sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

"V Domingo do Tempo Comum: Com a nossa vida devemos ILUMINAR o MUNDO e REVELAR DEUS COM NOSSAS BOAS OBRAS!" - 09 de Fevereiro de 2014

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade à nossa Caminhada de Fé nesse Tempo Comum, chegamos ao V Domingo buscando, como sempre, as pistas, as luzes, os caminhos, as estratégias que nos conduzam Àquele que cremos ser o Deus de nossas vidas.   Desejando ser Santos e Perfeitos como Ele é Santo e Perfeito ouvimos, meditamos, partilhamos, buscamos compreender para melhor viver a Palavra que Ele nos apresenta pois cremos que Nela (Palavra) está contida a Receita que nos fará alcançar tal objetivo.

Assim, na Primeira Leitura (Is 58, 7-10) vemos o Profeta  orientando o Povo que havia regressado do Exílio e não sabia o que fazer para se reconstruir enquanto Povo de Deus, não sabia que caminho tomar para restaurar a Identidade de Povo de Deus que se perdera nos longos anos de Exílio na Babilônia (50 anos mais ou menos).   Não é fácil recomeçar a vida praticamente do zero.   Às vezes, parece que o esforço feito gera nada ou quase nada o objetivo esperado.   É aqui que entra a fala do Profeta que, em Nome de Deus aponta o caminho seguro, a saída correta para tudo que está afligindo o seu coração.   O caminho proposto pelo Profeta é muito simples porém muito difícil.   Vejamos:

Se o Povo deseja recuperar, resgatar a sua Identidade de Povo de Deus que o tempo fez perecer basta SOMENTE que o Povo pense no jeito, na maneira, na forma que o próprio Deus tem de fazer e realizar as Suas Ações e, num esforço grandioso IMITÁ-LO!   Em outras palavras: se se pretende restaurar a Identidade Divina será preciso em TUDO QUE SE FAZ PENSAR O QUE DEUS FARIA e, esforçando-se, FAZER DO JEITO DE DEUS TUDO QUE NA VIDA NOS FOR APRESENTADO.   Perguntas do tipo: O que Deus faria?  ou: O que Deus pensaria? ou: O que Deus falaria? ou ainda: O que Deus deixaria de fazer nessa circunstância? precisarão de respostas precisas e o Profeta nos apresenta algumas:   Se vires um FAMINTO, PARTILHE O PÃO com ele; se vires um SEM-TETO, PEREGRINO, ACOLHE-O EM SUA CASA; se vires um NU, COBRE-O e NÃO DESPREZES A SUA CARNE!

Isso é o caminho que nos leva a reconhecer no irmão a Imagem e Semelhança de Deus e ao fazer por ele o que ele está precisando, estaremos fazendo ao próprio Deus.    Dessa forma, na medida em que vamos avançando nessa PRÁTICA DIVINA descobriremos algo que nos incentivará a agir sempre mais dessa mesma forma: quando ajudamos alguém, o mais ajudado, no final das contas, seremos nós mesmos pois Deus não deixará sem resposta quando Dele precisarmos: a nossa Luz como aurora brilhará, nossa saúde se recuperará mais depressa, a Justiça de Deus caminhará à nossa frente e a Glória do Senhor nos seguirá, ao invocarmos o Senhor, Ele nos atenderá e, ao pedirmos socorro a Ele, Ele nos dirá: "Eis-me aqui!"

Para que tudo isso possa, de fato, acontecer é preciso que destruamos os instrumentos de opressão e deixemos os hábitos autoritários e a linguagem maldosa, acolhendo de coração aberto o indigente e prestando todo socorro ao necessitado.   É assim que a Luz de Deus brilhará em nós e nossa vida obscura será como o clarão do Meio-dia!

Com essa Leitura compreendemos um pouco mais que a nossa Religião se volta para uma Prática de Vida Cotidiana e não somente para o conhecimento teórico daquilo que agrada a Deus.   Assim, ela nos oferece a Base para a exata compreensão do texto evangélico de hoje (Mt 5, 13-16): as comparações de Jesus afirmando que os discípulos Dele deveriam se transformar em Sal da Terra e Luz do Mundo nos fazem perceber que a Prática é a que conduz à Salvação em Deus pois, um sal que não salga (prática) não serve para nada a não ser para ser jogado fora e pisado pelos homens e uma luz acesa mas posta debaixo de um recipiente não cumpre a sua função (prática).   É por isso que precisamos salgar com a nossa vida o mundo insosso que nos cerca e iluminar com a Luz de Deus presente em nós, o mundo envolvido nas trevas.   Serão as nossas boas obras (prática) contempladas pelo mundo que levará este mesmo mundo a reconhecer o nosso Deus como Verdade Suprema e a Louvá-Lo!

Por fim, a Segunda Leitura (I Cor 2, 1-5) nos apresenta o Apóstolo Paulo descrevendo a usa ida até os Coríntios: não se apegou à sabedoria humana mas se apresentou com uma única segurança: Cristo, e este, Crucificado!   A Fé em Cristo Crucificado nos faz entender que Ele se identifica com os Crucificados da História e, portanto, os crentes devem se comprometer em ser para os mesmos, o que o próprio Deus, em Cristo Crucificado foi e é para cada um de nós: Salvação!

Que Deus nos ajude nessa Missão!   Assim seja!

Boa celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares


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