quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"As contradições da Solenidade do Natal do Senhor: despojar-se do Aparente para ater-se ao Essencial!"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Nestes últimos dias, nas Celebrações Eucarísticas aqui em nossa Paróquia, estamos travando alguns debates sobre as "contradições aparentes" que envolvem a Solenidade do Natal e, sobre a necessidade que temos de, se quisermos compreender, de fato, o verdadeiro sentido deste Tempo de Graça, despojarmo-nos de tudo que nos salta aos olhos (aparência).   Estamos refletindo nestes últimos dias (na verdade, desde os últimos dias que antecederam o "Dia de natal") sobre tais situações.   Gostaria, agora, de partilhar como os leitores (as) deste blog, um pouco destas reflexões.

A beleza, a riqueza, as luzes, os enfeites, os presentes ... são marcas deste período natalino em nossas vidas.   De início, acredito que tais situações não seriam um problema nelas mesmas.   Porém, acredito que se tornam um problema na medida em que desviam o nosso olhar e a nossa atenção do que, realmente, conta, do centro do Mistério: Jesus Cristo.

Ouvimos, no IV  Domingo do Advento quando, ainda estávamos nos preparando para as alegrias do Natal, o Apóstolo Paulo nos mostrando em Rm 16 que, em Jesus, TUDO que o Pai queria comunicar aos homens, foi comunicado.    Jesus é a plenitude da REVELAÇÃO, de modo que, a partir DELE, não precisamos esperar mais NADA nem NINGUÉM!   Conhecer o Pai e Sua vontade só é possível contemplando e entendendo o que Ele quis nos comunicar ao nos enviar Seu Filho Jesus.   Jesus é o Centro de TUDO e, qualquer coisa que nos desvie deste CENTRO, deverá ser extirpado de nosso meio.

Percebemos que o clima natalino, em muitos momentos, vem carregado de tantas informações (luxo, beleza, acessórios...) que tal CENTRO fica "empalidecido", "apagado" e, passa despercebido por nós.   É tanta lâmpada, boneco, cores, beleza, luxo que o centro fica perdido em meio a tanta informação.   Os presépios, criados para facilitar a compreensão do Mistério da Encarnação e da Sua Mensagem Central (Deus, Todo-Poderoso, que se desprendeu da Sua Glória e se fez homem para salvar os homens) ganhou, nos últimos tempos tanta sofisticação que, o que menos conta, é tal ideia: Deus, Todo-Poderoso, se humilhou para salvar.   Os elementos que compõem o presépio mostram tal despojamento: Curral, Pastores, Faixas, Manjedoura que, numa roupagem "fina" e "elegante", acabam nos afastando da verdadeira revelação do Mistério.

É preciso resgatar o verdadeiro sentido do Natal do Senhor e contemplá-lo em toda a sua plenitude.    Quem acredita no Natal como Solenidade do Nascimento do Verbo que se encarnou em nossa história deverá assumir a postura deste Deus que, se rebaixando, se desprendendo de sua Glória, Majestade e Poder, assumiu a nossa condição de servos.    Deparar-se com o Presépio deverá trazer à tona os sentimentos deste Deus.    O Natal é uma Solenidade vivida pelos homens e mulheres de Fé pois, somente pela Fé, conseguimos enxergar além do aparente e, assim sendo, contemplar o essencial e se deixar guiar pelo que, de fato, conta:  o GRANDE AMOR DE DEUS PELOS SEUS!

Pense nisso e viva melhor este Tempo de Graça!

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