Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Dando continuidade às nossa reflexões, celebramos o XI Domingo do Tempo Comum e, como já falamos em reflexões anteriores, é importante que estejamos atentos (as) à Palavra de Deus, de modo que consigamos retirar da mesma pistas, luzes, possibilidades que nos auxiliem na restauração de Sua Imagem e Semelhança em nós de modo a sermos Santos e Perfeitos como nosso Pai do Céu é SANTO E PERFEITO!
Neste sentido, o tema central da Palavra de Deus deste Domingo é Reino de Deus e sua Construção entre nós! Questões sobre o que esse Reino e como se dá a sua manifestação em nosso mundo, bem como de quem é a responsabilidade pela manifestação do mesmo, são fundamentais e serão respondidas nesta Celebração.
Assim, a Primeira Leitura (Ez 17, 22-24) e o Evangelho (Mc 4, 26-34) estão estreitamente ligados pois trazem à tona a reflexão à respeito do que é o Reino de Deus e de quem é a responsabilidade pela sua construção e manifestação no mundo, além de mostrar qual deve ser a participação humana nesse processo.
Ezequiel, por meio de uma parábola, revela que ao pecado humano que destrói o projeto de Deus, Deus responde com seu poder e, do aparente NADA, do INSIGNIFICANTE, sem SENTIDO Ele (Deus) refaz o seu Projeto. A imagem do Cedro Exuberante nos remonta àqueles que pensam que o fato de ocuparem um lugar de poder (no caso, o rei) podem fazer o que acham e querem. É importante que o Profeta Ezequiel retoma a ideia de que Deus é suficientemente capaz de, a partir de galho, de um broto deste Cedro tudo poderá ser refeito. Deus transplanta para outro local esse broto, esse galho e, com o poder que possui refaz tudo. Quando o broto arrancado e transplantado se tornar uma ÁRVORE EXUBERANTE, todas as demais árvores da floresta lhe prestarão homenagem e reverência pois reconhecerão o senhorio e poderio do Senhor: Ele abaixa a árvore alta e eleva a árvore baixa; faz secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Ele é o Senhor que DIZ E FAZ! Nesta Leitura começamos a compreender que Deus é o Autor do Seu próprio Reino.
Tal ideia se completa com as Parábolas Evangélicas de hoje: Jesus quer comparar o Reino de Deus com algo compreensível aos ouvidos dos seus interlocutores e, retirando da vida rural exemplos, torna o seu discurso assimilado pelos ouvintes. Jesus afirma que o Reino de Deus é como uma lavoura: ao seu humano cabe somente semear a semente que possui e, o resto é obra da natureza que faz germinar a semente, crescer a planta, produzir flores, frutos e novas sementes que serão novamente lançadas para o processo se perpetuar. O homem dorme e acorda e, independentemente da sua ação, o PROCESSO CONTINUA NO SEU TEMPO E RITMO. Assim, de repente, quando todos (as) menos esperam o processo se conclui e, o ser humano poderá colher e se nutrir dos benefícios da lavoura e, a vida se perpetuará. Ora, tal imagem nos coloca diante de uma verdade: É Deus quem faz a obra fundamental de construção do Seu Reino pois, a té a semente que é semeada pelo ser humano é oferecida por Ele. O ser humano precisa aprender a esperar que as ações divinas promovam a transformação necessária às sementes que foram lançadas de modo a produzirem os frutos que são esperados por todos (as). Uma paciência ativa é o que o Senhor espera de nós!
A Segunda Parábola traz o mesmo tema e, faz menção ao contraste MENOR / MAIOR: Menor Semente (mostarda) se torna a Maior das Hortaliças! Recorda Ezequiel na Primeira Leitura. O ser humano precisa ter a coragem de lançar a semente no jardim e esperar. Essa atitude, somada à força e graça divinas, trará benefícios para todos (as): Árvore Grande que abriga os pássaros que ali farão os seus ninhos e promoverão a perpetuação da VIDA recebendo abrigo necessário!
Por fim, a Segunda Leitura (2 Cor 5, 6-10) nos apresenta a confiança que deveremos ter no nosso Deus de modo que possamos utilizar a nossa vida para cumprir a sua vontade em nós. Viver dessa forma é garantia de, um dia, irmos morar, para sempre, com Ele.
Que a participação na Celebração deste XI Domingo Comum nos possibilite a compreensão do nosso papel neste mundo e, na medida dessa compreensão consigamos colocar em prática o que Deus espera de nós! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
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