sábado, 22 de dezembro de 2012

"Noite de Natal: Nasceu-nos, hoje, o Salvador, que é o Cristo Senhor!" - 24 de Dezembro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com grande alegria chegamos, após um tempo de preparação, ao grande momento do nascimento do Salvador, o cristo Senhor!   Essa Noite Santa está cercada de sentimentos de mistério, de amor, de paz, de esperança.   Nessa Noite Santa temos o sentimento de que tudo nos é possível e, portanto nada nos é impossível.   Podemos, de fato, tudo pois Aquele que Tudo pode se faz homem para salvar os homens de suas limitações produzidas pelo pecado.  É tempo de luz!   É tempo de sair das trevas!   É tempo de deixar a Graça e o Amor de Deus invadirem as nossas vidas para que sejamos capazes de ser, de viver a Sua Santa Vontade em nós.

A Palavra de Deus dessa Noite Santa nos apresenta o que Deus foi e é capaz de fazer para nos manifestar e provar o Seu Infinito Amor por nós.   A Palavra dessa Noite é uma Palavra de Conforto, que nos enche de Alegria e, nos faz prosseguir no Caminho da Fé apesar de tantos e tantos obstáculos que, no caminho, vamos encontrando.   Deus visitou o seu povo e, isso é o sinal de que Ele não nos abandonou como pensavam e pensam alguns dos homens e mulheres de todo e qualquer tempo da história!

Na Primeira Leitura (Is 9, 1-6) vemos o Profeta Isaías falando do Tempo do Exílio na Babilônia como sendo um tempo de trevas, de escuridão, aonde o povo não encontrava saídas.   Tudo parecia perdido e sem sentido.   A falta de liberdade, a devastação promovida pelo Rei Nabucodonosor (da Babilônia) foram como um balde d'água na fogueira da fé das pessoas!   Como acreditar se tudo ao redor demonstra a ausência de Deus?   Como manter vivas a Fé e a Esperança, se a situação é de dor, sofrimento e morte?   Aonde se encontra Deus no caos da vida?

Para responder a tais questões, o Profeta anuncia a chegada da Luz, da Alegria, da Felicidade, do Regozijo.   Tudo isso é obra de Deus que, ao contrário do que estava pensando o povo, não abandona os seus mas se faz presente e próximo para mudar a sorte dos seus: a alegria dos ceifeiros na colheita ou dos guerreiros ao dividirem os despojos, será a grande marca daqui para frente, diz o profeta!   Tudo que oprime o povo, acabou: jugo e carga sobre os ombros, botas de tropas de assalto, trajes manchados de sangue ... tudo que gera dor, sofrimento e morte desapareceram!

Tudo isso se dá, porque, nos diz o Profeta: nasceu-nos um menino, foi-nos dado um filho!   É ele que vem com a marca de Deus - porque Deus mesmo - para nos livra de tudo que nos aflige.

Ora, sabemos que todo o Primeiro Testamento não viu realizarem essas Palavras da Profecia pois, o nascimento do Menino que Salva, inaugura um Novo Tempo, um Novo Testamento: esse Menino, que Salva, é Jesus.

No Evangelho dessa Noite Santa (Lc 2, 1-14) vemos que tal nascimento não é acolhido, não é aceito pelos grandes da terra.  Porém, não é por isso que Ele deixa de nascer: não há lugar para eles na hospedaria, Jesus nasce no meio dos bichos; não há berço, Jesus é posto na Manjedoura (cocho, aonde os animais comiam); não há pessoas importantes para que o anúncio do seu nascimento fosse dado, o Anjo anuncia aos pastores (gente que não contava na época).   Mas, a Primeira Leitura da Celebração dessa Noite, já nos alertava: é para os sofredores, os que passam dificuldades, os que estão perdendo a fé e a esperança que o Senhor nasce; é para eles que é dado um Menino, um Filho.   

Acredito que o Nascimento do Salvador se dá nessas circunstâncias porque somente quem se encontra em situações complicadas, difíceis, duras ... são capazes de acolher um Deus que nasce pobre, pequeno, humilde ... numa gruta de Belém.   Reconhecê-Lo e acolhê-Lo  é para quem vive ou compactua a vida dessa gente sofrida e desprovida dos bens da vida!

Quem entende a mensagem desse Tempo de Natal percebe que a graça de deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens, conforme nos fala a Segunda Leitura (Tt 2, 11-14).  Tal compreensão nos leva a romper com a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo como Santos (as).  

O Natal é o começo de novo tempo, de nova era aonde a graça e a bênção de Deus se colocam à nossa disposição.   Não deixemos que tal graça e benção passem batidas por nós mas, ao contrário, as agarremos de modo que em nós, elas produzam frutos e, com nossas vidas transformadas, transformemos a realidade de dor, sofrimento e morte que nos cerca!

Bom Natal para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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