sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"Civilidade e Barbárie: as Contradições do Mundo que se auto-afirma "MODERNO""

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Gostaria de partilhar com vocês algumas "inquietações" que, vira e mexe, voltam aos meus pensamentos  quando, observando e ouvindo o mundo que nos cerca, percebo suas contradições.   São, apenas, questionamentos que me pego fazendo para mim mesmo e, que por meio deste veículo, posso pô-las para "fora" de mim.   Vendo os telejornais nos últimos dias, alguns fatos me chamaram muito a atenção e, geralmente, é a partir das notícias que vejo e ouço, é que me veêm à mente, tais indagações.

Assim, não sei se vocês acompanharam, tivemos agora há pouco, o "assassinato brutal" de Muamar KADAF e, assim como ocorreu com Osama Bin Laden, foi algo que me chocou profundamente.   Vivemos num "Mundo Civilizado" mas, de vez em quando (para não dizer de vez em sempre) nos deparamos com cenas que, mais parecem a reprodução de épocas bárbaras do passado (que, diaga-se de passagem, historicamente falando, está muito distante de nós!).   É impossível não ficar chocado com a apresentação da "MORTE" como uma espécie de "troféu" que se exibe como se fosse algo "BOM" em si mesmo.   Ninguém está querendo que o mal prossiga no mundo porém, é preciso entender que a destruição do mal não se dá com a mera eliminação do malvado.    É preciso entender que a "Pessoa" está acima de tudo, inclusive de suas próprias ações e, portanto, não podemos confundir o Ser Humano com aquilo que ele faz (sobretudo, de mal).   A Pessoa tem que "valer mais"!   Como afirmou a nossa Presidenta Dilma: "Reconhecemos o mal produzido por Kadaf mas, em hipótese alguma, se pode comemorar a Morte de quem quer que seja!"   E, acrescento eu: "Pois a Morte não é algo que mereça ser comemorado!"   Mesmo que seja em nome um "mundo melhor", a Morte é sempre uma estratégia errada, equivocada pois a melhora do mundo passa pela mudança dos corações e não pela eliminação, pura e simples, das pessoas que alguns, de forma arbitrária, julgam não serem "boas" para o mundo que elas (autoridades) pensam.

Outro ponto que me chamou a atenção nestes últimos dias foi a resolução dos líderes europeus com relação à divida da Grécia.    Quem acompanha o noticiário sabe que, há alguns meses, a crise européia se mostrou ao mundo com grande força, sobretudo na Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Irlanda.    Durante muito tempo, os líderes do bloco tentaram - sem sucesso - encontrar uma forma de "salvar-se", sem comprometer-se, de fato, com a questão.    Pensavam que o problema enfrentado por alguns deveria ser solucionado por estes alguns.   "Não é justo que quem não produziu dívidas tenha que pagá-las" - pensavam!    Foram meses e meses de busca de soluções mas que,  em momento algum, tais soluções apareciam.   Nesta semana, numa quase que "última investida" - pois todos se encontraram às portas do precipício da falência - concluiram: "Ou TODOS nos unimos e salvamos a Grécia ou, desunidos, pereceremos TODOS com a Grécia!"   Que conclusão lógica porém tão demorada para ser tomada.    Imediatamnte, quando ouvi e vi tal notícia, pensei na Primeira Leitura do XXX Domingo do Tempo Comum (domingo passado - 23/10/11), do Livro do Êxodo, aonde Javé pede que a Comunidade viva comunitariamente sem oprimir ninguém e, oferecendo o possível para que o outro tenha sua vida garantida.    Em Comunidade - e, mais uma vez insisto: vivemos numa GRANDE COMUNIDADE GLOBAL! - as alegrias devem ser partilhadas bem como as tristezas.    Ou, nos salvamos em Comum ou nos perderemos em conjunto.    Percebemos, aqui, que as soluções dos grandes problemas da humanidade estão estreitamente ligados àquilo que na Palavra de Deus nos é proposto.   Na verdade, as soluções são simples; nós complicamos por conta de nossa ganância e fechamento em nós mesmos.

Por último, para fechar este texto, gostaria de chamar a atenção para um episódio, no mínimo escandaloso (para não usar outro termo mais gritante): "o fato ocorrido numa creche, na cidade de Piracicaba (interior de São Paulo), entre uma criança de 03 anos e sua educadora!"   Não sabemos de toda a história mas, o que foi noticiado é que a criança em questão chutou a professora e, esta, resolveu fazer um boletim de ocorrência contra tal criança.   É verdade que a Instituição desmentiu tal fato e afirmou que o B.O. foi feito por conta da avó da criança e, que a criança foi à Delegacia por estar com a mesma.    Porém, a presentação do B.O. na TV revela que foi contra a criança mesmo.    Bom, sem mais delongas, independetemente do que fez a criança, do B.O. ou qualquer outra coisa, importante é refletir sobre tal fato.   Poderíamos nos questionar:   o que esperar de uma Cidade, de um Estado, de um País, do Munodo que não consegue travar, o mínimo necessário, de relações saudáveis?  O que fez esta criança - repito: de 03 anos de idade - revela, desvela que tipo de sociedade?   Qual o papel da Família, da Escola, da  Polícia, da Igreja, entre outros, na formação INTEGRAL do ser humano.   Se é verdade o que diz algumas teorias à respeito da formação do ser humano (teorias sóciointeracionistas) de que o ser humano se faz na CONVIVÊNCIA COM OUTROS SERES HUMANOS, que na verdade NÓS NOS TORNAMOS HUMANOS QUANDO APRENDEMOS COM OS OUTROS HUMANOS AS SUAS CARACTERÍSTICAS, por que esta criança está se comportando desta forma?   O que está faltando?   De quem é a responsabilidade pela formação das NOVAS GERAÇÕES DE SERES HUMANOS?

Respostas prontas, eu não as tenho porém, não posso deixar de levantar questionamentos sobre situações que me chocam e, desses questionamentos, me perguntar a mim mesmo: QUAL A MINHA PARCELA DE RESPONSABILIDADE NISSO TUDO?

É só para pensar!!!!     

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