Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Com alegria celebramos o XXXIII Domingo do Tempo Comum e, assim, abrimos a penúltima semana do Ano Litúrgico de 2013. Dando sequência às nossas reflexões das últimas semanas, somos convidados a compreender que o Ano que chega ao fim nos alerta e nos põe cara a cara com o final do nosso tempo nesse mundo; o ano que chega ao fim nos apresenta a verdade sobre a transitoriedade do nosso tempo nesse mundo e nos fala que a vida, aqui e agora, é provisória e, sem nos darmos conta, ela (vida nesse mundo) chega ao seu termo.
Assim, nos perguntamos: O que é preciso fazer para dar a essa vida que vivemos um sentido? O que valorizar, de fato, nesse tempo que vivemos para não nos decepcionarmos depois? O que conta e o que devemos fazer? Essas e tantas outras questões estão nos acompanhando nesses últimos dias do Ano Litúrgico.
Nesse penúltimo Domingo do Ano, a Palavra de Deus vem nos alertar para a necessidade de não nos perdermos nas aparências das coisas do mundo pois, como afirma Jesus, "a figura desse mundo passa!" O cristão, a cristã são o homem e a mulher que vivem nesse mundo como se nele não estivessem e, vivendo entre tudo que passa coloca o seu olhar, o seu coração, a sua mente, naquilo que não passa e não se perde com a casca aparente de tudo que os rodeia.
A Primeira Leitura (Ml 3, 19-20a) que é um texto muito curto nos fala muito nesse dia. Diante de uma Comunidade que se questiona sobre a possível intervenção divina nesse mundo, que vai aos poucos se vendo fraca na fé e perdendo a esperança, o profeta fala em nome de Deus: não desanimem pois Javé Deus está para intervir, o seu Dia está chegando e, nesse Dia TUDO QUE NÃO PRESTA SERÁ DESTRUÍDO! O pecado, a impiedade humana serão destruídos e postos num fogo que não se acaba. O Dia de Javé será o fim do mal, do pecado e a libertação plena de seus filhos e filhas pois o sol da justiça irá brilhar para sempre e a salvação será trazida.
Que bela leitura a do profeta Malaquias! Quanta consolação saber que o Dia de Javé não será o dia de um justiceiro barato que pagará com a mesma moeda o mal praticado. Deus, ao contrário de nós, sabe diferenciar as nossas ações daquilo que somos e não confunde com as mesmas. Ele não joga a água suja com a criança dentro fora mas recupera a criança, agora lavada e alvejada em seu Sangue Purificador. A destruição final se dará para nossos pecados, nossas maldades, nossos erros ... o joio é queimado mas o trigo é recolhido no celeiro de Deus.
Essa Leitura nos prepara para o Evangelho (Lc 21, 5-19) onde Jesus nos chama a atenção para não confundirmos a aparência com a essência pois o aparente será destruído e a essência será salva para sempre! Aos que observavam a beleza do Templo de Jerusalém, suas pedras preciosas e suas ofertas votivas, afirma: Vocês admiram estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra! Tudo será destruído! É preciso enxergar além das aparências e, mais ainda, deixar-se envolver pelas coisas e situações que não irão passar.
Depois, numa linguagem apocalíptica, o Senhor chama atenção para não nos deixarmos enredar por tais aparências pois muitos aparecerão em seu nome e poderão enganar a muitos (sobretudo os que vivem enganados pelo que parece mas não é). A fidelidade a Ele trará sérias consequências trágicas mas a fé fará compreender que no final Ele vencerá e nenhum sequer dos fios de cabelos de nossa cabeça será destruído ou perdido! É permanecendo firme que iremos ganhar a Vida!
Que beleza de texto evangélico, cheio de esperança para nós que cremos e buscamos viver de acordo com a nossa fé: a vontade de Deus triunfará no final!
Por fim, o Apóstolo Paulo, na Segunda Leitura (2 Ts 3, 7-12) nos alerta para a necessidade de não ficarmos esperando que as coisas boas caiam do céu mas trabalhemos para que as mesmas aconteçam. O Cristão, a Cristã não podem viver na ociosidade, sem fazer nada, aguardando dos céus as transformações que podemos, já aqui, realizar.
Viver o Final do Ano Litúrgico é viver a oportunidade para nos questionarmos sobre o modo como estamos vivendo a nossa vida: de aparência ou de essência? de trabalho ou de ociosidade? fazendo a nossa parte ou esperando que Deus faça Tudo sozinho?
Que cada um (a) se interrogue a si mesmo e dê as respostas a esta e tantas outras questões que a Palavra de Deus nos coloca! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares
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