terça-feira, 11 de setembro de 2012

"Festa da Exaltação da Santa Cruz: Na Cruz do Senhor, a Salvação da Humanidade!" - 14 de Setembro de 2012

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com imensa alegria em nossos corações celebramos, mais uma vez, a Festa da nossa Padroeira Maior: a SANTA CRUZ!   Sabemos que a escolha de um Padroeiro ou de uma Padroeira para nossas Comunidades não é algo que se dá por acaso ou de qualquer forma.   Quando escolhemos, em comum acordo com os irmãos e irmãs de Caminhada de Fé, o Padroeiro ou Padroeira estamos querendo dizer a Deus e ao mundo que desejamos atingir o ideal Perfeição e Santidade que nos é proposto, seguindo os mesmos caminhos que o escolhido (a) seguiu.

Diante disso, nos perguntamos: Mas, quem é a Santa Cruz? O que fez ela para merecer ser santa? Que lições poderemos tirar dela? Como atingir a Perfeição e Santidade seguindo seus exemplos? que exemplos são esses?  E, por aí vão uma série enorme de perguntas que norteiam o nosso imaginário, a nossa mente.

Bom, em primeiro lugar é importante esclarecer que a Santa Cruz não é uma pessoa - como São José, Nossa Senhora, Santa Rita de Cássia, São João Batista etc. - mas, um Objeto.   A Santa Cruz é o Lenho, o Madeiro que o Senhor Jesus teve que carregar até o Calvário e, que suspenso Nele entregou a Sua vida por AMOR e para a SALVAÇÃO DO MUNDO INTEIRO!   Hoje, a Igreja no Mundo celebra uma Festa pois quer mostrar a sua Fé nesse Deus que por Amor se fez homem e, morrendo na Cruz venceu a morte e ressuscitando dos mortos, nos garantiu a VIDA PLENA!

Portanto, meus irmãos e irmãs, a nossa Padroeira nos indica que o caminho de perfeição e santidade que devemos seguir é o mesmo de nosso Senhor: o caminho da ENTREGA PERFEITA E TOTAL de nossas vidas pois a CRUZ nos recorda a ENTREGA PERFEITA E TOTAL DO SENHOR!

A Palavra de Deus proposta nesta Festa nos ajudam a refletir sobre o sentido da Cruz e, automaticamente, nos oferece pistas, luzes, caminhos para atingirmos o ideal de perfeição e santidade falados anteriormente.   Vejamos:

A Primeira Leitura (Nm 21, 4b-9) nos apresenta o episódio conhecido como a serpente de bronze e alguns pontos nos chamam a atenção: a) o episódio ocorre no contexto da TRAVESSIA DO DESERTO e, dessa forma, poderemos constatar que o mesmo se coloca no plano da Pedagogia Divina pois o Deserto é um mais que um espaço físico, um espaço teológico (aonde Deus se revela e educa o seu povo rumo à Terra Prometida); b) o Deserto é espaço de aflição e dificuldades pois nele as pseudo seguranças humanas se mostram frágeis por não darem conta de satisfazer as necessidades mais elementares da vida, tais como, comer e beber; c) o Deserto é espaço de teste e, em muitos casos, o povo não consegue manter-se FIEL e, impacientando-se, murmura contra Deus e Moisés; d) o Deserto pode nos fazer pensar que o MELHOR ERA QUANDO ESTÁVAMOS NO "EGITO" = TERRA DA ESCRAVIDÃO e, dessa forma poderá produzir um desejo de voltar ao passado de morte.

Dessa forma, a Leitura dos Números nos revela que consequências acabam ocorrendo na vida do Povo que, desprezando o Dom de Deus, acabam murmurando contra Ele: a) as serpentes venenosas que surgem; b) tais serpentes investem contra o povo; c) muitos do povo acabam morrendo.   Murmurar e negara presença de Deus em nossas vidas nos expõem a toda sorte de maldades situações de morte.

