quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"XXIX Domingo do Tempo Comum: Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!" - 16 de Outubro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Tendo encerrado na última semana (XXVIII) os confrontos entre Jesus e as Autoridades Religiosas e Políticas do seu tempo (Sacerdotes do Templo e anciãos do Povo) e que nos revelou a grande distância existente entre as nossas concepções de Deus e, aquilo que, de fato, Deus fala de Si mesmo na Sua Palavra, iniciaremos, hoje, uma nova etapa, já nos colocando em alerta sobre o final do Ano Litúrgico que está, cada vez mais, próximo.

A Palavra de Deus de hoje nos oferece a oportunidade de refletir, num primeiro momento, sobre o Poder de Deus, capaz de utilizar dos mais diversos meios, instrumentos, pessoas ... para fazer acontecer a Sua Santa Vontade.   Assim, a Primeira Leitura (Is 45, 1.4-6) nos apresenta "CIRO" (Rei Persa - Pagão) como o "UNGIDO" que irá dar a liberdade ao Povo para regressar à sua Pátria (Jerusalém), após 50 anos de Exílio na Babilônia.   Este rei persa será um instrumento divino para fazer ao povo aquilo que o próprio Deus quer fazer: "submeter os povos ao seu domínio, dobrar o orgulho dos reis, abrir todas as portas à sua marcha, e para não deixar trancar os portões".   Todo este Amor de Deus para com Jacó e Israel é para provar que somente "Ele é Senhor e não há outro".   Isto nos faz pensar na necessidade que temos de reconehcer o Senhor como nosso único Senhor e, portanto, podermos devolver a Ele tudo que, de fato, lhe pertence.   A vida do ser humano é obra e graça de Deus e, a a realização da mesma, só será possível, se voltada para Aquele que a criou.

Ouvindo esta leitura do Profeta Isaías, nos preparamos para compreender, melhor, o Evangelho da Celebração de hoje (Mt 22, 15-21).

Neste texto, Mateus nos apresenta Jesus que, mais uma vez, é posto numa situação embaraçosa pelos seus adversários (discípulos dos Fariseus e partidários de Herodes).   Estes querem pôr Jesus à prova e, para tanto, fazem-lhe uma pergunta, no mínimo, capiciosa: "É lícito ou não "PAGAR" o imposto a César?"   Ora, tal pergunta coloca Jesus numa espécie de "saia justa" pois se afirmasse a liceidade do imposto ficaria bem com os romanos que oprimiam o povo mas, em contrapartida, ficaria mal com o seu povo; se negasse, ficaria bem com o seu povo mas se encrencaria com o Poder Romano instituído.   Parece que não há saída!   Apesar dos elogios, Jesus percebe a maldade no coração dos seus interlocutores e, responde chamando o grupo de hipócritas pois, apesar de serem líderes do povo, estão atrelados ao poder que explora e mata.   Tanto isso é verdade que ao pedir uma moeda com a qual se apgava o imposto, imediatamente, eles a apresentam (carregavam com eles a moeda que eles mesmos diziam ser uma espécie de idolatria que a Lei Mosaica proibia - Lei esta na qual eram versados!).    Ao ver a moeda, Jesus pergunta de quem eram a inscrição e imagem presentes nela.   Eles respondem que eram de César, o Imperador!   Portanto, conclui Jesus: "DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS!"   Tal resposta revela que quando um objeto traz a imagem e/ou nome de alguém, este alguém é o seu proprietário e, portanto, a moeda devia ser devolvida àquele que tinha a sua imagem e nome impressos nela (no casa, César).    Porém, ao mesmo tempo em que afirma a necessidade de "dar a César o que lhe pertence", acrescenta a "NECESSIDADE DE "DEVOLVER" A DEUS O QUE É DELE!"    Poderíamos nos perguntar: "Mas o que traz a inscrição e imagem de Deus para Lhe pertencer?"    E, a resposta, nós a encontramos nas primeiras páginas da Bíblia (Gn 1-2) aonde Deus "cria o ser humano à sua imagem e semelhança".    Portanto, importante é dar a César o que é de César mas, a vida do ser humano (com tudo que ela é e possui) deve ser devolvida a Deus, seu verdadeiro dono.

Na Segunda Leitura (I Ts 1, 1-5b), vemos o Apóstolo Paulo se alegrando com a Comunidade de Tessalônica por ter assimilado esta verdade do Evangelho de hoje.   A fé, demonstrada numa caridade concreta e numa firme esperança de que Deus é o dono de tudo e, mais cedo ou mais tarde teremos que devolver o que, no Seu Amor, nos ofereceu.

Agradeçamos, portanto, a Deus que no Seu Infinito Amor realiza por nós, o que precisamos para experimentar a Sua Vida.   Peçamos a Ele a graça de, na gratidão, devolvermos a nossa vida (fruto de sua bondade e amor) a Ele.    Amém! 

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