a Graça de Deus!   Sem esforço de nossa parte não haverá MILAGRE!

Por fim, a Segunda Leitura (Ap 12, 1.5.13a.15-16a) vemos a luta da Mulher (símbolo da Igreja, símbolo de Maria) na sua luta diária contra o Dragão (opositor de Deus).  A Força da Mulher vem de Deus; vencer o Dragão é Obra de Deus e salvaguardar o Filho que nasce da Mulher também o é.   No fundo, no fundo é Deus quem realiza, com perfeição, a Sua Obra.   Nós podemos e devemos colaborar com Ele.

Que Deus nos ajude, pela Intercessão Materna de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a vivermos a nossa Vocação de filhos e filhas no Filho Jesus!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

sábado, 4 de outubro de 2014

"XXVII Domingo do Tempo Comum: A Bondade de Deus e a Ingratidão do Seu Povo!" - 05 de Outubro de 2014

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade à nossa Caminhada de Fé dentro do Tempo Comum chegamos, hoje, ao XXVII Domingo e, procuraremos, na meditação da Palavra de Deus, as pistas para nos tornarmos santos e perfeitos como nosso Pai do Céu é Santo e Perfeito.   Por outro lado, vivemos com a Igreja no mundo, o Mês Missionário e, portanto, a escuta da Palavra deve se dá tendo como pano de fundo que o nosso Deus nos convida, por meio da Mesma, a colaborar com Ele na construção de um Mundo Novo no qual resplandeça o Seu Reino de Paz, Justiça e Amor.

Nesse Domingo, a Palavra de Deus vem nos revelar os inúmeros benefícios que o Senhor, ao longo da História da Salvação foi capaz de fazer para o Seu Povo mas, em contrapartida, o Seu Povo retribuiu com ingratidão, realizando o que não era do Seu agrado e, tendo que arcar com as consequências terríveis de uma vida afastada do Seu Criador.

Assim, a Primeira Leitura (Is 5, 1-7) nos apresenta o profeta, falando em nome de Deus e alertando o Povo para os desvios com relação à Sua Santa Vontade.   Estamos no período anterior ao Exílio e, portanto, temos a tentativa profética de demonstrar o amor, o carinho, a dedicação, o empenho com que sempre Deus tratou o Seu Povo.  A primeira parte da Leitura nos apresenta o cântico de amor do Amado para Sua Vinha e, aqui, já podemos compreender que tal Vinha é o Povo e o Amado é o Senhor.   Para plantar Sua Vinha, o Amado fez tudo certo e perfeito: fértil encosta, faz cerca, limpa, escolhe videiras boas, faz torre de vigia e lagar para pisar as uvas e produzir BOM VINHO.   TUDO QUE PODIA TER FEITO, FEZ!   Todas as condições para a produção de uvas boas que pudessem oferecer o melhor vinho foi feito mas, ao contrário, o que a Vinha do Amado produziu foram uvas selvagens.

Diante do acontecido, o Amado decide destruir tudo que havia feito pela Vinha para que ela seja devastada e, todo mal tomará conta de seu território, sequer as nuvens derramarão suas águas sobre ela.   Por fim, o Senhor convida ao julgamento: o que fazer com uma Vinha que tanto recebeu de seu Senhor e, no lugar de frutos de justiça, colheu injustiça; de frutos de bondade, colheu iniquidade?

Acredito que essa Leitura nos leve à uma reflexão sobre nós mesmos e a nossa relação com o Senhor de nossas vidas: estamos nós produzindo os frutos que o Senhor deseja ou, ao contrário, a nossa vida está revelando a maldade que ainda habita em nós? Como estamos correspondendo a tanto amor, carinho, cuidado que o Senhor tem para conosco?

Essa Primeira Leitura nos prepara para entrarmos no texto do Evangelho de hoje (Mt 21, 33-43) que nos apresenta Jesus, ainda, em conversa com os anciãos do povo e sumos sacerdotes, o mesmo grupo que estava com Jesus na semana passada.   O contexto é o mesmo e Jesus quer levar os seus interlocutores à reflexão sobre seu modo de se relacionar com Deus.  Na verdade, Jesus está forçando uma situação para que os seus ouvintes (sumos sacerdotes e anciãos do povo) percebam como eles vivem uma vida contrária àquilo que Deus espera deles.   No Domingo passado os fez perceber como diante de Deus falam uma coisa e, em sua ausência agem contrariamente ao que fora dito (o filho que disse que iria trabalhar na vinha mas, logo depois, não foi!)

Usando a Imagem da Vinha (Primeira Leitura), Jesus conta outra parábola: com todos os cuidados descritos na Profecia de Isaías, uma Vinha é construída e arrendada para que os frutos possam ser devolvidos a seu tempo e em bom estado.   Depois de tudo pronto o Dono arrrenda a Sua Vinha e viaja para o estrangeiro.   No tempo da colheita o Dono envia empregados para receber o que lhe pertence mas, os arrendatários não o fazem: espancam, matam e apedrejam os empregados e fazem o mesmo com o segundo grupo. Por fim, o Dono envia o próprio Filho pensando que obedeceriam mas, a crueldade é maior: O levam para fora da Vinha, da Cidade e O matam  pois, sem herdeiro poderiam tomar posse do que não lhes pertencia, isto é, a Vinha!

