sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"XX Domingo do Tempo Comum: Deus e a sua Slavação são para Todos!" - 14 de Agosto de 2011

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Estamos celebrando, com toda a Igreja, o XX  Domingo do Tempo Comum e, como já conversamos várias vezes, o grande objetivo deste Tempo Litúrgico é nos conduzir à santidade, nos fazendo restaurar a "Imagem e Semelhança" Dele que, Ele, no Seu Infinito Amor, já colocou em cada um de nós, Seus filhos e filhas.   Assim, a cada semana, quando nos reunimos para celebrar e, na Celebração ouvimos a Palavra de Deus, tal Palavra vai nos oferecendo pistas, luzes, nos ensina estratégias para que consigamos cumprir esta missão, a saber: "RECONSTRUIR A IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS EM NÓS!"

Hoje, a Palavra que escutamos vem tratar de um assunto extremamente sério e, ao mesmo tempo, complicado para ser vivido: somos convidados (as) a, primeiramente, entender que o nosso Deus é um Deus de todos (as) e, em segundo lugar, como consequência do primeiro, devemos amar e aceitar a todos como filhos e filhas Dele (de Deus).

Tal assunto, já nos é apresentado na Primeira Leitura (Is 56, 1.6-7).   Tal texto é uma produção do período do pós-exílio (por volta do ano 500 a.C.).   Neste período, o Judaísmo começa a se formar como Religião e, algumas "normas" de conduta são postas em prática, ou melhor, são colocadas para ser observadas por todos.   Dentre estas, destacam-se: a Lei, o Templo, e, automaticamente, o reconhecimento de alguém como pertencendo ao Povo de Deus pelos critérios da RAÇA, do SANGUE.   (Os escritos de Esdras e Neemias, além do Livro de Rute (produtos desta época), retratam essa "aversão" ao estrangeiro que é acirrada neste tempo.)

Diante desta situação, o Profeta Isaías nos fala que o "cumprimento do dever e a prática da justiça" são os critérios que devem ser levados em consideração para se saber se alguém pertence ou não ao Povo de Deus.   A Lei, o Templo, a Raça ou o Sangue não são os critérios mais importantes pois para Deus o importante é a vida que se leva.   Daí, o estrangeiro será, também, aceito na "Casa de Deus" que, de acordo com o Profeta, será considerada "CASA DE ORAÇÃO PARA TODOS OS POVOS!"

O Evangelho (Mt 15, 21-28) nos revela Jesus entrando em contato com uma mulher cananeia, pagã e, tal contato nos mostrará a aceitação de Jesus  por todos que demonstrem Fé no seu poder.   Jesus está passando por uma região de pagãos (Tiro e Sídon) e, neste caminho, uma mulher vai ao seu encontro pedindo que "cure a sua filha que está atormentada por um demônio".   O relato vai se desenvolvendo e, Jesus vai "instigando" tal mulher a manifestar a sua Fé plena Nele.   Assim, Jesus não dá importância aos apelos da mulher; depois os discípulos (como sempre) pede para que o Senhor despeça aquela mulher que incomodava o grupo com seus "gritos"; Jesus afirma que sua missão é para os seus (Ovelhas perdidas da Casa de Israel).   Nada, porém, impede a mulher de continuar implorando: "Senhor, socorre-me!!!!"   E, Jesus, parece continuar não se importando com a mulher: "Não está certo tirar o pão da boca dos filhos para dá-lo aos "cachorrinhos"".   Aqui, Jesus é "surpreendido": "É verdade, Senhor, mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!"   Aqui, uma reviravolta no caso: Jesus exclama que aquela pagã era portadora de uma fé jamais vista entre os seus e, lembremos que, tal mulher era pagã (estrangeira).

O Evangelho reforça a ideia trazida na primeira leitura de hoje: Deus é o Deus de Todos!   Acreditar e aceitar a sua proposta faz do ser humano (seja ele quem for: homem ou mulher, escravo ou livre, judeu ou pagão...) Seu filho, sua filha!

Por último, são Paulo aos Romanos (11, 13-15.29-33), nos apresenta a sua dor pela recusa dos seus à pessoa de Jesus.   Tal recusa favoreceu a entrada dos pagãos nas Comunidades Cristãs Primitivas e, tal fato, acredita Paulo, poderá servir para trazer de volta os de sua raça.

Por fim, a Liturgia deste Domingo nos impele à contemplação de Deus como Pai de todos (as) e, aceitá-Lo assim, exige de nós a aceitação de todos (as) como nossos (as) irmãos (ãs).

OREMOS:

Ó Deus, a quem ousamos chamar de Pai e Pai Nosso, nós Te louvamos e bendizemos por Seu Amor para conosco.   Dai-nos a graça de vivermos como irmãos e nos amarmos mutuamente hoje e sempre.   Isto pedimos por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.   Amém!      

Nenhum comentário:

Postar um comentário