quinta-feira, 21 de abril de 2011

"Sexta-Feira da paixão: Páscoa da Cruz - 22 de Abril de 2011"

Queridos irmãos e irmãs, paz e bem em Cristo Jesus!

Tendo iniciado o Tríduo Pascal com a Celebração da Ceia do Senhor e, tendo percebido o aspecto de Ceia e de Banquete que a Eucaristia nos traz, hoje seremos introduzidos no Mistério da Dor, do Sofrimento, da Cruz que, também, faz parte da Celebração Eucarística.   Aquele Jesus que nos ofereceu, ontem, o Seu Corpo e Seu Sangue como Alimento e como Bebida e, nos levou a entender que ao comermos e bebermos deste Alimento (Seu Corpo) e desta Bebida (Seu Sangue) deveremos estar dispostos a viver em nós a Sua Própria Vida, hoje, se entrega à Morte e, Morte de Cruz para nossa Redenção, por Amor de nós!

A Celebração da Paixão do Senhor é carregada de "emoção" pois somos conduzidos para dentro do Mistério do Sofrimento e da Morte do Justo por conta dos pecadores.   

Na primeira leitura (Is 52,13 - 53,12) nos é apresentado, novamente, a figura misteriosa do "Servo Sofredor" ou "Servo de Javé".   Este "Servo" será bem sucedido pois cumpre a vontade do "Senhor".   Sua dor, seu sofrimento, sua humilhação o fará ser elevado ao "mais alto grau" de modo que reis ficaram pasmados e mudos diante de tão grande acontecimento.   Este "Servo" cresce como "dom" e como "graça de Deus".   O seu sofrimento o fez desprezível e, só o olhar para ele causa repulsa.   Tal situação parece ser um "castigo" mas, o povo acaba percebendo que a sua condição é consequência dos seus pecados.   O "Servo" carrega sobre Si os pecados do povo ao qual veio salvar.   Toda a sua condição pavorosa de dor, de sofrimento, de morte é a consequência e o preço que deve pagar pela liberdade dos seus, para que as "ovelhas" possam retornar ao redil da vida.   Foi morto e sepultado apesar de não ter sido encontrado pecado ou falsidade em sua vida.   Esta sua obediência o fará alcaçar Luz e Sabedoria, tornando justos inúmeros homens, pois carregará sobr Si as culpas alheias.

Ora, sabemos que durante o Primeiro Testamento não apareceu quem pudesse ser apresentado como este "Servo".   Isso se dará em Jesus, encarnação de Deus em nossa História.   Todo o processo de Paixão e Morte de Jesus, naarado a nós por São João (18,1 - 19,42) nos revela que Jesus cumpriu, fielmente, o que o Profeta Isaías anunciou na primeira leitura.   Jesus é o "Servo Sofredor" que, sem pecado algum, assume os pecados de todos (as) para salvar a todos (as).   Jesus é Aquele que é levado como "ovelha ao matadouro" e "sem abrir a boca" aceita pagar o preço pelo nosso resgate.   Seu Sofrimento, sua Dor, Sua Cruz, Sua Morte são o preço de nossa Redenção.   O Seu Sacrifício resgata, d euma vez por todas, as nossas vidas das garras do mal, do pecado, do diabo.

É por isso que Ele se tornou o Sumo-Sacerdote Eminente da Carta aos Hebreus (4, 14-16; 5, 7-9), trecho da segunda leitura de hoje.   A Sua Vida aqui entre nós fez Dele Alguém capaz de se compadecer de nossas fraquezas e misérias pois Ele sofreu e, foi provado em tudo como nós o somos (exceto no pecado).   A Sua "Vida de Obediência fez Dele causa de salvação eterna para todos os que Lhe obedecem".  

É Este Deus, revelado a nós por Jesus que nós afirmamos acreditar.   Se isso é verdade, será preciso que a nossa vida coincida com a Dele, também, no seu aspecto de Dor, de Sofrimento, de Cruz, de Morte.

Todas as vezes que nos reunimos para Celebrar a Eucaristia, o Sacrifício da Cruz se renova, se torna presente, se atualiza e, todos (as) que dela participamos (da Eucaristia) não podemos perder de vista que a nossa vida deverá se tornar, a partir disso, Vida Doada em Sacrifício pela nossa e pela Salvação de Todos (as).   Quem não deseja se doar em "sacrifício de suave odor"  não poderia celebrar a Eucaristia.   Isso seria um pecado terrível pois estaríamos transformando a Celebração Eucarística num espetáculo da Mentira.

OREMOS:

Ó Deus de Amor, nós Te agradecemos por nos ter dado o Seu Filho para que com a Sua Morte de Cruz a nossa vida fosse reconduzida ao Paraíso.   Queremos Te pedir, hoje, pelos merecimentos da Paixão e Morte de Jesus, que nos ajudes a viver a nossa vida de acordo com a Sua Vontade e, que possamos Te sentir presente quando a nossa Cruz pesar para que não sucumbamos diante da mesma.   Te pedimos pelo mesmo Jesus, Teu Filho e Senhor Nosso, na Unidade do Espírito Santo!   Amém! 

2 comentários:

  1. Boa noite padre!
    O filho de Deus feito homem,é salvador dos homens.Veio á terra para apagar,com seus sofrimentos,os pecados dos homens.Sofreu para espiar cada um de nossos pecados:pecados do espirito,pecados do coração,pecados de todos os membros.Amanhã será a paixão do seu corpo,torrentes de sangue brotarão da sua carne,dos pés ate a cabeça,o veremos convertido em uma charga.Tudo o que uma almapode sofrer,Jesus sofreu:Traição e abandono dos amigos,tristezas,angustias,agonia do espirito,do coração,da vontade tudo se precipita ao mesmo tempo sobre Jesus.Entregando-se aos inimigos,jesus salva os apostolos.Pedro feriu sem esperar resposta,ele não sabia como se lutam os soldados de cristo.Não é com a espada que eles se defendem,mas com a oração,se Jesus se deixasse defender pelas armas,seria morte como um rebelde,e não mais como uma vitima sacrificada pela nossa redenção.A tunica simboliza a unidade da igreja.Rasgaram a tunica de Jesus,negando os seus ensinos,aduterando as sua palavras.O ato de judas foi criminoso porque Jesus seria traido e crucificado.Se Judas tivesse feito como pedro ele teria sido perdoado.O exemplo de Jesus é terrivel e assustador para aqueles que não procuram corrigir-se dos seus pecados.Sim Jesus é rei dos corações,cujo centro se curvam reverentes á todas as voltades retas e encaminhadas para o bem.Jesus tem swede,sede das nossas almas!...e nós lhe damos o vinagre dos nossos pecados,o amargo da nossa ingratidão!
    O grito de Jesus é grito de dor por causa dos nossos pecados.Os mortos ressucitam,porque a morte de jesus é a nossa vida.

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  2. Ser cristão é entregar-se ao Senhor Deus como ele se entregou! E esta entrega total ao Pai foi por nós: "Cristo por nós se fez obediente até Pa morte e morte de cruz" (Fl 2,8).

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