sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Amar os Inimigos: Como poderemos chegar nesse patamar?"

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Na última terça-feira (19/06), o Evangelho da Celebração foi Mt 5, 43-48, aonde o Senhor, no clássico Sermão da Montanha, coloca a necessidade de superar o que fora dito aos antigos: ame seus amigos e mantenha o ódio contra os inimigos!   No trecho em questão, o Senhor ordena amar os inimigos e reza pelos que nos maltratam e perseguem pois somente assim poderíamos superar a prática pagã.

Diante dessa Palavra, no momento da homilia, começamos a conversar (os presentes e eu) e, para instigar a discussão fui levantando algumas questões, tais como: Seria possível, ao ser humano AMAR OS INIMIGOS?   Se sim, de que forma?   Haveria uma maneira de atingir esse IDEAL proposto pelo Senhor?   O que significaria AMAR OS INIMIGOS?   E, dessa forma, as ideias foram aparecendo.   De início, as respostas pareciam tender para uma certa impossibilidade, passando por uma vaga possibilidade, chegando ao clássico "Posso até AMAR mas, cada um no seu canto; se precisar de mim, auxilio mas sem muita intimidade!"   Ora, mas será isso que o Senhor tinha em mente quando pediu aos seus discípulos e ao povo que O escutava para superar o que fora dito aos antigos?   Será que o Senhor pediria de nós alguma situação que não pudesse ser vivida em plenitude?   E, assim a discussão foi ganhando corpo e, na medida que intervinha, sentia nos presentes um olhar pensativo, reflexivo, que buscava uma solução, uma saída para minhas questões.   Até, que numa certa altura (já estávamos conversando havia uns 15 minutos), alguém colocou o seguinte pensamento: 

"É possível AMAR OS INIMIGOS DESDE QUE EU CONSIGA ENXERGAR NELE O PRÓPRIO SENHOR!"

Nossa... que sacada incrível!   É isso mesmo, pensei!    Era isso que eu gostaria que alguém pudesse falar!

Na verdade, acredito piamente que amar o inimigo não é possível pois o inimigo é o mesmo que satanás, é o adversário que precisamos vencer a qualquer custo.   Amá-lo, nesse sentido, se torna uma ação hipócrita, falsa, porque impraticável.   Daí, só uma saída: transformar o INIMIGO em AMIGO!   Mas, como poderemos fazer isso?   Somente deixando de enxergar o OUTRO por meio daquilo que ELE faz e O enxergando por aquilo que Ele é, ou seja, Filho de Deus e, portanto, nosso IRMÃO (Ã).   Assim sendo, percebemos que a mudança é algo que deve ocorrer em mim e, não, no outro.   Eu tenho que purificar os meus sentidos para perceber o outro como irmão e não como adversário.   Talvez por isso, o Senhor no início de seu Sermão já chamava a atenção para necessidade de purificarmos o nosso olhar pois somente assim poderíamos contemplá-Lo (Só os Puros de Coração verão a Deus).   Deixar de ver o outro com o olhar físico e enxergá-lo com o olhar divino, do coração.   Passar por tal transformação pessoal é o caminho para se atingir a perfeição da proposta do Senhor no Evangelho da Santa Missa de hoje.   

Talvez seja por conta disso que o Senhor nos ame com amor infinito: Ele nos enxerga como Amigos (não vos chamo servos mas amigos, afirmou!) porque nos enxerga com o olhar do Seu Coração!   Por isso foi às últimas consequências - morreu na CRUZ - para nos Salvar!

Por fim, gostaria de encerrar mais essa reflexão com um pensamento: 

"Para os crentes não há adversários que devam ser eliminados mas IRMÃOS que necessitam ser SALVOS!"

Pense nisso e comece a fazer a sua parte! 

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