sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"XXVII Domingo do Tempo Comum: O Julgamento de Deus sobre Seu Povo!" - 02 de Outrubro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos, cada vez mais, próximos do final do Ano Litúrgico e, por conta disso, estamos percebendo que a Palavra de Deus proclamada em nossas Celebrações vão ganhando um "tom" de julgamento, isto é, vai nos conduzindo à uma reflexão, cada vez mais firme e forte, à respeito de nossa conduta como portadores da Boa Notícia para o Mundo.   O que estamos fazendo da vida que o Senhor nos concedeu, é a grande questão que se nos apresenta.

Na Palavra de hoje, o Senhor nos coloca, mais uma vez, frente à esta questão citada anteriormente.   A Primeira Leitura (Is 5, 1-7) nos apresenta um texto que reflete a situação do Povo de Deus e sua trajetória até os anos antes da Invasão Assíria (722 a.C.) e Babilônica (587 a.C.) que devastaram os Reinos de Norte (Israel) e so Sul (Judá).   Tudo começa, na leitura em questão com um "poema de amor de um Agricultor por sua vinha".   O texto afirma, de forma clara que, tudo que poderia ter sido feito para que a vinha produzisse uvas de boa qualidade, o agricultor fez, a saber: bom terreno (fértil encosta), fez cerca, limpou o terreno (retirando as pedras), plantou videiras "ESCOLHIDAS" (não, qualuqer videira), edificou uma torre no meio (para que vigias pudessem vigiá-la dos ataques dos estranhos e dos animais selvagens) e, por fim, fez um lagar (para pisar as uvas e produzir bom vinho).   Como vemos, Tudo foi realizado com um único objetivo: OFERECER AS CONDIÇÕES PARA QUE A VINHA PRODUZISSE FRUTOS BONS!   Porém, quando chega a época da colheita, uma decepção: apesar de todo cuidado, a "VINHA PRODUZIU UVA AZEDAS, UVAS SELVAGENS!   Esta situação não tem explicação plausível e, por conta disso, continua a leitura, "TODOS OS BENEFÍCIOS SERÃO DESTRUÍDOS E, AQUELA VINHA, FICARÁ À MERCÊ DE TODOS OS PERIGOS: será devastada, pisoteada, ficará inculta e selvagem, nãoserá podada nem lavrada, espinhos e sarças tomará conta dela e, "NÃO DEIXARÁ QUE AS NUVENS CHOVAM SOBRE ELA".   Este último detalhe, nos faz pensar que estamos diante de uma história que possui significado para além do que está escrito pois, nenhum agricultor possui poder sobre as nuvens pois, tal poder é prerrogativa Divina e, portanto, é preciso entender a história como relação DEUS / POVO.   A Vinha é o Povo de Deus, escolhido e tratado com todo carinho; Deus ofereceu TODAS as condições para o mesmo produzir frutos bons (FRUTOS DE JUSTIÇA E OBRAS DE BONDADE = Uvas Boas) mas, eis que só há frutos maus (INJUSTÇAS E INIQUIDADES = Uvas Selvagens e Azedas).   Daí, a Invasão Assíria e Babilônica representarem a devastação / destruição da mesma Vinha.

