sábado, 27 de agosto de 2011

"XXII Domingo do Tempo Comum: A Cruz como condição para o Seguimento de Cristo!" - 28 de Agosto de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria nos reunimos para celebrar o XXII Domingo do Tempo Comum e, como já falamos em várias outras reflexões, o nosso grande objetivo é a "busca da Santidade".   Aqui, é preciso entender que a Santidade não está atrelada, necessariamente, à realização de grandes obras mas, tão somente, à adequação da nossa vida à Vontade de Deus, que é a Fonte da Santidade e a Origem da Vida.

Neste Domingo, damos início a uma série de reflexões sobre o que comporta o seguimento, o discipulado.   A Palavra de Deus, hoje, nos mostra que seguir e viver a vontade divina em nossa vida não é uma tarefa simples e fácil.   Tal atitude exigirá posturas que, nem sempre, nós gostaríamos de ter.

Assim, já na Primeira Leitura (Jr 20, 7-9), ouvimos o "desabafo" do profeta que acusa Javé de tê-lo "SEDUZIDO" (em outras palavras, "ENGANADO").   Quando estava vivendo - diga-se de passagem, muito bem, obrigado! - em sua cidadezinha natal (Anatot), com uma "vidinha" comum, o Senhor se apresentou e o enviou para uma Missão, no mínimo, complicada: "arrancar, derrubar, destruir, falar, denunciar os desmandos da sociedade - poder político e religioso -, entre outros".   Apesar das objeções do Profeta (é ainda muito novo, criança e, consequentemente, não sabe falar!), Deus o conclama e envia afirmando que o transformaria numa "fortaleza" frente aos possíveis adversários.   É com tal confiança que o profeta parte e vai cumprir a sua missão!    Jeremias parte para Jerusalém "pensando" que a presença de Deus em sua vida seria "garantia" de sucesso, isto é, de ausência de Problemas e Transtornos.   Porém, o que ocorre é, exatamente, o contrário:  o profeta experimenta, na pele que a fidelidade ao projeto de Javé acabou por lhe colocar em "maus lençóis" pois, toda vez que abre a boca uma série de problemas surgem: é perseguido, abandonado pelos seus, acusado, preso, lhe armam ciladas...   Acaba ficando sozinho e, neste momento faz o desabafo citado anteriormente.   A fidelidade à Palavra só lhe rendeu "chacotas e, acabou se tornando fonte de vergonha o dia inteiro".   Mas, o profeta termina o seu lamento afirmando afirmando que tal Palavra lhe queimava como fogo ardente e não conseguiu resistir: desfaleceu!

No Evangelho (Mt 16, 21-27) temos o trecho aonde Jesus mostra aos seus seguidores que tipo de Messias Ele é: sofredor, que será entregue nas mãos das autoridades, será morto mas ressuscitará.   Esta definição parece não ter agradado aos discípulos pois Pedro se sente no direito de falar que Deus não iria permitir tamanha crueldade.   Ora, neste momento, Pedro que há pouco tinha sido declarado bem-aventurado, é chamado de "Satanás" pois deixou de pensar como Deus e passou a pensar como o mundo.   Na verdade, Pedro personifica, aqui, o próprio "Satanás", como no texto das tentações pois pensa que Deus deve fugir de dificuldades e problemas.   Na verdade,Pedro, assim como muitos de nós, tem muitas dificuldades para entender que Jesus é o que é e,não aquilo que nós gostaríamos que Ele fosse.   Ele (Jesus) não se adequa às nossas vontades mas, pede que nós nos adequemos á Sua.   Isso é muito complicado e difícil.   Aceitar o Cristo como Ele se apresenta a nós (pobre, sofredor, carregando a Cruz, morrendo nela ...) não é nada simples.   Muitas vezes, preferimos o Cristo glorioso, ressuscitado mas, nos esquecemos que um é consequência do outro: não existe glória sem derrota, ressurreição sem cruz!   Assim, Jesus falará que do discípulo é necessário "renúncia de si mesmo e aceitação da cruz de cada dia" e, mais ainda "é preciso perder a vida para reencontrá-la.   

Por fim, São Paulo aos Romanos (12, 1-2) nos apresenta o seu desejo: "que nos ofertemos, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus" pois é este "o culto que Lhe agrada".   Agradar ao Senhor é para todo aquele que não se conforma com o modo de pensar do mundo e, se torna uma contradição em meio aos seus.

Que a Celebração deste Domingo nos auxilie na Construção do Reino de Deus, sabendo que tal Reino não se faz como se fazem os reinos do mundo: pensamentos, ações, posturas novos são extremamente importantes e necessários.

OREMOS:

Ó Deus de Amor e Bondade louvado sois porque nos revelaste, hoje, que para Te seguir é necessário que aprendamos a abrir mão de nós mesmos e de nossas vontades.   Te pedimos a graça de abraçarmos, cada dia mais, a Sua Santa Vontade não o bstante as dificuldades que temos que enfrentar.   Isto Te pedimos, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo!   Amém!   

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