terça-feira, 15 de outubro de 2013

"XXVI Domingo do Tempo Comum: Usar os Bens desse Mundo para DIMINUIR AS DISTÂNCIAS QUE NOS SEPARAM UNS DOS OUTROS!" - 29 de Setembro de 2013

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade à nossa reflexão iniciada no Domingo Anterior (XXV), hoje, a Palavra especifica que atitudes deveríamos ter para com aqueles que necessitam e foram colocados por Deus em nosso caminho: utilizar o nosso dinheiro, os nossos bens para diminuir as distâncias que nos separam, fazendo, como nos falou o Senhor na semana passada, AMIGOS!

Assim, a Primeira Leitura (Am 6, 1a.4-7) nos apresenta o Profeta Amós, falando em nome de Javé um tremendo "AI DE VÓS!" e, imediatamente, nos perguntamos: "Vós quem?"   "De quem o Profeta está falando?"   Seguindo a leitura, descobrimos: Vós que viveis despreocupados em Sião e se sentem seguros nas alturas da Samaria; Vós que dormis em camas de marfim e ficais recostados em almofadas; Vós que comeis cordeiros do rebanho e novilhos do gado; Vós que cantais ao som das harpas ou como Davi dedilham instrumentos musicais; Vós que bebeis vinhos em taças e se perfumam com os mais finos unguentos mas NÃO SE PREOCUPAM COM A RUÍNA DE JOSÉ!

Essa fala do Profeta é um alerta e uma acusação: não se pode, com o risco de estar desagradando ao Senhor, estarmos bem quando muitos ao nosso redor não estão!   Ou aprendemos a partilhar o que somos e temos, reconhecendo que TUDO é Obra e Graça de Deus ou, não haverá jeito para nós pois, como termina a leitura de hoje: Iremos, agora para o desterro, na primeira fila e o bando dos gozadores será desfeito!

Ora, essa leitura de Amós nos prepara para compreendermos melhor a parábola do Evangelho de hoje (Lc 16, 19-31): Lázaro e o Rico!   A parábola, como a da Semana Passada, nos oferece alguns pontos para reflexão.   Vejamos:

a) Jesus conta a parábola para os Fariseus (homens que se gabavam por cumprir a Lei de forma rígida, rigorosa) mas, parece não compreender a Verdadeira Vontade do Senhor;

b) A parábola expõe a realidade de duas pessoas distintas: Lázaro e o Rico!   É interessante que na parábola é o pobre que tem NOME e o rico não.    Há uma discrepância entre a vida de um e de outro: enquanto o rico esbanja, o pobre não tem o que comer e, ainda por cima, os cães lambem suas feridas.   Enquanto estão aqui nesse mundo, o rico não percebe a presença do pobre que vive à sua porta e não se preocupa em diminuir a distância que os separa, usando bem os bens que possui.   Na verdade, o rico aprofunda o abismo que os separa quando deveria aterrá-lo;

c) O Bando dos Gozadores chega ao fim: a morte põe um fim a essa situação estapafúrdia.   Lázaro morre e é levado pelos anjos para junto de Pai Abraão e o rico morre, é enterrado e na região dos mortos se levanta e enxerga Lázaro ao lado de Pai Abraão.   Interessante perceber que nos tormentos o rico conseguiu perceber a existência, a presença de Lázaro que, durante toda a vida, fez questão de não perceber.   A situação se inverte...

d) O Rico que ser ajudado: pede a Lázaro que molhe o dedo para refrescar-lhe a língua pois sofre muito nos tormentos.   Infelizmente, não há como pois o abismo aprofundado durante a vida se eterniza após a morte.   Como não foi capaz de diminuir a distância entre ele e Lázaro durante a vida, depois dessa vida não há como fazê-lo;

e) Mandar avisos para os irmãos que ficaram por aqui: não será possível pois na vida há a Lei e os Profetas e são esses que, quando seguidos à risca, nos possibilitará chegar onde Lázaro se encontra.   É preciso ESCUTAR O QUE DIZEM A LEI E OS PROFETAS e, esse dizem que é preciso se preocupar com a ruína de José e não se contentar com a vida boa somente para si.   É preciso perceber o OUTRO que sofre ao nosso lado e fazer a nossa parte para diminuir-lhe o sofrimento.

Por fim, a Segunda Leitura (I Tm 6, 11-16) nos apresenta o Apóstolo alertando para fugirmos das coisas perversas, procurarmos a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão.   É preciso combater o combate da fé para se conquistar a Vida Eterna.

Que Deus nos conceda a graça de podermos viver a nossa vida, utilizando tudo que somos e temos para diminuir as distâncias que nos separam uns dos outros, criando pontes que nos aproximem!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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