sábado, 4 de outubro de 2014

"XXVII Domingo do Tempo Comum: A Bondade de Deus e a Ingratidão do Seu Povo!" - 05 de Outubro de 2014

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade à nossa Caminhada de Fé dentro do Tempo Comum chegamos, hoje, ao XXVII Domingo e, procuraremos, na meditação da Palavra de Deus, as pistas para nos tornarmos santos e perfeitos como nosso Pai do Céu é Santo e Perfeito.   Por outro lado, vivemos com a Igreja no mundo, o Mês Missionário e, portanto, a escuta da Palavra deve se dá tendo como pano de fundo que o nosso Deus nos convida, por meio da Mesma, a colaborar com Ele na construção de um Mundo Novo no qual resplandeça o Seu Reino de Paz, Justiça e Amor.

Nesse Domingo, a Palavra de Deus vem nos revelar os inúmeros benefícios que o Senhor, ao longo da História da Salvação foi capaz de fazer para o Seu Povo mas, em contrapartida, o Seu Povo retribuiu com ingratidão, realizando o que não era do Seu agrado e, tendo que arcar com as consequências terríveis de uma vida afastada do Seu Criador.

Assim, a Primeira Leitura (Is 5, 1-7) nos apresenta o profeta, falando em nome de Deus e alertando o Povo para os desvios com relação à Sua Santa Vontade.   Estamos no período anterior ao Exílio e, portanto, temos a tentativa profética de demonstrar o amor, o carinho, a dedicação, o empenho com que sempre Deus tratou o Seu Povo.  A primeira parte da Leitura nos apresenta o cântico de amor do Amado para Sua Vinha e, aqui, já podemos compreender que tal Vinha é o Povo e o Amado é o Senhor.   Para plantar Sua Vinha, o Amado fez tudo certo e perfeito: fértil encosta, faz cerca, limpa, escolhe videiras boas, faz torre de vigia e lagar para pisar as uvas e produzir BOM VINHO.   TUDO QUE PODIA TER FEITO, FEZ!   Todas as condições para a produção de uvas boas que pudessem oferecer o melhor vinho foi feito mas, ao contrário, o que a Vinha do Amado produziu foram uvas selvagens.

Diante do acontecido, o Amado decide destruir tudo que havia feito pela Vinha para que ela seja devastada e, todo mal tomará conta de seu território, sequer as nuvens derramarão suas águas sobre ela.   Por fim, o Senhor convida ao julgamento: o que fazer com uma Vinha que tanto recebeu de seu Senhor e, no lugar de frutos de justiça, colheu injustiça; de frutos de bondade, colheu iniquidade?

Acredito que essa Leitura nos leve à uma reflexão sobre nós mesmos e a nossa relação com o Senhor de nossas vidas: estamos nós produzindo os frutos que o Senhor deseja ou, ao contrário, a nossa vida está revelando a maldade que ainda habita em nós? Como estamos correspondendo a tanto amor, carinho, cuidado que o Senhor tem para conosco?

Essa Primeira Leitura nos prepara para entrarmos no texto do Evangelho de hoje (Mt 21, 33-43) que nos apresenta Jesus, ainda, em conversa com os anciãos do povo e sumos sacerdotes, o mesmo grupo que estava com Jesus na semana passada.   O contexto é o mesmo e Jesus quer levar os seus interlocutores à reflexão sobre seu modo de se relacionar com Deus.  Na verdade, Jesus está forçando uma situação para que os seus ouvintes (sumos sacerdotes e anciãos do povo) percebam como eles vivem uma vida contrária àquilo que Deus espera deles.   No Domingo passado os fez perceber como diante de Deus falam uma coisa e, em sua ausência agem contrariamente ao que fora dito (o filho que disse que iria trabalhar na vinha mas, logo depois, não foi!)

Usando a Imagem da Vinha (Primeira Leitura), Jesus conta outra parábola: com todos os cuidados descritos na Profecia de Isaías, uma Vinha é construída e arrendada para que os frutos possam ser devolvidos a seu tempo e em bom estado.   Depois de tudo pronto o Dono arrrenda a Sua Vinha e viaja para o estrangeiro.   No tempo da colheita o Dono envia empregados para receber o que lhe pertence mas, os arrendatários não o fazem: espancam, matam e apedrejam os empregados e fazem o mesmo com o segundo grupo. Por fim, o Dono envia o próprio Filho pensando que obedeceriam mas, a crueldade é maior: O levam para fora da Vinha, da Cidade e O matam  pois, sem herdeiro poderiam tomar posse do que não lhes pertencia, isto é, a Vinha!

Toda essa história, revela o que os ouvintes de Jesus iriam fazer com Ele mesmo.  Sem saber que se tratava deles mesmos, à pergunta de Jesus - o que fará o Dono da Vinha com esses arrrendatários? - dão a sua própria sentença: mandará matar de forma violenta tais homens e entregará a Vinha a outros que lhe darão os frutos no tempo certo!  É isso que acontecerá e continua acontecendo!   Quando não somos capazes de produzir os frutos que o Senhor espera de cada um de nós, a tarefa nos é tirada e entregue para outros que possam fazê-la; quando rejeitamos o DOM que nos é ofertado, este vai para outros que sabem lhe dar valor pois o rejeitado se torna Pedra Angular de toda construção!  Por isso, conclui Jesus: o Reino (Vinha) nos será tirado e entregue a outro povo que produzirá frutos!   Pensemos nisso!

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 4, 6-9) nos apresenta o Apóstolo Paulo recomendando aos Filipenses e a nós um caminho seguro para não nos perdermos no caminho que nos é proposto e conseguirmos chegar ao fim com os frutos que o Dono da Vinha espera de nós: colocar TUDO nas mãos de Deus!   As orações, súplica, ações de graças nos unem a Deus que nos mantem no caminho.   Façamos a nossa parte e Deus continuará fazendo a Dele em nosso favor: ocupemos a nossa vida com tudo que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, TUDO QUE É VIRTUDE OU DE QUALQUER MODO MEREÇA LOUVOR!    Dessa forma seremos agradáveis a Deus e aos irmãos!

Oremos:
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis no vosso imenso amor de Pai mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!  Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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