sábado, 19 de outubro de 2013

"XXX Domingo do Tempo Comum: DEUS ESCUTA A ORAÇÃO DO HUMILDE e o torna JUSTO!" - 27 de Outubro de 2013

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Dando continuidade à nossa reflexão sobre a Palavra de Deus nessa reta final do Ano Litúrgico, percebemos o complemento que os textos litúrgicos desse XXX Domingo do Tempo Comum oferece aos textos do Domingo Passado: a Oração!   Na semana passada, os textos nos levaram a refletir sobre a necessidade de orar sempre, constantemente e sem desanimar pois a perseverança faz a oração atingir o Coração de Deus e, dessa forma, ela não fica sem resposta e, a vitória acontece.   Foi assim com Moisés e o Povo na travessia do Deserto na Batalha contra os Amalecitas e com a Viúva do Evangelho que insiste com o juiz iníquo para fazer-lhe JUSTIÇA!   Porém, no Evangelho de Domingo Passado, o Senhor Jesus concluía com uma questão muito séria: Será que o Deus encontrará a Fé sobre a terra quando resolver nos fazer Justiça?   Será que a nossa PERSEVERANÇA nos levará a ESPERAR AS "DEMORAS DE DEUS"?

Hoje, continuamos com esse tema sobre a Oração mas, mudando um pouco o foco, os textos litúrgicos nos apresentam quem agrada ao Senhor com sua Oração?   Que atitude deve ter aquele (a) que se aproxima de Deus por meio da Oração?

Assim, na Primeira Leitura (Eclo 35, 15b-17.20-22a)  nos apresenta o autor sagrado afirmando que o Deus não faz discriminação de pessoas e não é PARCIAL EM DETRIMENTO DO POBRE MAS ESCUTA SIM AS SÚPLICAS DOS OPRIMIDOS!   Aqui, já começamos a compreender que há, da parte de Deus, uma predileção pelos pequenos, pelos pobres, pelos simples, pelos oprimidos pois, jamais DESPREZA A SÚPLICA DO ÓRFÃO E DA VIÚVA QUANDO DESABAFAM AS SUAS MÁGOAS.   Lembramos que ÓRFÃOS E VIÚVAS são categorias, classes de pessoas que não tinham voz nem vez na sociedade, não possuía defensores de seus direitos e, portanto, só TINHAM DEUS COMO SOLUÇÃO!   Esses quando oram, tocam o Coração de Deus que não os deixa esperando para sempre mas, ao contrário, atende o seu CLAMOR (Grito de Dor que nasce de dentro da vida sofrida so pobre).   

É preciso aprender que Deus espera de nós tal atitude de pobre que espera somente N'Ele.   Dessa forma, nossas orações e súplicas serão atendidas pois aprece do HUMILDE atravessa as nuvens e chega até Deus e, enquanto não chegar não desanimará (tema do Domingo passado = PERSEVERANÇA).

Essa Primeira Leitura nos prepara para compreensão do Evangelho (Lc 18, 9-14) que nos apresenta, mais uma vez, Jesus contando uma parábola.    Dessa vez, a história foi para quem confiava em sua própria Justiça, desprezando os outros.   A parábola nos apresenta, como na Leitura anterior, a atitude que Deus espera ver naquele (a) que D'Ele se aproxima pela via da Oração.   Vejamos:

A parábola nos apresenta dois homens que sobem ao Templo para orar: um Fariseu e um Cobrador de Impostos.   Aqui, já percebemos que são dois homens completamente diferentes no modo de viver e, automaticamente, estabelecerão com Deus dois tipos de relação distintas entre si: A POSTURA DIANTE DE DEUS e as PALAVRAS UTILIZADAS NA ORAÇÃO revelam a distinção entre eles!

O fariseu fica de pé e sua oração é de agradecimento a Deus (até aqui, parece que TUDO ESTÁ BEM!).   Problemas surgem quando o fariseu nomeia os motivos da sua ação de graças: não sou como os outros homens (ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos); jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de toda a minha renda!   Em outras palavras, diz o Fariseu: "Eu sou o MÁXIMO!!!"

Por outro lado, o Cobrador de Impostos, apresenta outra postura e outra fala em sua oração: fica à distância sem se atrever a levantar os olhos para o céu; batendo no peito diz: "MEU DEUS TEM PIEDADE DE MIM QUE SOU PECADOR!   Em outras palavras: "NÃO SOU NADA MAS ESPERO DO SENHOR A MISERICÓRDIA PELAS MINHAS FALHAS!"

CONCLUINDO: O Cobrador de Impostos VOLTA PARA CASA JUSTIFICADO, o Fariseu, não!   Pois: quem se eleva é humilhado e quem se humilha é elevado!

Por fim, o Apóstolo Paulo (2 Tm 4, 6-8.16-18) nos apresenta o seu testamento que está cheio de orientações para nós: ele combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé e sua vida está prestes do fim.    A certeza de ter feito o que o Senhor queria lhe oferece a garantia de estar para receber das suas mãos (de Deus) a Coroa da Justiça, da Vitória que é para ele e para todos que aguardam com AMOR a SUA MANIFESTAÇÃO GLORIOSA.   O Senhor sempre esteve em sua companhia mesmo quando todos o abandonaram.

Que Deus nos ajude, nesse XXX Domingo a viver a nossa vida de acordo com a sua vontade e que reconhecendo a nossa condição de pecadores, limitados, saibamos ESPERAR DELE A NOSSA SALVAÇÃO!   Assim seja!

Boa Celebração para todos (as)!

Pe. Ezaques Tavares

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