quinta-feira, 17 de outubro de 2013

"XXVII Domingo do Tempo Comum: Consequências Práticas da Fé!" - 06 de Outubro de 2013

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Caminhando rumo ao final do Ano Litúrgico, continuamos a nossa reflexão sobre o modo como cada um (a) de nós está conduzindo a própria vida: de acordo com a Vontade de Deus ou, ao contrário, de acordo com a nossa própria vontade!

Depois de termos, nos dois últimos Domingos (XXV  e  XXVI) refletido sobre a nossa relação com os bens e riquezas que vamos acumulando ao longo da vida e das nossas relações interpessoais, a partir de hoje, vamos refletir, um pouco sobre a Fé: o que será, de fato, a Fé?   Será que o que temos em nós e identificamos como sendo fé, é Fé Verdadeira, Autêntica, Genuína?   Não seria o que temos apenas uma "espécie" de sentimentalismo barato que não é capaz de promover em nossa vida nenhuma ação concreta que a comprove?   Por fim:  o que a Fé Verdadeira nos leva a fazer?   Essas e outras perguntas terão respostas na Palavra de Deus desse e do próximo Domingo.   Vejamos:

Na Primeira Leitura (Hab 1, 2-3; 2, 2-4) nos apresenta o Profeta Habacuc um tanto quanto "impaciente" com a falta de ação de Deus diante de tantas calamidades que assolam a vida da Comunidade às vésperas do Exílio na Babilônia.   Há por parte do Profeta em questão uma "demora" divina que parece não enxergar a gravidade da situação: até quando clamarei sem me atenderes? Até quando devo gritar a ti: "Violência!", sem me socorreres?   Por que me fazes ver iniquidades, quando tu mesmo vês a maldade?   Tudo que não presta se põe à frente do Profeta: Destruições e prepotência estão à minha frente; reina a discussão, surge a discórdia.

Muitas vezes, assim como o Profeta Habacuc somos cada um (a) de nós: diante de um mundo que não é exatamente do jeito que gostaríamos que fosse, nos desesperamos e questionamos a presença e ação divinas.   Cremos, e com bastante "força" quando tudo está do jeitinho que gostaríamos, sem tirar nem pôr!   Porém, nos esquecemos que "crer" nestas circunstâncias não é CRER DE FATO!

Diante das lamentações do Profeta, Javé responde:  escreve esta visão, estende seus dizeres sobre tábuas, para que possa ser lida com facilidade.   O que deverá ser escrito?   O Senhor responde: Há um prazo definido que tende para um desfecho e não falhará; por isso, se demorar, ESPERA, pois ela virá com certeza e não tardará.   O incorreto morrerá e o JUSTO VIVERÁ POR SUA FÉ!

Que belas palavras do Senhor!   O homem e a mulher de Fé são capazes de enxergar além da realidade de morte, dor, sofrimento, morte percebendo que a vitória virá.   Porém, é importante frisar que na Fé, esse homem e essa mulher compreendem que as coisas ocorrem no TEMPO de Deus e não deles.   É preciso saber ESPERAR sem desanimar pois no fim o JUSTO viverá por sua Fé!

Essa Leitura nos prepara para compreender o Evangelho de hoje (Lc 17, 5-10) que nos mostra os discípulos pedindo ao Senhor, exatamente, para aumentar a Fé deles.   O Senhor, por sua vez, responde que a Fé possibilita a realização de grandes obras, de obras impossíveis: dirás a amoreira para se arrancar daqui e plantar-se no mar e ela iria!   Por último, o Senhor conta uma parábola para nos fazer compreender que, como já foi falado nos domingos anteriores tudo que somos e temos de BOM é obra e graça de Deus e, portanto, fazer o que Ele nos pede não é nenhum favor e não nos oferece méritos pois FAZEMOS O QUE DEVEMOS FAZER E NÃO PASSAMOS DE SERVOS INÚTEIS!   A Fé nos possibilita tal reconhecimento e nos impulsiona a fazer aquilo e somente aquilo que o Senhor espera de nós e nos manda fazer!

Por fim, na Segunda Leitura (2 Tm 1, 6-8. 13-14) nos apresenta o Apóstolo Paulo nos exortando a reavivar a chama do Dom de Deus que recebemos pela imposição das mãos.   É possível fazer TUDO o que o Senhor pede de nós pois Ele nos deu um Espírito Fortaleza, Amor e Sobriedade e esse Espírito do Senhor nos conduzirá ao pleno cumprimento da Vontade de Deus!

Que Deus nos conceda a graça de crescermos na Fé não obstante o mal que nos cerca!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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