Toda essa história, revela o que os ouvintes de Jesus iriam fazer com Ele mesmo.  Sem saber que se tratava deles mesmos, à pergunta de Jesus - o que fará o Dono da Vinha com esses arrrendatários? - dão a sua própria sentença: mandará matar de forma violenta tais homens e entregará a Vinha a outros que lhe darão os frutos no tempo certo!  É isso que acontecerá e continua acontecendo!   Quando não somos capazes de produzir os frutos que o Senhor espera de cada um de nós, a tarefa nos é tirada e entregue para outros que possam fazê-la; quando rejeitamos o DOM que nos é ofertado, este vai para outros que sabem lhe dar valor pois o rejeitado se torna Pedra Angular de toda construção!  Por isso, conclui Jesus: o Reino (Vinha) nos será tirado e entregue a outro povo que produzirá frutos!   Pensemos nisso!

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 4, 6-9) nos apresenta o Apóstolo Paulo recomendando aos Filipenses e a nós um caminho seguro para não nos perdermos no caminho que nos é proposto e conseguirmos chegar ao fim com os frutos que o Dono da Vinha espera de nós: colocar TUDO nas mãos de Deus!   As orações, súplica, ações de graças nos unem a Deus que nos mantem no caminho.   Façamos a nossa parte e Deus continuará fazendo a Dele em nosso favor: ocupemos a nossa vida com tudo que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, TUDO QUE É VIRTUDE OU DE QUALQUER MODO MEREÇA LOUVOR!    Dessa forma seremos agradáveis a Deus e aos irmãos!

Oremos:
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis no vosso imenso amor de Pai mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!  Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

"Ide pelo mundo e a TODOS PREGAI O EVANGELHO!" - Outubro de 2014

Caros irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Depois de um tempo sem escrever, volto no início desse Mês de Outubro - Mês Missionário, acreditando que os nossos textos são, de certa forma, também um trabalho de missão.   Não que o mundo virtual substitua o contato real, corpo a corpo, mas,  de certa forma, a utilização da tecnologia pode auxiliar na divulgação do Evangelho e do Reino de Deus.

Vivemos, em toda a Igreja, esse mês dedicado às Missões e, dessa forma, somos convidados a compreender que Deus, mesmo sendo Todo Poderoso, quer contar com cada um de nós para fazer acontecer nesse mundo o Seu Reino.   Cada um, independente do que seja ou faça, a partir do momento que faz a sua experiência de fé com Deus, se sente movimentado a colocar à serviço dos irmãos tudo aquilo que é e possui pois a missão não é um mero detalhe em nossa caminhada de fé mas ela faz parte do nosso DNA de Cristão.   A Igreja nasce da Missão e para a Missão.

Há um ano e meio (mais ou menos - abril de 2013) a Igreja no Brasil nos lançou um desafio por meio do Documento 104 da CNBB nos propondo uma remodelação da estrutura paroquial de modo que a mesmo deixasse a sua centralização e fosse ao encontro de TODOS.   "Comunidade de Comunidades: Uma Nova Paróquia (Documento de Estudo - Verde - 104) nos ofereceu a possibilidade de compreender a Missão como parte essencial e integrante da Vida Paroquial.   Em nossa Paróquia Santa Cruz, logo de cara (Junho/2013) nos reunimos e propomos e a criação dessas Comunidades Missionárias, Intinerantes que pudessem corresponder aos apelos dos nossos Bispos.   Em Agosto/2013, no Primeiro Domingo do Mês Vocacional fizemos o envio das 09 Comunidades que viveriam sob o lema: "Conviver para Conhecer; Conhecer para formar Comunidade!"   Cercamos o nosso território paroquial com essas Comunidades Missionárias que celebram a a Fé uma vez por semana, de casa em casa, formando verdadeira famílias missionárias e, a Paróquia como um todo, um ano após tal envio, pode perceber os frutos: aumento da qualidade e quantidade de fieis. maior harmonia entre os membros, empenho, dedicação, alegria de se encontrar, maior conhecimento das dores e alegrias, angústias e esperanças dos irmãos, um serviço melhor prestado que vai ao encontro das reais necessidades do nosso povo, entre outros.

Queremos pedir ao Pai que nos ajude em nosso trabalho missionário e que crescendo no conhecimento e compreensão de Sua Palavra nos tornemos em nosso mundo Sinais cada vez mais vivos de Sua Presença!   Que a intercessão de São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, Patronos da Missão na Igreja, nos alcance a graça da fidelidade à Vontade de Deus até o fim!   Assim seja!

P.S.: As nossa Comunidade Missionárias se encontram às quintas e sextas, às 20:00h, em alguma casa que pertence ao território das mesmas.  Hoje temos as Comunidades São Francisco de Assis (região do entorno da Matriz Santa Cruz), Sagrado Coração de Jesus (região da Rua Juacema), Nossa Senhora da Conceição Aparecida e São Bento (são duas Comunidades que estão juntas nesse semestre - região do Bananeiro até Andréa de Firenze e Hugo Lacorte), São Miguel Arcanjo (região próxima da Comunidade Santa Rita de Cássia), Nossa Senhora das Graças (Jd. Rebouças), Santo Antônio de Pádua (Olaria), São José, Esposo de Maria (Jd. Maria Duarte e Prédios da Jaracatiá) e Jesus Misericordioso (Condomínios na Estrada do Campo Limpo - Vilage do Morumbi e Novo Pirajussara).

Fica o convite para TODOS conhecerem e participarem da Vida de nossas Comunidades Missionárias.   Há uma perto de você!

Fiquem em paz e até a próxima!

Pe. Ezaques Tavares