quinta-feira, 18 de julho de 2013

"XVII Domingo do Tempo Comum: A ORAÇÃO como CAMINHO para COMPREENSÃO e CUMPRIMENTO da VONTADE DO PAI!" - 28 de Julho de 2013

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Seguindo o nosso Caminho de Fé nesse Tempo Comum, chegamos ao XVII Domingo e, continuando a nossa reflexão sobre a Palavra de Deus, entramos no campo da Oração como caminho seguro e perfeito de compreensão de cumprimento da Vontade do Pai.

Nos últimos Domingos (XIV, XV e XVI) fomos compreendendo o que o Senhor espera de nós: nos envia para os lugares aonde Ele próprio deveria ir depois para Lhe preparar o caminho, expulsar os espíritos maus, curar os doentes e anunciar a proximidade do Reino de Deus; nos ensinou que importante para o crente não é ficar especulando sobre quem é o próximo que temos que amar mas, ao contrário, importante é questionar-se sobre como poderemos nos fazer próximo, de modo particular, daqueles (as) que mais necessitam, como foi o caso do home caída à beira do caminho e, domingo passado, nos mostrou que é preciso saber reconhecer no peregrino, no forasteiro a Sua presença que passa para ser acolhido por nós.   Hoje, poderíamos dizer que a Palavra de Deus nos apresenta um caminho seguro para cumprir o que fora exposto nos Domingos anteriores: a ORAÇÃO!

Assim, nos perguntamos: "O que é Oração?" "Como e quando devemos Orar?"   A Palavra de Deus desse Domingo nos apresenta pistas para darmos as respostas a tais questões.   Vejamos:

Na Primeira Leitura (Gn 18,20-32) temos um exemplo de Oração e, no caso em questão, a Oração é feita em favor dos moradores das Cidades de Sodoma e Gomorra.   De acordo com o texto, o pecado dessas cidades chegou a um patamar tal que atingiu o coração de Deus que resolveu descer para verificar se tudo o que ouvia dizer sobre essas Cidades era ou não verdade.   O texto deixa entrever, também, que caso fosse confirmada a situação de pecado grave daquelas Cidades, a destruição seria o caminho certo.   Aqui, entra a figura do Orante Abraão que num "atrevimento" se coloca diante de Deus para interceder pelo povo.   

Utilizando-se da compreensão que já tinha de Deus, Abraão se coloca como Intercessor e partindo do Amor, da Misericórdia e, sobretudo, da Justiça Divina vai pedindo pelo povo: se houver 50 justos, destruirias a Cidade, matando maus e bons indiscriminadamente?   O Senhor responde que não levaria adiante o seu projeto caso houvesse 50 justos.   Abraão insiste outras vezes e, pouco a pouco vai diminuindo o número de justos: 45, 40, 30, 20 e 10 justos... e o Senhor continua afirmando que por 45, 40, 30, 20 ou 10 justos não exterminaria as Cidades.   

A Leitura termina aqui e Abraão não ousa seguir adiante mas, o Amor, a Misericórdia e a Justiça de Deus serão capazes de salvar o mundo mesmo se não houver um justo sequer.   Aqui, Ele mesmo (Deus) se fará Homem Justo para salvar os injustos.   É o que o Senhor Jesus nos revelou.   Essa experiência de Abraão, com certeza, o fez perceber um pouco mais sobre o Ser de Deus e nos prepara para a compreensão do texto do Evangelho de hoje (Lc 11, 1-13).   Nesse texto o Senhor nos ensina o CONTEÚDO DA ORAÇÃO e QUANDO e COMO SE DEVE ORAR.

Jesus está rezando num lugar à parte e os seus discípulos pedem para que Ele os ensine a rezar como João ensinou aos seus.   A resposta do Senhor é imediata e, como a Oração do Pai Nosso, ensina que não se deve multiplicar palavras para falar com o Pai do Céu.   O Conteúdo da Oração se refere ao Reino que é de Deus e deve revelar-se a todos (as); a Oração deve, também, nos abrir à graça para que façamos com que tal Reino venha logo; a Oração do Pai Nosso nos ensina que devemos acreditar na Providência Divina em nossa vida e não nos preocuparmos em demasia com o o que teremos amanhã pois HOJE o Senhor nos garante o pão de que precisamos e, por fim, na Oração do Pai Nosso imploramos para que o Pai nos proteja de todo mal que pode nos afastar de Sua Santa Presença, nos impedindo de cumprir a Sua Santa Vontade.

Essa não deve ser uma situação esporádica em nossa vida mas, ao contrário, a Oração deve ser uma Prática Constante, Persistente, Perseverante como nos conta a parábola a seguir: devemos insistir como aquele vizinho que pedira ao amigo um pão para a visita que chegou inesperadamente em sua casa mas, o horário não era o mais adequado: se o amigo não se levantar para dar o pão que o vizinho pede por amizade, se levantará e o dará pela insistência!   Assim devemos ser com Deus: não podemos desistir mas insistir, perseverar sempre e o Senhor nos dará o que precisamos para viver o Seu Projeto em nossas vidas.

É o próprio Senhor quem declara: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto.   Pois todo aquele que pede, recebe, quem procura, acha e para quem bate, a porta será aberta.   Deus é um Pai amoroso que não pode oferecer ao filho (a) suplicante um cobra em lugar de peixe ou um escorpião em lugar de ovo.   O Pai do Céu dará o Espírito Santo quando os seus Lhe pedirem!

Esse Espírito Santo nos tornará capazes de Orar e Fazer a Vontade do Pai, do jeito e no tempo do Pai.   Esse Espírito Santo nos capacita para viver a Sua Vontade, como filhos e filhas no Filho Jesus por meio do Batismo.   Isso nos fala o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura (Cl 2, 12-14).

Que Deus nos ajude a ORAR como, quando e no tempo que Ele deseja!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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