sexta-feira, 11 de maio de 2012

"VI Domingo da Páscoa: A Experiência com o Ressuscitado nos faz AMAR para além de nossas FRONTEIRAS!" - 13 de Maio de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria estamos entrando na reta final deste Tempo Pascal e, celebrando hoje o VI Domingo somos convidados a intensificar a nossa reflexão no sentido de perceber se estamos ou não fazendo aquela experiência com o Ressuscitado - experiência esta falada tantas vezes no início da Páscoa como condição para nosso testemunho de cristãos - de modo que a nossa vida possa revelá-Lo ao mundo que, ainda, não acredita.

Neste VI  Domingo, a Palavra de Deus vem ao nosso encontro com um objetivo muito claro: "Todo aquele (a) que faz a experiência com o Ressuscitado deve conduzir a sua própria vida pelos caminhos que Ele (Ressuscitado) trilhou e, neste caminho - marcado pela vivência do AMOR - ser capaz de quebrar toda e qualquer barreira que produza separação entre os seres humanos!"   Em outras palavras: não é possível afirmar que se está fazendo a experiência com o Ressuscitado se, por outro lado, a nossa vida ainda está marcada pelas práticas mesquinhas produzidas pelos nossos pecados.   Os frutos da vida dos crentes precisam estar em consonância com a Vida que o Senhor viveu!

Assim, no Evangelho da Santa Missa deste VI  Domingo (Jo 15, 19-17) vemos o Senhor ocupado em passar para os seus discípulos o essencial de sua mensagem: a prática concreta do AMOR para com os outros (amigos)!   Este trecho do Evangelho de São João é a sequência do trecho apresentado na semana passada (Jo 15, 1-8  -  Videira e os Ramos) e, assim como o da semana passada, faz parte dos "Discursos de Despedida de Jesus", ou seja, é importante reforçar a ideia de que tais palavrara possuem uma força maior pois são as últimas que o Mestre pronuncia como ensinamento aos seus discípulos.    Poderíamos falar que tais palavras funcionam como uma espécie de resumo, aonde as principais, ou melhor, "a principal ideia que Ele (Jesus) quis passar durante toda a sua vida, é apresentada!   Nestas últimas palavras estão contidas a GRANDE VERDADE QUE O SENHOR BUSCOU REVELAR : a VIDA GUIADA PELA PRÁTICA DO AMOR CONCRETO!

Com o trecho da semana passada, começamos a perceber que não podemos nos afastar daquele que é a razão de nossa vida e de quem podemos retirar a força necessária para produzirmos os frutos que necessitam ser produzidos: como Ramos, precisamos PERMANECER UNIDOS À VIDEIRA VERDADEIRA pois, somente assim, serem os CUIDADOS PELO AGRICULTOR QUE PODA PARA QUE TENHAMOS MAIS FORÇA PRA PRODUZIR OS FRUTOS QUE PERMANECEM.   Sem esta união e sem os cuidados do Pai, o ramo seca e, como tal é cortado e lançado ao fogo.

