sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"XXX Domingo do Tempo Comum: Amar ao Próximo é a garantia de que se AMA A DEUS!" - 26 de Outubro de 2014

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Celebramos, hoje, com a Igreja no Mundo o XXX Domingo do Tempo Comum e o encerramento dos finais de semana desse mês de Outubro dedicado às Missões.   Dessa forma, entramos na reta final do Ano Litúrgico e, a escuta, meditação, partilha e compreensão da Palavra de Deus devem nos orientar no sentido de podermos realizar uma avaliação mais séria de toda a nossa Caminhada de Fé realizada até aqui.   A Palavra deve ter chegado aos nossos ouvidos, caído em nossos corações e produzido, pela compreensão da Mesma em nossas mente, grandes transformações; Ela (Palavra) deve ter nos auxiliado a descobrir Deus da forma que, de fato, Ele é para podermos restaurar a Sua Imagem e Semelhança em nossas vidas; a Palavra deve ter produzido em cada um (a) de nós a certeza de que o nosso Deus conta conosco para fazer acontecer nesse mundo em que vivemos o Seu Projeto de Salvação para TODOS!

Nesse sentido, continuamos a reflexão iniciada no Domingo passado quando o Senhor Jesus começou a ser confrontado pelos seus adversários que buscam apanhá-Lo em alguma situação suspeita para poder ter argumentos para prendê-Lo e, quem sabe, condená-Lo à morte.   Na semana passada tivemos o episódio dos impostos pagos a César: é lícito ou não pagá-los? E Jesus, que enxerga além das aparências, respondeu: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!   Se na moeda que servia para pagamento dos impostos estavam a inscrição e a imagem de César, esta só poderia ser dele mas, há algo mais importante que a moeda que traz a inscrição e a imagem de Deus e este lhe pertence: o ser humano!   Daí, concluímos: a moeda é de César mas César é de Deus e, portanto, TUDO É DE DEUS e deve ser usado de acordo com a sua vontade que é o SERVIÇO AOS IRMÃOS E IRMÃS QUE NECESSITAM DE NÓS!

Na Palavra de Deus de hoje, damos continuidade a esta reflexão e nos questionamos se o verdadeiro amor a Deus nos deve afastar ou aproximar das pessoas que nos cercam?  Há alguma contradição entre amar a Deus e ao Próximo?  Seria possível um amor a Deus que não se manifestasse num Amor ao Próximo?   Deus e o Ser Humano são caminhos opostos de modo que para seguir por um, necessariamente, eu terei que abandonar o outro?   Essas e tantas outras questões nos são apresentadas e respondidas pela Liturgia de hoje.   Vejamos:

A Primeira Leitura (Ex 22, 20-26) nos apresenta o que diz o Senhor sobre a nossa relação com o Outro, o Próximo (sobretudo, o Próximo que tem necessidade de nossa ajuda), a saber: estrangeiro, viúva, órfão e pobre!   Essas são categorias de pessoas que, num primeiro momento, não eram contempladas pela amor e dedicação de ninguém pois ninguém se sentia impulsionado a auxiliá-los em suas necessidades pois não eram próximos (não eram parentes, não tinham o sangue ou qualquer outro critério que se utiliza para descobrir quem é Próximo ou não!).   Mas, em oposição ao modo de pensar da Comunidade, Deus ordena que se cuide desses irmãos pois Ele (Deus) está sempre do lado de que cada um dos seus filhos sofredores e, quando estes Clamam, Ele (Deus) os escutam pois é Misericordioso!   É preciso relembra a História para saber que ser estrangeiro não é fácil; quem não ter quem defenda seus direitos (viúva e órfão) é outro transtorno; não ter o suficiente para viver e ter que recorrer a empréstimos é coisa terrível.   Não se pode usar a dificuldade do outro para se dar bem (emprestar dinheiro com usura).   A Comunidade precisa aprender a enxergar em cada uma dessas categorias de pessoas, o próprio Deus que se revela e pede socorro pois Deus está em cada um deles (lembre-se da inscrição e imagem de Deus que está em TODO SER HUMANO e que mais cedo ou mais tarde será devolvido para o Seu Verdadeiro Dono: DEUS!).   Não dá para afirmar que se acredita no Deus que a Palavra nos revela e, ao mesmo tempo, não fazer o que Ele pede de cada um de nós!  Isso é incoerente!  Isso é Pecado que poderá nos condenar!

Toda essa Leitura do Êxodo nos prepara para a controvérsia do Evangelho de hoje (Mt 22, 34-40).   Aqui, Jesus é posto, mais uma vez, em xeque pelos seus interlocutores.   Na semana passada foram os fariseus que enviaram os discípulos junto com os partidários de Herodes e hoje são somente eles (fariseus) que tendo tomado ciência que Jesus fizera calar os saduceus, o interroga: "Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?"   Essa pergunta é muito interessante pois, à época de Jesus, o Decálogo dado por Javé havia sido ampliado de tal forma, que era quase impossível cumprir fielmente TODOS os preceitos da Lei.   Para cada Mandamento do Decálogo foram acrescidos uma série de tantos outros: explicações humanas sobre o que queria dizer cada um deles e tradição do antigos que assumiam o lugar do que, de fato, era importante.   Assim, saber qual o Maior era um caminho para se livrar de tantos pormenores legais que atormentavam a todos.   Existe algum Mandamento que se cumprido nos garante o cumprimento de todos os demais?   Essa é a questão que de fato conta!   E Jesus, não tem dúvida... tomando a Palavra afirma: Sim!  Há um Mandamento que se vivido verdadeiramente englobará todos os demais: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento!  ESSE É O MAIOR E O PRIMEIRO MANDAMENTO!   Mas, o que eles não esperavam (como na semana passada) é que Jesus tem sempre algo a mais para dizer: O SEGUNDO É SEMELHANTE A ESSE: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo!   TODA A LEI E OS PROFETAS DEPENDEM DESSES DOIS MANDAMENTOS!   

Aqui, os ouvintes de Jesus devem ter ficado assustados pois compreendem, de uma vez por todas, que não há a menor possibilidade de Servir, Amar a Deus sem passar pelo Serviço e pelo Amor ao Próximo pois Deus se revela no Próximo e ter que deixar Um para estar com o Outro seria uma incoerência, um Pecado!   Como nos diz São João, em sua Primeira Carta: Quem diz amar a Deus a quem não vê mas não ama o Próximo a quem vê É MENTIROSO!   O nosso Amor a Deus passa, necessariamente pelo nosso Amor ao Próximo!   Não há outro caminho que nos leva a Deus que não seja o Próximo!

É assim que a Comunidade vai se tornando um Sinal de Deus: quando ela se ocupa do serviço ao Próximo!  É isso que a Segunda Leitura nos apresenta (I Ts 1, 5c-10): o Apóstolo Paulo elogia o acolhimento da Palavra que Comunidade fez e, por conta disso, se tornou um Sinal de Deus para os seus e para quem estava longe também!   E, as pessoas comentam a Fé Viva, manifestada nas obras, que a Comunidade possui!

Peçamos a Deus que nos ajude a crescer nesse Amor a Ele e, como consequência, que o nosso Amor pelos nossos irmãos e irmãs cresça sem cessar!

Oremos:
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a Fé, a Esperança e a Caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis!   Por nosso senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo!   Amém!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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