sábado, 4 de fevereiro de 2012

"A Difícil e Árdua, porém Gratificante, Missão da Convivência entre os Casais!"

Amados irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Quero, neste texto, refletir com vocês sobre o grande drama que as famílias estão passando em nossos dias: a Arte da Convivência!   Aliás, penso que não somente a família mas, toda e qualquer convivência em nossos dias parece sofre algum tipo de abalo, de dificuldade.   Por que estaria isso ocorrendo, com tanta frequência e com tanta força, nesses tempos?   Aonde estaria a raiz da questão?   O que fazer para que este problema não ganhasse mais força do que vem ganhando?   Qual seria a nossa responsabilidade?   Existe culpado?   Se sim, quem seria?   O que a Igreja tem a nos oferecer para resisir à tentação que nos ronda a todos nesta questão?   Poderia levantar mais uma série de questões mas, penso, que para dar início a esta conversa, o que foi levantado já está de bom tamanho.

Pra começo de conversa, quero explicar o motivo que me fez tentar colocar num texto tal reflexão   Nos últimos tempos venho recebendo um número razoável (porque não, considerável) de casais que apresentam a mesma queixa: "SE CANSARAM DE CONVIVER E, POR CONTA DISSO, DESEJAM A SEPARAÇÃO COMO SE A MESMA FOSSE A SOLUÇÃO PARA AS SUAS DIFICULDADES DE CONVIVÊNCIA!"   Apresentam, nem sempre com estas palavras, a ideia de que "QUEREM SER FELIZES" e o casamento já não oferece esta possibilidade.   Assim, antes que a VIDA PASSE é URGENTE CORRER ATRÁS DO PREJUÍZO!   Todos, sem exclusão de nenhum, apresentam esta proposta por meio de uma das partes (em nenhum caso, havia a corcodância de ambos - sempre um ou uma queria a separação e o outro ou a outra, não!).   Disso resulta a conclusão de que a SEPARAÇÃO atenderia a satisfação de um dos lados, acarretando, assim, a tristeza e a dor do outro ou da outra que não deseja tal situação.

Bom, penso que o mundo em que vivemos está produzindo uma gama de pessoas que não conseguem compreender que a FELICIDADE não é algo que se experimenta sozinho, independentemente do outro ou outra que caminha ao lado.    O INDIVIDUALISMO se exaspera a cada instante e, vivemos um momento semelhante (desculpe a comparação) a uma "boiada" que viveu sempre aprisionada e, de repente, se vê diante de um mundo vasto por conta das porteiras que se abriram.   No afã de conquistar o "SEU ESPAÇO", diante da grandeza do mundo que desponta com uma variedade enorme de possibilidades, TODOS (AS) correm em direção "AO NOVO" mas se esquecendo que as porteiras são limitadas, pequenas e, no "SALVE-SE QUEM PUDER!" saem em disparada para tentar "RECUPERAR O TEMPO" em que esteve preso e não conseguiu experimentar "TUDO QUE PODERIA TER EXPERIMENTADO!"  Assim, se machucam, se pisoteiam, se matam uns aos outros e, tudo isso em nome de uma "PRETENSA BUSCA PELA FELICIDADE PRÓPRIA!"   Quanta insensatez!   Quanta ignorância!   Quanta cegueira!  O Tempo não volta atrás por mais que desejássemos fosse isso possível!   O Tempo não se dobra aos nossos caprichos e vontades.   O que passou, infelizmente ou felizmente, passou!   Importante é aprender com o passado e viver um PRESENTE BOM de modo a construir um FUTURO que possa ser melhor ainda.   Ora, isso não se faz deixando de lado aqueles que entraram em nossa história e, querendo a gente ou não, serão parte dela para SEMPRE!   Aqui, friso a FAMÍLIA!

Venho percebendo que muitos estão naquela que a FAMÍLIA é algo como "BRINCAR DE CASINHA": quando um cansa, TUDO ACABADO! 

É preciso compreender que unir-se a alguém é assumir "RESPONSABILIDADE" pelo outro ou outra.   Não vamos ao encontro de alguém para nossa satisfação pessoal mas, no plano da fé, eu vou ao encontro do outro ou outra para fazer este outro ou esta outra FELIZ pois compreendo que a FELICIDADE DELE (A) será a minha FELICIDADE.   Vencer o INDIVIDUALISMO que nos assola a cada dia e, com cada vez mais força, é tarefa URGENTE, URGENTÍSSIMA!   Se não quisermos que nossas Famílias entrem num processo de franca decadência e destruição, é preciso repensar este e tantos outros valores.   Somos responsáveis uns pelos outros e, isso é uma verdade que não muda.   A angústia, a falta de sentido, o desespero, o pânico, a tristeza ... que se abatem sobre tantos irmãos e irmãs, penso eu, derivam desta INCAPACIDADE de percebermos o OUTRO (A) qu está ao nosso lado como extremamente importante para nós como somos nós para nós mesmos.

Gostaria de pedir a todos que estão lendo este texto que, durante os próximos dias parasse um momento que seja para elevar a Deus uma prece pelas famílias no mundo inteiro mas, sobretudo pelas nossas famílias, pelas famílias de nossa Comunidade Paroquial.   Que esta prece que faremos nestes próximos dias possa tocar o CORAÇÃO DE DEUS e ele possa derrarmar as suas bênçãos sobre todos os lares, infudindo nos corações dos Esposos mais Compreensão, Cumplicidade, Partilha e, sobretudo, MAIS AMOR e, assim sendo, nossos lares venham a ser RESTAURADOS como LOCAIS proprios da gra;a de Deus!   Assim seja!

Um comentário:

  1. Sua benção Padre Ezaques,

    É triste ver tantas famílias nesta situação. O senhor disse tudo nesta reflexão, a separação mexe com tudo, com o casal, com os filhos, com toda família.
    Uma coisa que falta entre os casais: dialogo, pedir perdão antes de dormir.
    Sabe padre, vão guardando no coração rancores, magoas e tantas coisas ruins que falta espaço pro amor, se não há dialogo, expor o que estão sentindo, não perdoar, infelizmente chega a um fim.
    Sempre coloco em minhas orações a restauração de todas as famílias.
    Obrigado por lutar pelas famílias e também pelos jovens.
    DEUS continue derramando sobre o senhor bênçãos, e que tenhas forças para essa caminhada que não é fácil.

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