Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Continuamos, hoje, a reflexão iniciada no domingo passado: Quem é o Messias? Que caminhos Ele escolhe para cumprir a sua Missão neste mundo? O que se espera daqueles (as) que desejam segui-Lo mais de perto?... Essas e tantas outras questões norteiam a Palavra de Deus da última e dessa semana que começamos.
Às vezes ouvimos muitos afirmarem que possuem fé mas, uma pergunta que se faz importante é: Quem é o Deus que acreditamos? Responder essa pergunta é fundamental pois dependendo da resposta, seremos movimentados para essa ou aquela prática religiosa ou pastoral. Toda a nossa vida prática vem marcada pelo conceito, pela ideia de Deus que formulamos em nossa cabeça. Daí, por exemplo, no domingo passado, o Senhor ter concluído a primeira etapa do Evangelho de Marcos com tal questão: Quem sou eu? Parece que Pedro sabia bem a resposta porém, não compreendia o alcance da mesma pois o Senhor sentiu a necessidade de explicitar - com todos os pormenores - o real sentido da resposta oferecida pelo discípulo: Tu és o Messias! Parece que Pedro imaginava um tipo de Messias diferente daquele que o Senhor revelaria mais tarde.
Hoje, continuamos nessa linha de reflexão e, a Palavra nos oferece mais pistas, caminhos, luzes para compreender que Tipo de Messias é Jesus e, portanto, o que Ele espera daqueles (as) que desejam segui-Lo de fato. Vejamos:
Na Primeira Leitura (Sb 2, 12.17-20) temos um texto sintomático para nossa reflexão pois, como o Profeta Isaías no domingo passado, nos apresenta o sofrimento do justo como consequência da fidelidade do mesmo ao projeto de Deus em sua vida. Numa sociedade que optou pela infidelidade e por conduzir a vida de acordo com os próprios critérios. Há uma impiedade latente e vigente: enganos, roubos, explorações ... marcam a vida dos injustos. De outro lado, um pequeno resto (justos) luta para se manter fiel aos desígnios de Deus e, por conta disso, são vítimas dos demais. A vida do justo é uma espécie de luz que ilumina a conduta errada dos injustos e, esses se sentindo incomodados não sossega até conseguir eliminá-los do mundo dos vivos: armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da Lei e nos reprova as faltas contra nossa disciplina. Nesse texto, percebemos como a vida dos justos é algo que incomoda e, como tudo aquilo que incomoda, é preciso eliminar. Os ímpios buscam de todo jeito destruir o justo: usam até ofensas e torturas para modificar a sua conduta, além de condená-los à morte vergonhosa. Nesse momento, a Fé dos justos é testada e, a certeza da vitória os manterá fieis até o fim.
Essa Primeira Leitura prepara o texto evangélico de hoje(Mc 9, 30-37) que nos apresenta o Senhor ensinando os seus discípulos. O objeto de estudo é o segundo anúncio da Paixão nesse Evangelho: sofrimento, entrega e morte do Filho do Homem. Por sua vez, os discípulos demonstram incompreensão das palavras ditas por Jesus pois, na verdade, não querem aderir a esse tipo de Messias.
Os discípulos preferem outro tipo de Messias, tanto que no caminho, discutem, exatamente, o contrário da proposta de entrega total da vida em favor dos irmãos e irmãs: Quem é o Maior? Diante de tal fato, o Senhor esclarece o sentido de grandeza e poder para Ele: Se alguém quer ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos (veja a reflexão do domingo passado sobre o Servo Sofredor de Isaías). Somente quem vive dessa forma poderá afirmar que está sendo fiel à vontade de Deus em sua vida.
Por fim, São Tiago na Segunda Leitura (Tg 3, 16-4, 3) nos apresenta a Sabedoria Divina como aquela que pode promover na Comunidade a revelação do verdadeiro Deus. Quando os membros de uma Comunidade não alimentam a Sabedoria Verdadeira, a inveja, a rivalidade e as desordens tomam conta e, todas as obras más surgem com força para destruir a Comunidade.
Que Deus nos ajude a viver de acordo com a sua vontade e, assim sendo, a nossa vida possa revelá-Lo mais e melhor. Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
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