Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Celebramos hoje, com toda a Igreja, a Festa da Exaltação da Santa Cruz que, em nossa Comunidade Paroquial tem um sentido especial pois a mesma é a nossa Padroeira Principal.
Eu sempre falo que a escolha de um Padroeiro, de uma Padroeira não é algo que ocorre por acaso na vida de uma Comunidade de Fé. Na verdade, quando a Comunidade faz tal escolha ela está querendo dizer que deseja se tornar uma Comunidade de Santos e Santas seguindo pelos caminhos que aquele irmão, aquela irmã seguiram. Daí, conhecer o mais profundamente o que levou a Igreja a decretar a santidade do escolhido, da escolhida será fundamental. No nosso caso, em especial, nós não temos uma pessoa mas um objeto que se tornou santo por conta Daquele que nele morreu: A Cruz se torna Santa por conta de ter sido utilizada para matar o Senhor da Vida e, tal situação nos revelou o extremo Amor do Pai por nós! Diante disso, não podemos ficar indiferentes e a Palavra de Deus proposta para essa Liturgia nos chama a atenção. Vejamos:
Na Primeira Leitura (Nm 21, 4b-9) temos um episódio que marcou a travessia do Deserto rumo à Terra Prometida: a impaciência e as reclamações do povo contra Deus e Moisés! É interessante como o Povo do Primeiro Testamento é muito parecido conosco hoje em dia: nós, também, quando não aguentamos mais o peso das dificuldades da vida (escravidão egípcia) recorremos a Deus e clamamos para que nos ajude, nos socorra mas, ao mesmo tempo, não sabemos aceitar os caminhos escolhidos por Ele (Deus) para realizar o socorro que pedimos e, nos impacientamos e murmuramos contra Ele. No deserto falta pão, falta água e o maná já está enjoando!
Serpentes abrasadoras se colocam contra o povo que ao ser mordido por elas, morrem e, ao perceberem que estão morrendo, clamam por ajuda a Moisés que, por sua vez, pede ao Senhor em favor do povo. Ao pedido de Moisés, o Senhor responde: Faze uma serpente de bronze e coloca-a como SINAL numa haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá. E, assim foi feito e o que era mordido, olhava a serpente e ficava curado! Que bela história e que lições poderemos retirar daqui: não era a serpente que curava mas a o que a serpente de bronze recordava, isto é, olhando para a serpente o povo se lembrava de Deus que os havia tirado da escravidão do Egito e, o desejo de fidelidade a Ele voltava. Deus curava e assim demonstrava o Seu Amor para com eles.
Essa leitura é usada por Jesus no Evangelho da Santa Missa de hoje para demonstra o infinito Amor por todos nós: Deus amou tanto o mundo, que deu o Seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que N'Ele crer, mas tenha a Vida Eterna! ... Deus não enviou o Seu Filho ao Mundo para condená-lo mas para que o mundo seja salvo por Ele! (Jo 3, 13-17)
Celebrar a Festa da Exaltação da Santa Cruz nos coloca em contato com essa Verdade: Deus nos amou a ponto de morrer na Cruz para nos salvar! Uma Comunidade que tem a Santa Cruz como Patrona Principal não pode ser incoerente com tal mensagem mas, ao contrário, ela deverá ser a primeira a se esforçar para que, em seu meio, esse Amor Infinito e Misericordioso do Pai revelado na Cruz, se concretize plenamente em nosso meio.
As lições da Cruz devem estar constantemente presentes em nossas ações e, nesse sentido, a Segunda Leitura (Fl 2, 6-11) nos orienta: Jesus Cristo é o nosso modelo maior e apesar de existir em condição divina desde sempre, não se apegou a isso mas se REBAIXOU e ASSUMIU, por AMOR a nossa condição humana e foi OBEDIENTE até a MORTE E MORTE DE CRUZ! Por isso o Pai o exaltou e lhe deu o nome mais excelso e mais sublime, que está acima de todo nome para que ao NOME DE JESUS TODO JOELHO SE DOBRE NO CÉU, NA TERRA E ABAIXO DA TERRA e TODA LÍNGUA PROCLAME PARA GLÓRIA DE DEUS PAI QUE JESUS É O SENHOR!
Que Deus nos conceda a graça de vivermos em nosso cotidiano as lições da Cruz do Senhor! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares
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