Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!
Continuamos a nossa caminhada de preparação para as Celebrações do Natal e, caso hoje não fosse dia 08/12 (Solenidade da Imaculada Conceição de Maria), celebraríamos o Segundo Domingo do Tempo do Advento. No entanto, gostaria de refletir com vocês a mensagem desse Domingo para não perdermos a sequência da Palavra que nos é proposta.
Hoje, a Palavra nos revela a necessidade de nos convertermos para a chegada do Senhor que está cada vez mais próximo de nós. Sua chegada deve produzir sentimentos de esperança de que o mundo novo (o novo paraíso) está surgindo entre todos, em nosso mundo.
Assim, a Primeira Leitura (Is 11, 1-10) nos apresenta o Profeta exortando a comunidade pré-exílica no sentido de animá-la, de levá-la a perceber que apesar das aparências de fracasso (tronco seco) a vida surgirá com toda a sua força, refazendo o caminho de salvação desejado e querido pelo Senhor Javé. Num futuro próximo, uma haste do tronco de Jessé (pai do rei Davi) surgirá e a partir da raiz surgirá o Rebento de uma Flor. Apesar do aparente fracasso da Dinastia Davídica, o seu fim iminente, quando tudo parecer terminado, Deus agirá e do aparente "nada" a vida voltará. Esse Rebento da Flor trará sobre si o Espírito do Senhor: de sabedoria e discernimento, de conselho e fortaleza, de ciência e temor de Deus. O seu temor a Deus será o seu grande prazer. Por conta disso, esse Rebento da Flor será capaz de restaurar a paz, a harmonia, o amor característicos entre os habitantes do primeiro paraíso: animais selvagens conviverão muito bem com os domésticos e entre os homens. O que o pecado feriu e destruiu, esse Rebento da Flor irá restaurar.
Que bela leitura e que nos enche de alegria e satisfação nesse Tempo de Espera, de Expectativa, de Esperança. Ela nos prepara para compreender melhor o Santo Evangelho de Jesus.
No Evangelho de hoje (Mt 3, 1-12) vemos o evangelista nos apresentando a pessoa de João, o Batista como aquele que vem cumprir a profecia pronunciada pelo Profeta Isaías: a voz que grita no deserto: preparai os caminhos do Senhor, endireitai suas veredas! A missão de João, como último dos profetas, é preparar o caminho, o espaço, o coração das pessoas para acolherem com amor o Messias que se aproxima. A preparação é clara: reconhecimento do pecado, arrependimento e mudança de vida - tudo isso apresentado no rito de batismo realizado por ele. Não pode e não deve receber o batismo quem não deseja romper com a estrutura de pecado que está no mundo, no seu entorno e, muitas vezes, dentro da própria pessoa, de nós mesmos.
É por isso que ao perceber pessoas sem tais disposições (fariseus e saduceus), João os chama de "Raça de Víboras!" E alerta: "Quem os ensinou a fugir da ira que vai chegar?" Daí, convida à produção de frutos que prove a conversão que se espera pois não basta ter Abraão por pai pois Deus é suficientemente capaz para fazer nascer filhos de Abraão das pedras do caminho.
A ideia do machado que se encontra na raiz das árvores é outra forma de falar que chama a atenção e demonstra que o tempo já está acabando e os frutos de justiça e de amor precisam aparecer na vida dos crentes. O Senhor que vem com o machado na mão vai limpar tudo de sujo que existe: queimará a palha num fogo que não se acaba mas o TRIGO será recolhido no Celeiro da Salvação!
Por fim, o Apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos (Rm 15, 4-9) nos exorta a ter nas Escrituras o direcionamento para nossas vidas, a buscar Nelas a força para vencer as intempéries da vida e suas dificuldades. Deus que nos fala em Sua Palavra nos pede concórdia uns para com os outros e não guerras, rixas, disputas, brigas: é preciso ter um só coração e uma só voz! Como Cristo nos acolheu, assim devemos também nós nos acolher mutuamente!
Que Deus nos ajude, nesse Segundo Domingo do Tempo do Advento a viver como homens e mulheres que aguardam o Seu Senhor chegar! Assim seja!
Boa Celebração para todos (as)!
Pe. Ezaques Tavares
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