Diante do acontecido e, refletindo melhor, o Povo volta atrás (em linguagem mais técnica, se CONVERTE) e, tal conversão provoca o retorno de Deus ao Povo já que este, também, se voltou para Ele: o povo pede a Moisés, reconhecendo o seu erro, que interceda junto de Deus por ele.   Moisés, assim, o faz e, a ordem de Javé é a fabricação de uma serpente de bronze que ao ser posta sobre uma haste iria promover a cura daqueles (as) que fossem mordidos pelas serpentes abrasadoras do deserto.  Olhar para a serpente não tinha, a princípio, nenhum valor salvífico mas, o sentido verdadeiro do texto está em que olhando para a serpente de bronze, o povo iria compreender que somente Deus (Javé) é capaz de dar a Vida; a serpente de bronze levava as pessoas a reconhecerem em Deus (Javé) o Senhor da Vida e, automaticamente, passava a compreender que não deviam murmurar ou questionar os caminhos que Ele (Javé) oferecia para ser trilhado.

Essa Primeira Leitura é colocada hoje para servir de pano de fundo para o texto evangélico da Festa de hoje (Jo 3, 13-17) que nos apresentará Jesus como Aquele que será suspenso num Madeiro, na Cruz e, assim como os mordidos pelas serpentes no deserto, ao fixarem o olhar na serpente de bronze levantada na haste por Moisés no deserto ficavam curados, assim todo aquele (a) que contemplar o Senhor no alto da CRUZ será salvo.   O episódio do deserto é lembrado por Jesus, no diálogo com Nicodemos, para revelar o infinito Amor de Deus pelos seus: Deus amou tanto o mundo que lhe deu Seu Filho Único para que não pereça todo o que Nele crer mas, ao contrário, tenha a Vida Eterna.   Deus enviou o Seu Filho não para CONDENAR mas para SALVAR o MUNDO.

Meus queridos irmãos e irmãs... que bela lição a Festa de hoje nos traz: participar de uma Comunidade / Paróquia com tal Padroeira deve trazer à tona de todos os seus fieis a verdade maior da Cruz: ela  se tornou, pela morte do Senhor Jesus, Instrumento de Salvação para o Mundo Todo.   Dessa forma, podemos afirmar que a escolha da Santa Cruz com Padroeira dessa nossa Paróquia exige de todos nós essa mesma prática: entregar-se por Amor pela Salvação de TODOS (AS).  Todo o trabalho desenvolvido em nossas duas Comunidades, a saber, Santa Cruz e Santa Rita de Cássia devem trazer esta marca: a busca pela Salvação de TODOS (AS) pois é essa a grande lição que a Santa Cruz nos apresenta.

Por fim, a Segunda Leitura (Fl 2, 6-11) vem corroborar toda essa reflexão pois, o Apóstolo Paulo nos apresenta o caminho seguido pelo Senhor para alcançar a Salvação da Humanidade e, esse caminho deveria ser o perseguido por todos (as) nós que participamos de uma Paróquia que tem a Santa Cruz com Patrona Maior: esvaziamento de si mesmo, assumir a condição dos mais desprezíveis, fazer-se igual aos demais, humilhar-se a si mesmo, tornar-se obediente até a a morte e, esta na Cruz, se preciso for.   Esse é o caminho que a Festa da Santa Cruz  nos apresenta se quisermos ser, pelo Pai elevados à dignidade de seus filhos e filhas!

Que a nossa Paróquia que vive as alegrias de celebrar, mais uma vez, a sua Padroeira possa, de forma cada vez mais coerente, viver os ensinamentos que decorrem da mesma.   Assim seja!

Boa Festa para todos (as)!

P.S.: Convidamos todos para participarem de nossas Celebrações que acontecerão a partir de hoje (11/09) até o próximo sábado (15/09).  De hoje (11/09) até sexta-feira (14/09) às 20:00h na Igreja Matriz de Santa Cruz e, no sábado (15/09), às 18:00h, no Pátio do Colégio Fusco!


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