quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Festa da Sagrada Família de Nazaré: O Nascimento de Jesus santifica a Vida Familiar!" - 30 de Dezembro de 2011

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Vivendo as alegrias da Oitava do Natal, celebramos a Festa da Sagrada Família de Nazaré.   Penso, que tal festa colocada dentro da oitava de natal, quer significar que com a chegada do Menino Jesus, a família de Nazaré se plenificou e, muito mais, a entrada de Deus, em Jesus, na nossa história por meio da família, santificou este "grupo humano", restituindo-lhe a dignidade que já existia no Paraíso que fora perdido pelo "pecado original".

Asssim sendo, a Palavra de Deus desta Festa Litúrgica vem com o objetivo de nos auxiliar numa refelxão a respeito da Vida Familiar de acordo com a vontade divina.   "O que pensa Deus sobre a família?" ou: "Como deve ser o relacionamento dos membros deste grupo humano?" ou, ainda: ""O que deve ser posto, em primeiro lugar, no seio familiar para que esta viva bem os seus dias sobre a terra?"   Acredito que estas questões serão respondidas na Festa de hoje.  Vejamos:

A Primeira Leitura (Eclo 3, 3-7.14-17a) nos revela que os pais humanos simbolizam o próprio Deus dentro da família.   A capacidade geracional dos pais (geradores de novas vidas, isto é, dos filhos), os coloca em , por assim dizer, em "pé de igualdade" com Javé-Deus.   Por isso, afirma o Ecesiástico: "Deus honra os pais nos filhos" e, mais ainda: "Quem honra o pai, alcança o PERDÃO DOS PECADOS e quem respeita a mãe é como alguém que AJUNTA TESOUROS".  

Pensando num livro que fora escrito no séc. II a.C., para uma comunidade judaica que vivia distante da cidade de Jerusalém (vivia em Alexandria, no Egito) e, corria o risco de abandonar os preceitos divinos, se misturando com os pagãos e assumindo os seus costumes por conta de não possuírem Templo, Sacerdotes, Sacrifícios ... ouvir estas Palavras do Livro, funcionou como bálsamo pois, nem tudo estava perdido: havia uma outra forma de receber o perdão sem o "oferecimento dos sacrifícios no Templo": HONRAR OS PAIS!   Resgatando o quarto mandamento (honrar pai e mãe), o autor sagrado oferece a oportunidade de aprofundamento da vontade de Deus sobre tal questão.   É bom salientar que, na lista dos mandamentos, este é o único que vem acompanhado de promessas àqueles (as) que o cumprirem: "alegria com os próprios filhos e será atendido no dia em que orar; terá vida longa e será o consolo da mãe".   Por fim, a Palavra orienta para não abandonar os pais na velhice (mesmo que estejam ficando sem lucidez).   Todo este cuidado com os pais proporcionará o "PERDÃO DOS PECADOS". 

Penso que este texto da Primeira Leitura é extremamente atual pois, vivemos numa época em que as relações familiares (sobretudo entre pais e filhos) está muito conturbada.   Os sentimentos que podem gerar este tipo de relacionamento no seio familiar, parecem estar cada vez mais escassos em nosso meio e, o que se vê é uma "avalache" de situações contrárias à integridade da família.   Percebemos que este núcleo fundamental da sociedade vem sofrendo todo tipo de ataques e, por estarmos muito distante da "vontade de Deus", perecemos.

Penso que seja preciso resgatar a fidelidade da Família à vontade divina como vemos no Evangelho de hoje (Lc 2, 22-40): desde a mais tenra idade vemos a família de Nazaré "cumprindo, fielmente, os preceitos divinos, inscritos na Lei.   A presença de Simeão e Ana no Templo, por ocasião da Apresentação do Senhor, revelam a esperança dos pobres que se concretiza.   Jesus é a manifestação divina que anuncia que a "salvação" chegou para os pobres (Jesus = Deus Salva).   A fidelidade à Lei Divina transforma a Família de Nazaré em modelo para todas as famílias da terra e, celebrando a sua Festa, somos convidados a imitar-lhe a fidelidade aos projetos divinos.

Por fim, a Segunda Leitura (Cl 3, 12-21) nos apresenta as condições para vivermos, na família, a vontade de Deus.   Assim, os membros da família (pais e filhos) deverão se "revestir dos mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus": sincera misericórdia, paciência, bondade, mansidão.   Os membros da família necessitam uns dos outros e precisam sentir tal "suporte" uns nos outros.   Amor e Perdão são sentimentos-chaves para o êxito de uma estrutura familiara em toda e qualquer época.   As relações entre os membros da família devem pautar-se por tais sentimentos: mulheres solícitas pelos maridos e maridos amando suas esposas; filhos obedecendo aos pais e pais não intimidando os filhos.

Seguir os conselhos e preceitos que a Palavra de Deus nos oferece nesta Festa da Sagrada Família de Nazaré fará toda a diferença para as famílias que buscam, neste mundo, a sua e felicidade de todos (as) que as cerquem.

Que Deus abençoe a nossa e as famílias do mundo inteiro, bem como a nossa família paroquial e diocesana.   Assim seja!

Nenhum comentário:

Postar um comentário