Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Celebramos, hoje, com toda a Igreja no Mundo, o XIX domingo do tempo comum e, continuamos as nossas reflexões com o objetivo de buscar, na Palavra de Deus, as pistas, as luzes para "sermos santos e santas como nosso Deus é Santo!"
Podemos dizer que a Palavra de Deus da Celebração de hoje é uma sequência da Palavra de Deus da semana passada: Deus se apresenta a nós como sendo Aquele que está do nosso lado, sobretudo nos momentos de dificuldades e perigos da vida!
Assim, na Primeira Leitura (I Rs 19, 9a.11-13a) temos parte da história da perseguição que o Profeta Elias sofreu em sua época por não se dobrar aos desmandos da rainha Jezabel, esposa do rei Acab (séc. X a.C.). Para entendermos a força da Palavra desta leitura será preciso recordarmos, brevemente o contexto da mesma. Estamos no séc. X a. C. e, neste período da história do povo, temos um governo entregue a um rei medíocre e fraco (Acab) e, para completar o quadro, tal rei se casa com Jezabel - filha do rei de Tiro=pagão= adorador de Baal. Podemos perceber o que está ocorrendo: um rei fraco e uma rainha forte fará com que o governo fique nas mãos da rainha forte. É esta mulher, Jezabel, quem governa o povo de Deus e, consequentemente, faz de tudo para que tal povo de Deus cultue a sua divindade, a saber, Baal. Perseguições, prisões, torturas, mortes são desencadeadas sobre o povo que, com medo, acaba cedendo. Somente um (Elias) se coloca contra tais desmandos, de modo que Jezabel nutria um "ódio mortal" por ele. Após o confronto com os sacerdotes de Baal vencido pelo Profeta Elias, este sofre uma grande perseguição da parte da rainha. Não querendo ser morto pela mesma, Elias foge para o deserto e pede a Deus a morte pra si mas, ao contrário, Deus envia o seu anjo que, de forma misteriosa oferece ao seu Profeta um alimento misterioso e água: era preciso comer e beber pois o caminho ainda seria longo demais. Elias deveria caminhar até o monte de Deus = Horeb = Monte da Aliança. O Texto da leitura de hoje começa aqui: Elias chega ao monte e, entrando numa gruta, passa a noite. A Palavra do Senhor lhe será dirigida afirmando que o Senhor passará por ali e, ele deveria ficar atento. Aqui, o ponto alto da leitura: às vezes pensamos, nos momentos difíceis, que Deus deve se revelar em fatos extraordinários e extravagantes. Poré, a Palavra revela que não é assim: Deus não está no vento impetuoso, terremoto ou fogo mas, está na "Brisa Suave". Deus é assim: se manifesta na simplicidade, na suavidade e, somente aqueles que estiverem atentos, O perceberão passando. Essa experiência com Deus, fez o Profeta Elias voltar e enfrentar a rainha Jezabel.
Este Deus que passa na brisa suave e socorre os seus nas horas difíceis, se mostra presente na pessoa de Jesus no Evangelho de hoje. A Leitura do Evangelho de hoje é sequência do trecho da semana passada (Multiplicação dos Pães). Mt 14, 22-33 nos oferece os fatos que se sucederam logo após a Multiplicação dos Pães: Jesus manda os discípulos na sua frente e vai orar sozinho no monte, antes, porém, despede as multidões.
Os discípulos entram na barca e, sozinhos enfrentam o mar e, para completar, é noite. No meio da viagem, a barca é sacudida por forte tempestade e, aqui, o desepero se apodera dos presente. Somente na madrugada, o Senhor vai ao encontro dos seus e, caminhando sobre as águas = exerce domínio = é mais que o mar violento, surprende os seus. Jesus é confundido com um "fantasma" mas, este pede coragem aos seus. Pedro, como sempre, duvida e pede pra ir ao seu encontro sobre as águas e, Jesus permite. Aqui, um ponto interessante: percebemos que, enquanto Pedro segue com o olhar fixado em Jesus, tudo fica bem = caminha sobre as águas mas, quando perde o "foco" e começa a sentir o vento, sente medo e começa a afundar. Às vezes, no momentos complicados, nós somos assim: perdemos o foco, deixamos o vento nos dominar e sentimos medo. Aqui, como Pedro afundamos e, será preciso agilidade para não se deixar engolir pelo mar que busca nos devorar.
Ao pedido de socorro de Pedro, o Senhor responde salvando-o. Ao entrarem na barca, o vento e a tempestade cessaram. Isto produziu espanto em todos os presentes e, acabaram por entender que Aquele era, realmente, o Filho de Deus.
Celebrar o XIX Domingo Comum deverá nos levar a um aumento de nossa Fé neste Deus, revelado em Jesus, para O qual nada é impossível: Ele domina até o Mar = Morada do Mal, por ser mais e maior que o mesmo!
Oremos:
Obrigado Deus porque nos momentos mais difíceis podemos Te sentir presente, nos auxiliando na resolução de nossos problemas; obrigado porque quando tudo parece perdido, e a barca de nossa vida parece singrar perdida no mar da vida, Tu vens ao nosso encontro a caminhar sobre as águas turbulentas que se lançam contra nós. Aumentai em todos nós a Fé em Sua Presença e, faças com que possamos Te sentir presente em todos os nossos dias. Amém!
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