Esta primeira Leitura serve de preparação para entrarmos na compreensão da Parábola Evangélica de hoje (Mt 21, 33-43).   Desde a semana passada, estamos nos deparando com as Parábolas que Jesus contou aos sumos sacerdotes e anciãos do povo no Templo de Jerusalém, mostrando a rejeição destas autoridades (e consequentemente, do seu povo) à sua missão.   Vimos, a semana passada a Parábola do "Pai e dos dois Filhos" e, hoje, temos a dos "Vinhateiros Homicidas".   Jesus continua a sua discussão com estas autoridades do povo (representantes do poder religioso e econômico, membros do Sinédrio que condenará Jesus à Morte de Cruz mais tarde).  Repetindo (quase que completamente o texto do Profeta Isaías = Primeira Leitura), Jesus vai contando a Parábola da Vinha.   Tudo foi realizado da melhor forma possível para que, na época da colheita, ele (proprietário) obtivesse frutos bons.   Há uma diferença no Evangelho pois, aqui, se fala que o proprietário arrenda a sua Vinha para terceiros e, só volta por ocasião da colheita.   Em Isaías, a Vinha não produziu nada de bom; já, aqui, a Vinha produz frutos bons mas, os arrendatários não os querem entregar e, desejam tomar "POSSE" daquilo que não lhes pertence de fato.   O Verdadeiro Dono (Deus) manda seus empregados (Profetas) mas, estes são espancados, maltratados e, por fim mortos.  O dono manda o Seu Filho (Jesus) pensando que ao mesmo, "eles iriam respeitar".   Doce ilusão pois ao verem o filho, o herdeiro, pensam: "matando o filho, não haverá quem reclame a herança e, por fim, tudo será nosso!"   Decidem matá-lo!   Arrastando-o para fora da cidade, o matam.   Percebemos, aqui, nitiddamente, toda a trajetória da morte cruel de Jesus e, portanto, é preciso entender que,por trás da letra da Parábola, Jesus está falando de si mesmo e de tudo que estava para lhe acontecer, fruto da ganância do poder estabelecido que não está disposto a fazer a vontade de Deus mas, ao contrário, pretende se utilizar dos benefícios divinos para salvaguardar os seus interesses.    Mas, Jesus, com sua esperteza, lança a questão: "O que o dono da vinha fará com esses que a arrendaram, prometendo entregar os frutos no tempo devido e não o fizeram?"   Esta é uma pergunta que revelará a maldade dos proprios interlocutores de Jesus e, sem o saber, eles darão a sua própria setença.   Afirmam: "Mandará matar de forma horrível esses assassinos e, arrendará a vinha para outros!"   Pois bem, afirma Jesus: "É isso mesmo! Vocês são esses que deveriam entregar a Deus (dono da vinha) os frutos e não o fizeram (vocês rejeitaram a "Pedra Angular!") e, por isso, a Vinha (diferentemente da ação descrita pelo Profeta Isaías) não será destruída mas, será passada para um novo povo que possa entregar os frutos no tempo devido!"   Como Israel não produziu os frutos (Justiça e Bondade) mas, somente pecados, outros irão entrar neste trabalho.   Nós, hoje, somos este novo povo e, precisamos nos empenhar para produzir "FRUTOS DE JUSTIÇA E DE BONDADE" que agradem ao Senhor, o Verdadeiro Dono da Vinha, na qual trabalhamos (XXV Domingo Comum).   Precisamos nos comportar como o Filho que aceita e vai trabalhar na Vinha do Pai (XXVI Domingo Comum).

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 4, 6-9), nos apresenta o Apóstolo Paulo nos orientando, nos ensinando a produzir estes frutos que o Senhor espera de nós: BASTA QUE APRESENTEMOS A DEUS TUDO QUE ACONTECE EM NOSSAS VIDAS SOB A FORMA DE ORAÇÕES, SÚPLICAS E AÇÃO DE GRAÇAS!   Assim, seremos guardados do mal!   A nossa vida deve ser vivida na prática de tudo aquilo que nos torna agradáveis aos olhos dos outos e, consequentemente, aos olhos de Deus: TUDO QUE FOR VERDADEIRAMENTE RESPEITÁVEL, JUSTO, PURO, HONROSO, TUDO QUE É VIRTUDE OU DE QUALQUER FORMA MEREÇA LOUVOR!

Façamos assim e, com certeza, chegaremos ao Céu, nossa Meta Maior!

OREMOS:

Ó Deus de Amor e de Bondade, obrigado por nos ter oferecido uma Vinha em plena condição de produção de frutos.   Obrigado por ter feito TUDO o que poderia ter sido feito par que o nosso trabalho fosse mais simples e fácil.   Vos pedimos, neste dia, que nos ajudeis a vive de acordo com a Sua Santa Vontade e, que os frutos por n´so produzidos traga alegria e satisfação ao Vosso Coração de Pai Amoroso!   Isto pedimos, pelos méritos de Jesus, Vosso Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo!   Amém!
  

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