Seguindo esta linha de pensamento, o trecho evangélico de hoje nos apresenta, de forma bem clara, que tipo de fruto o ramo que está ligado à Videira pode e deve produzir: FRUTOS DE AMOR!  Jesus afirma que o mesmo Amor que o Pai tem por Ele, Ele tem por cada um de nós e, mais uma vez, insiste: PERMANECEI NO MEU AMOR!  Mas, poderíamos nos perguntar: "Como permanecer neste Amor?"   E, a resposta vem em seguida: "Guardar os mandamentos que Ele nos deu - na verdade, O MANDAMENTO - que se resumem no AMOR!"   A união entre Jesus e o Pai vem da capacidade que Jesus apresentou de viver a vontade do Pai em sua vida e, desta mesma forma, se quisermos estar unidos a Ele (Jesus) precisaremos guardar (viver) o seu mandamento, isto é, o AMOR.   Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei!   Esta é a ordem do Senhor!   Importante é a compreensão do Amor na perspectiva do Senhor: "NINGUÉM TEM MAIOR AMOR DO QUE AQUELE QUE DÁ A VIDA PELOS AMIGOS!"   Este exemplo o próprio Senhor dará ao entregar a sua vida por nós (considerados por Ele, seus amigos) pois "nos deu a conhecer tudo que ouviu de seu Pai".   O Senhor não quer uma adesão forçada, obrigada (como é a adesão do Servo ao Patrão) mas, ao contrário, espera que nossa adesão se dê com bases no Amor, sentimento próprio dos Amigos.   A nossa adesão a Ele, no Amor é uma resposta que Lhe damos: "Não fostes vós que me escolhestes mas FUI EU QUE VOS ESCOLHI E VOS DESIGNEI PARA IRDES E PARA QUE PRODUZAIS FRUTOS E VOSSO FRUTO PERMANEÇA!"   Deus, em Jesus, nos AMA por primeiro, nos escolhe como somos ou como estivermos e, a nossa vida de amor passa a ser, a partir desse momento, uma RESPOSTA AO AMOR RECEBIDO, DE GRAÇA, da parte DELE!  Essa compreensão é fundamental para não incorrermos em erros grotescos que, ainda nos nossos dias, continuam acontecendo entre nós: a não aceitação das pessoas entre nós por acharmos que não possuem "vida digna" para estarem aqui conosco!

É este o assunto que, na Primeira Leitura de hoje (At 10, 25-26.34-35.44-48) nos apresenta: a dificuldade de alguns apóstolos em entender que "Deus não faz acepção de pessoas mas aceita quem for, desde que, pratique a Justiça e O tema de verdade!"   O encontro entre Pedro (Apóstolo) e Cornélio (Pagão) é uma das páginas mais belas dos Atos dos Apóstolos pois revela toda a força que o Amor apresenta na aceitação do outro que se apresenta.   Os Apóstolos e todos nós precisamos entender que não somos nós quem decidimos o que fazer mas devemos estar atentos aos apelos, aos desígnios, aos comandos de Deus.   Deus é quem decide (lembre-se: o ramo deve produzir os frutos que a Videira quer!)  Para que isso ocorra é importante a nossa UNIDADE com o Senhor, PERMANECER NELE E COM ELE!   Não podemos ser, no caminho de Deus, um obstáculo ao cumprimento de Sua Vontade mas, ao contrário, o que se espera é que sejamos facilitadores, pontes.   É importante ter claro que a obra é Dele e, que quando chegamos, Ele já chegou antes: "Estavam ainda falando quando o Espírito desceu sobre os da casa de Cornélio..."   O apostolado existe para confirmar e facilitar os projetos de Deus e, o seu projeto é que TODOS ESTEJAM COM ELE!   O Batismo é a confirmação da vontade de Deus sobre  Cornélio e os seus!

Por fim, corroborando tudo isso dito até agora, temos a Segunda Leitura (I Jo 4, 7-10) que nos remete, mais uma vez, para a necessidade de AMAR para que estejamos em Deus e Deus esteja em nós.   Não há a menor possibilidade de autoafirmar de Deus se a nossa vida é marcada pelo ódio pois "DEUS É AMOR!"   Só quem ama prova que nasceu, que fez a experiência de Deus.   Concluindo a leitura, São João afirma, mais uma vez que o nosso Amor é resposta, é ato segundo pois o ponto de partida, o toque inicial, a decisão, a escolha primeira foi Dele, de Deus:"Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima em reparação pelos nossos pecados!"

Fica a pergunta: Poderíamos nós, os seguidores deste Deus, não fazer o mesmo que Ele fez conosco ou para nós, com todos aqueles que estiverem ou forem colocados em nosso caminho?

Que Deus nos ajude a crescer neste Amor que resgata e salva a todos!   Assim seja!

Boa celebração para todos (as)!

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