sábado, 3 de novembro de 2012

"Solenidade de Todos os Santos: O nosso destino é o Céu!" - 04 de Novembro de 2012

Caros irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Com alegria celebramos hoje, com a Igreja no Brasil, a Solenidade de Todos os Santos e Santas (no Calendário Litúrgico, tal Solenidade se celebra no dia 01/11).   Poderíamos nos perguntar o motivo que levou a Igreja a celebrar numa única Solenidade Todos os Santos e Santas uma vez que já temos, durante todo o ano, os Santos e Santas espalhados pelos 365 dias.   E, a resposta é muito simples: na verdade, o céu é bem mais "povoado" do que possamos imaginar.   Lá não estão somente os Santos e Santas que a Igreja decretou a Santidade e colocou como nossos modelos de virtude mas, como nos afirma a Leitura do Apocalipse de hoje, há uma multidão que ninguém pode contar, de todas as raças, línguas, povos...   Na verdade, no céu estão todos (as) aqueles (as) que terminando a sua jornada nesse mundo, voltaram felizes para a Casa do Pai, após terem se esforçado por viver a vida de acordo com a vontade de Deus.   Assim, poderíamos afirmar que, hoje, celebramos os nossos parentes e amigos que já partiram e estão no Céu e, se lá estão, são Santos e Santas pois no Céu só entra quem for, de fato, Santo ou Santa.

A Palavra de Deus dessa Solenidade é um convite à Santidade e, nos apresenta o Caminho para se atingir tal ideal.   Assim, a Segunda Leitura (I Jo 3, 1-3) nos apresenta o começo de nossa reflexão.   No texto, São João afirma:Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!   Penso que o ponto de partida está nessa afirmação do Apóstolo pois, se somos filhos de Deus, trazemos em nosso DNA as marcas da Divindade que nos identificam com o nosso Pai do Céu.   É importante que as pessoas consigam enxergar em nós que cremos, as marcas, as características do nosso Pai e Deus.   É interessante que o mundo reconheça em nós, os crentes, a filiação divina por tudo que somos e fazemos e, o mesmo mundo afirme: Tal Pai, tal filho!   Filho de peixe, peixinho é!   Por enquanto não manifestamos, em todo o seu esplendor, a filiação divina mas, depois desse tempo, nós seremos revelados como de fato somos: seus filhos e filhas!   Enquanto esperamos a manifestação plena dessa filiação, vamos nos purificando a nós mesmos, como também Ele é puro!

Dessa Segunda Leitura, surge uma questão: Como podemos viver a nossa vida de modo que possamos manifestar em nós as marcas da Divindade?   E, penso, que o Evangelho (Mt 5, 1-12a) nos apresenta, hoje, a resposta: É preciso que estejamos presentes em um dos Grupos de Pessoas que o Senhor declara ser Bem-Aventurado: pobres em espírito, aflitos, mansos, têm fome e sede de justiça, misericordiosos, puros de coração, os que promovem a paz e os perseguidos por conta da fidelidade à Sua Vontade!   Porém, ao meditar sobre esse texto, que abre o Sermão da Montanha, percebemos que não é tão simples como estávamos pensando: Não basta se considerar filho (a) de Deus mas, é importante e urgente que vivamos tal filiação já, aqui e agora, neste mundo marcado pela ausência, ou melhor, pela exclusão de Deus!   Ser de Deus e viver como Seu filho se torna complicado por conta de estarmos nesse mundo que não aceita Deus como Senhor.   O mundo não deixa barato a vida de pessoas que optam por Deus e, automaticamente, se colocam contra o projeto que o mesmo mundo possui para se alcançar a felicidade.   Como podemos observar no texto, aos olhos do Senhor os Bem-Aventurados são todos aqueles que vivem situações desconfortáveis e desconcertantes no mundo.   Isso não é fácil.

Talvez, por conta disso, a Primeira Leitura (Ap 7, 2-4.9-14) nos apresente a multidão que está no Céu como sendo aqueles que vieram da Grande Tribulação e que lavaram e alvejaram as suas vestes no Sangue do Cordeiro.  E, sabemos de onde emana o Sangue do Cordeiro: da CRUZ SALVADORA DO SENHOR!   Dessa forma, podemos concluir que o Santo ou Santa é todo aquele (a) que não tem medo de ir ao Encontro da Cruz que Salva, que não tem medo de sofrer, ou melhor, de morrer como o próprio Senhor sofreu e morreu por nós.   Não há outro caminho ou outra possibilidade de se atingir o Céu, que não esse trazido pela Liturgia dessa Solenidade de hoje.

Entrar na reta final do Ano Litúrgico nos questiona sobre os caminhos que estamos escolhendo para trilhar nesse mundo, tendo em vista que as nossas escolhas aqui, trarão consequências para além daqui.

Que a Celebração da Solenidade de Todos os Santos e Santas nos inspire e nos impulsione ao cumprimento da Vontade Deus a respeito de cada um (a) de nós nesse mundo!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!


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